No período da Inquisição, na Espanha, sob o
reinado do imperador Carlos V, um número elevadíssimo de crentes foram
queimados em praça pública ou enterrados vivos. O filho de Carlos V, Filipe II,
em 1567, levou a perseguição aos Países Baixos, declarando que ainda que lhe
custasse mil vezes a sua própria vida,limparia todo o seu domínio do
"protestantismo". Antes da sua morte gabava-se ter mandado ao
carrasco, pelo menos, 18.000 "hereges".
Ao começar esse reinado de terror nos
Países Baixos, muitos milhares de crentes fugiram para a Inglaterra. En_tre os
que escaparam do "Concilio de Sangue", encontra_va-se a família
Spurgeon.
Na Inglaterra, o povo de Deus, contudo, não
estava li_vre de toda a perseguição "passando a maior parte do tem_po
sentado, por se achar fraco demais para se deitar". Os bisavôs de Carlos
eram crentes fervorosos, criando os filhos na admoestação do Senhor. Seu avô
paterno, depois de quase cinqüenta anos de pastorado no mesmo lugar, podia
dizer: "Não passei nem uma hora triste com a minha igreja depois que
assumi o cargo de pastor!" O pai de Carlos, Tiago Spurgeon, era o amado
pastor de Stambourne.
Carlos, quando ainda criança,
interessava-se pela lei_tura de "O Peregrino", pela história dos
mártires e por di_versas obras de teologia. É impossível calcular a influência
dessas obras sobre a sua vida.
Que era precoce nas coisas espirituais,
vê-se no seguin_te acontecimento: Apesar de criança de apenas cinco anos de
idade, sentiu profundamente o cuidado do avô, por cau_sa do procedimento de um
dos membros da igreja, chama_do "Velho Roads". Certo dia, Carlos, a
criança, encontran_do Roads em companhia de outros fumando e bebendo cer_veja,
dirigiu-se a ele, dizendo: "Que fazes aqui, Elias?" O "Velho
Roads" arrependido, contou, então, ao seu pastor, como a princípio se irou
com a criança, mas por fim ficou quebrantado. Desde aquele dia, o "Velho
Roads" andou sempre perto do Salvador.
Quando Carlos era ainda pequeno, foi por
Deus con_vencido do pecado. Durante alguns anos sentia-se uma criatura sem
esperança e sem conforto; visitava um lugar de culto após outro, sem conseguir
saber como podia li_vrar-se do pecado. Então, quando tinha quinze anos de
idade, aumentou nele o desejo de ser salvo. E aumentou de tal forma, que passou
seis meses agonizando em oração. Nesse tempo assistiu a um culto numa igreja;
nesse dia, o pregador não fora ao culto, por causa duma grande tem_pestade de neve.
Na falta do pastor, um sapateiro se levan_tou para pregar às poucas pessoas
presentes, e leu este tex_to: "Olhai para mim e sede salvos, todos os
confins da ter_ra" (Isaías 45.22). O sapateiro, inexperiente na arte de
pre_gar, podia apenas repetir a passagem e dizer: "Olhai! Não vos é
necessário levantar um pé, nem um dedo. Não vos é necessário estudar no colégio
para saber olhar; nem contri_buir com mil libras. Olhai para mim, não para vós
mes_mos. Não há conforto em vós. Olhai para mim, suando grandes gotas de
sangue. Olhai para mim, pendurado na cruz. Olhai para mim, morto e sepultado.
Olhai para mim, ressuscitado. Olhai para mim, à direita de Deus". Em
se_guida, fitando os olhos em Carlos, disse: "Moço, tu pareces ser
miserável. Serás infeliz na vida e na morte se não obedeceres". Então
gritou ainda mais: "Moço, olha para Je_sus! Olha agora!" O rapaz
olhou e continuou a olhar, até que por fim, um gozo indizível entrou na sua
alma.
