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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Escatologia os impérios mundiais (6)


                   OS IMPÉRIOS MUNDIAIS DANIEL 7 (6)



                            E O REINO DO MESSIAS

                                  Professor Mauricio Berwald


3. Destruição do Anticristro (vv.26,27).

Até chegar a esse ponto, Cristo descerá sobre a terra literal e visivelmente sobre o Monte das Oliveiras (Zc 14.1-4). Cristo é o Messias sonhado e desejado por Israel e virá para esse povo. Na sua vinda gloriosa e visível, especialmente para Israel promoverá espanto no mundo inteiro. O Diabo saberá que o seu poder de destruição do povo de Israel estará detido. O Messias, Jesus Cristo, então, destruirá esse rei blasfemo e déspota, o Anticristo, e assumirá com autoridade o governo do povo de Deus naqueles dias e iniciará seu governo milenar na terra. Desse modo terá cumprido o período dos “três anos e meio” da segunda metade da semana de Daniel (Dn 9.27). Alguns historiadores preferem interpretar esse período como tendo o seu cumprimento no ano 70 d.C, mas esquecem que é no fmal do período do domínio do “pequeno chifre” que o reino será dado aos santos do Altíssimo, o povo de Israel. Não há o que duvidar! Depois de tudo isso se estabelecerá o reino do Messias. Não há dúvidas, também, de que a igreja de Cristo não estará na terra nesse período, porque será arrebatada antes que inicie o tempo da Grande Tribulação.

“E o reino e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo” (7.27). 

O Anticristo não poderá resistir ao poder daquEle que é mais poderoso do que ele, que é o Senhor Jesus Cristo o qual destruirá ao Anticristo e tomará o seu domínio e o passará aos “santos do Altíssimo” que são israelitas naqueles dias. O Anticristo será destruído pelo fogo ( Dn 7.11) e será lançado no Geena (o Lago de fogo) para sempre (Ap 19.20). A Bíblia diz que ele será destruído pela força da vinda do Messias (2 Ts 2.8). A vitória final contra as forças do mal será culminada com o triunfo de Cristo Jesus (Dn 7.27).Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 112-113.

Dn 7.26 O Apóstolo Paulo fala a seu filho Timóteo, na segunda carta, cap. 4.1 o que segue: “Conjuro-te pois diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda [parousia] e no seu reino [Milênio]...” O texto em foco diz, de fato, o que acontecerá na vinda de Cristo com poder e grande glória. A Besta e seus agentes serão julgados naquele grande dia da ira de Deus e do Cordeiro. (Ver 2 Ts 2.8 e Ap 19.20). O supremo juízo de Deus desfará todo e qualquer império do mal; o reino será estabelecido para que os santos do Altíssimo reinem e o Senhor Jesus Cristo reine sobre eles. Esses acontecimentos terão lugar sete anos após o arrebatamento da igreja, aqui na terra. Todo o domínio das trevas será aniquilado ante a face do Senhor em glória, e todo o domínio e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo.

Dn 7.27 O presente versículo terá sua consumação em Ap 11.15, onde lemos: “E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre”.

 Ali haverá, após a grande vitória de Cristo no vale do Armagedom, o estabelecimento do reino milenar, então o domínio, e a majestade dos reinos do mundo serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. Em Ap 10.7, é previsto este grande acontecimento, e em 11.15, a sua consumação. Este grande “segredo de Deus” mencionado na passagem anterior, é, sem dúvida, o estabelecimento do reino de Deus na terra, que começara com o reino milenar de Cristo, como pode ser depreendido do texto em foco, de Daniel. O reino de Deus e de Cristo é um só. Em Ef 5.5, encontramos menção do “reino de Deus e de Cristo”.Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 147-148.

[2] O tribunal será estabelecido (v. 26). 

