UM TIPO DO FUTURO ANTICRISTO DN 11 (6)
Então tornará para a sua terra com grande riqueza.
Antioco voltou para sua terra levando muitos despojos, pelo que seu tempo
passado no Egito não foi desperdiçado.
O grande saque do Egito é referido em I Macabeus 1.19, bem como nos Oráculos Sibilinos
3.614 s. Passando por Jerusalém, ele ainda foi prejudicial. Entre outras
coisas, quis reintegrar Menaieu como sumo sacerdote e expulsou Jasom. Talvez
seja isso o que está em vista na expressão “santa aliança", ou seja, fazer
Jasom ficar no poder. Outros estudiosos, contudo, mais corretamente, referem-se
à fé judaica quando lêem “santa aliança”, pois essa fé se baseava nos pactos, a
com eçar por Abraão. Cf. I Macabeus 1.15,63 quanto à distheke agia, “santa aliança”.
Ver também I Macabeus 1.20-24 e 29.36. Antioco causou muitos danos a Jerusalém,
por causa do conflito entre Jasom e Menelau. Ele saqueou o tesouro do templo e
estacionou tropas na cidade para m anter a ordem. Contaminou o templo ao
oferecer uma porca sobre o altar, e então retornou à própria terra.
“Antioco
lançou um grande exército contra Jerusalém e tomou-a em ataque relâmpago; matou
40.000 pessoas; vendeu muitos judeus como escravos; cozinhou carne de porco e
salpicou o caldo sobre o altar; invadiu o Santo dos Santos; pilhou os vasos de
ouro e outros itens sagrados do tesouro, que alcançaram o valor de mil
talentos; restaurou Menaleu ao ofício sumo sacerdotal e fez de Filipe o
governador frígio de Judá (I Macabeus 1.24; II Macabeus 5.21)” (Adam Clarke, in
loc., ao descrever os le ito s ” de Antioco Epifânio). A interpretação
escatológica vê o anticristo tipificado em tudo isso.CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Hagnos. pag. 3423-3424.
O versículo
28. seguida, ele deve retornar para a sua terra com grandes riquezas Antíoco
voltou, carregado de riquezas, dos despojos que ele tomou no Egito; ver1Mac
1:19,20. E, ouvindo que tinha havido um relatório de sua morte, em que os
cidadãos de Jerusalém tinha feito grande júbilo, Seu coração será contra a
santa aliança. Ele estava determinado a vingar-se grave, e ele tinha um
pretexto ostensivo para ele, para Jason, que tinha sido privados do sacerdócio
alta, ouvindo o relatório da morte de Antíoco, levantou forças, marchou contra
Jerusalém, tomou-a, e obrigou Menelau, o sumo sacerdote, para encerrar-se no
castelo. Antíoco trouxe um grande exército contra Jerusalém, tomou de assalto;
matou 40 mil de seus habitantes; vendido como muitos mais para escravos ; carne
de porco cozidos, e aspergiu o templo eo altar com o caldo, invadiu o santo dos
santos; levou embora os vasos de ouro e outros tesouros sagrados, no valor de
801 mil talentos; restaurado Menelau para seu escritório, e fez um Philip, um
governador, frígio da Judéia. 1Mac 1:24 ; 2Mac 5:21 . Prideaux e Newton. Estes
são o que chamamos de façanhas; que, tendo terminado, ele voltou para a sua
terra.ADAM
CLARKE. Comentário Bíblico de Adam Clarke.
3.
Antíoco Epifânio era cruel (vv.31-35).
(11.31-35)
Ao invadir Jerusalém, Antíoco Epifânio não teve escrúpulo algum para
desrespeitar valores morais, éticos e higiênicos tão importantes na sociedade
de Israel. Estabeleceu regulamentações contra a circuncisão, a observação do
sábado, e outras práticas dietéticas do povo de Israel. O versículo 31 fala da
“abominação desoladora”, quando construiu um altar a Zeus, deus pagão, sobre o
altar dos holocaustos no templo.Elienai
Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a
Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 154.
