SUBSIDIO JUVENIS IMPORTANCIA DE ISRAEL N.4
Ezequiel
37.1-12.
1 — Veio
sobre mim a mão do Senhor; e o Senhor me levou em espírito, e me pôs no meio de
um vale que estava cheio de ossos,2 — e me fez andar ao redor deles; e eis que
eram mui numerosos sobre a face do vale e estavam sequíssimos.3 — E me disse:
Filho do homem, poderão viver estes ossos? E eu disse: Senhor Jeová, tu o
sabes.4 — Então, me disse: Profetiza sobre estes ossos e dize-lhes: Ossos
secos, ouvi a palavra do Senhor.5 — Assim diz o Senhor Jeová a estes ossos: Eis
que farei entrar em vós o espírito, e vivereis.6 — E porei nervos sobre vós, e
farei crescer carne sobre vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em vós o
espírito, e vivereis, e sabereis que eu sou o Senhor.7 — Então, profetizei como
se me deu ordem; e houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um
reboliço, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso.8 — E olhei, e eis que
vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles
por cima; mas não havia neles espírito.9 — E ele me disse: Profetiza ao espírito,
profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor Jeová: Vem
dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam.10
— E profetizei como ele me deu ordem; então, o espírito entrou neles, e viveram
e se puseram em pé, um exército grande em extremo.11 — Então, me disse: Filho
do homem, estes ossos são toda a casa de Israel; eis que dizem: Os nossos ossos
se secaram, e pereceu a nossa esperança; nós estamos cortados.12 — Portanto,
profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu abrirei as vossas
sepulturas, e vos farei sair das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos trarei à
terra de Israel.
Tendo
Israel como objeto principal de nosso estudo, veremos algumas profecias
escatológicas que já tiveram seu cumprimento e outras que ainda hão de se
cumprir. Através da situação atual de Israel iremos constatar a proclamação da
iminente vinda de Jesus.
ORIENTAÇÃO
DIDÁTICA
Sugerimos
para melhor compreensão desta lição que você faça uma listagem dos eventos
escatológicos numa folha de papel pardo (para que todos vejam). Coloque-os fora
da ordem de acontecimento. Distribua para sua classe folhas de papel ofício e
peça que, cada aluno, coloque-os em ordem. Dê alguns minutos para o cumprimento
da tarefa. Não precisa recolher os trabalhos, mas faça o levantamento da ordem
de acontecimentos descrita pelos alunos. O objetivo desta tarefa é situá-los no
tempo, no relógio de Deus, para que identifiquem as profecias que tiveram seu
cumprimento e as que ainda acontecerão.
Ordem
correta de acontecimentos escatológicos.
1 — Dispersão e regresso de Israel;
2 — Arrebatamento da Igreja;
3 — Grande Tribulação;
4 — Tribunal de Cristo;
5 — Bodas do Cordeiro;
6 — Batalha do Armagedom;
7 — Implantação do Reino Milenial;
8 — Juízo das Nações;
9 — O Grande Trono Branco.
Israel é
um dos sinais mais evidentes na atualidade em relação à volta de Cristo. Sua
restauração nacional, profetizada em Ezequiel 37.1-10 e, que, através de uma
visão fala metaforicamente de “um vale cheio de ossos”, teve início no século
em que vivemos.
I. EIXO
CENTRAL DO PROGRAMA ESCATOLÓGICO DIVINO
A
história do plano divino em relação à humanidade tem seu eixo central na
existência do povo de Israel. É o relógio pelo qual podemos acompanhar todos os
eventos históricos e escatológicos do mundo. Jesus apontou-nos esse sinal de
Sua vinda no sermão profético registrado em Lc 21.27-30: “E, então, verão o
Filho do Homem numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, quando essas coisas
começarem a acontecer, olhai para cima e levantai a vossa cabeça, porque a
vossa redenção está próxima. E disse-lhes uma parábola: Olhai para a figueira e
para todas as árvores. Quando já começam a brotar, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as,
que perto está já o verão”.
Encontramos
respaldo para crer na Palavra de Deus através das profecias bíblicas cumpridas
e, a se cumprirem, nos fatos da vida de Israel.
1.
Dispersão e regresso. Tanto as profecias sobre a dispersão do povo de Israel entre
as nações quanto as referentes ao retomo à sua terra, têm tido o fiel
cumprimento (Gn 12.1,2,7; Dt 32.9-11; Lv 26.33,36,37; Jr 24.6; Ez 36.24,28).