O recém-salvo, ao contemplar o constante
zelo do Ma_ligno, foi tomado pela aspiração de fazer todo o possível para
receber o poder divino, para frustrar a obra do inimigo do bem. Spurgeon
aproveitava todas as oportunidades para distribuir folhetos. Entregava-se de
todo o coração a ensinar na Escola Dominical, onde alcançou, de início, o amor
dos alunos e, por intermédio desses a presença dos pais na escola. Com a idade
de dezesseis anos começou a pregar. Acerca desse fato ele disse: "Quantas
vezes me foi concedido o privilégio de pregar na cozinha duma casa de agricultor,
ou num celeiro!"
Alguns meses depois de pregar seu primeiro
sermão, foi chamado a pastorear a igreja em Waterbeach. Ao fim de dois anos,
essa igreja de quarenta membros, passou a ter cem. O jovem pregador desejava
educar-se e o diretor duma escola superior, que estava de visita à cidade,
mar_cou uma hora para tratar com ele acerca desse assunto. A criada, porém, que
recebeu Carlos, por descuido, não cha_mou o professor e este saiu sem saber que
o moço o espera_va. Depois, Carlos, já na rua, um tanto triste, ouviu uma voz
dizer-lhe: "Buscas grandes coisas para ti? Não as bus_ques!" Foi
então , ali mesmo que abandonou a idéia de es_tudar nesse colégio, convencido
de que Deus o dirigia para outras coisas. Não se deve concluir, contudo, que
Carlos Spurgeon resolveu não se educar. Depois disso, ele apro_veitava todos os
momentos livres para estudar. Diz-se que alcançou fama de ser um dos homens
mais instruídos de seu tempo.
Spurgeon havia pregado em Waterbeach apenas
du_rante dois anos quando foi chamado a pregar na Park Street Chapei, em
Londres. O local era inconveniente para os cultos, e o templo, que tinha
assentos para mil e duzen_tos ouvintes, era demasiado grande para os
auditórios. Contudo, "havia ali um grupo de fiéis que nunca cessaram de
rogar a Deus um glorioso avivamento". Este fato é as_sim registrado nas
palavras do próprio Spurgeon: "No iní_cio, eu pregava somente a um punhado
de ouvintes. Con_tudo, não me esqueço da insistência das suas orações. Às vezes
parecia que rogavam até verem realmente presente o Anjo do Concerto (Cristo),
querendo abençoá-los. Mais que uma vez nos admiramos com a solenidade das
orações até alcançarmos quietude, enquanto o poder do Senhor nos sobrevinha...
Assim desceu a bênção, a casa se encheu de ouvintes e foram salvas dezenas de
almas!"
Sob o ministério desse moço de dezenove
anos, a con_corrência aumentou em poucos meses a ponto de o prédio não mais
comportar as multidões; centenas de ouvintes permaneciam na rua para aproveitar
as migalhas que caíam do banquete que havia dentro da casa.
Foi resolvido reformar a New Park Street
Chapei e, du_rante o tempo da obra, realizavam-se os cultos em Exeter Hall,
prédio que tinha assentos para quatro mil e quinhen_tos ouvintes. Aí, em menos
que dois meses, os auditórios eram tão grandes, que as ruas, durante os cultos,
se torna_vam intransitáveis.
Quando voltaram para a Chapei, o problema,
em vez de ser resolvido, era maior; três mil pessoas ocupavam o espaço
preparado para mil e quinhentas! O dinheiro gasto, que alcançou uma elevada
quantia, fora desperdiçado! Tornou-se necessário voltar para o Exeter Hall.
Mas nem o Exeter Hall comportava mais os
auditórios e a igreja tomou uma atitude espetacular - alugou o Surrey Music
Hall, o prédio mais amplo, imponente e magnífico de Londres, construído para
diversões públicas.
As notícias, de que os cultos passaram do
Exeter Hall para Surrey Music Hall, eletrificaram toda a cidade de Londres. O
culto inaugural foi anunciado para a noite de 19 de outubro de 1856. Na tarde
do dia marcado, milhares de pessoas para lá se dirigiram para achar assento.
