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sábado, 22 de outubro de 2016

Subsidio pre-adolescentes enfrentando crise n.5


                     SUBSIDIO PRE-ADOLESCENTES 




                          ENFRENTANDO CRISE N.5

                      ENFATIZANDO A CRISE MORAL   

                           Professor Mauricio Berwald 


       I. A EXISTÊNCIA DOS VALORES MORAIS DESDE O PRINCÍPIO 


III. A IGREJA PREPARADA PARA ENFRENTAR UM MUNDO DE VALORES INVERTIDOS

1. As autoridades como “ministros de Deus”. Paulo fala sobre a submissão às autoridades, e afirma que elas foram constituídas por Deus (Rm 13.1-7). Evidentemente que o Criador não poderia deixar uma humanidade, divorciada dEle, fazer o que achasse correto (Gn 6.5; Rm 3.10). Assim, as autoridades foram instituídas por Deus — Paulo utiliza a expressão “ministro”, querendo dizer que elas são instrumentos do Senhor — para o bem da sociedade e, ao mesmo tempo, para punir o mal(Rm 13.4).
É nessa perspectiva que o apóstolo dos gentios instrui-nos a sermos obedientes às autoridades, até mesmo na questão tributária (Rm 13.6,7). Em outras palavras, Paulo fala de representantes do poder público que têm compromisso com o bem-estar social, com a manutenção da ordem, e servem para correção divina na terra (Rm 13.1,2).
Não obstante, fica a dúvida: E quando a “lei” humana contraria a vontade de Deus? Nesse caso específico, a nossa atitude deve ser a mesma dos apóstolos diante das autoridades religiosas, pois não se acovardaram quando lhes proibiram de pregar, antes responderam: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29b). Assim agiram também em relação às autoridades políticas (At 24.1—26.32). Aliás, o fato de padecerem perseguições era motivo de alegria para os primeiros crentes (At 5.40,41).
2. A inversão dos papéis pelos legisladores. Pelos poucos exemplos das leis absurdas que citamos concluímos que, infelizmente, os que deveriam servir como “ministros de Deus” preferiram desobedecer tal chamado e passaram a defender o indefensável. Nesse particular, a igreja não pode curvar-se à imoralidade, ainda que essa tenha sido institucionalizada (Dn 3.1-30; 6.1-27).
Infelizmente esse é o cenário que temos diante de nós ainda nesse início de século. O que será das gerações futuras? Qual referência de família elas terão? Como podemos ajudá-las?
3. Uma real e dolorosa conclusão. Diante do exposto, perguntamos: “Será que, em vez de ficarmos unicamente tentando evitar que determinadas leis sejam aprovadas — uma vez que mais cedo ou mais tarde elas acabarão sendo uma realidade —, não deveríamos ensinar a igreja a lidar com tais situações?”.
Tal raciocínio está não apenas correto, mas também é bíblico, pois o próprio Cristo disse: “bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mt 5.11,12). Tal constatação leva-nos a refletir acerca da verdade de que, mesmo lutando contra o pecado, não poderemos deter a marcha insana do mal no mundo (Sl 11.3). O que podemos fazer?
Para enfrentarmos os tempos trabalhosos prenunciados pelo apóstolo dos gentios (2Tm 3.1-5; 4.1-5), uma das medidas mais eficazes consiste em solidificar nossos valores cristãos, através de um vigoroso e qualitativo programa de educação cristã na igreja local (At 2.42; 5.42; 15.35; 16.4,5: Ef 4.11-16; 6.4; 2Tm 2.2; 3.14-17).A conclusão de que, cedo ou tarde, tais leis serão aprovadas, leva-nos a pensar em formas de, ainda que não aceitando, conviver com tais práticas pecaminosas.Precisamos, independentemente das circunstâncias, estar preparados até mesmo a sofrer prisões e outros tipos de crueldade por amor a Cristo (Jo 16.2; Fp 1.29). Demonstremos amor pelas pessoas que não servem a Deus, mas sejamos rigorosos com os atos imorais, pois para isso nos chamou o Senhor (Ef 5.11).


                                     “A defesa da liberdade

A Bíblia não é um documento político, mas tem implicações políticas profundas que são importantes para o bem-estar geral de todos os cidadãos. Aqueles que dizem que Jesus e os apóstolos ignoravam a política deixam de ver as implicações políticas da máxima: ‘Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus’ (Mt 22.21). Os cristãos do século I sabiam exatamente o que significavam essas palavras de Jesus — e foi por causa de um ato político (eles não iriam dizer ‘César é o Senhor’) que eles foram crucificados, torturados e atirados aos leões.
Qual o ensinamento escritural fundamental no Estado? Por um lado, devemos viver submissos ao Estado. Para o nosso bem, Deus apontou reis e governantes para executar as tarefas do Estado: restringir o mal, preservar a ordem e promover a justiça. Assim, devemos ‘honrar o rei’ e submetermos ‘às autoridades superiores; porque... as autoridades que há foram ordenadas por Deus’. Algumas pessoas interpretam estas passagens como uma outorga absoluta de autoridade, significando que o governo deve ser obedecido em todas as épocas e em todas as circunstâncias. Mas a ordem para obedecer é condicionada pela suposição de que oficiais e magistrados estão realizando os objetivos para os quais Deus ordenou o governo (em Romanos 13.4, o governo é chamado de ‘ministro de Deus’). Assim, se os governantes agirem de modo contrário à sua delegação de autoridade, se não agirem como servos de Deus, então os cristãos não são obrigados a obedecer-lhes” (COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. O Cristão na Cultura de Hoje: Desenvolvendo uma visão de mundo autenticamente cristã. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, pp.212,213).



                   “Tomás de Aquino fala sobre a Lei e a Justiça

O Tratado sobre a Lei de Tomás de Aquino, começa com uma discussão na Questão 90 da Suma Teológica que trata das qualidades que todas as leis devem ter. Tomás de Aquino argumenta primeiramente que todas as Leis devem ser determinadas pela razão. Quer dizer, as leis não podem ser insensatamente arbitrárias. As leis são feitas para alcançar um fim, e só usando a razão podemos determinar como alcançar esses fins. Assim, a razão tem de entrar na elaboração de todas as leis.
Tomás de Aquino sustenta que todas as leis devem ser projetadas para alcançar o bem da sociedade inteira. Fazemos leis para assegurar nossa felicidade, mas só podemos fazer isso se a sociedade como um todo passar a funcionar bem. É evidente então que se devemos alcançar a felicidade, temos de projetar nossas leis de forma a beneficiar toda a sociedade. Tomás de Aquino assevera que só o povo como um todo — ou alguém que esteja preocupado com o bem da sociedade inteira — tem o direito de fazer leis. As leis devem ser projetadas para obter o bem de toda a sociedade, portanto devem ser feitas por alguém que tenha este bem em mente. Mas só o povo como um todo ou um representante agindo em seu benefício se lembrará do bem de toda sociedade” (MCNUTT, Dennis. Panorama do Pensamento Cristão: Política para Cristãos (e Outros Pecadores). 1ª Edição. RJ: CPAD, 2001, p.456).


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