2. A
reunião progressiva de Israel em sua terra. Há duas importantes reuniões de
Israel na sua terra que mostram a veracidade da profecia bíblica. A primeira
diz respeito ao sentimento de volta ao lar que tiveram todos os israelitas
dispersos pelas nações. Esse sentimento se tornou forte com o movimento
sionista iniciado em 1897 por Teodoro Herzl. Pouco a pouco, sistemática e
continuamente, o povo começou a voltar. Não era um simples sentimento de um
homem ou de um povo e, sim, um impulso do Espírito de Deus na mente e no
coração de cada judeu disperso, em cumprimento da Palavra de Deus (Jr 24.6; Ez
36.24,28).
Em 1948,
Israel já estava bem instalado na Palestina e a sua proclamação pela ONU como
Estado foi o clímax da efetivação da promessa divina quanto ao seu retorno.
3. A
segunda reunião de Israel. Esta reunião acontecerá no futuro próximo por
ocasião da “angústia de Jacó”, conhecida como a Grande Tribulação (Ap
16.12-21). Esse evento escatológico será terrível e indescritível para o povo
de Israel. Ele estará mobilizado para a grande batalha do Armagedom. Os reis da
terra, isto é, os governantes do mundo todo estarão reunidos com seus exércitos
e armas destrutivas para o maior combate já registrado na história mundial.
Talvez seja esta a terceira guerra mundial. Será no clímax dessa batalha que
Jesus, o Messias, anteriormente rejeitado pelos israelitas, virá e destruirá os
inimigos do seu povo, e implantará o Seu reino milenial (Ap 19.11-21).
A
profecia de Ezequiel 37.1-11 trata da restauração nacional, moral e espiritual
de Israel. Alguns aspectos dessa profecia já tiveram o seu cumprimento e outros
estão se cumprindo. Porém, o cumprimento cabal só acontecerá no período da
Grande Tribulação e com a intervenção de Cristo, o Messias, em Jerusalém. Nesse
período, a Igreja não estará na Terra, porque foi antes arrebatada para estar
com o Senhor.
II. A
DESTRUIÇÃO PROGRESSIVA DO POVO DO NORTE
Os textos
de Ez 38 — 39 e Jl 2.20 tratam a respeito da profecia bíblica sobre um bloco de
nações ao norte de Israel.
1. As
nações do Norte. Por causa da etnia dos povos que habitam aquela região vários
nomes geográficos podem ser identificados. O profeta fala de Magogue, Meseque e
Tubal (Ez 38.2,3), regiões ocupadas pelos antigos citas e tártaros, as quais
hoje correspondem à Rússia. Nome como o de Meseque converteu-se em Moscou ou
Moskva. Tubal é a moderna cidade russa de Tobolsk. Em Ez 38.2 temos a palavra
“chefe”, tradução do termo rosh, dando a idéia do nome Rússia. No bloco das
nações aliadas aparecem os nomes de Gômer, Togarma (Ez 38.6). Gômer veio a ser
a Germânia (atual Alemanha) e, Togarma corresponde à Armênia e Turquia. Em Ez
38.5 destacam-se os persas, os etíopes e Pute. Hoje, os persas são o Irã; os
etíopes, a Etiópia; e, Pute, a Líbia.
2. Queda
e ressurgimento da confederação do Norte. Devemos entender que a queda da União
Soviética não significa que a profecia tenha perdido sua validade. Na verdade,
essa potência mundial está se levantando e mostrando sua força, quando se
esforça para participar das conversações de paz entre Israel e os países
árabes, aos quais ela sempre apoiou. Ela perdeu o seu poder sobre o aludido
bloco de nações, e alguns estudiosos interpretam essa queda como algo para
acontecer em plenitude no futuro. Parte dessa profecia já começou a ter o seu
cumprimento porque a Rússia caiu como potência bélica e econômica.
