Conteúdo da Lição 4 - Revista da Betel
O culto
cristão: um ato sagrado
23 de
outubro de 2016
Texto
Áureo
“Deus
deve ser em extremo tremendo na assembleia dos santos e grandemente
reverenciado por todos os que o cercam.” Sl 89.7
Verdade
Aplicada
O culto é
uma das mais belas e antigas formas do homem expressar sua devoção, gratidão e
adoração a Deus. É o ato central de identidade cristã através da história.
Textos de
Referência.
1
Coríntios 14
26. Que
farei, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem
doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para
edificação.
27. E, se
alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e
por sua vez, e haja intérprete.
28. Mas,
se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com
Deus.
29. E
falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
30. Mas
faça-se tudo decentemente e com ordem.
Introdução
O culto é
como uma gota de orvalho em busca do oceano do amor divino. É uma alma faminta
diante do celeiro espiritual. É uma terra sedenta clamando por chuva. É uma
ovelha no deserto, balindo em busca do Bom Pastor.
1. As
bases bíblicas do culto cristão.
A
confissão da Igreja tem por objetivo principal a glorificação a Deus e
alegrar-se nEle (Sl 122.1). Isso faz do culto o ato mais importante, mais
relevante e mais glorioso na vida do homem (Sl 84.1-4).
1.1.
Vocabulário bíblico para adoração.
Para
alcançarmos uma visão correta sobre o culto cristão, é mister examinarmos
alguns termos: “Latreia”, cujo significado principal é “serviço” ou “culto”.
Denota o serviço prestado a Deus pelo povo inteiro ou pelo indivíduo. Em outras
palavras, é o serviço que se oferece à divindade através do culto formal,
ritualístico e através do oferecimento integral da vida (Êx 3.12; Dt 6.13; Mt
4.10; Lc 1.74; 2.37; Rm 12.1). “Leitourgia”, palavra composta por outras duas
de origem grega, que são: “povo” (laós) e “trabalho” (érgon). O termo significa
“serviço do povo”. No Antigo Testamento, referia-se ao serviço oferecido a Deus
pelo sacerdote, quando esse apresentava o holocausto sobre o altar de
sacrifícios (Js 22.27; 1 Cr 23.24,28).
1.2.
Bases teológicas do culto.
A
adoração cristã se fundamenta na nova aliança (Hb8). Está franqueada ao cristão
a comunhão com Deus pelo novo e vivo caminho aberto por Jesus Cristo (Hb
10.19-22). Portanto, ofereçamos sempre por Ele (Jesus Cristo) a Deus sacrifício
de louvor (Hb 13.15a). Temos importantíssimas informações sobre o culto em todo
o Novo Testamento. O culto é mediado por Jesus Cristo, um sumo sacerdote que se
identifica com os adoradores (Hb 2.12-13, 16-18; Jo 17.24; Mt 18.20). Cristo
fez de seus seguidores sacerdotes de Deus, isto é, pessoas cujo culto Deus
aceita (Ap 1.5-6; 5.8-10; 1 Pe 2.9). É necessário que o adorador saiba qual é o
seu dever em uma reunião cristã e conheça bem as suas bases para que se
comporte eticamente durante o culto.
1.3. Os
pré-requisitos do culto.
O
cumprimento de um ritual não basta para que haja culto. É indispensável à
aceitação por Deus do culto oferecido. Deus estabelece condições para aceitar a
adoração de homens. A ignorância dessas condições ou mesmo sua violação
transforma o ritual em exercício unilateral enervante e com sérias
consequências para os participantes. Vejamos esses pré-requisitos para que
alcancemos a plena comunhão com Deus: fé (Hb 10.38; 11.6); envolvimento total
da vida (Rm 12.1-2; Lc 10.27); deve ser dirigido a Deus (Mt 4.10; 6.6; Hb
13.15); modelado pelo ensino bíblico (Mt 15.9; Hb 12.28) e mediado por Cristo
(Hb 9.12,24-28; 10.19).
2. A
necessidade e essência do culto.
O tédio é
um estado mental resultante do esforço para manter interesse por uma coisa pela
qual não temos o mínimo de interesse. Este fato tem levado a igreja, em nossos
dias, a oferecer certos atrativos ao povo no que tange ao culto.
