Mt 24.15 1. Os romanos trarão “a abominação da
desolação” ao “lugar santo” (v. 15). Considere que: (1) Alguns entendem que uma
imagem, ou estátua, colocada no Templo por alguns dos governantes romanos, e
que era muito ofensiva aos judeus, os levou a se rebelarem, e desta maneira trouxe a desolação sobre eles. A imagem de
Júpiter (um dos deuses do Olimpo), que Antíoco mandou colocar sobre o altar de
Deus, é chamada Bdelygma eremoseos -
A abominação da desolação, a mesma palavra
usada aqui pelo historiador (1 Macabeus 1.54). Desde o cativeiro na Babilônia,
nada era, nem poderia ser, mais desagradável para os judeus do que uma imagem
no lugar santo, como se pode perceber pela poderosa oposição que eles fizeram
quando Calígula se ofereceu para colocar a sua estátua ali, o que teria tido
conseqüências fatais, se não tivesse sido evitado, e a questão apaziguada, pelo
comportamento de Petrônio. No entanto, Herodes colocou a imagem de uma águia
sobre a porta do Templo e, dizem alguns, a estátua de Tito foi colocada dentro
do Templo. (2) Outros preferem explicar isso com o trecho paralelo (Lc 21.20):
“quando virdes Jerusalém cercada de exércitos”. Jerusalém era a cidade santa,
Canaã era a terra santa, e o monte Moriá, que está próximo de Jerusalém, pela
sua proximidade com o Templo, era, de uma maneira especial, considerado solo
sagrado; o exército romano estava acampado na região ao redor de Jerusalém, e
isto teria sido a abominação que produziu a desolação.
A terra de um inimigo é
considerada como “a terra de que te enfadas” (Is 7.16), de modo que um exército
inimigo, para um povo fraco, mas voluntarioso, pode perfeitamente ser chamado
de abominação. Diz-se que isto se refere a Daniel, que falou mais claramente do
Messias e do seu reino que qualquer outro dos profetas do Antigo Testamento.
Ele fala de uma “abominação desoladora”, o que seria feito por Antíoco (Dn
11.31; 12.11), mas isto a que se refere o nosso Salvador nós temos na mensagem
trazida pelo anjo (Dn 9.27) do que aconteceria no final de setenta semanas,
muito tempo depois da anterior; pois com o aumento das abominações, ou, como
diz a anotação na margem, com os exércitos abomináveis (o que esclarece a
profecia),/Ele trará a desolação. Exércitos de idólatras podem ser chamados de
exércitos abomináveis; e alguns pensam que os tumultos, insurreições, facções e
sedições abomináveis, na cidade e no Templo, podem, pelo menos, ser
interpretados como parte da abominação causando desolação.
Cristo lembra aos
discípulos a profecia de Daniel, para que eles possam ver como a destruição da
sua cidade e do seu Templo foi mencionada no Antigo Testamento, o que
confirmaria a sua predição e, ao mesmo tempo, removeria a ira da sua profecia.
Da mesma maneira, eles poderiam, a partir de então, começar a contar o tempo
logo depois da morte do Messias, o príncipe. O pecado cometido quando os judeus
o rejeitaram e a certeza da destruição são uma desolação determinada. Assim
como Cristo, pelos seus preceitos, confirmou a lei, também pelas suas predições
Ele confirmou as profecias do Antigo Testamento, e isto será útil para a
comparação de ambas.
Tendo
sido feita referência a uma profecia, que normalmente é obscura, Cristo insere
este lembrete: “Quem lê, que entenda” . Aquele que lê a profecia de Daniel,
compreenda que ela deverá se cumprir então, dentro de pouco tempo, na
destruição de Jerusalém. Observe que aqueles que lêem as Escrituras, devem se
esforçar para entendê-las, caso contrário a sua leitura terá pouco propósito.
Nós não podemos utilizar aquilo que não compreendemos. Veja Jo 5.39; At 8.30.