Dn 11.31
A profecia, no que diz respeito aos acontecimentos narrados neste capítulo
(versículos 1 a 30), segue mais ou menos uma ordem cronológica na “vereda dos
séculos”. (Comp. com Jó 22.15). Mas, de acordo com o que falou nosso Senhor em
Mt 24.15 e Mc 13.14, os versículos 31 a 45 não se consolidaram apenas na vida
de Antíoco Epifânio, que, de fato, profanou o santuário; cremos que esta
profanação, feita por esse monarca seleuco, foi apenas um estádio daquilo que
terá lugar na figura sombria do Anticristo, nos dias da Grande Tribulação (2 Ts
2.4).
“...a
abominação desoladora”.
Desejamos apontar para o estudioso do livro do profeta
Daniel, uma exposição do doutor Amo C. Gabelien, sobre a abominação desoladora:
“No versículo 31 deste capítulo, lemos da ‘abominação desoladora’. Nosso
Senhor, no seu grande discurso escatoló- gico no monte das Oliveiras (Mt
24.15), disse: ‘Quando pois virdes que a abominação da desolação, de que falou
o profeta Daniel, estar no lugar santo; quem lê, atenda’. Alguns crêem, que
quando nosso Senhor falou estas palavras referiu-se a Dn 11.31 [o texto em
foco], e que é isso a ‘abominação desoladora’. Não é assim. A‘abominação
desoladora’ do versículo 31 é passada, e aconteceu nos dias de Antíoco
Epifânio. A ‘abominação desoladora’ a que se refere nosso Senhor, em Mt 24.15 e
Mc 13.14, é a mencionada em Dn 12.11, que diz: ‘E desde o tempo em que o
contínuo sacrifício for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil
duzentos e noventa dias’. Esta será estabelecida pelo Anticristo, na segunda
metade da semana profética de Daniel 9.27". Nosso ponto de vista, nesta
interpretação, é o que está estabelecido no primeiro ponto desta exposição.
“profanarão
o santuário”. Nos dias de Antíoco, ele fez um decreto em que todo o povo havia
de se conformar com a idolatria da Grécia. Um grego iníquo foi enviado a
sustentar este decreto. Todos os sacrifícios cessaram, e o ritualismo judaico,
dado por Deus terminou. O templo (santuário) foi contaminado com carne de
porco... e dedicado a Júpiter Olímpico. A “fortaleza” (a cidade de Jerusalém)
foi também profanada. Antíoco enviou um tal Apo- lônio com mais de 20.000
homens para destruir Jerusalém (a fortaleza de Sião - Cr 11.5). Houve uma
multidão de mortos, e mulheres e crianças foram levadas cativas.
Dn 11.32
“... aos violadores...” Nos dias sombrios das atrocidades de Antíoco Epifânio
contra o povo escolhido do Senhor, houve alguns judeus incrédulos, que
facilitaram sua infiltração na Cidade Santa. No que diz respeito, porém, à grande
jornada profética futurística, estes versículos apontam diretamente para “o
tempo do fim”. A personagem traidora que entra em cena aqui, é sem dúvida o
Anticristo. Os violadores do santo concerto são aqueles judeus que por ele
serão enganados no início da Grande Tribulação (Dn 9.27).
“... o
povo que conhece ao seu Deus...” Nos dias de Antíoco Epifânio, sem dúvida, este
“povo” conhecedor do Deus do Céu, foram os seguidores dos fiéis Macabeus. Nos
dias do Anticristo, ele será “o remanescente de Israel”. São os 144.000
pertencentes às doze tribos de Israel (Ap caps. 7 e 14).
Dn 11.33
Podemos ver, no presente texto, uma referência às duas testemunhas
escatológicas dos dias sombrios da Grande Tribulação (Ap cap. 11). Eles
realmente naqueles dias de tantas trevas ensinarão a muitos, mas depois serão
mortas pela espada ferina da Besta que subiu do mar (Abismo - Ap 11.7), para
que o seu testemunho tenha um maior valor. (Comp. Hb 9.17). Daniel e seus
amigos haviam sido livrados e preservados da morte por intervenção divina (Dn 3
e 6), mas nem sempre esta é a vontade de Deus para com seus filhos. Assim,
espada, fogo, cativeiro e roubo são um sumário dos sofrimentos dos homens e
mulheres fiéis até hoje em todas as partes do mundo. O próprio Filho de Deus,
antes de sua partida para estar com o Pai, nos adverte: “Então vos hão de
entregar para serdes atormentados [especialmente os fiéis do tempo da
tribulação], e matar-vos-ão, e sereis odiados de todas as gentes por causa do
meu nome” (Mt 24.9).
