“Eu sou o
Bom Pastor” (Jo 10.1-16). O “bom pastor” é uma designação singular, pois
enfatiza que a disposição do pastor de morrer pelas suas ovelhas.
Um
“mercenário” — e aqui Jesus se refere aos líderes religiosos de Israel — cuida
das ovelhas apenas enquanto é lucrativo ou seguro. O bom pastor, que valoriza
cada uma das suas ovelhas, dará a vida por elas. Na verdade, é nisto, no dar a
vida, que a bondade do pastor é estabelecida.
Parece
tolo pensar em um homem disposto a morrer por meros animais, por maior que seja
sua afeição por eles. Há uma distância muito maior entre Deus e seres humanos
do que entre seres humanos e ovelhas! A maravilhosa bondade de Deus é
plenamente demonstrada nesta maravilha: Jesus nos amou o suficiente para dar
sua vida por nós.
Se alguma
vez você se sentir como uma ovelha perdida, só e amedrontado em um mundo sóbrio
e hostil, lembre-se do Bom Pastor. Você pode saber que Ele o ama porque Ele deu
sua vida por você. Aquele que o amou tanto nunca irá abandoná-lo. Em Jesus você
nunca, nunca está só.Lawrence
O. Richards. Comentário Devocional da Bíblia. Editora CPAD. pag. 686.-687.
Aqui
Jesus aplica a parábola em mais outra maneira, de outro ponto de enfoque. Ele
chama a si mesmo, com ênfase, o bom pastor, como o único que com toda justiça
pode usar este nome. Neste sentido o nome só é aplicado a Cristo; ele é aquele
único mais excelente pastor das ovelhas espirituais. O primeiro aspecto que o
distingue como o verdadeiro pastor de almas é este, que ele dá sua vida, sua
própria alma, como remissão, como aquele único sacrifício completo, pela culpa
de todos os pecadores, que mereceram a eterna condenação. Ele se tornou o seu
substituto; ele tomou sobre si as transgressões deles e morreu em lugar deles.
Foi assim que os culpados, os pecadores, foram redimidos de pecado e
destruição. Jesus, neste sentido, incidentalmente é um exemplo para todos
quantos carregam o nome pastor como seus assistentes na grande obra. Ele
também, tendo em vista este objetivo, se coloca em proposital contraste aos
mercenários, os mestres falsos, os fariseus.
Tais mercenários, cuja preocupação
é o dinheiro e o desejo de gozar seu sossego em Sião, mas não têm interesse nas
almas das pessoas confiadas ao seu cuidado. São tão só mercenários e só
trabalham enquanto está assegurado seu viver e bem-estar. Ao primeiro sinal do
lobo, diante da primeira indicação de real perigo, de provável perseguição,
sofrimento, e, até, de martírio, fogem em precipitada corrida. O resultado é a
dispersão e o assassinato das ovelhas pelos inimigos. Mas o mercenário não se
preocupa; ele não tem qualquer preocupação, qualquer angústia, nenhum
interesse, nas ovelhas. “Aquele que quer ser pregador, que ele ame de todo o
coração o trabalho, que ele busque unicamente a hora de Deus e o bem-estar de
seu próximo. Caso ele não busca só a glória de Deus e a salvação de seu
próximo, mas, neste ofício, pensa sobre sua vantagem e dano, neste caso não
precisas pensar que ele irá durar. Ele, ou fugirá envergonhado e abandonará as
ovelhas, ou se calará e deixará as ovelhas sem pasto, isto é, sem a Palavra.
Mercenários
são aqueles que pregam em favor de seu próprio benefício, que são cobiçosos, e
não se querem satisfazer com o que Deus diariamente lhes concede como esmola.
Pois, nós pregadores não devemos desejar mais de nosso ofício do que o
plenamente suficiente. Aqueles que querem mais são mercenários que não se
preocupam com o rebanho; enquanto isto um pregador piedoso por esta causa
desistirá de tudo, até mesmo de seu corpo e sua vida.”11) O segundo aspecto que
distingue Jesus como o bom pastor, em contraste aos demais, é o fato do
relacionamento e conhecimento íntimo entre ele e suas ovelhas. Assim como Jesus
conhece aqueles que são seus, tanto de corpo, como de alma e espírito, assim os
cristãos conhecem a Jesus; seu coração, sua mente e sua vontade estão centrados
em Jesus, repousam em Jesus. A expressão representa corretamente a íntima e
cordial relação e comunhão de amor que há entre Cristo e seus verdadeiros
discípulos. Esta intimidade e comunhão é tão estreita e envolvente como o é a
que existe entre o Pai e o Filho. Seus corações e mentes estão abertas um ao
outro; há uma mútua troca de pensamentos e ideias, que sempre são orientadas
por maravilhoso amor.