O anjo
que trouxe esta profecia a Daniel o estimulou para que a conhecesse e
entendesse (Dn 9.25). E nós não devemos perder a esperança de entender, nem
mesmo as profecias obscuras; a maior profecia do Novo Testamento é chamada de
“revelação”, e não de segredo. Agora as coisas reveladas pertencem a nós;
portanto, elas devem ser investigadas com humildade e diligência. Também
podemos compreender não apenas as Escrituras que falam dessas coisas, mas pelas
Escrituras devemos compreender os tempos (1 Cr 12.32). Observemos e prestemos
atenção; assim alguns interpretam isso. Que nos asseguremos de que, apesar das
esperanças vãs com as quais as pessoas iludidas se alimentam, os exércitos
abomináveis trarão desolação.
Mt 24.21
Os grandes problemas que se seguiriam imediatamente (v. 21): “Haverá, então,
grande aflição”; então, quando a medida da iniqüidade está completa; então,
quando os servos de Deus estão selados e protegidos, então vem os problemas.
Nada pode ser feito contra Sodoma até que Ló tenha chegado a Zoar, e então
podemos procurar fogo e enxofre imediatamente. “Haverá, então, grande aflição”.
Grande, realmente, quando dentro da cidade as pragas e a fome se enfureceram, e
(pior do que qualquer coisa) houve facção e divisão, de modo que a espada de
cada homem estava contra o seu companheiro. Foi então, e ali, que as mãos das
mulheres desprezíveis esfolaram os seus próprios filhos. Fora da cidade, estava
o exército romano, pronto para engoli-los, com uma ira especial contra eles,
não somente como judeus, mas como judeus rebeldes. A guerra foi o único dos
três julgamentos dolorosos de que Davi foi isento. Mas seria isso o que
destruiria os judeus. E houve fome e pestes extremas, além da guerra. (História
das Guerras dos Judeus), de Josefo, contém mais passagens trágicas do que,
talvez, qualquer outra história.
(1) Foi
uma desolação incomparável, “como nunca houve desde o princípio do mundo até
agora, nem tampouco haverá jamais”. Muitas cidades e reinos foram desolados,
mas nenhum com uma desolação como essa. Os pecadores ousados não devem pensar
que Deus fez o pior que podia fazer. Ele pode aquecer a fornalha sete vezes e
ainda outras sete vezes mais quente, e o fará, quando vir abominações maiores e
ainda maiores. Os romanos, quando destruíram Jerusalém, estavam destituídos da
honra e da virtude dos seus ancestrais, o que tornou as suas vitórias mais
fáceis de serem obtidas. E a determinação e teimosia dos próprios judeus
contribuíram muito para o aumento da tribulação. Não é de admirar que a
destruição de Jerusalém tenha sido uma destruição sem paralelos, quando o
pecado de Jerusalém foi um pecado sem paralelos - a crucificação de Cristo por
eles. Quanto mais próximo alguém está de Deus, em profissão de fé e
privilégios, maior e mais grave será o julgamento divino sobre tal pessoa, se
usar mal os seus privilégios, e for falso à sua profissão de fé (Am 3.2).HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag.315; 317-318.
A GRANDE
TRIBULAÇÃO
Mt 24.21.
“Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do
mundo até agora, nem tampouco haverá jamais.”
Começando
com 24.15, Jesus trata de sinais especiais que ocorrerão durante a grande
tribulação (as expressões “grande aflição”, de 24.21, e “grande tribulação”, de
Ap 7.14, são idênticas no grego).
Tais sinais
indicam que o fim dos tempos está muito próximo (24.15-29). São sinais
conducentes à, e indicadores da volta de Cristo à terra, depois da tribulação
(24.30,31; cf. Ap 19.11–20.4).
Seguem-se
fatos salientes a respeito desse evento crítico.