3. A
Confederação do Norte combaterá a Besta na Grande Tribulação. A profecia diz
que a confederação do Norte, tendo como líder Gogue, colocará seus exércitos
contra a autoridade da Besta, ou seja, o Anticristo (Ez 38.2-6). A profecia
indica que Gogue, chefe da terra de Magogue invadirá a terra de Israel nos
últimos dias (Ez 38.8,16). É possível que essa invasão venha acontecer no
período da Grande Tribulação. Os motivos principais para a invasão do “rei do
norte” estão expostos em Ez 38.11,12. A idéia de “tomar o despojo e de arrebatar
a presa” não é difícil entender pelo fato de a antiga União Soviética ter
perdido seus principais intelectuais e cientistas (na maioria judeus), os quais
retornaram para Israel. Diz a Bíblia que esse invasor será destruído pela
intervenção divina (Ez 38.20), nos montes de Israel (Ez 39.4). Então, as nações
da Terra reconhecerão o Deus de Israel (Ez 39.21,22). Devemos entender que essa
invasão nada tem a ver com a batalha do Armagedom, e a guerra decorrente que
acontecerá no início da “semana profética” de Daniel (Dn 9.27). A batalha do
Armagedom se dará no final da “semana”, pois o seu líder será o Anticristo, a
Besta (Zc 12.3; 14.2; Ap 16.14).
III. O
RESSURGIMENTO DO ANTIGO IMPÉRIO ROMANO
Os textos
de Dn 2.33,34,44; 9.24-27; 7.7,8,24,25; Ap 13.3,7; 17.12,13 são relativos à
profecia sobre uma confederação de nações formada na área geográfica do antigo
Império Romano.
1. O
sentido duplo de interpretação. Essa profecia, numa parte refere-se
literalmente àquelas nações adjacentes ao Mediterrâneo, as quais formavam o
núcleo do Império Romano e, na outra parte, figuradamente refere-se apenas às
características daquele Império. Tal como existiu o Império Romano, também, se
levantará um da mesma forma dentro da realidade atual.
2. A
União Européia, uma sombra do antigo Império Romano. Especula-se muito sobre a
atual União Européia como um retrato dessa confederação profetizada. Não temos
base consistente na Bíblia para afirmar positivamente. Mas não podemos evitar o
fato de que as características dessa confederação profetizada (Dn 2.33,34,44)
conferem com a profecia de Daniel. E perigoso estabelecer suposições como
fatos. Por isso, o aconselhável é ficarmos dentro dos limites impostos pela
profecia bíblica. No entanto, a evidência dos sinais da vinda do Senhor Jesus
em nossos dias é fortalecida pela clareza da profecia e do seu cumprimento.
O sinal
de Israel é revelado à Igreja pelo seu esplêndido florescimento na Terra que
Deus lhe prometera — a figueira brotando — , e pela sua influência na marcha
dos acontecimentos mundiais.
Trechos
da Declaração de Independência de Israel, lida por David Ben Gurion no dia 14
de maio de 1948, e reproduzida integralmente no livro Jerusalém 3000 Anos de
História (CPAD):
“Declaramos
que, a vigorar desde o momento do término do Mandato, que se dará hoje à noite,
véspera de Sábado, 6º dia de íar de 5708 (15 de maio de 1948), até a instalação
das autoridades eleitas regulares do Estado de acordo com a Constituição que
será adotada pela Assembléia Constituinte Eleita, o mais tardar a 1º de outubro
de 1948, o Conselho do povo atuará como Conselho de Estado Provisório, e seu
órgão executivo, a Administração do Povo, será o Governo Provisório do Estado
judeu, a ser denominado Israel.
“O ESTADO
DE ISRAEL estará aberto à imigração judaica e para o Retorno dos Exilados;
fomentará o desenvolvimento do país em benefício de todos os seus habitantes;
basear-se-á nos princípios de liberdade, justiça e paz, conforme concebidos
pelos profetas de Israel; assegurará completa igualdade de direitos sociais e
políticos a todos os seus habitantes sem distinção de religião, raça ou sexo;
garantirá a liberdade de culto, consciência, língua, educação e cultura; e
manter-se-á fiel aos princípios da Carta das Nações Unidas.
“APELAMOS
ao povo judeu em toda a Diáspora para que cerre fileiras em torno dos judeus de
Eretz-Israel nas tarefas de imigração e reconstrução e para que esteja ao seu
lado na grande luta pela realização do sonho secular — a redenção de Israel.
“Confiando
no Todo-Poderoso, apomos nossas assinaturas a esta proclamação, nesta sessão do
Conselho de Estado Provisório, no solo pátrio, na cidade de Tel-Aviv, nesta
véspera de sábado, 5º dia de íar, de 5708 (14 de maio de 1948). Segue a
assinatura de David Ben Gurion e dos demais fundadores do Estado de Israel.
Terminada
a leitura da Declaração de Independência do Estado de Israel, é proferida a
bênção hebraica: ‘Louvando sejas, ó Senhor, Deus nosso, Rei do Universo, que
nos mantiveste vivos, que nos preservaste e nos permitiste ver este dia’”.