Dn 11.34
Admite-se que esta profecia, no que diz respeito ao seu primeiro estádio,
refere-se aos fiéis Macabeus, que, usados por Deus, serviram como instrumentos
para levantarem o ânimo dos judeus desanimados, perseguidos por Antíoco
Epifânio, descendente dos monarcas selêucidas. Mas, evidentemente, todos
concordam em que Antíoco foi uma figura do verdadeiro Anticristo, e, assim,
esta grande profecia terá sua total consolidação no “tempo do fim”. Naqueles
dias também haverá fiéis, que desafiarão o poder hostil da Besta, mesmo que isso
lhes custe a própria vida. (Ver Ap 6.9-10). O autor sagrado, Daniel, enquanto
registrava estas palavras do mensageiro celeste, observava que a perseguição,
tem o seu próprio propósito, dentro do plano de Deus, de purificação, e
refinação do seu povo, mas, no devido tempo, que Ele para si designou, dará fim
a toda e qualquer prova ou perseguição contra o seu povo.
Dn 11.35
“... alguns dos entendidos cairão...”
O texto em foco nos faz lembrar o que
Paulo escreveu em Rm 8.28: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente
para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu
decreto”. E evidente, que, qualquer correção de Deus, momentaneamente, parece
desagradável para aquele que está sendo corrigido, mas “depois” produzirá um
“peso de glória” (Hb 12.11). E certo que a morte de Antíoco Epifâ- nio não pôs
fim às lutas contra o povo escolhido, pois os seus sucessores continuaram a
batalha pela dominação da Palestina. Mas, é evidente que, durante estes anos,
os fiéis Macabeus conseguiram arregimentar todos os elementos fiéis às
tradições judaicas e formar um poderoso exército, para se defrontar com o
exército sírio. Eis uma das razões por que Deus permitiu tal perseguição ao seu
povo: eles precisavam ser purificados e embranquecidos.
"...
ao fim do tempo”.
Há quinze alusões no livro de Daniel sobre “o tempo do fim”,
cinco delas neste capítulo. Esse tempo do fim é a septuagésima semana de Daniel
9.27, com especial referência à segunda metade dela. Mas a expressão é também
aplicada à época do Evangelho de Cristo (Hb 1.3), à época do Espírito Santo (At
2.17), e também aos “últimos dias maus” (2 Tm 3.1).
Severino
Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 216-219.Sua
crueldade (v. 31-35). Antíoco Epifânio possuía um ódio infernal por Israel. Ele
profanou o templo e fez cessar os sacrifícios diários (v. 31). Ele levantou um
altar pagão no templo e mandou sacrificar um porco no altar e borrifar o sangue
no templo. Ele seduziu os judeus apóstatas (v. 31b,32). Contudo, aqueles que
conheciam a Deus eram fortes e ativos (v. 32) e não cederam nem à sedução nem à
violência. Homens com percepção espiritual circulavam entre o povo ensinando as
Escrituras (v. 33). Continuaram pregando, mesmo sob perseguição e morte (v.
33-35). Muitos desses sábios morreram, mas aqueles que sobreviveram
permaneceram puros até o fim. Um grupo de judeus, liderados pelo sacerdote
Matatias, resistiu às ordens sacrílegas de Antíoco Epifânio e começou uma
guerra de resistência, chamada a guerra dos macabeus. Evis Carballosa registra
esse fato assim:
O
terrível ataque de Antíoco Epifânio não enfraqueceu o espírito dos judeus
fiéis. Ao contrário, a perseguição fez com que muitos se unissem para dar
começo ao que se conhece como a guerra dos macabeus. O líder do movimento
contra Antíoco foi um ancião sacerdote chamado Matatias. O fiel sacerdote não
só se recusou a obedecer a ordem de oferecer sacrifícios a um deus pagão, mas
também matou o emissário real e destruiu o altar pagão. Seguidamente, Matatias
e seus filhos João, Simão, Judas, Eleazar ejônatas organizavam uma guerra de
guerrilhas que começou a causar sérios estragos entre as forças de Antíoco.