(1) A
“abominação da desolação” marcará o início da etapa final da tribulação, que
culmina com a volta de Cristo à terra e o julgamento dos ímpios em Armagedom
(24.21,29,30; ver Dn 9.27; Ap 19.11-21).
(2) Se os
santos da tribulação atentarem para o fator tempo desse evento (“Quando, pois,
virdes”, 24.15), poderão saber com bastante aproximação quando terminará a
tribulação, época em que Cristo voltará à terra (ver 24.33 nota). O decurso de
tempo entre esse evento e o fim dos tempos é mencionado quatro vezes nas
Escrituras como sendo três anos e meio ou 1260 dias (ver Dn 9.25-27; Ap 11.1,2;
12.6; 13.5-7).
Por causa
da grande expectativa da volta de Cristo (24.33), os santos daqueles dias devem
acautelar-se quanto a informes afirmando que Cristo já voltou. Tais informes
serão falsos (24.23-26). A “vinda do Filho do homem” depois da tribulação será
visível e conhecida de todos os que viverem no mundo (24.27-30; Ap 1.7).
Outro
sinal que ocorrerá, então, será o dos falsos profetas que, a serviço de
Satanás, farão “grandes sinais e prodígios” (24.24).
(1) Jesus
admoesta a todos os crentes a estarem especialmente alerta para discernir esses
profetas, mestres e pregadores, que se declaram cristãos sendo falsos, porém
apesar disso, operam milagres, curas, sinais e maravilhas e que demonstram ter
grande sucesso nos seus ministérios. Ao mesmo tempo, torcerão e rejeitarão a
verdade da Palavra de Deus.
(2)
Noutra parte, as Escrituras admoestam os crentes a sempre testarem o espírito
que atua nos mestres, líderes e pregadores (ver 1Jo 4.1 nota). Deus permite o
engano acompanhado de milagres, a fim de testar os crentes no tocante ao seu
amor por Ele e sua lealdade às Sagradas Escrituras (Dt 13.3). Serão dias
difíceis, pois Jesus declara em 24.24, que naqueles últimos tempos o engano
religioso será tão generalizado que será difícil até mesmo para “os escolhidos”
(i.e., os crentes dedicados) discernirem entre a verdade e o erro.
(3) Quem
entre o povo de Deus não amar a verdade será enganado. Não terá mais
oportunidade de crer na verdade do evangelho, depois do surgimento do
Anticristo (ver 2Ts 2.11 nota).
Finalmente,
a “grande tribulação” será um período específico de terrível sofrimento e
tribulação para todos que viverem na terra. Observe:
(1) Será
de âmbito mundial (ver Ap 3.10 nota).
(2) Será
o pior tempo de aflição e angústia que já ocorreu na história da humanidade (Dn
12.1; Mt 24.21).
(3) Será
um tempo terrível de sofrimento para os judeus (Jr 30.5-7).
(4) O
período será controlado pelo “homem do pecado” (i.e., o Anticristo; cf. Dn
9.27; Ap 13.12; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO).
(5) Os
fiéis da igreja de Cristo recebem a promessa de livramento e “escape” dos
tempos da tribulação (ver Lc 21.36 nota; 1Ts 5.8-10; Ap 3.10 nota).
(6) Durante
o período da tribulação, muitos entre os judeus e gentios crerão em Jesus
Cristo e serão salvos (Dt 4.30,31; Os 5.15; Ap 7.9-17; 14.6,7).
(7) Será
um tempo de grande sofrimento e de perseguição pavorosa para todos quantos
permanecerem fiéis a Deus (Ap 12.17; 13.15).
(8) Será
um tempo de ira de Deus e de juízo seu contra os ímpios (1Ts 5.1-11; Ap
6.16,17).
(9) A
declaração de Jesus de que aqueles dias serão abreviados (24.22) não pressupõe
a redução dos três anos e meio, ou 1260 dias preditos. Pelo contrário, parece
indicar que o período é tão terrível que se não fosse de curta duração a
totalidade da raça humana seria destruída.
