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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Lições BETEL adultos adoração e louvor n.4



                      ESCOLADOMINICAL BETEL 



              Conteúdo da Lição 4 - Revista da  Betel

                     O culto cristão: um ato sagrado

                             23 de outubro de 2016


Texto Áureo
“Deus deve ser em extremo tremendo na assembleia dos santos e grandemente reverenciado por todos os que o cercam.” Sl 89.7

Verdade Aplicada
O culto é uma das mais belas e antigas formas do homem expressar sua devoção, gratidão e adoração a Deus. É o ato central de identidade cristã através da história.


Textos de Referência.

1 Coríntios 14
26. Que farei, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
27. E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete.
28. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.
29. E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
30. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.

Introdução
O culto é como uma gota de orvalho em busca do oceano do amor divino. É uma alma faminta diante do celeiro espiritual. É uma terra sedenta clamando por chuva. É uma ovelha no deserto, balindo em busca do Bom Pastor.

1. As bases bíblicas do culto cristão.

A confissão da Igreja tem por objetivo principal a glorificação a Deus e alegrar-se nEle (Sl 122.1). Isso faz do culto o ato mais importante, mais relevante e mais glorioso na vida do homem (Sl 84.1-4).

1.1. Vocabulário bíblico para adoração.

Para alcançarmos uma visão correta sobre o culto cristão, é mister examinarmos alguns termos: “Latreia”, cujo significado principal é “serviço” ou “culto”. Denota o serviço prestado a Deus pelo povo inteiro ou pelo indivíduo. Em outras palavras, é o serviço que se oferece à divindade através do culto formal, ritualístico e através do oferecimento integral da vida (Êx 3.12; Dt 6.13; Mt 4.10; Lc 1.74; 2.37; Rm 12.1). “Leitourgia”, palavra composta por outras duas de origem grega, que são: “povo” (laós) e “trabalho” (érgon). O termo significa “serviço do povo”. No Antigo Testamento, referia-se ao serviço oferecido a Deus pelo sacerdote, quando esse apresentava o holocausto sobre o altar de sacrifícios (Js 22.27; 1 Cr 23.24,28).

1.2. Bases teológicas do culto.

A adoração cristã se fundamenta na nova aliança (Hb8). Está franqueada ao cristão a comunhão com Deus pelo novo e vivo caminho aberto por Jesus Cristo (Hb 10.19-22). Portanto, ofereçamos sempre por Ele (Jesus Cristo) a Deus sacrifício de louvor (Hb 13.15a). Temos importantíssimas informações sobre o culto em todo o Novo Testamento. O culto é mediado por Jesus Cristo, um sumo sacerdote que se identifica com os adoradores (Hb 2.12-13, 16-18; Jo 17.24; Mt 18.20). Cristo fez de seus seguidores sacerdotes de Deus, isto é, pessoas cujo culto Deus aceita (Ap 1.5-6; 5.8-10; 1 Pe 2.9). É necessário que o adorador saiba qual é o seu dever em uma reunião cristã e conheça bem as suas bases para que se comporte eticamente durante o culto.

1.3. Os pré-requisitos do culto.

O cumprimento de um ritual não basta para que haja culto. É indispensável à aceitação por Deus do culto oferecido. Deus estabelece condições para aceitar a adoração de homens. A ignorância dessas condições ou mesmo sua violação transforma o ritual em exercício unilateral enervante e com sérias consequências para os participantes. Vejamos esses pré-requisitos para que alcancemos a plena comunhão com Deus: fé (Hb 10.38; 11.6); envolvimento total da vida (Rm 12.1-2; Lc 10.27); deve ser dirigido a Deus (Mt 4.10; 6.6; Hb 13.15); modelado pelo ensino bíblico (Mt 15.9; Hb 12.28) e mediado por Cristo (Hb 9.12,24-28; 10.19).

2. A necessidade e essência do culto.

O tédio é um estado mental resultante do esforço para manter interesse por uma coisa pela qual não temos o mínimo de interesse. Este fato tem levado a igreja, em nossos dias, a oferecer certos atrativos ao povo no que tange ao culto.

2.1. A necessidade do culto.

O culto é necessário pelas seguintes razões. Primeiro, a finalidade do homem. No culto, o homem acha a razão da sua existência. Ele foi criado para a adoração. Fora da posição de adorador de Deus, o homem não encontra o sentido para vida (1 Co 10.31; Rm 11.36). Segundo, obediência. O culto foi instituído e ordenado por Jesus Cristo. Quando a Igreja se reúne para louvar, orar e pregar a palavra, ela simplesmente obedece (Mc 16.15-16; At 1.8; 20.7; 1 Co 11.24-25). Terceiro, a utilidade. O culto é suscitado e expresso pelo Espírito Santo. A salvação provoca adoração (At 10.46). O perdão restaura a capacidade de adorar, que foi anteriormente perdida por causa do pecado.