No ano
166 a.C., só uns meses depois de começada a guerra, Matatias morreu e um de
seus filhos, Judas, sucedeu-o como líder do movimento. Antíoco pensava que seu
exército destruiria a rebelião em curto espaço de tempo, m as equivocou-se. O
exército sírio sofreu derrota após derrota. E m dezembro do ano 164 a. X C., o
exército dos macabeus marchou triunfante pelas ruas de Jerusalém. E m 25 de
dezembro desse ano, o templo foi purificado e restaurado o culto a Yahveh.LOPES.
Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 140-141.
As
perseguições e a tirania insana que Antíoco exerceu sobre os judeus e sua
religião (29-35) o tornaram um dos monstros da história. Sua indignação contra
o santo concerto (30), tirando o contínuo sacrifício e estabelecendo a
abominação desoladora (31; a imagem de Zeus do Olimpo) no Templo são exemplos
da sua fúria profana. Ele baniu todas as leis, costumes e cultos judaicos.
Antíoco matou à espada as mães e crucificou os pais que circuncidavam seus
filhos. Embora tenha queimado uma grande parte de Jerusalém, assassinado boa
parte dos homens e escravizado mulheres e crianças, ele não conseguiu destruir
a resistência. Embora muitos tenham apostatado e se submetido a Antíoco, outros
ousaram resistir (32-35). Um exército de fiéis e corajosos judeus se reuniu sob
o comando de Matatias para resistir ao exército de Antíoco.
Quando Matatias
morreu, seu filho Judas ficou à frente do exército rebelde. Suas táticas de
guerrilha (de ataques e fugas repentinos) tornaram-se famosas e lhe deram o
nome de “Martelo” ou Macabeu. Em três anos os macabeus tinham dividido e
derrotado os exércitos sírios de Antíoco e recapturado Jerusalém. O Templo foi
restaurado, o altar purificado e a adoração restituída (em 25 de dezembro de
165 a.C.). Até o dia de hoje a Festa da Dedicação ou Hanukkah é observada pelos
judeus, comemorando esse evento. A família dos macabeus, chamada Hasmoneana,
tornou-se a reconhecida linhagem de governantes até que os romanos conquistaram
a Palestina sob o comando de Pompeu, em 63 a.C.17
Em meio à
escuridão do quadro profético amedrontador apresentado nesse capítulo, uma
clara luz de fé e heroísmo começa a brilhar. O povo que conhece ao seu Deus se
esforçará e fará proezas (32). Aqui é sugerido “Um Programa de Ação para uma
Minoria Piedosa”. 1) Eles conhecem a Deus. 2) Eles são fortes. 3) Eles fazem
proezas. Eles agem com um claro sentido de direção. 4) Sua batalha está no alto
nível do espírito, uma batalha de idéias santas. Eles ensinarão a muitos (33).
5) Sua causa triunfa. Para serem provados, e purificados, e embranquecidos, até
ao fim do tempo (35).Roy E.
Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 541-542.
III -
ANTÍOCO EPIFÂNIO, TIPO DO ANTICRISTO
1. O
“homem vil” que chega ao poder.
“E esse
rei fará conforme a sua vontade ”(11.36). Até o versículo 35 a história se
cumpriu perfeitamente. A partir do versículo 36, os fatos acontecem de modo
especial e fala de um rei que agirá segundo a sua própria vontade. Trata-se de
um homem que chega ao poder, prospera, cresce em poder e, então, investe contra
o Deus de Israel. Esse rei, na figura de Antíoco Epifânio, assume o papel de
divindade. Essa profecia tem o respaldo do Novo Testamento nas palavras de
Paulo, quando diz que “se opõe contra tudo que se chama Deus ou é objeto de
culto”( 2 Ts 2.4).Elienai
Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a
Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 154.