(10) A
grande tribulação terminará quando vier Jesus Cristo em glória, com sua noiva
(Ap 19.7,8,14), para efetuar o livramento dos fiéis remanescentes e o juízo e
destruição dos ímpios (Ez 20.34-38; Mt 24.29-31; Lc 19.11-27; Ap 19.11-21).
(11) Não
devemos confundir essa fase da vinda de Jesus, no fim da grande tribulação, com
a sua descida imprevista do céu, em 24.42-44 (ver notas sobre estes versículos,
que tratam da vinda de Jesus, na sua fase do arrebatamento dos crentes), a qual
ocorrerá num momento diferente do da sua volta final, no fim da tribulação.(12) O
trecho principal das Escrituras que descreve a totalidade da tribulação de sete
anos de duração é encontrado em Ap 6–18.STAMPIS.
Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de
Janeiro: CPAD, 1995.
3.
Revelar a vitória gloriosa do Messias.
Jesus
Cristo, o Messias prometido, se revelará de modo especial na sua vinda pessoal
e visível sobre o Monte das Oliveiras (Zc 9.9,10).Ele virá e instalará um reino
de paz e harmonia no mundo, desfazendo por completo o Anticristo, o falso
profeta e ao próprio Diabo (Ap 19.19-21). Na Grande Tribulação, os juízos de
Deus serão manifestos sobre Israel, mas na vinda pessoal, Israel será
restaurado e governará com Cristo por mil anos (Ap 20.2,5).Elienai
Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a
Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 136.
Ap 19.19
Esta besta é a mesma que tinha vindo do mar (capítulo 13; veja o comentário
ali). Os reis da terra referem-se aos “dez chifres” que João tinha visto na
besta (veja 13.1), e, muito provavelmente, o seu número simboüza todos os reis
da terra que prometem lealdade ao Anticristo. Com o derramar da sexta taça da
ira de Deus, “espíritos de demônios, que fazem prodígios... vão ao encontro dos
reis de todo o mundo para os congregar para a batalha, naquele grande Dia do
Deus Todopoderoso... no lugar que em hebreu se chama Armagedom” (16.14-16). O
capítulo 16 nos deu uma prévia daquilo que estava por vir e de como viria; o
capítulo 19 descreve o evento propriamente dito. Aqui, o versículo 19 fala da
congregação para a batalha do Armagedom.
A besta e
os reis da terra e seus exércitos retmiram-se para fezerem guerra àquele que
estava assentado sobre o cavalo (Cristo) e ao seu exército (os redimidos). As
linhas da batalha tinham sido traçadas, e o maior confronto da história mundial
estava prestes a acontecer.
Ap 19.20
Os dois exércitos posicionaram-se um de frente para o outro - a besta e todos
os reis da terra versus o Cavaleiro do cavalo branco e o seu povo redimido. De
repente, a batalha tinha se acabado. Náo houve luta, pois, em um segundo, o fim
tinha chegado. Não havia necessidade de uma batalha, porque a vitória tinha
sido obtida séculos antes, quando o Cavaleiro do cavalo branco. Cristo, tinha
morrido em uma cruz.
Naquela
ocasiáo, Satanás tinha sido derrotado; aqui, no Armagedom, ele é finalmente
despido de todo o seu poder. A besta de Satanás (o Anticristo, descrito em
13.1-10) foi presa, juntamente com o seu falso profeta, que tinha enganado os
que receberam o sinal da besta.
Isto está
descrito em 13.11-18. A besta e o íàlso profeta foram presos e lançados vivos
no ardente lago de fogo e de enxofre. Este é o destino final de todos os
ímpios. Neste ponto, entretanto, somente estes dois seres iníquos receberam
esta puniçáo. Este lago é diferente do abismo mencionado em 9.1; ele é
mencionado em 14.10,11 e 19.3. Há diversas declarações a respeito de poderes
espirituais e pessoas sendo lançados no lago de fogo. Aqui, o Anticristo e o
falso profeta foram lançados no lago ardente. A seguir, o seu líder, o próprio
Satanás, será lançado naquele lago (20.10), e finalmente a morte e o inferno
também serão lançados ali (20.14). Depois disto, aqueles cujos nomes não estáo
escritos no Livro da Vida seráo atirados no lago de fogo (20.15).