No dia 23 de maio de 1957, um tratado foi
assinado em Roma, que sem dúvida foi o primeiro passo do cumprimento da antiga
profecia de Daniel sobre a existência da futura confederação de nações, como
última forma de expressão do poder gentílico mundial. A profecia está no
capítulo 2, e repetida no capítulo 7 de Daniel. No Apocalipse ela é também
vista a partir do capítulo 13. Esse tratado teve vigência a partir de 1 de
abril de 1958. O seu objetivo fundamental é a unificação da Europa mediante a
formação dos Estados Unidos da Europa. Os seis membros fundadores foram Itália,
França, Alemanha Ocidental, Holanda, Bélgica e Luxemburgo. Novos membros foram
mais tarde admitidos. Outros estão aguardando admissão.
“Essa
coalização de nações a ser formada, segundo a profecia, na área geográfica do
antigo Império Romano, está predita em Daniel 2.33,41-44; 7.7,8,24,25; Ap
13.3,7; 17.12,13. Não se trata de uma restauração literal e total do antigo
Império Romano, tal como ele existiu, mas de uma forma de expressão final dele,
pois, conforme a palavra profética em Daniel 2.34, a pedra feriu a estátua nos
pés, não nas pernas. As duas pernas representam o Império Romano dividido em
dois, fato que teve lugar em 395 d.C. O Império Ocidental, com sede em Roma e o
Oriental, com sede em Constantinopla. Foi nessa condição que ele deixou de
existir — como duas pernas. O Império Ocidental caiu em 476, e Oriental, em
1453 d.C. (O Calendário da Profecia, CPAD).
Reconstrução do Templo de Salomão Ezequiel 43.1-9.
1 -
Então, me levou à porta, à porta que olha para o caminho do oriente.2 - E eis
que a glória do Deus de Israel vinha do caminho do oriente; e a sua voz era
como a voz de muitas águas, e a terra resplandeceu por causa da sua glória.3 -
E o aspecto da visão que vi era como o da visão que eu tinha visto quando vim
destruir a cidade; e eram as visões como a que vi junto ao rio Quebar; e caí
sobre o meu rosto.4 - E a glória do Senhor entrou no templo pelo caminho da
porta cuja face está para o lado do oriente.5 - E levantou-me o Espírito e me
levou ao átrio interior; e eis que a glória do Senhor encheu o templo.6 - E
ouvi uma voz que me foi dirigida de dentro do templo; e um homem se pôs junto
de mim7 - e me disse: Filho do homem, este é o lugar do meu trono e o lugar das
plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre;
e os da casa de Israel não contaminarão mais o meu nome santo, nem eles nem os
seus reis, com as suas prostituições e com os cadáveres dos seus reis, nos seus
altos,8 - pondo o seu umbral ao pé do meu umbral e a sua ombreira junto à minha
ombreira, e havendo uma parede entre mim e entre eles; e contaminaram o meu
santo nome com as suas abominações que faziam; por isso, eu os consumi na minha
ira.9 - Agora, lancem eles para longe de mim a sua prostituição e os cadáveres
dos seus reis, e habitarei no meio deles para sempre.
Você já
pensou porque, atualmente, os cristãos ocidentais não valorizam o templo? Na
Europa, os antiguíssimos e espaçosos templos, outrora tão frequentados, estão
vazios. Isso acontece devido ao esfriamento espiritual e a dessacralização dos
locais religiosos. No Brasil, apesar da enorme e crescente quantidade de
templos em todas as regiões, poucos são os que realmente lhes atribuem valor
sacro. Entretanto, o povo judaico sempre valorizou o templo como lugar sagrado
e de adoração a Deus. Hoje, eles ainda almejam a reconstrução do Grande Templo,
por considerá-lo, entre outras coisas, o símbolo da unidade da nação com o
Messias.
Mencionar
as profecias bíblicas referentes à reconstrução do templo da Septuagésima
Semana.Os propósitos principais do Templo dos judeus foram delineados nas
planícies de Moabe em 1405 a.C. Embora não haja uma referência direta ao
Templo, e sim ao local onde Yahweh escolheria entre as tribos “para ali pôr o
seu nome” (Dt 12.4;11,14), a narrativa de Deuteronômio é decisiva para a
compreensão da importância de um santuário central. O Templo serviria para: O
Senhor habitar entre o povo (v.4); Israel oferecer o seu culto (v.11); servir
de unidade nacional (vv.10,14) e livrar Israel da idolatria (vv.1-3,30).