Dn 11.36
O leitor deve observar que os versículos 36 a 45, do presente capítulo, se
revestem de particular interesse para os estudiosos da Bíblia. Muitos
expositores acreditam que eles dão prosseguimento à descrição a respeito de
Antíoco Epifânio e suas atrocidades. Mas, é evidente que há certas dificuldades
nesta posição, em razão da morte deste monarca selêucida ter sido diferente da
que fala o texto. A possível interpretação mantida pela tradição mais antiga e
pelos pais da Igreja cristã era a de que esses versículos, sendo aplicados ao
“tempo do fim”, apontam claramente para o Anticristo. Assim sendo, o texto em
foco demonstra claramente ser o Anticristo a antítese do verdadeiro Cristo;
Jesus é Justo, ele será o iníquo; Jesus, ao entrar no mundo, disse ao Pai: “Eis
aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb 10.9), do Anticristo está
dito aqui no presente texto, que ele “fará conforme a sua vontade”. O Senhor
Jesus é o Filho de Deus; ele será “o filho da perdição” (2 Ts 2.3). O texto em
foco, fala-nos também que este monstro hediondo “falará coisas maravilhosas”.
Isto é, abrirá a sua boca em blasfêmia contra Deus e seu tabernáculo. O
Anticristo blasfemará dos “poderes superiores”, ridicularizando a própria
existência de Deus.Severino
Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 219-220.
Ele se
tornou muito orgulhoso, insolente e profano. Estando muito convencido por causa
das suas conquistas, declarou a sua oposição ao Céu, e pisou tudo que era
sagrado (v. 36ss). Alguns entendem que aqui começa a profecia do anticristo e
do reino papal. É claro que o apóstolo Paulo, na sua profecia sobre a ascensão
e o reinado do homem do pecado, está fazendo uma alusão a isso (2 Ts 2.4), e
mostra que Antíoco era um tipo e uma figura desse inimigo, assim como a
Babilônia também havia sido. Mas, juntando essa profecia às profecias
anteriores relativas a Antíoco, formando um discurso contínuo, me parece que
ela esteja provavelmente se referindo principalmente a ele, e que nele ela teve
o seu principal cumprimento, fazendo uma referência a alguma outra apenas para
fins de acomodação. (1) Antíoco ofenderia impiedosamente o Deus de Israel, o
único e verdadeiro Deus, chamado aqui de Deus dos deuses. Desafiando a Deus e
sua autoridade, ele iria agir conforme a sua vontade contra o seu povo e a sua
santa religião, exaltando-se acima dele, como fez Senaqueribe, falando coisas
incríveis contra as suas leis e instituições. Isso se cumpriu quando Antíoco
proibiu que fossem oferecidos sacrifícios no Templo de Deus, ordenou que os
sábados fossem profanados, e que o povo santo deveria ser contaminado, além de
muitas outras perversidades. Antíoco queria fazer com que, sob ameaças de
morte, esquecessem da lei, e mudassem todas as ordenanças (1 Mac 1.45). (2) De
uma forma absolutamente orgulhosa, Antíoco desprezaria todos os outros deuses,
iria se exaltar acima de cada deus, até dos deuses das outras nações. Ele
escreveu a todas as partes de seu reino que todos deveriam abandonar os deuses
que adoravam para adorar somente aqueles que ele mandasse, e esta era uma
atitude contrária à prática de todos os conquistadores que o haviam precedido
(1 Mac 1.41,42). E todos os pagãos concordaram com a ordem do rei, pois embora
amassem os seus deuses achavam que eles não mereciam qualquer sofrimento. No
entanto, como seus deuses eram ídolos, para eles não fazia nenhuma diferença
saber quem eram os deuses que estavam adorando. Antíoco não considerava nenhum
deus e se engrandecia acima de todos (v. 37).
Ele era tão orgulhoso que achava
que estava acima da condição de homem mortal, acreditava que podia comandar as
ondas do mar e alcançar as estrelas do céu. E essas eram as expressões da sua
insolência e arrogância (2 Mac 9.8,10). Era assim que tratava todos aqueles que
estavam em sua presença, até que a ira se completou (v. 36), até ter extrapolado
os limites, e transbordado a medida da sua iniqüidade. Pois aquilo que havia
sido determinado seria realizado. Nada mais, nada menos.HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora
CPAD. pag. 900.