Quan_do, por fim, o culto começou, o prédio no qual cabiam 12.000 pessoas,
estava superlotado e havia mais 10.000 fora que não puderam entrar.
No primeiro culto em Surrey Music Hall,
notaram-se vestígios da perseguição que Spurgeon tinha de encarar.Ele estava
orando, e depois da leitura das Escrituras, os inimigos da obra de Deus se
levantaram, gritando: 'Togo! Fogo!" Apesar de todos os esforços de
Spurgeon e de outros crentes, a grande massa de gente alvoroçou-se e
movimen_tou-se em pânico, de tal modo que sete pessoas morreram e vinte e oito
ficaram gravemente feridas. Depois que tudo serenou, acharam-se espalhados em
toda a parte do pré_dio, roupas de homens e senhoras; chapéus, mangas de
vestidos, sapatos, pernas de calças, mangas e paletós, xales, etc., objetos
esses que os milhares de pessoas aflitas deixaram, na luta para escapar do
prédio. Spurgeon com_portou-se com a maior calma durante todo o tempo da
in_descritível catástrofe, mas depois passou dias prostrado, sofrendo em
conseqüência do tremendo choque.
As notícias sobre as trágicas ocorrências
durante o pri_meiro culto em Surrey Music Hall, em vez de prejudica_rem a obra,
concorreram para aumentar o interesse pelos cultos. De um dia para outro Spurgeon,
o herói do Sul de Londres, tornou-se um vulto de projeção mundial. Aceitou
convites para pregar em cidades da Inglaterra, Escócia, Ir_landa, Gales,
Holanda e França. Pregava ao ar livre e nos maiores edifícios, em média oito a
doze vezes por semana.
Nesse tempo, quando ainda moço, revelou
como conse_guia entender, nas Escrituras, os textos difíceis, isto é,
simplesmente pedia a Deus: - "Ó Senhor, mostra-me o sentido deste
trecho!" E acrescentou: "É maravilhoso como o texto, duro como a
pederneira, emite faíscas quan_do batido com o aço da oração." Quando mais
velho, disse: "Orar acerca das Escrituras, é como pisar uvas no lagar,
trilhar trigo na eira, ou extrair ouro do minério."
Acerca da vida familiar, Susana, a esposa
de Spurgeon, assim escreveu: "Fazíamos culto doméstico, quer hospeda_dos
em um rancho nas serras, quer num suntuoso quarto de hotel na cidade. E a
bendita presença de Cristo, que muitos crentes dizem impossível alcançar, era
para ele a atmosfera natural; ele vivia e respirava nele (em Deus).
Antes de iniciar a construção do famoso
templo em Londres, o Metropolitan Tabernacle, Spurgeon, com al_guns dos seus
membros, se ajoelharam no terreno entre as pilhas de materiais e rogaram a Deus
que não permitisse que trabalhador algum morresse ou ficasse ferido durante a
execução das obras de construção. Deus respondeu mara_vilhosamente, não
deixando acontecer qualquer acidente durante o tempo da construção do imponente
edifício que media oitenta metros de comprimento, vinte e oito de lar_gura e
vinte de altura.
A igreja começou a edificar o tabernáculo
com o alvo de liquidar todas as dívidas de materiais e pagar toda a mão-de-obra
antes de findar a construção. Como de costume, pediram a Deus que os ajudasse a
realizar esse desejo, e tudo foi pago antes do dia da inauguração.
"O Metropolitan Tabernacle foi acabado
em março de 1861. Durante os trinta e um anos que se seguiram, uma média de
5.000 pessoas se congregavam ali todos os domin_gos, pela manhã e à noite. De
três em três meses Spurgeon pedia aos que haviam assistido neste período, que
se au_sentassem. Eles assim faziam, porém, o tabernáculo era superlotado por
outras pessoas das massas ainda não al_cançadas pela mensagem."
