UMTIPO DO FUTURO ANTICRISTO DN 11 (5)
Dn 11.3
Depois se levantará um rei, poderoso. Esse poderoso rei seria Alexandre, o
Grande, cabeça do império greco-macedônio, que derrubou o império persa,
fechando as páginas da história sobre aquela potência. Quando Alexandre se pôs
de pé, o mundo todo foi abalado, e em breve (no curto espaço de onze anos —
334-323 A. C.) o mundo inteiro da época estava sob seus pés. Alexandre morreu
com apenas 32 anos de idade, devido à malária e às complicações com o
alcoolismo. Talvez seu extraordinário poder e sucesso tenha decorrido do poder
concedido pelo anjo guardião da Grécia (ver Dan. 10.20). Ele fazia tudo de
acordo com os ditames de sua vontade (cf. os vss. 16 e 36 e também Dan. 8.4).
Quintus Curtius, História de Alexandre X.5.35, diz: “Pelo favor de sua fortuna,
ele parecia, aos povos, ser capaz de fazer o que bem entendesse".CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Hagnos. pag. 3421.
3. A
divisão do reino entre quatro generais (11.4-20).
“estando
ele em pé, o seu reino será quebrado” (11.4). Muito cedo, aos 33 anos de idade,
Alexandre morreu na Babilônia. Ele era “chifre ilustre” ou “a ponta grande” do
bode peludo do capítulo 8.8, que representava a Grécia. Esse chifre foi
quebrado (8.8) que representa o rei grego, cujo reino foi quebrado em 11.4. Sem
seu líder principal, Alexandre, o Magno, o seu reino perdeu a força da unidade
imperial e foi dividido por seus quatro generais: Cas- sandro, Lisímaco,
Seleuco e Ptolomeu. Ainda que os historiadores neguem a questão da soberania de
Deus no destino das nações, não temos o que duvidar. Fazendo uma relação
comparativa das visões dos capítulos 7 ,8 e 11, temos no texto de Dn 7.6 a
figura das quatro cabeças do leopardo alado, e depois, no texto de Dn 8.8 temos
a visão do bode peludo com quatro chifres notáveis. As figuras são diferentes,
mas as representações dessas figuras são as mesmas, porque falam do Império
Grego e sua divisão, depois da morte de Alexandre, pelos quatro generais. São
eles: Cassandro que reinou na Macedônia; Lisímaco que reinou sobre a Trácia e a
Ásia Menor; Ptolomeu que reinou no Egito e, por último, Seleuco que reinou
sobre a Síria e o restante do Oriente Médio. Essa divisão de reinos aguçou a
vaidade e a presunção desses generais que se fizeram reis e tramas de traição e
morte envolveram esses reinos.
(11.5-20)
Nos versículos 5 a 20 temos uma sucessão de guerras entre esses quatro reis,
especialmente, entre Egito e Síria, entre os reinos do norte e do sul.
Suplantou o rei do Norte, Antíoco Epi- fanio (entre 175 e 164 a.C.) o qual se
tornou um tipo perfeito do Anticristo.
Porém, dois desses reis da divisão do
império se destacam: o rei do Sul e o rei do Norte. Da divisão do império, o
rei do Sul é Ptolomeu. Com ele se iniciou a dinastia dos ptolomeus. O texto diz
que ele (o rei do sul — Egito) seria mais forte que o outro rei (o rei do norte
— Síria). O sul era representado pelo Egito e o norte pela Síria. Detalhes
históricos envolvendo esses dois reinos culminam com conflitos entre ambos e
com a superação do reino do sul (Síria). Nos versículos 5 a 20 temos uma
sucessão de guerras entre esses quatro reis, especialmente, entre Egito e
Síria, entre os reinos do norte e do sul. Esse conflito entre os reis do norte
e do sul (Egito e Síria), revelou ao final um personagem por nome Antíoco
Epifanio, quando no ano 198 a.C., Jerusalém e Judeia passaram a ser província
da Síria. No versículo 15, o rei do norte, Antíoco III, o Grande, se impõe
sobre a Judeia e Egito e se apodera fortemente da Palestina (11.16). Esse rei,
por causa da dívida com Roma, a fim de pagá-la, estabeleceu impostos
financeiros pesados, tirando-os dos tesouros da Casa de Deus em Jerusalém. O
filho de Antíoco III foi Antíoco IV, conhecido como Antíoco Epifânio.Elienai
Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a
Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 151-152.
