Os
versículos 36-40 tratam de eventos de que não há correspondência em toda a história
passada: um quadro profético do futuro Anticristo e sua atuação, especialmente
quanto a Israel.
Mediante
a expressão "nesse tempo", no capítulo 12, os eventos escatológicos
nele constantes, como ressurreição dos mortos e recompensa dos justos, estão na
sequencia do tratado nos versículos 36-45. A era em que ocorrem esses eventos
envolve também os eventos do capítulo 12 76
Versículos
40-44. A expressão "rei do Norte", no versículo 40, prova que não se
trata aí de Antíoco Epifânio, porque este seria em breve o "rei do
Norte" (isto é, da Síria), e é evidente que ele não iria combater a si
mesmo... Logo, trata-se de um futuro reino. O versículo mostra que no tempo do
fim, isto é, na época da tribulação de Israel, o rei do Sul (que nesse tempo
certamente não representará apenas o Egito, mas um bloco de nações
norte-africanas) e o rei do Norte lutarão por algum tempo contra o Anticristo.
Israel será a seguir invadido pelo reino do Norte (v. 41). O Egito também não
escapará da sua invasão (v. 42). Certamente uma das razões para isso é o acordo
de paz já hoje existente entre o Egito e Israel. Edom, Moabe e Amom serão
poupados (v. 41), para que mais tarde o remanescente de Israel para aí escape
na sua fuga durante a investida arrasadora do Anticristo contra os judeus (Mt
24.20; Is 16.1-5; Ez 20.35-38; Os 2.14; Ap 12.6,13,14). Esses antigos países
bíblicos fazem hoje parte da Jordânia.
Nos
versículos 40-45 o sujeito gramatical que motiva todos os eventos aí descritos
é certamente o "rei do Norte" do versículo 40. No texto original
esses versículos formam novo parágrafo. Esse reino nos tempos do Anticristo não
será mais a Síria dos versículos anteriores do presente capítulo, mas um bloco
de nações situadas ao extremo norte de Israel, encabeçadas pela Rússia, e chamadas
na profecia, de Gogue e Magogue (Ez 38.15).
Antônio
Gilberto. DANIEL & APOCALIPSE Como entender o plano de Deus Para os últimos
dias. Editora CPAD.
3.
Precisão profética.
Dn 11.45
"... as tendas do seu palácio...” Cremos que o objetivo do Anticristo, ao
armar sua tenda entre o mar Mediterrâneo e a cidade de Jerusalém, é alcançar o
monte Moriá, ou seja a área do templo, para estabelecer nele um culto à sua
própria pessoa e seu primeiro ato, após a conquista do lugar santo, é “se
assentar como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” (2 Ts 2.4).
“Mas virá
o seu fim”. Finalmente chegará o “grande dia do Senhor” e a pedra cairá “nos
pés” da estátua (nos dias do Anticristo). Então... o ferro, o barro, o cobre, a
prata, e o ouro ,serão esmiuçados como a pragana das eiras, no estio. (Ver Dn
2.34, 35; 8.25; 9.27; 11.45; Mt 21.44; 2 Rs 2.8; Ap 19.20). Todos sabemos que
este império de ferro tem atravessado séculos e até milênios, mas “chegará ao
seu fim” como está predito na “Escritura da Verdade”. Cristo (a grande pedra)
como sabemos, não cairá na cabeça (Império Babilónico) da estátua, nem em seu
peito (Império Medo-persa), nem no ventre (Império Greco- macedônio), nem nas
suas pernas (Império-Romano) compreendendo de 754 a.C. a 455 d.C.). Todos sabemos
que, quando Jesus veio a este mundo como meigo Salvador, não destruiu o Império
Romano, pelo contrário, este poder de ferro o crucificou, e prosperou ainda por
cinco séculos. Mas, como já ficou demonstrado acima, chegará o dia em que a
pedra cairá “nos pés” da estátua (no Armagedom), e tudo que diz respeito a esse
sistema político mundial terminará no vale de Armagedom pelo triunfo de Cristo
(Ap 19.11-21).
Severino
Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 226.
As lições
decorrentes da soberania de Deus na história
Stuart
Olyott aponta várias lições decorrentes do estudo deste precioso texto141: a
primeira é que a Palavra de Deus é absolutamente confiável. O livro de Daniel
foi escrito no século 6 a.C. Ele conta a história .minuciosamente antes dela
acontecer. Isso prova que a Palavra de Deus é infalível, inerrante e
sobrenatural. A Palavra de Deus não apenas contém a verdade, ela é a verdade
infalível e inerrante.
Assim
como ela é confiável nos relatos históricos, também o é em sua revelação acerca
de Deus, do homem e da salvação, também como da consumação dos séculos. É
loucura consumada ignorar, negligenciar ou descrer desse livro.
A segunda
lição é que Deus é o Senhor soberano da história. Como poderia o Senhor ter
dado a Daniel uma detalhada visão do futuro, se esse estivesse fora de seu
controle? Tudo aconteceu como Deus disse. Ele é quem levanta reis e abate reis.
Ele levanta reinos e abate reinos.
Tudo
acontece como Deus disse. O que fora profetizado se cumpriu. Tudo o que ocorre
na história, ocorre porque está escrito no livro de Deus. Tudo que acontece
confirma os decretos de Deus. Todas as coisas se movem em direção ao triunfo
final de nosso Senhor Jesus Cristo e ao castigo final e eterno dos ímpios.