Durante certo período, pregou trezentas
vezes em doze meses. O maior auditório, no qual pregou, foi no Crystal Palace,
Londres, em 7 de outubro de 1857. O número exato de assistentes era de 23.654.
Spurgeon esforçou-se tanto nessa ocasião, e o cansaço foi tal, que após o
sermão da noi_te de quarta-feira, dormiu até a manhã de sexta-feira!
Todavia, não se deve julgar que era somente
no púlpito que a sua alma ardia pela salvação dos perdidos. Também se ocupava
grandemente no evangelismo individual. Nesse sentido citamos aqui o que certo
crente disse a respeito de_le: "Tenho visto auditórios de 6.500 pessoas
inteiramente levadas pelo fervor de Spurgeon. Mas ao lado de uma criança
moribunda, que ele levara a Cristo, achei-a mais sublime do que quando dominava
o interesse da multi_dão".
Parece impossível que tal pregador tivesse tempo
para escrever. Entretanto os livros da sua autoria, constituem uma biblioteca
de cento e trinta e cinco tomos. Até hoje não há obra mais rica de jóias
espirituais do que a de Spur_geon, de sete volumes sobre os Salmos: "A
Tesouraria de Davi". Ele publicou tão grande número de seus sermões,que,
mesmo lendo um por dia, nem em dez anos o leitor os poderia ler todos. Muitos
foram traduzidos em várias línguas e publicados nos jornais do mundo inteiro.
Ele mesmo escrevia grande parte da matéria para seu jornal, "A Espada e a
Colher", título este sugerido pela história da construção dos muros de
Jerusalém no tempo angustioso de Neemias.
Além de pregar constantemente a grandes
auditórios e de escrever tantos livros, esforçou-se em vários outros ra_mos de
atividades. Inspirado pelo exemplo de Jorge Müller, fundou e dirigiu o orfanato
de Stockwell. Pediam a Deus e recebiam o necessário para levantar prédio após
prédio e alimentar centenas de crianças desamparadas.
Reconhecendo a necessidade de instruir os
jovens cha_mados por Deus a proclamar o Evangelho, e, assim, alcan_çar muito
maior número de perdidos, fundou e dirigiu o Colégio dos Pastores, com a mesma
fé em Deus que mos_trou na obra de cuidar dos órfãos.
Impressionado pela vasta circulação de
literatura vicio_sa, formou uma junta de vendagem de livros evangélicos.
Dezenas de vendedores foram sustentados e milhares de discursos feitos, além de
muitas toneladas de Escrituras e outros livros vendidos de casa em casa.
Acerca de tão estupendo êxito na vida de
Spurgeon, convém notar o seguinte: Nenhum dos seus antepassados alcançou fama.
Sua voz podia pregar às maiores multi_dões, mas outros pregadores sem fama
gozavam também da mesma voz. O Príncipe dos Pregadores era, antes de tu_do, O
Príncipe de Joelhos. Como Saulo de Tarso, entrou no Reino de Deus, também
agonizando de joelhos. No caso de Spurgeon, essa angústia durou seis meses.
Depois (assim aconteceu com Saulo) a oração fervorosa era um hábito na sua
vida. Aqueles que assistiam aos cultos no grande Ta-bernáculo Metropolitano
diziam que as orações eram a parte mais sublime dos cultos.
Quando alguém perguntava a Spurgeon a
explicação do poder na sua pregação, O Príncipe de Joelhos apontava para a loja
que ficava sob o salão do Metropolitan Taber_nacle e dizia: "Na sala que
está embaixo, há trezentos crentes que sabem orar. Todas as vezes que prego
eles se reúnem ali para sustentar-me as mãos, orando e suplican_do
ininterruptamente. Na sala que está sob os nossos pés é que se encontra a
explicação do mistério dessas bênçãos."