Assim
sucede também entre Cristo e seus fiéis. É devido ao conhecimento que Cristo
tem do Pai e de sua vontade, que Jesus declara que entregará sua vida pelas
ovelhas. O resgate é pago pelos pecados do mundo inteiro, mas só os fiéis têm o
proveito da graça do Salvador, só eles obtém a graça do Pai. Cristo ainda tem
outras ovelhas, que não são deste aprisco; ele conseguirá também dentre os
membros de outras nações fora da judaica quem nele crê. Pois o Pai lhe deu da
cada nação no mundo um grande número; eles são seus por desígnio e dom do Pai.
Aqui Cristo declara que sua voz, por meio da palavra do evangelho, sairia aos
povos de outra descendência e língua do que os judeus. É a obrigação da vontade
divina que repousa sobre ele que o impulsiona para ganhar também a estes para o
evangelho.
E eles iriam ouvir, iriam obedecer sua voz no evangelho, e o
resultado final seria um rebanho, composto de todos aqueles que aceitaram a
salvação pelo sangue de Cristo, o único Pastor, o Filho do próprio Deus. “Mas nada
é dito sobre uma união de organização. Pode haver vários apriscos, mas um
rebanho.”12) Os sonhos do unionismo não encontram suporte nesta passagem. A
“santa Igreja Cristã, a comunhão dos santos,” tem sido congregada no mundo
desde a primeira proclamação do evangelho, e todos os verdadeiros cristãos em
Cristo formam a grande igreja invisível. Aqui, porém, não uma só palavra para
unir organizações eclesiásticas visíveis em um só corpo imenso e poderoso.KRETZMANN.
Paul E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento Editora Concordia
Publishing House.
Jo 10.3-5
Quando o pastor chegava, ele chamava as suas próprias ovelhas pelo nome. Pelo
fato das ovelhas reconhecerem a voz de seu pastor, elas vêm e o seguem, e saem
para pastar.
O aprisco
das ovelhas do judaísmo continha algumas pessoas do povo de Deus que tinham
esperado pela vinda de seu Pastor-Messias (veja Isaías 40.1-11). Quando o
Pastor veio, judeus crentes reconheceram a sua voz e o seguiram. Dizem que os
pastores no oriente podiam dar nome a cada ovelha e que cada ovelha respondia
ao pastor que chamava pelo seu nome. Os crentes verdadeiros, como ovelhas
pertencentes ao verdadeiro Pastor, jamais seguiriam um estranho que fingisse
ser o seu pastor (5.43).
Comentário
do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 549.
“Aquele... que entra pela porta é o pastor das
ovelhas” (Jo 10.1-6). O contraste aqui não é entre Jesus e os líderes
religiosos, mas entre Jesus e os falsos messias. Cristo veio a Israel pela
porta identificada pelos profetas do Antigo Testamento. “O Espírito do Senhor
Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos
mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade
aos cativos e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do
Senhor” (Is 61.1-2).
Outros
vieram pregando um furioso banho de sangue como retribuição contra os
opressores de Israel. Eram falsos pastores, subindo por outra parte. Os falsos
messias da história conservaram essa característica. Eles trariam o reino de
paz de Deus por meios sangrentos e “libertariam” os oprimidos matando os
opressores. Cuidado com tais pessoas. Você não ouvirá a voz de Jesus nos seus
estridentes chamados à revolução.
“As
ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz” (Jo 10.4). Este tema é
frequentemente repetido por Jesus. O relacionamento de um pastor oriental com
suas ovelhas era pessoal. O pastor conhecia cada ovelha pelo nome, como um
indivíduo. Ele conduzia, não simplesmente arrebanhava as ovelhas. As ovelhas
também reconheciam o seu protetor e respondiam à sua voz. Sua audição era tão
aguçada que se alguém tentasse imitar a voz dele, elas se assustavam.