Dn 11.4
“O seu reino será quebradoIsto aconteceu realmente como diz a profecia em foco.
Alexandre reinou com grande poder; ele foi chamado de Magno. Mas morreu prematuramente
aos trinta e três anos de idade. O chifre ilustre foi realmente “quebrado”,
como vaticinara o profeta do Senhor (Dn 8.8). Seu império foi dividido em
quatro partes (quatro ventos), depois da batalha de Ipsus, em 301 a.C. A sua
posteridade (família) não recebeu o reino, e sim seus quatro generais de
exércitos: 1. Ptolomeu. 2. Seleuco. 3. Lisímaco. 4. Cassandro. As quatro
regiões de que fala o texto divino foram: 1) O Egito (região Sul). 2) A Síria
(região Norte). 3) A Macedônia (região Oeste). 4) A Ásia Menor. Os generais de
Alexandre Magno reinaram também com grande autoridade, mas nenhum deles chegou
à sua glória e magnitude; também não eram de sua família; cumprindo-se, assim,
a profecia: "... seu reino será repartido... mas não para a sua posteridade”.
Esse acontecimento sobre seu reino, o próprio Alexandre já o previu em vida
como ele mesmo declarou ao seu biógrafo: “Ainda em vida, Alexandre predisse que
seus amigos lhe fariam um cruento funeral”. Cumpriu-se o vaticínio. O Macedônio
não deixou sucessor direto ao trono, pois tinha um irmão que poderia ser seu
herdeiro, mas este era imbecil; e um filho, mas era de poucos anos de idade.Severino
Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 200-201.
Mas, (v.
4) o seu reino logo seria rompido e dividido em quatro partes, e nenhuma delas
coube aos seus descendentes. Nenhum dos seus sucessores iria reinar com a mesma
autoridade, nenhum deles iria possuir territórios tão grandes, nem um poder tão
absoluto. Seu reino foi despojado por muitos, além da sua própria família.
Arideo, seu irmão, tornou-se rei da Macedônia. Olímpia, a mãe de Alexandre, o
matou, e envenenou os dois filhos de Alexandre, Hércules e Alexandre. Dessa
forma, a sua família foi desarraigada por suas próprias mãos. Veja como a pompa
e as possessões do mundo são coisas que podem ser perdidas e desaparecerem. O
mesmo ocorre com os poderes através dos quais elas são conquistadas. A vaidade
do mundo e os seus maiores feitos jamais foram demonstrados de uma forma mais
evidente do que na história de Alexandre. Tudo é vaidade e aflição de espírito.HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora
CPAD. pag. 895.
Daniel
aponta para vários reis da Síria e do Egito (v. 5-20). O poder alternou várias
vezes, ora nas mãos da Síria, ora nas mãos do Egito. Vejamos inicialmente a
aliança entre a Síria e o Egito (v. 5,6).Berenice,
a filha do rei do Egito, Ptolomeu Filadelfo, foi dada em casamento ao rei da
Síria, Antíoco II, para assegurar a aliança. Mas o casamento não teve o
resultado desejado, ou seja, unir os dois reinos. Com a morte do pai de
Berenice, Antíoco II voltou para sua ex-mulher, Laodice, e esta envenenou
Berenice, o marido Antíoco II e o filho de Berenice, deixando um clima totalmente
desfavorável para uma aliança de paz entre os dois reinos. No reinado de
Ptolomeu II os judeus foram cercados de todos os favores e garantias. Ele
construiu várias cidades em território palestino com o propósito de ganhar a
amizade do povo judeu. Foi nesse período que a Septuaginta foi feita, a versão
grega do Antigo Testamento. A seguir, observemos a derrota da Síria pelo Egito
(v. 7-12).
O irmão de Berenice, Ptolomeu III, venceu a batalha contra o Norte e
matou todos os que assassinaram sua irmã. Também levou todos os tesouros da
Síria de volta para sua terra. Por algum tempo houve considerável superioridade
dos ptolomeus sobre os selêucidas. Notemos agora a derrota do Egito pela Síria
(v. 13-16). Embora o Egito esteja fortificado, ele será destruído. A superioridade
do Sul durou pouco. O Norte teve uma decisiva vitória em Sidom (v. 15).
Antíoco, o Grande, rei do Norte, parecia invencível. Ninguém era capaz de lhe
resistir (v. 16).