O rei
obstinado — o Anticristo (11.36-45).
Jerônimo deu uma dupla interpretação a
essa parte (11.21-45): a primeira, em referência a Antíoco Epifânio, e a
segunda, ao Anticristo.18 Mas muitos comentaristas conservadores, incluindo
Young19 e Seiss,20 entendem que os versículos 21-35 se referem de maneira
apropriada a Antíoco e secundariamente ao Anticristo, e os versículos 36-45
devem referir-se a alguém maior, mais profano e ímpio do que Antíoco.
E esse
rei fará conforme a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo
deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis e será próspero (36).
Aqui a figura clara de Antíoco começa a desvanecer no meio da escuridão e um
aspecto disforme do Anticristo começa a tomar forma nas sombras do pano de
fundo. Lembramo-nos das advertências de Paulo acerca do “homem do pecado” (2 Ts
2.3-4) e da visão de João acerca da “besta” (Ap 13.5-8). Vemos claramente
refletido o “pequeno chifre” dos capítulos 7 e 8 de Daniel. Uma diferença
interessante aparece quando comparamos os dois pequenos chifres com esse rei
furioso do capítulo 11.
Enquanto o pequeno chifre do capítulo 8 e o rei furioso
do capítulo 11 estão relacionados ao terceiro reino da profecia de Daniel, a
Grécia, o pequeno chifre do capítulo 7, surge do quarto reino, Roma. Talvez
isso nos deve lembrar que o Anticristo vai procurar tomar para si toda a glória
e poder do empreendimento humano e combinar a cultura da Grécia e a glória de
Roma. Não nos deveria surpreender que o caráter culminante do mal buscará
usurpar para si toda a bondade humana bem como a adoração divina.Roy E.
Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 542.
2. O
futuro governante mundial no “tempo do fim”.
“E no fim
do tempo” (11.40). Na verdade, os versículos 40 a 45 retratam as lutas finais
de Antíoco Epifanio com o Egito, o rei do Sul, seu rival maior naquele tempo.
Porém, a descrição desses conflitos prenunciam os atos futuros do Anticristo.
No versículo 45 está descrito o fim de Antíoco Epifanio. Ninguém ostenta uma
glória que só pertence ao Deus Todo-Poderoso. Nos versículos 36-45 está
descrito que ele fará conforme sua própria vontade. Quando o versículo 40 fala
do “fim do tempo” estava apontando, não só para o fim do personagem histórico
Antíoco Epifanio, mas estava apontando para um tempo especial que a Biblia
descreve como sendo a Grande Tribulação, identificada como a 70a Semana do
capítulo 9.27.
(11.41)
Segundo o texto, os reis do norte e do sul (Egito e Síria) se unirão numa
coligação de nações na “terra gloriosa”(11.41) para a grande batalha do
Armagedom, onde o Anticristo será derrotado naA Segunda Vinda de Cristo (Ap
19.11-20).
(11.41-43)
Escatologicamente, esses versículos falam da extensão do reino do Anticristo.
Ele entrará na “terra gloriosa” que é Jerusalém e promoverá grande perseguição
aos judeus existentes. Os povos que rodeiam como Edom,Moabe e Amon,
identificados hoje, como a Jordânia e pequenas nações próximas estarão sob o
seu domínio. Porém, os povos do Oriente, como a China e rumores vindos do
Norte, a Rússia, mobilizarão seus exércitos e poderes bélicos para combater o
Anticristo na “terra santa”.
(11.44,45)
A destruição do Anticristo. Esses versículos indicam que a força de governo do
Anticristo será arrojada por terra e suplantada pela vinda gloriosa de Jesus
Cristo, o glorioso Messias, desejado e sonhado dia e noite pelos judeus (Zc
14.1,2). Depois de sete anos da Grande Tribulação, no seu final, o Senhor
matará com o sopro da sua boca e com o explendor da sua vinda (2 Ts 2.7,8).