Deus mostrará que julga na terra, e advogará a justa causa do seu povo tanto com sabedoria quanto com imparcialidade. No grande dia, o precioso Senhor julgará o mundo com justiça por meio do varão que designou. [3] O domínio do inimigo será tirado (v. 26). Todos os inimigos de Cristo serão postos por escabelo de seus pés, e serão completamente consumidos e destruídos: esse era o procedimento dos apóstolos em relação ao homem iníquo (2 Ts 2.8). Ele será consumido com o sopro da boca de Cristo, e destruído com o esplendor da sua vinda. [4] O julgamento é entregue aos santos do Altíssimo. E confiada aos apóstolos a incumbência da pregação do Evangelho através do qual o mundo será julgado. Todos os santos por meio de sua fé e de sua obediência condenam um mundo descrente e desobediente. Em Cristo, que é o seu comandante, eles julgarão o mundo, julgarão as doze tribos de Israel (Mt 19.28).

Veja o motivo que temos para honrar aqueles que temem ao Senhor. Quão vis e abomináveis os santos parecem agora aos olhos do mundo, e quanto desprezo é despejado sobre eles. Eles são os santos do Altíssimo. Eles são preciosos para Deus. Ele os considera como seus, e o juízo é entregue a eles. [5] Aquilo que é mais enfatizado é que os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre (v. 18). E novamente (v. 22): Chegou o tempo em que os santos possuíram o reino. E outra vez (v. 27): O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão entregues ao povo dos santos do Altíssimo. Longe de nós pressupormos por isso que o domínio é encontrado na graça, ou que ele autorizará alguém, sob o pretexto de santidade, a usurpar a realeza. Não. O reino de Cristo não é deste mundo. Mas isso sugere o domínio espiritual dos santos sobre os seus próprios desejos e perversões, suas vitórias sobre Satanás e suas tentações, e o triunfo dos mártires sobre a morte e os seus pavores. Aqui também é prometido que o reino do Evangelho será estabelecido como um reino de graça, cujos privilégios e consolos, agora sob o comando dos céus, serão o penhor e os primeiros frutos do reino da glória nos céus. Quando o império se tornou cristão, e os príncipes fizeram uso de seu poder para a defesa e o progresso do cristianismo, então os santos tomaram posse do reino. 

Os santos governam através do Espírito que os governa (esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé), fazendo com que os reinos deste mundo se tornem o reino de Cristo. Mas o pleno cumprimento destas coisas tão boas estará na felicidade eterna dos santos, no reino que não pode ser abalado, o qual nós, de acordo com a sua promessa, aguardamos (essa é a grandeza do reino). A coroa de glória que aguardamos jamais perecerá, pois o reino que nos foi prometido é eterno. Os santos possuirão o reino para sempre, eternamente. E a razão é que os santos pertencem ao Altíssimo, e o seu reino é um reino perpétuo (v. 27). Como Ele é assim, os seus deverão ser também. “Porque eu vivo, vós também vivereis” (Jo 14.19). O reino do Senhor é deles. Eles se consideram enaltecidos na exaltação dele, e não desejam honra e satisfação maior para si mesmos do que a de que todos os domínios o servirão e o obedecerão, como eles o farão (v. 27). 

Os povos se sujeitarão ao seu cetro de ouro, ou serão levados à destruição por sua vara de ferro. Daniel, no final, quando encerra esse assunto, nos conta que impressões essa visão lhe causou. Ela dominou os seus pensamentos a tal ponto que o seu semblante foi modificado, e o fez parecer pálido. Mas ele guardou o assunto em seu coração. Note, o coração deve ser o cofre e o depósito das coisas divinas. Lá devemos guardar a palavra de Deus, assim como Maria guardou as palavras de Cristo (Lc 2.51). Daniel guardou o assunto em seu coração, com um propósito: não escondê-lo da igreja, mas guardá-lo para ela, para que aquilo que havia recebido do Senhor pudesse ser transmitido ao povo de uma forma plena e fiel. Observe que compete aos profetas e ministros de Deus guardar na memória as coisas de Deus, e ali assimilá-las muito bem. Se quisermos ter a palavra de Deus em nossos lábios quando for oportuno, devemos guardá-la em nossos corações em todo o tempo.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 873.



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