Finalmente,
vejamos o impasse entre a Síria e o Egito (v. 17-20). O rei da Síria, Antíoco,
o Grande, dá sua filha ao rei do Egito em casamento para destruir internamente
o reino (v. 17). O rei do Norte, para conquistar o Sul, mudou de tática.
Antíoco concluiu que a melhor maneira de vencer o Sul seria por meio do uso de
sutileza. Muito convincentemente foi ao Egito e contratou o casamento de sua
filha, Cleópatra, com o rei Ptolomeu V que na época tinha apenas 12 anos de
idade. O casamento realizou-se cinco anos depois. Pensou que por intermédio
desse casamento firmaria seu poder sobre o reino do Sul. O plano falhou
miseravelmente, pois Cleópatra não fez o jogo do pai, ficando do lado de seu
marido. Assim, a profecia cumpriu-se mais uma vez (v.17). Antíoco, assim,
resolve conquistar outros mundos e é fragorosamente derrotado (v. 18). Foi uma
enorme derrota que causou o fim das ambições territoriais de Antíoco (v. 19).
Selêuco Filopater, seu sucessor, mandou confiscar os tesouros do templo de
Jerusalém. Mas essa ordem nunca foi cumprida. Crê-se que Heliodoro, o emissário
responsável por saquear o templo de Jerusalém, advertido por uma visão,
desistiu de executar esse ato sacrílego. Crê-se ainda que o próprio Heliodoro o
tenha envenenado (v. 20). Assim, cada detalhe profetizado aconteceu
integralmente. O povo judeu muito sofreu com essas sucessivas guerras, visto
que seu território servia de passagem e, às vezes, também de campo de batalha
para os dois exércitos rivais.LOPES.
Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 137-139.
II - O
CARÁTER PERVERSO DE ANTÍOCO
EPIFÂNIO
(11.21-35)
1.
Antíoco Epifânio foi um rei perverso e bestial.
Antíoco
Epifânio, o glorioso
A
presunção desse rei o fez adotar um novo nome e ele chamava a si mesmo “Teos
Epifanes” , isto é, “deus revelado”. Ele ascendeu ao trono da Síria em 175 a.C.,
e mesmo sendo rejeitado por muitos, fez questão de impor seu domínio pela
crueldade. Sua ascensão foi ilegal, porque, para abrir caminho para o trono da
Síria, ele o fez pelo modo mais ignominioso e detestável. Suas caraterísticas
diabólicas o tornaram o tipo mais próximo do futuro Anticristo.
“Depois,
se levantará em seu lugar um homem vil” (11.21). Os quatro generais que se
tornaram reis depois da morte de Alexandre, não se contentaram com suas regiões
geográficas porque suas ambições os fizeram tramar intrigas entre si, matando e
assassinando opositores para ostentarem mais riquezas do que já tinham. Queriam
mais e mais e começaram a buscar mais terras e partiram para a luta entre si.
Seleuco IV, da Síria, ocupava o trono da Síria em Antioquia e reinou de 187 a
175 a.C., morreu envenenado e seu filho deveria assumir o trono, mas seu tio
Antíoco Epifânio tomou o trono da forma mais ignominiosa e detestável possível.
Antíoco Epifânio assumiu o trono sírio e mudou seu título de Antíoco IV para
Antíoco Epifânio, isto é, o glorioso.
Antíoco
Epifânio foi um rei perverso
Dn 11.25
O personagem descrito no presente texto é ainda Antíoco Epifânio, e o rei do
Sul, de que fala a profecia, é Ptolomeu Phiscon; ele tinha realmente um grande
e poderoso exército em torno de si e podia, como diz a História, vencer o
próprio Antíoco Epifânio; mas foi frustrado seu plano, em razão de, em seu
próprio exército e arraial, existir traição. De ambos os lados existia grande
multidão, os dois exércitos eram numerosos como a areia do mar. Outros- sim, a
ambição predominava, e o rei do Sul (Egito) foi o mais envolvido”. A profecia
já tinha previsto tudo isso quando diz: "... o rei do Sul se envolverá na
guerra com um grande e mui poderoso exército; mas não subsistirá”. A causa
deste “envolvimento” foi que ele determinou que seu reino fosse incorporado ao
grande império do rei do Norte (Síria), e, por causa disto, a oposição cresceu
entre seus próprios generais; assim, o rei do Egito foi traído por aqueles que
comiam de seus manjares.