Há outra
implicação aqui também. A noite, geralmente quatro ou cinco rebanhos de ovelhas
eram reunidos em uma área ou curral protegido. De manhã, quando um pastor
chamava, suas ovelhas respondiam à sua voz e se separavam do rebanho! Era a
resposta à voz do pastor que identificava suas ovelhas das centenas de outras,
que poderiam parecer iguais a elas para o observador descuidado.Hoje
também aqueles que ouvem o evangelho e reconhecem nele a voz de Deus
chamando-os respondem. E a nossa resposta a Jesus que nos identifica como suas
ovelhas.Lawrence
O. Richards. Comentário Devocional da Bíblia. Editora CPAD. pag. 686.
Esta
parábola também foi proferida no templo, pouco depois que Jesus encontrou o
homem que estivera cego e havia proferido as palavras ameaçadoras aos fariseus
sobre a cegueira espiritual. Aqui ele se refere a um aprisco de ovelhas, a um
desses cercados ou currais para ovelhas. Este era um pátio com altas paredes de
pedra para não deixar entrar animais selvagens como mais outros intrusos. Havia
um portão ou porta que era vigiada por um porteiro. Agora Jesus afirma que
qualquer pessoa que não procurasse o portão para entrar no curral, mas
procurasse alguma outra maneira para atingir seu interior, bem por este sinal
se evidenciava como um ladrão, cuja intenção é furtar ou mesmo assaltar, e que
não hesitaria em usar violência.
O pastor não necessita de tais esquemas e estratagemas.
Ele se aproxima publicamente do portão do curral, e o vigia lhe abrirá a porta,
pois conhece o pastor e sabe suas intenções. E quando o pesado portão foi
aberto, o pastor só precisa erguer sua voz no chamado que as ovelhas conhecem
muito bem, que as ovelhas responderão imediatamente. Ele tem um nome para cada
ovelha que foi confiada, e elas são capazes de distinguir a este nome que foi
chamado. Caso houver no curral vários rebanhos para o pernoite, as ovelhas de
cada pastor irão responder só à voz de seu próprio pastor. E quando todas as
ovelhas que pertencem ao seu rebanho foram colocadas para fora do curral, elas
seguirão seu pastor que as dirige pelo caminho, indo o pastor à frente, como
ainda é costume no oriente. Elas seguem sua voz, não suas vestes nem seu
cachorro, como foi comprovado por testes confiáveis. As ovelhas têm um
conhecimento tão certo do cuidado carinhoso do pastor, de sua maneira mansa e
gentil de conduzir e guiá-las, que têm plena confiança nele. Mas, dum estranho
as ovelhas sentem temor e fogem dele, visto que sua vos não lhes é familiar;
não aprenderam a confiar nele como acontece com seu próprio pastor. Esta
parábola é uma das mais belas histórias de Cristo completeza e detalhada
correção do quadro, e a aplicação da parábola foi suficientemente óbvia. Mas,
como sempre, os judeus não fizeram a mínima ideia da lição que o Senhor quis
transmitir.
O aprisco é em todos os tempos a igreja de Deus. As ovelhas são os
membros do reino de Deus, os cristãos tanto do Antigo como do Novo Testamento,
que colocam sua confiança na palavra de sua redenção por meio da obra do
Messias. Mas os homens que devem ser seus pastores, seus líderes, desde tempos
antigos, têm sido divididos em duas classes. Há aqueles que publicamente se
aproximam da porta, que têm o chamado e a tarefa de tomar conta das almas que
lhes foram confiadas, e que realizam seu chamado difícil de modo apropriado,
com toda a fidelidade. Pois eles são assistentes do grande Pastor, Jesus
Cristo, sendo a voz dele que por eles chama. Desta forma, as ovelhas ouvem a
voz de Jesus na voz dos pastores fiéis, o que também reconhecem e sabem
perfeitamente, o que também observam com prazer. E, se realmente são suas
ovelhas, não prestam atenção à voz dos que tentam imitar a voz do verdadeiro Pastor,
mas deles têm medo e os evitam. “Pois como ele disse sobre seu ofício que ele
realiza por meio de sua palavra, ele também diz de suas ovelhas, como se devem
comportar em seu reino, a saber, quando a porta se abriu para Ele, eles
imediatamente ouvem sua voz e aprendem a reconhecê-la corretamente, pois ela é
de fato a voz confortadora e cordial, pela qual eles, livres do terror e do
medo, chegam à liberdade que possam esperar toda misericórdia e conforto de
Deus em Cristo.