Por fim,
o Templo foi construído em Jerusalém, na antiga eira de Araúna, no monte Moriá
(2 Cr 3.1), em torno de 966 a.C. Após a construção do Santuário, os preceitos
básicos foram transgredidos: idolatria, transferência da unidade nacional
baseada no Templo para a monarquia e, por conseguinte, a glória do Senhor
ausentou-se do Santuário. Sucessivas reformas procuraram restaurar o Templo: de
Asa (1 Rs 14.9s.); Josias (2 Rs 22), mas estas estavam condicionadas à
fidelidade do rei. O Templo é destruído e reconstruído (2 Cr 36.19,23),
profanado por Antíoco Epifânio (168 a.C), reconsagrado por Judas, o Macabeu
(165 a.C), reformado por Herodes (20-19 a.C), destruído pelo general Tito em 70
d.C e, por fim, ansiado pelos judeus.
A fim de
ilustrar a lição, transcreva para o quadro-de-giz ou cartolina o esquema
didático abaixo. Trata-se de um esboço gráfico que apresenta as relações e
progressos de um determinado assunto. Ele tem por objetivo proporcionar uma
visão panorâmica de todo o conteúdo da lição. Observe no modelo abaixo as fases
do Templo.
A profecia concernente à reconstrução do Santo
Templo, em Jerusalém, é um dos mais eloquentes alertas quanto ao iminente
retorno de Nosso Senhor Jesus Cristo. Apesar de não sabermos se o Templo será
reerguido antes, ou depois, do arrebatamento da Igreja, de uma coisa temos
certeza: esta profecia está prestes a se cumprir.
Os
achados arqueológicos, contudo, estão a levantar algumas interrogações. Onde
ficava exatamente o templo? Se a mesquita de Omar ocupa, de fato, a área do
antigo templo, este projeto será possível? A única coisa que sabemos é que as
profecias sobre a reconstrução do Santo Templo hão de se cumprir fielmente,
como fielmente cumpriram-se as profecias a respeito da restauração nacional de
Israel em 14 de maio de 1948.
I. O QUE
É O SANTO TEMPLO
O Santo
Templo construído por Salomão não pode ser visto apenas como um assombro
arquitetônico; é a concretização de um ideal que, tendo início com os
patriarcas, fez-se realidade com o suntuoso edifício que o filho de Davi ergueu
em Jerusalém (Gn 28.10-17; 1 Rs 5-8).
1.
Definição. O Santo Templo, por conseguinte, é o santuário por excelência do
povo israelita, onde não somente este, como também os gentios, deveriam adorar
e buscar ao Deus Único e Verdadeiro em espírito e verdade (Mc 11.17).
2.
Conceito teológico. Edificado em Jerusalém, possuía o Santo Templo uma função
teologicamente missionária: atrair os gentios ao Deus de Abraão (2 Cr 6.32,33;
Mt 12.42), fazendo com que estes, juntamente com os judeus, viessem a
constituir-se num só povo em Cristo Jesus.
Infelizmente,
o Santo Templo foi transformado, por reis infiéis e apóstatas, num centro
ecumênico, onde cada povo tinha ali um altar para o seu deus (1 Rs 11.1-13).
Dessa forma, Israel perdeu a sua maior oportunidade de expandir o Reino de Deus
até aos confins da terra.
II. O
TEMPLO DE SALOMÃO
A
construção do Santo Templo teve início por volta do ano 966 a.C. O autor
sagrado dedica a este empreendimento três capítulos do 1º Livro dos Reis.
Terminada a obra, que consumiu os sete primeiros anos do glorioso reinado de
Salomão, e que mobilizou todo o Israel e os países vizinhos, assim testemunha o
cronista com respeito à glória do Senhor que sobreveio àquele santuário:
1. A
glória do Senhor enche o templo. “A casa se encheu de uma nuvem, a saber, a
Casa do Senhor; e não podiam os sacerdotes ter-se em pé, para ministrar, por
causa da nuvem, porque a glória do Senhor encheu a Casa de Deus” (2 Cr
5.13.14).
2. A
glória do Senhor deixa o templo. Salomão, que tão bem começara o seu reinado,
desvia-se do Senhor para seguir os deuses de suas muitas mulheres gentias (1 Rs
11.1-13). E, assim, induz Israel à apostasia. Em consequência, o Senhor decide
destruir Jerusalém e, com esta, o Santo Templo (Jr 7.1-16).