Dn 11.26
O presente versículo e mais quatro que o seguem, neste capítulo, continuam
descrevendo o caráter sombrio de Antíoco Epifânio, falando de rumores de guerra
entre estas duas potências: a do Sul (Egito) e a do Norte (Síria). Durante
alguns anos, os Ptolomeus e Selêucidas fizeram vários tratados, com a
finalidade de encontrarem a paz entre os dois países, mas seus corações tinham
um só intento: enganar um ao outro.O leitor
pode observar que, dos versículos 25 a 28, o autor sagrado, o profeta Daniel,
como recipiendário da visão, descreve, em síntese, as primeiras campanhas
guerreiras de Antíoco contra o Egito, fala também de uma campanha na qual
Ptolomeu (egípcio), e os seus não puderam resistir, em virtude da traição
existente entre seus próprios generais, como já ficou demonstrado; eles
deveriam tê-lo apoiado. A traição é inimiga do triunfo, mas os traiçoeiros sempre
cairão nas malhas da própria traição.
Dn 11.27
"... uma mesma mesa falarão a mentira”. Podemos observar como estes dois
monarcas fizeram da “mentira seu próprio refúgio”. Mas todos sabem que “mentira
gera mentira”. (Comp. com SI 42.7). Mas ela não prevalecerá. Somente a verdade
permanece e o fim das mentiras virá, como diz a profecia, no tempo determinado.
Estes
dois reis (do Norte e do Sul), segundo o doutor Amo C. Gabelein, são ainda
Antíoco e Ptolomeu Filopater. Eles realmente fizeram vários tratados, mas
sempre mentiram um ao outro: seus corações eram atentos só para fazer o mal. O
que ocasionou esta aliança de Antíoco com Ptolomeu foi ter sido este derrotado;
então decidiu aproximar-se de Antíoco Epifânio e ambos mantiveram uma paz
aparente e, assentados a mesma mesa, falavam a mentira, pois nenhum nem outro
cumpriu aquilo que tinha sido estabelecido no tratado de paz.Severino
Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 213-214.
A sua
guerra contra o Egito, que foi a segunda expedição que fez a essa nação. Isto
foi declarado nos versículos 25-27. Antíoco iria reforçar o seu poder e tomar
coragem para lutar contra Ptolomeu Filométor, rei do Egito. Ptolomeu, então,
foi forçado a fazer guerra contra ele, e o atacou com um exército grande e
poderoso. Mas, embora o seu exército fosse muito grande, ele não seria capaz de
enfrentar o inimigo. E o exército de Antíoco iria derrotar e subjugar o
exército de Ptolomeu e um grande número de soldados egípcios seria assassinado.
No entanto, o rei do Egito foi traído pelos seus próprios conselheiros.
Eles
eram alimentados por ele, comiam do seu pão, mas recebiam subornos do inimigo,
Antíoco. Assim, eles iriam planejar artifícios contra o seu rei, estando
prontos até mesmo a destruí-lo. E que medidas poderiam ser tomadas para evitar
uma traição como esta? Depois da batalha, um tratado de paz seria colocado em
ação, e esses dois reis iriam se reunir em um conselho, a fim de estabelecerem
as condições de paz. No entanto, nenhum dos dois seria sincero e honesto nesse
acordo, pois através das suas pretensões e promessas de amizade e harmonia,
eles estavam mentindo reciprocamente. Pois o coração de um estava pronto para
fazer ao outro todo o mal que pudesse. Logo, não é de admirar que esse tratado
não viesse a prosperar. A paz não seria duradoura, e o seu fim ocorreria no
momento indicado pela Providência divina. Então, a guerra iria começar
novamente, como uma ferida que só foi tratada superficialmente.HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora
CPAD. pag. 897-898.
Dn
11.25-28 Suscitará a sua força e o seu ânimo contra o rei do Sul. Tendo
consolidado seu poder, Antioco atacou o Egito, porque ali havia mais poder e
bens a serem obtidos. O “rei do sul” foi atacado em 170 A. C. Nas fronteiras
com o Egito, ele teve de enfrentar o exército egípcio. Isso ocorreu em Pelúsio,
que ficava perto do delta do rio Nilo. Embora os egípcios contassem com
numeroso exército, foram derrotados. Então Antioco resolveu mostrar-se amigo
desse povo, e ambos os lados favoreciam a cessação das hostilidades, mas suas
esperanças nunca se cristalizaram, pois ambos se mostravam espertos e
enganadores, o que novamente é próprio da política.