E, tendo aceitado este Pastor, aderem só a ele em toda
confiança e de nenhum outro ouvem os ensinos.”7) O ouvir espiritual das
verdadeiras ovelhas de Cristo, que são os cristãos, rapidamente se torna tão
sutil que sabem distinguir imediatamente entre o ensino verdadeiro e falso, e temerão
e evitar a vos de estranhos. Serão capazes de julgar corretamente a doutrina,
sem qualquer comando arbitrário duma hierarquia auto instituída. “A outra
doutrina é que todos os cristãos têm poder e direito para julgar toda doutrina
e se separar de falsos mestres e bispos e em não lhes obedecer. Pois aqui ouves
que Cristo diz de suas ovelhas:... A um estranho não seguirão.... Pois, podendo
eles julgar essas coisas, tem eles disso a regra que é estabelecida na palavra
de Cristo, a saber que todos que não pregam a Cristo são ladrões e assassinos.
Com esta afirmação é estabelecido o julgamento, de que já não qualquer
necessidade de outro conhecimento mas em ser reconhecido por Cristo, e que
devem a ele seguir este julgamento e, por isso, fugir e evitar a todos os tais,
sem interessar que, quão grandes, e quantos são”8). Estes falsos pastores são
caracterizados como aqueles que de alguma outra maneira sobem ao curral, mas
não pela porta. Falsos mestres, que não têm chamado de Cristo, cuja doutrina
falsa não tem direito para existir, não virão com o puro evangelho e com um
chamado do qual podem atestar sua origem divina, mas farão uso de tramas e
estratagemas para enganar as ovelhas e seduzi-los para que os ouçam. “Pois, o
evangelho é tão delicado e precioso que não pode suportar qualquer adição ou
doutrina de fora.
As doutrinas espirituais que nos dizem como podemos chegar ao
céu com jejuns, rezas, e outras obras semelhantes, são em si mesmas trilhos
secundários que o evangelho não pode suportar; mas os oponentes as querem, por
isso são ladrões e assassinos, pois ultrajam as consciências e abatem e
assassinam as ovelhas.... Por isso um tal trilho é meu assassinato e morte.”9).
Todos os mestres falsos são, segundo as Escrituras, ladrões e salteadores, e a
presença deles é uma constante ameaça à igreja de Deus. “Eles, contudo, são
chamados ladrões por esta razão, visto que secretamente furtam, e aparecem com
atraentes palestras, como São Paulo afirma, Rm. 16. 18, numa grande ostentação,
e também e verdadeiras vestes de ovelha, afirmam ter especial fidelidade e amor
às almas, mas, incidentalmente tem esta marca, pela qual Cristo ensina que
devem ser distinguidos, que não entram pela porta, mas sobem por outra maneira,
isto é, como ele mesmo o expõe, vêm antes dele e sem ele, não indicam e não se
referem a Cristo como o único Pastor e Salvador.KRETZMANN.
Paul E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento Editora Concordia
Publishing House.
3. O
pastor dá a vida pelas ovelhas.
Na vida
pastoril, nos campos, os pastores cuidam das ovelhas para obterem delas o
sustento para suas vidas. Eles não morrem pelas ovelhas. Mas Jesus, o Sumo
Pastor, deu a sua vida pelos que nEle creem (Jo 10.1, 15). Na sua morte,
aparentemente, o seu rebanho estaria destinado a ficar sem pastor. Mas,
contrariando a lógica humana, Ele ressuscitou ao terceiro dia, vitorioso sobre
a morte, sobre o inferno, sobre o Diabo e sobre todos os poderes do universo.
Ele proclamou aos discípulos a sua onipotência: “É-me dado todo o poder no céu
e na terra” (Mt 28.18).
O PASTOR
QUE CUIDA DAS OVELHAS
O
salmista Davi escreveu certamente o mais belo texto sobre a figura de Deus como
nosso Pastor, o “Jeová Raá”, que, ao mesmo tempo, é o “Jeová-Jirê\ o Senhor que
provê todas as coisas necessárias a seu povo. Ele se referia ao Deus Pai. E
falava da ovelha que confia no seu Pastor. Porém todas as características do
pastor do Salmo 23 aplicam-se a Jesus Cristo, “o bom Pastor” (Jo 10.11,14).
1) Não
nos deixa faltar nada. No seu cuidado, Jesus não nos deixa faltar nada que seja
essencial ou indispensável à nossa vida. O crente fiel sabe contentar-se com o
que Deus lhe concede por sua infinita bondade (Fp 4.11-13). O que lhe falta, o
Senhor lhe dá graciosamente, por sua bondade e por seu amor.