Ap 19.21
Com os dois líderes presos (a besta e o falso profeta), o exército ficou abandonado
pata ser destruído. Cristo, com a espada que saia da sua boca (19.15), mata
todo o exército de reis e soldados rebeldes com um único ataque mortal. A sua
espada do julgamento atinge e destrói tudo. As aves de rapina, que tinham sido
chamadas anteriormente pelo anjo (19.17,18), se fartaram das carnes dos mortos.
Como náo havia sobrado ninguém da batalha para sepultar estes mortos, eles
foram abandonados para que as aves de rapina os devorassem.Comentário
do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 907-908.
A Derrota
do Anticristo e de seus Exércitos (Ap 19.19-21)
"E
vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem
guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. E a besta
foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que
enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois
foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre. E os demais foram
mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e
todas as aves se fartaram das suas carnes."
As aves
de rapina são chamadas (Ap 19.17) numa antecipação do desfecho da batalha. Elas
estarão prontas e esperando o Anticristo entrar no grande vale ao sul de Nazaré.
Este lugar já foi designado em Apocalipse 16.16 como Armagedom, o monte ou a
colina de Megido que, em hebraico, significa "o lugar de rebeliões
unidas". Há os que o definem como "a cidade ou monte de
matança". O profeta Joel (3.12) designou o lugar como "o vale de
Josafá", ou seja: "o vale onde Jeová julga".
Megido
não é o vale referido em Zacarias 14.4,5, onde Jesus aparecerá quando de sua
volta em toda sua glória. Seus pés pisarão o monte das Oliveiras, que será
rachado em duas partes, uma metade se movendo em direção ao norte, e a outra em
direção ao sul, deixando um grande vale entre o Leste e o Oeste. Depois,
aparentemente, irá Ele locomover-se em direção a Megido. (Megido é também o
nome do vale de Taanaque (Jz 5.19), que é a Planície de Esdrelom. Foi neste
lugar que Débora e Baraque derrotaram os cananeus. Foi aqui que Josias foi
morto por Faraó-Neco, rei do Egito (2 Rs 23.29). Não foram poucas as batalhas
travadas no vale do Megido).
João vê
ainda o Anticristo acompanhado pelo seu falso profeta e os "reis e outros
governadores da terra", cujos exércitos haviam sobrevivido à Grande
Tribulação. Por haverem se submetido ao Anticristo (Ap 17.13), estes reis
finalmente são chamados, e ajuntam-se aos espíritos demoníacos. Os exércitos de
todas as nações unem-se sob a bandeira do Anticristo para desafiar a Cristo que
estará acompanhado por todos seus verdadeiros seguidores.
As
agências demoníacas fazem, nesta hora, exatamente o que Deus quer; preparam-se
para a guerra (Jr 25.32,33; Sf 3.8; Zc 14.2,3; Ap 16.12,16). A guerra termina
com a derrota do Anticristo e de seus exércitos, mas o julgamento divino
afetará todo o resto do mundo (Jr 25.29-33).
Muitos
falsos mestres ensinam que o bem gradualmente triunfará sobre o mal; que uma
melhor educação trará a paz e a prosperidade ao um mundo. Até mesmo alguns
crentes apegam-se a certas promessas bíblicas que falam de amor e esperança,
achando que o mundo mudará antes da volta de Cristo. Sem dúvida, haverá bom
solo para receber a palavra de Deus. Haverá arrependimento e mudança de vidas
até o tempo da volta de Jesus (At 3.19). Mas é totalmente oposta ao ensino
bíblico a suposição de que todos os seres humanos serão eventualmente salvos.