“Em 169
A. C., Antioco invadiu o Egito e capturou Ptolomeu VI. Mas dificuldades em sua
pátria o forçaram a deixar o Egito e, a caminho de volta (levando muito
despojo), ele saqueou Jerusalém e o tesouro do templo” (O xford Annotated
Bible, na introdução aos vss. 25-28). Foi nesse tempo que começaram as grandes
atrocidades de Antioco IV Epifânio contra os judeus, e essa circunstância
inspirou o autor sacro a passar algum tempo descrevendo o sucesso das campanhas
de Antioco. O vs. 25 mostra-nos que seu sucesso contra o Egito foi prejudicado
por conspirações em sua pátria, traições da parte de alguns de seu próprio
povo. Eles “fizeram planos contra ele”.
O vs. 26
pode referir-se a parte das conspirações contra Epifânio. As pessoas que tinham
aceitado riquezas da parte dele não hesitaram em atacá-lo pelas costas. E
também deram-lhe maus conselhos que o levaram a entrar em conflito com seu
sobrinho, o qual, eventualmente, foi feito cativo. Ver os detalhes sobre isso
em Políbio, História XXVIII.21; Diodoro Sículo, XXX.17. O fato de Antioco ter
saqueado Jerusalém incluiu, naturalmente, grande matança do povo judeu (I
Macabeus 1.20-24; II Macabeus 5.11-16; Josefo, Guerras, 1.1.1; Antiq. XII.5.3).
Tendo aprisionado seu sobrinho, Ptolomeu, ele fingiu estar agindo em seu favor,
mas o que sucedeu foi que conseguiu submeter larga porção do Egito. Foi forçado
a parar em Alexandria. O romano Polílio Laenas estragou os planos de Antioco.
Ele precisou evacuar o Egito, pelo que sua ira se voltou contra os judeus
não-helenizados de Jerusalém.
Antioco
contaminou o templo em 167 A. C. O vs. 27 refere-se à falsa barganha de Antioco
no Egito. Os dois reis que figuram naquele versículo são Antioco e Ptolomeu
Filometer, seu sobrinho. Teoricamente, Filometer estava em aliança com seu tio
contra o irmão mais novo do usurpador. Foi assim que Antioco reuniu riquezas e
conquistou terras, presumivelmente em favor de Filometer, mas, na realidade,
ele não se importava em nada com seu sobrinho. Ele agia em interesse próprio o
tempo todo (segundo disse Lívio XLV.11.1). Todo esse esquema teve um fim
nomeado, que alguns estudiosos fazem ser uma referência escatológica,
transferindo tudo para o fim dos tempos e elegendo o anticristo como a
verdadeira personagem traiçoeira. Ou o fim pode ter sido do poder e da vida de
Antioco, ou então da guerra. Mas alguns insistem em dizer: “O Fim”.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Hagnos. pag. 3423.
(11.25-28)
Antíoco Epifânio, depois de ter entrado no Egito e ter tomado posse do reino de
PtolomeuVI ( w. 25,26), resolveu investir contra a Terra Santa, especialmente,
Jerusalém. Ele tinha um ódio enorme contra Israel. Por isso, partiu para a
profanação do templo dos judeus e fez cessar os sacrifícios diários (11.30,31).
Houve resistência da parte de judeus fiéis que não cederam aos abusos de poder
e de arrogância desse rei sírio. Ele ordenou o sacrifício de porcos sobre o
altar sagrado dos judeus para profanar o Santuário.Elienai
Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a
Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 154.
Dn 11.28
"... o santo concerto”. O presente versículo, faz alusão a todas as
tiranias de Antíoco Epifânio contra o povo judeu, cujos dados históricos se
encontram narrados no primeiro e segundo livros de Macabeus. A história nos diz
(confirmando a profecia) que, em 168 a.C., ele, Antíoco, voltou da sua
expedição com grande riqueza. Então marchou para a Judéia e praticou grandes
atrocidades ali. Na viagem de volta, ao atravessar a Palestina, com o coração
contrário ao Santo Concerto, saqueou o templo de Jerusalém, deixando na cidade
uma guarnição síria. No primeiro e segundo livros dos Macabeus, lemos de suas
tiranias contra o Santo Concerto e o povo escolhido. Muitas de suas atrocidades
foram frustradas por intervenção divina; então ele, muito indignado, voltou
“para sua terra”, isto é, voltou para a sua cidade: a Capital, Antioquia.
Severino
Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 215.
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PAZ DO SENHOR
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