2) Os
“verdes pastos” (SI 23. 2), São a figura do alimento espiritual que Jesus
propicia à sua Igreja, através da ministração sadia da sua palavra. Os pastores
verdadeiros alimentam a Igreja com a sã doutrina. As “águas tranquilas” falam
da paz interior, que o Senhor concede aos que nele confiam. E a paz que Ele
deixou para seus servos (Sl 23.2b; Jo 14.27); é a paz “que excede todo o
entendimento” (l;p 4.7).
3) O
refrigério da alma. Lembra o conforto que a presença de Deus nos concede,
através do Espírito Santo, nosso “Consolador” (Sl 23.3; Jo 14.16, 17). Nas
horas mais difíceis, quando não liá solução humana, o Bom Pastor nos conforta
com sua graça e seu poder.
4) As
“veredas da justiça”. São o caminhar reto e hei do crente salvo em Jesus (Sl
23.3b; Rm 5.19; 1 Pe 3.12), Quando o crente anda, seguindo o pastor Fiel, não
comete injustiças.
5) A
segurança da ovelha. Mesmo passando pelo “vaie da sombra da morte” (Sl 23.4), a
presença do pastor dá segurança: “porque tu estás comigo” (Sl 23.4b). Jesus
assegurou que estaria com seus servos, ainda que sejam “dois ou três” (Mt
18.20).
6) A mesa
perante os inimigos. A mesa preparada para a ovelha, perante os inimigos e a
unção com óleo (Sl 23.5), nos remetem à unção do Espírito Santo na vida do
crente fiel (1 Jo 2.20, 27; Ef 5.18), concedendo-nos vitória sobre os inimigos
que se levantam contra a nossa fé.
7)
Bondade e misericórdia todos os dias. O Pastor do Salmo 23 concede “bondade e
misericórdia” para que o crente fiel habite na casa do Senhor “todos os dias”
da sua vida (Sl 23.6). Cristo nos faz ser “templo do Espírito Santo” (1 Co
6.19,20). Por todos esses paralelos de Cristo em relação a nós e o descrito no
Salmo 23, podemos concluir que Jesus é o nosso Pastor por excelência.Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a Deus e aos homens com
poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 108-109.
Jo 10.11
Jesus é o Pastor zeloso e dedicado - o bom pastor. Como descrito nos versículos
que se seguem, há quatro características que separam este Bom Pastor dos
pastores falsos ou maus:
1. Ele se
aproxima diretamente - Ele entra pela porta.
2. Ele
tem a autoridade de Deus - o porteiro permite que Ele entre.
3. Ele
atende as necessidades reais – as ovelhas reconhecem a sua voz e o seguem.
4. Ele
tem amor sacrificial - Ele está disposto a dar a sua vida pelas suas ovelhas.
Repetindo
isto quatro vezes, Jesus assinalou que o traço mais importante do bom pastor é
que Ele dá a sua vida pelas ovelhas (10.11; veja também 15,17,18).
De acordo
com a ilustração neste capítulo, a vida de um pastor poderia às vezes ser
perigosa. Animais selvagens eram comuns nos campos da Judéia. Um bom pastor
podia certamente arriscar a sua vida para salvar as suas ovelhas.Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 550.
O
propósito e o plano de Deus não são apenas salvar o homem da morte, da
destruição, da culpa, mas também torná-lo santo, “conforme a imagem do seu
Filho” (Rm 8.29). Tal propósito só pode ser atingido de uma maneira; por meio
da morte voluntária de Jesus. Simplesmente por ser o bom pastor, Ele dá a sua
vida pelas ovelhas (11). Literalmente, o bom pastor pode ser traduzido como “O
Pastor, aquele que é bom”. A sua bondade é tão grande que Ele não encontra
comparação — não existe Pastor como Ele. Alguns levantaram a questão de como Cristo
pode ser ao mesmo tempo a Porta e o Pastor. Mas isto significa estar limitado
pelos detalhes da parábola, porque Ele certamente é a Porta do aprisco, a única
Entrada para a vida, e Ele é o Pastor das ovelhas, o Único que se preocupa o
suficiente para dar a sua vida pelas ovelhas (cf. 6.51).Joseph H. Mayfield.
Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 97-98.
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PAZ DO SENHOR
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