Pelo contrário: quase todo o mundo, nesta hora, seguirá o Anticristo, e há de tomar
a marca da besta. Consequentemente, quando Jesus voltar para reinar, será
necessário, antes de mais nada, julgar os que aqui tiverem ficado.
Embora o
capítulo 19 de Apocalipse não descreva esta grande batalha, a aparência de
Cristo sobre o cavalo branco há de confundir os exércitos do Anticristo (Ap
6.15-17). A batalha é de pouca duração. O Anticristo e o Falso Profeta serão
imediatamente presos.
O Falso
Profeta é o último de uma longa fila de falsos cristos e profetas que vêm
operando enganos e mentiras (Mt 24.24). Seus milagres haviam enganado os que
levavam a marca da Besta. Com os seus feitos, conseguia enganar a muitos (2 Ts
2.9,10; Ap 13.13-15), mas nada disto o ajuda a escapar. Juntamente com o
Anticristo, é lançado vivo no "lago de fogo que arde com enxofre".
Embora o lago de fogo tenha sido preparado para Satanás e seus anjos, esses
seus dois agentes nele perecerão.
Satanás
não é lançado imediatamente no lago de fogo (Ap 20.10). Somente o será depois
do Milênio. Quando isto acontecer, lá encontrará o Anticristo e o Falso
Profeta. Os demais ímpios serão afiançados após o juízo do grande trono branco
(Ap 20.15). O lago de fogo é o destino final dos ímpios.
No Novo
Testamento, há três palavras traduzidas como "inferno" - hades,
tártaro e geena. Hades é usado para referir-se ao estado intermediário, onde os
ímpios vão quando morrem (Mt 11.23; 16.18; Lc 10.15; 16.23; At 2.27,31; Ap
1.18; 6.8; 20.13,14). As vezes, é usado para traduzir a palavra hebraica
"sheol" do Antigo Testamento. "Tártaro" é praticamente
sinônimo de "hades", porque também é um estado intermediário entre a
vida e o juízo, do qual não há retorno ou possibilidade de mudança (2 Pe 2.4).
"Geena", entretanto, é o estado final, "inferno", ou
"fogo de inferno" (Mt 5.22,29,30; 10.28; 18.9; 23.15,33; Mc
9.43,45,47; Lc 12.5; Tg 3.6) e refere-se ao "lago de fogo".
"Geena"
foi o nome aramaico para o vale de Hinon, onde eram oferecidas crianças em
holocausto a Moloque. No Novo Testamento, "geena" tinha se tornado o
lugar da queima de lixo. Jesus usou-a por causa do seu fogo intenso e contínuo,
como um tipo do julgamento divino, e fez deste nome um sinônimo para o fogo do
castigo eterno.
Para os
outros seguidores do Anticristo,também não há escape. O remanescente dos reis
da terra e seus exércitos são mortos. Jesus usará a "espada de sua
boca", isto é: falará a palavra de Deus e a "espada do juízo
divino" matará a todos. Estes são os povos que rejeitaram o Evangelho
pregado a "toda nação, tribo, língua e povo" pelo primeiro dos três
anjos do capítulo 14 durante a Grande Tribulação. Todos os mortos no Armagedom
já haviam tido a oportunidade de ouvir o Evangelho. Mas por haverem rejeitado a
Cristo, foi-lhes permitido cair em completo engano para que creiam na mentira,
e para que sejam julgados todos os que não creram na verdade (2 Ts 2.11,12).
Pelo seu modo de viver, já haviam esgotado qualquer possibilidade de herdar o
Reino de Deus (1 Co 6.9-11; G1 5.21).
Mais uma
vez, João chama a atenção às aves de rapina que agora estão fartas com as
carnes dos mortos. Finalmente, não se encontra mais ninguém sobre a terra para
impedir o estabelecimento do reino milenial de Cristo.HORTON. Stanley. M. Serie
Comentário Bíblico Apocalipse .)
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