2.1. A
necessidade do culto.
O culto é
necessário pelas seguintes razões. Primeiro, a finalidade do homem. No culto, o
homem acha a razão da sua existência. Ele foi criado para a adoração. Fora da
posição de adorador de Deus, o homem não encontra o sentido para vida (1 Co
10.31; Rm 11.36). Segundo, obediência. O culto foi instituído e ordenado por
Jesus Cristo. Quando a Igreja se reúne para louvar, orar e pregar a palavra,
ela simplesmente obedece (Mc 16.15-16; At 1.8; 20.7; 1 Co 11.24-25). Terceiro,
a utilidade. O culto é suscitado e expresso pelo Espírito Santo. A salvação
provoca adoração (At 10.46). O perdão restaura a capacidade de adorar, que foi
anteriormente perdida por causa do pecado.
2.2. A
essência do culto.
Em meio
às múltiplas maneiras de cultuar, há um elemento imprescindível à adoração: o
amor. A essência da adoração é o amor. É totalmente impossível adorar a Deus
sem amá-lo. O Eterno Senhor Deus nunca se satisfaz com menos que “tudo” (Dt
6.5; Mt 22.37).
2.3. Amor
integral da mente.
A
adoração também envolve o exercício da mente. “Dianóia”, em grego, significa a
capacidade de pensar e refletir religiosamente (1Jo 5.1; 2.10; Ef 4.18). Este
entendimento é dádiva divina (Lc 24.25; Ef 1.17-18). Portanto, a adoração deve
ocupar a mente de maneira a envolver a meditação e a consciência do homem. Em
Romanos 12.2, Paulo estabelece que o culto deve ser racional: “Logiken latreia”
Amar a Deus com entendimento é um desafio para o cristão (Mc 12.30), pois esse
amor exige todo nosso esforço e, nesta adoração cristã, Deus exige ser amado
com toda a força do adorador (Mc 12.30; Lc 10.27; Dt 6.5). O termo “força” (Ischyos),
refere-se à força e poder de criaturas vivas (Hb 11.34). Exige-se que o cristão
gaste todas as suas energias físicas em atos de amor a Deus (Rm 12.1). O amor a
Deus expressa-se no serviço prestado por meio do coração (1Co 13.3). Portanto,
amar a Deus com “toda a força” representa gastar a vida e energia unicamente
com expressões de lealdade e afeição a Deus.
3. A
reverência no culto.
3.1.
Razões para a reverência.
O Reino
de Deus é impossível de ser abalado (Hb 12.28). Não existem sistemas, ordens ou
poderes que superem esse Reino, pois o Senhor dos Senhores é o comandante. Essa
é uma das razões pelo qual devemos prestar uma reverência crescente diante de
sua presença. Às vezes, não prestamos à devida atenção a esses fatos e reverenciamos
mais aos homens com os seus supostos poderes do que nosso próprio Deus, que se
manifesta constantemente no culto que Lhe é devido.
3.2.
Atitudes reverentes.
3.3. Um
culto reverente.
Sem a
verdadeira adoração a Deus não há verdadeiro culto. Se, na presença do
Altíssimo, não demonstrarmos, com toda sinceridade de alma, a nossa profunda
humildade reverência em face a Sua santidade absoluta (Ec 5.1); se não
evidenciarmos nosso amor e dedicação a Ele; se não demonstrarmos confiança que
Ele tem para conosco; se o nosso coração não estiver transbordando desses
profundos sentimentos em Sua presença, não estaremos cultuando verdadeiramente
ao nosso Deus.
Conclusão
O culto é
acompanhado de uma ética cultual, isto é, exige-se que se saiba o que significa
cultuar a Deus. A conscientização desse fato é primordial. Isso gera a
exigência da reverência peculiar do verdadeiro adorador e, por conseguinte,
descortina e rechaça a irreverência, repugnada pelo próprio Deus.
Questionário.
1. Em que
se fundamenta a adoração cristã?
2. Como
expressamos o amor a Deus?
3. Qual a
maneira correta de participarmos do culto?
4. O que
é impossível para o Reino de Deus?
5. O que
Deus valoriza?
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