2.2. A essência do culto.

Em meio às múltiplas maneiras de cultuar, há um elemento imprescindível à adoração: o amor. A essência da adoração é o amor. É totalmente impossível adorar a Deus sem amá-lo. O Eterno Senhor Deus nunca se satisfaz com menos que “tudo” (Dt 6.5; Mt 22.37).

2.3. Amor integral da mente.

A adoração também envolve o exercício da mente. “Dianóia”, em grego, significa a capacidade de pensar e refletir religiosamente (1Jo 5.1; 2.10; Ef 4.18). Este entendimento é dádiva divina (Lc 24.25; Ef 1.17-18). Portanto, a adoração deve ocupar a mente de maneira a envolver a meditação e a consciência do homem. Em Romanos 12.2, Paulo estabelece que o culto deve ser racional: “Logiken latreia” Amar a Deus com entendimento é um desafio para o cristão (Mc 12.30), pois esse amor exige todo nosso esforço e, nesta adoração cristã, Deus exige ser amado com toda a força do adorador (Mc 12.30; Lc 10.27; Dt 6.5). O termo “força” (Ischyos), refere-se à força e poder de criaturas vivas (Hb 11.34). Exige-se que o cristão gaste todas as suas energias físicas em atos de amor a Deus (Rm 12.1). O amor a Deus expressa-se no serviço prestado por meio do coração (1Co 13.3). Portanto, amar a Deus com “toda a força” representa gastar a vida e energia unicamente com expressões de lealdade e afeição a Deus.

3. A reverência no culto.
São muitas as bênçãos que podemos receber de Deus durante o culto, mas a apropriação de tais bênçãos deveria ser o objetivo de todos quantos participam do culto. Mas qual a maneira correta de participarmos do culto? Participar com espírito de reverência(Hb 12.28).

3.1. Razões para a reverência.

O Reino de Deus é impossível de ser abalado (Hb 12.28). Não existem sistemas, ordens ou poderes que superem esse Reino, pois o Senhor dos Senhores é o comandante. Essa é uma das razões pelo qual devemos prestar uma reverência crescente diante de sua presença. Às vezes, não prestamos à devida atenção a esses fatos e reverenciamos mais aos homens com os seus supostos poderes do que nosso próprio Deus, que se manifesta constantemente no culto que Lhe é devido.

3.2. Atitudes reverentes.
É necessário que durante o culto mantenhamos uma atitude consentânea com o local de adoração, uma vez que Deus está no templo (Mt 18.20). Temos a garantia da presença do Senhor em qualquer reunião em que o Seu nome seja cultuado. Uma vez que Ele se faz presente em nossas reuniões, necessário se torna que O reverenciemos. A movimentação desnecessária, o entra e sai a todo o momento, a distração ou desatenção, as leituras desnecessárias e outras modalidades de irreverências devem ser proscritas do ambiente de culto. É de suma importância que saibamos e estejamos conscientes de que o local de culto é somente para adorar a Deus. Deus valoriza o adorador sincero e reverente (Ec 5.1).

3.3. Um culto reverente.

Sem a verdadeira adoração a Deus não há verdadeiro culto. Se, na presença do Altíssimo, não demonstrarmos, com toda sinceridade de alma, a nossa profunda humildade reverência em face a Sua santidade absoluta (Ec 5.1); se não evidenciarmos nosso amor e dedicação a Ele; se não demonstrarmos confiança que Ele tem para conosco; se o nosso coração não estiver transbordando desses profundos sentimentos em Sua presença, não estaremos cultuando verdadeiramente ao nosso Deus.

Conclusão
O culto é acompanhado de uma ética cultual, isto é, exige-se que se saiba o que significa cultuar a Deus. A conscientização desse fato é primordial. Isso gera a exigência da reverência peculiar do verdadeiro adorador e, por conseguinte, descortina e rechaça a irreverência, repugnada pelo próprio Deus.

Questionário.

1. Em que se fundamenta a adoração cristã?

2. Como expressamos o amor a Deus?

3. Qual a maneira correta de participarmos do culto?

4. O que é impossível para o Reino de Deus?


5. O que Deus valoriza? 

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