“mas o
seu fim virá” (11.44,45). Subtende-se que a expressão “entre o mar Grande e o
monte santo” refere-se ao Mar Mediterrâneo (“o mar grande”, e “o monte santo e
glorioso” não é outro que não o lugar do Templo de Deus em Jerusalém. O
Anticristo armará suas tendas militares em Jerusalém , nas cercanias do vale do
Armagedon (Ap 16.16; Zc 14), mas será neste vale que ele será derrotado pelo
Messias glorioso. O falso Profeta e ele serão lançados no lago de fogo para
sempre, e o Senhor instalará seu reino de mil anos (Ap 19.11-21).Elienai
Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a
Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 155-156.
Dn 11.40
Este versículo e outros correlatos neste capítulo, nos mostram o ressurgimento
do povo egípcio com grande poder militar no tempo do fim. Mas, eles, os
egípcios serão também tragados pelo império brutal do homem do pecado. Este
versículo é realmente futurístico, ele aponta diretamente para o “tempo do
fim”. O autor sagrado deixa de escrever a história e olha para diante, para
descrever como o tirano Anticristo encontrará o seu fim (v. 45). Como evidência
para isso, é destacado que há muitas menções de acontecimentos registrados na
história, que tiveram lugar na parte final deste capítulo, tais como a
conquista do Egito e a batalha entre o mar Mediterrâneo e o monte Sião. Também
não pode ser mais Antíoco Epifânio, pois ele não morreu na Palestina, mas na
Síria, como testemunha Polí- bio.
O personagem descrito nestes versículos
finais é sem dúvida o Anticristo; ele encontrará o seu fim, de fato na á- rea
mencionada, isto é, na grande planície, que fica entre o Jordão e o
Mediterrâneo, denominada de Armagedom (Dn 11.45; Ap 16.16; 19.20).
Dn 11.41
“Edom e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom”. Durante o tempo da Grande
Tribulação haverá uma área demarcada por Deus, diante da face do destruidor.
Esta á- rea servirá de “refúgio” para o seu povo: o remanescente. Tanto no
Antigo como no Novo Testamento, esse lugar de “refúgio” tem vários nomes: 1) O
lugar preparado por Deus (Ap 12.6). 2) O refúgio (Is 16.4). 3) O quarto (Is
26.20). 4) O isolamento (SI 55.5-8), etc. Na simbologia profética, isso
significa “o deserto dos povos” (Ez 20.35). Será, sem dúvida, o que está
depreendido do presente texto: “E- dom e Moabe, e as primícias dos filhos de
Amom”. Esses países serão os únicos a escaparem da influência do Anti- cristo.
O Egito não escapará. Edom ou Iduméia: Geograficamente, este país encrava-se na
região montanhosa do mar Morto e do golfo de Acaba; estende-se também para
dentro da Arábia Pétrea.
Moabe:
Encrava-se no Sueste do mar Morto; era separada dos amonitas pelo rio Arnon.
Amom:
Encrava-se na região Nordeste do mar Morto; hoje, esses três povos são tribos
árabes. (Orígenes). Essa região será demarcada por Deus naqueles dias sombrios
da Grande Tribulação e servirá de “refúgio perante a face do destruidor” (Is
16.4). O monte Sião será também demarcado. (Ver Ob v. 17; Ap 14.1). Todos esses
lugares acima mencionados se transformarão no “deserto de Deus”, preparado para
a “mulher” (o Israel Fiel) durante a época da Grande Angústia. (Ver as
seguintes Escrituras sobre este assunto: SI 60.8-12; Is 16.4; 26.20; 64.10; Jr
32.2; 40.11; 48.8, 9; Ez 20.35; Dn 11.41; 12.1; Os 2.14; Ob v. 17, 20; Mt
24.36; Ap 12.6, 13-17). A “mulher” perseguida e guardada por Deus nessa época
representa, sem dúvida, o “remanescente de Israel” (Apocalipse versículo por
versículo).Severino
Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 222-223.
Os
versículos 36-40 tratam de eventos de que não há correspondência em toda a
história passada: um quadro profético do futuro Anticristo e sua atuação,
especialmente quanto a Israel.
Mediante
a expressão "nesse tempo", no capítulo 12, os eventos escatológicos
nele constantes, como ressurreição dos mortos e recompensa dos justos, estão na
sequencia do tratado nos versículos 36-45. A era em que ocorrem esses eventos
envolve também os eventos do capítulo 12 76
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PAZ DO SENHOR
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