Antes,
porém, que viessem os exércitos babilônicos, retira Ele a sua glória do lugar
santíssimo (Ez 11.23). Como haviam predito os profetas, a Casa de Deus é posta
em desolação por 70 anos (Dn 9.2).
III. A
RECONSTRUÇÃO DO SANTO TEMPLO
1. O
templo de Zorobabel. Terminados os 70 anos de exílio, suscita o Senhor o
espírito de Zorobabel, a fim de que reconstrua o Santo Templo (Ed 3.1-13).
Passados quase cinco séculos, eis que Herodes põe-se a reformá-lo, objetivando
transformá-lo numa das mais notáveis edificações do Império Romano. Neste
empreendimento, o perverso monarca compromete quarenta e seis anos de seu
governo (Jo 2.20). A construção era sobremodo majestosa, servindo inclusive de
introdução ao Sermão Profético de Nosso Senhor (Mc 13.1).
No ano
70, os exércitos romanos, sob o comando de Tito, destroem completamente o Santo
Templo, conforme antecipara o Senhor Jesus (Mt 24.2). Desde então, os judeus,
privados de seu santuário, não mais puderam oferecer a Deus os sacrifícios
prescritos no Antigo Testamento. Mas, com muito anelo, aguardam a reconstrução
do Santo Templo em Jerusalém.
2. O
templo da 70ª Semana. Eis as profecias que fazem referência à reconstrução do
templo da 70ª Semana.
a) Daniel
(Dn 9.27); b) Jesus (Mt 24.15); c) Paulo (2 Ts 2.3-9).
3. O
templo do Milênio. Este templo, por suas características descritas por
Ezequiel, difere do templo da 70ª Semana pois será edificado sobre um monte
localizado na parte central do território sagrado dos sacerdotes (Ez 40.2). Os
seus átrios serão murados para se evitar a sua profanação (Ez 48.8-22). Neste
templo, a glória de Deus haverá de manifestar-se a Israel e ao mundo. E sobre
ambos os povos estará governando o Cristo de Deus como o Rei dos reis e Senhor
dos senhores.
Apesar da
importância profética do Santo Templo, nós, que recebemos a Cristo Jesus como o
nosso Salvador e Redentor, devemos ter sempre em mente as palavras de Cristo
àquela samaritana que se achava mui preocupada com o verdadeiro lugar de
adoração: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão
o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em
verdade” (Jo 4.23,24).
A
reconstrução do Santo Templo, entretanto, deve ser encarada como um dos mais
fortes sinais da volta de Cristo Jesus. Não sabemos quando se dará este fato:
antes ou depois do arrebatamento? O que realmente sabemos é que Cristo em breve
virá buscar a sua Igreja.
Querido
Jesus, os sinais tornam-se cada vez mais fortes e extraordinários. Não permitas
que os teus filhos adormeçam na incredulidade. Ajuda-nos a ser mais precavidos.
Em teu nome. Amém!
O Templo que será erguido e que certamente
será profanado pelo Anticristo tem sido bastante discutido pelos judeus de todo
o mundo. Quando Israel conquistou a parte velha da cidade de Jerusalém com as
ruínas do Templo, em 1967, o velho historiador judeu Israel Eldad, segundo
citação da ‘Revista Time’, teria dito: ‘Agora estamos no mesmo ponto em que
Davi estava, quando libertou Jerusalém das mãos dos jebuseus’. E acrescentou:
‘Daquele dia até o momento em que Salomão construiu o Templo passou-se apenas
uma geração. Assim também acontecerá conosco’.
Recentemente
declarou um rabino judeu: ‘Estamos prestes a ver o grande Templo reconstruído’,
isto é, o Templo da Grande Tribulação. E, sendo indagado por um Jornal bastante
badalado: ‘Quem o reconstruirá: os judeus ou o Anticristo?’ Ele respondeu: ‘O
Templo é chamado de ‘...o Templo de Deus’ (Dn 8.11,14; Mt 24.15; 2 Ts 2.4; Ap
11.1) e, evidentemente só os judeus (ou através deles) serão autorizados por
Deus para sua construção’.
[...] É
sabido hoje que já há projeto em Israel para a construção do Novo Templo. Os
judeus políticos dizem: A construção do Templo será um ato político de primeira
categoria, pois somente assim a anexação de Jerusalém se tornará uma realidade
política. Além disso, também motivos religiosos forçam a construção do Templo”.
(SILVA, S. P. Escatologia: doutrina das últimas coisas. 12.ed., RJ: CPAD, 2000,
pp.79-80).
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