Spurgeon costumava dirigir-se aos alunos no
Colégio dos Pastores desta forma: "Permanecei na presença de Deus!... Se o
vosso fervor esfriar, não podereis orar bem no púlpito... pior com a família...
e ainda pior nos estudos, so_zinhos. Se a alma se tornar magra, os ouvintes,
sem sabe_rem como ou por quê, acharão que vossas orações públicas têm pouco
sabor."
Ainda sobre a oração, sua esposa deu este
testemunho: "Ele dava muita importância à meia-hora de oração que passava
com Deus antes de começar o culto." Certo crente também escreveu a esse
respeito: "Sente-se, durante a sua oração pública, que ele é um homem de
bastante força para levar nas mãos ungidas as orações duma multidão. Isto é a
idéia mais grandiosa, de sacerdote entre Deus e os homens".
Convicto do grande poder da oração,
Spurgeon desig_nou o mês de fevereiro, de cada ano, no Grande Taberná_culo,
para realizar a convenção anual e fazer súplicas por um avivamento na obra de
Deus. Nessas ocasiões, passa_vam dias inteiros em jejum e oração, oração que se
tornava mais e mais fervorosa. Não só sentiam a gloriosa presença do Espírito
Santo nesses cultos, mas era-lhes aumentado o poder com frutos abundantes.
Na sua autobiografia, desde o começo do seu
ministério em Londres, consta que pessoas gravemente enfermas fo_ram curadas em
resposta às suas orações.
A vida de Spurgeon não era vida egoísta e
de interesse próprio. Juntamente com sua esposa, fez os maiores sa_crifícios
para colocar livros espirituais nas mãos de um grande número de pregadores
pobres e ambos contribuíam constantemente para o sustento das viúvas e órfãos.
Rece_biam grandes somas de dinheiro, mas davam tudo para o progresso da obra de
Deus.
Não buscava fama nem a honra de fundador de
outra denominação, como muitos amigos esperavam. A sua pre_gação nunca foi
feita para sua própria glória, porém tinha como alvo a mensagem da Cruz, para
levar os ouvintes a Deus. Considerava seus sermões como se fossem setas e dava
todo o seu coração, empregava toda a sua força espi_ritual em produzir cada um.
Pregava confiando no poder do Espírito Santo, empregando o que Deus lhe
concedera para "matar" o maior número de ouvintes.
"Carlos Hadon Spurgeon recebia o fogo
do Céu, estu_dando a Bíblia, horas a fio, em comunhão com Deus."
Cristo era o segredo do seu poder. Cristo
era o centro de tudo, para ele; sempre e unicamente Cristo.
J. P. Fruit disse: "Quando Spurgeon
orava, parecia que Jesus estava em pé ao seu lado."
As suas últimas palavras, no leito de
morte, dirigidas à sua esposa, foram: "Oh! querida, tenho desfrutado um
tempo mui glorioso com meu Senhor!" Ela, ao ver, por fim, que seu marido
passaria para o outro lado, caiu de joe_lhos e com lágrimas exclamou. "Oh!
bendito Senhor Jesus, eu te agradeço o tesouro que me emprestaste no decurso destes
anos; agora Senhor, dá-me força e direção durante todo o futuro."
Seis mil pessoas assistiram ao culto de
funeral. No cai_xão estava uma Bíblia aberta, mostrando este texto usado por
Deus para convertê-lo: "Olhai para mim, e sede salvos, todos os confins da
terra."
O cortejo fúnebre passou entre centenas de
milhares de pessoas postadas em pé nas calçadas; os homens des_cobriam-se à
passagem do cortejo e as mulheres choravam.
O túmulo simples do célebre Príncipe dos
Pregadores, no cemitério de Norwood, testifica da verdadeira grandeza da sua
vida. Ali estão gravadas estas humildes palavras:Aqui jaz o corpo
de CARLOS HADON SPURGEON.
Notas fontes herois da fé Orlando Boyer,1990,cpad
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PAZ DO SENHOR
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