Osvaldo Litz interpreta corretamente quando diz:
O real
valor da profecia não está na predição, mas em nos mostrar tudo acontecendo sob
a onipotência de Deus, para que à luz da profecia achem os o cam inho certo em
meio às tentações e aos perigos e estejam os consolados em tudo. Pois para os
discípulos de Jesu s sobre todos os acontecim entos do tem po do fim estão
também as palavras de Jesus: ‘Levantai as vossas cabeças, porque a vossa
redenção se aproxima.
A
terceira lição é que Deus continua Deus, ainda que não O vejamos em parte
alguma. Vimos o anjo anunciar o futuro a Daniel. Nesse relato não há qualquer
menção à pessoa de Deus. Há um verdadeiro catálogo de guerras, alianças,
casamentos, traições e uma quantidade estonteante de reis que surgem e
desaparecem. O homem ocupa todo o cenário. Frequentemente, temos a impressão de
que os acontecimentos são controlados pelo homem mais forte de sua respectiva
época. Deus não é mencionado em parte alguma. Aparentemente, é como se a
história nada tivesse a ver com Ele. Mas, mesmo nesse tempo, Deus continua o
Senhor da história. Esse fato continua sendo verdade, ainda que pareça não
existir evidência de que Deus está trabalhando. A atenção do mundo estava
voltada para os medos e persas, para os gregos ou para os reinos dos ptolomeus
e selêucidas. Nesse tempo, o povo de Deus parecia apagado. Tinha, sim, muita
tribulação e perplexidade. Mas nesse tempo, Deus continua o Senhor de toda a
história. Mesmo quando não pode ser visto, Ele está governando os assuntos do
mundo e também os destinos do Seu povo. Deus continua Deus ainda que não
vejamos em parte alguma.
LOPES.
Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 142-144.
ASPECTOS
DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Nos
primeiros três anos e meio, seguindo uma sequência que inclui os capítulos 38 e
39 de Ezequiel, teríamos então, no início desse período de sete anos,
primeiramente a invasão de Israel por parte da Rússia e de seus aliados,
aproveitando-se do caos em que ficará o mundo em virtude do desaparecimento de
milhões de pessoas. Esta invasão de Israel está assim profetizada: Tu, pois, ó
filho do homem, profetiza contra Gogue, e dize: Assim diz o Senhor Deus: Eu sou
contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal. Far-te-ei virar, e
te porei seis anzóis, e te farei subir do extremo norte, e te trarei aos montes
de Israel (Ezequiel 39:1-2).
Em
seguida, haverá um rápido conflito nuclear de âmbito mundial. Diz o Senhor:
“Enviarei um fogo sobre Magogue e sobre os que habitam seguros nas ilhas, e
saberão que eu sou o Senhor” (Ezequiel 39:6). O fogo, aqui, é figura muito
apropriada para as armas nucleares. Magogue é o território russo, e as ilhas
podem ser continentes desconhecidos do profeta.
Finalmente,
o caos mundial e o gênio da besta. A Bíblia descreve a pessoa do anticristo
como sendo um homem muito inteligente:
Estando
eu observando os chifres, vi que entre eles subiu outro chifre pequeno; e três
dos primeiros chifres foram arrancados diante dele. Neste chifre havia olhos
como os olhos de homem, e uma boca que falava com vanglória (Daniel 7.8).
“Olhos de
homem” significa inteligência, e “uma boca que falava com vanglória” significa
uma tremenda capacidade oratória.
Embora
todo o período de tribulação tenha a duração de sete anos, será mais acentuada
nos últimos três anos e meio. Eis as passagens bíblicas:
Daniel
7:25: Proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do
Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e as leis. Eles serão entregues nas
suas mãos por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.
Apocalipse
11:2: Mas deixa o átrio que está fora do templo; não o meças, porque foi dado
aos gentios. Estes pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.
Apocalipse
12:6,14: Amulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus
para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias. E foram
dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até o deserto, ao
seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora
da vista da serpente.
Apocalipse
13:5: Foi-lhe dada uma boca para proferir arrogâncias e blasfémias, e
deu-se-lhe autoridade para continuar por quarenta e dois meses.
O
anticristo firmará uma aliança com muitos por uma semana: “Ele confirmará uma
aliança com muitos por uma semana, mas na metade da semana fará cessar o
sacrifício e a oferta de cereais. E sobre a asa das abominações virá o
assolador, até a destruição determinada, a qual será derramada sobre o
assolador (Daniel 9.27).
Esta
aliança não será com todos, o que indica que muitos judeus terão o pressentimento
de que terá chegado o tempo de Deus tratar de novo com eles como o fazia
durante a vigência da lei.
A voz do
arcanjo relacionada com o arrebatamento da Igreja é um sinal para os
israelitas. Diz a Bíblia: “Pois o mesmo Senhor descerá do céu com grande brado,
à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo
ressurgirão primeiro” (1 Tessalonicenses 4:16). Leia estas outras p a ssa gens:
Judas 9; Daniel 10:13,21; Daniel 12:1; Apocalipse 12:7.
Deus
nunca ficou sem um remanescente fiel. Um bom exemplo está em 1 Reis 19:14,18:
Respondeu ele: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor Deus dos exércitos.
Os lilhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e
mataram os teus profetas à espada. Só eu fiquei, e agora estão tentando
matar-me também... Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que
não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou.Abraão de Almeida. Manual
de Profecia Bíblica. Editora CPAD. 147-150.
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PAZ DO SENHOR
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