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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Escatologia visões proféticas de Daniel (3)





                     Professor Mauricio Berwald




“e subiram no seu lugar quatro também notáveis, para os quatro ventos do céu” (8.8). O cenário muda completamente com a morte de Alexandre, o Grande. Seus quatro principais generais de guerra surgem como “quatro pontas notáveis no lugar da “ponta (chifre) notável”. Esses quatro chifres menores, porém, notáveis, representam os quatro generais que assumiram o Império Grego depois da morte de Alexandre, o Grande. Os quatro chifres que surgem em lugar do chifre notável são representados pelas quatro cabeças do leopardo de Daniel 7.6. Como já tratamos no capítulo 7 da identificação dessas quatro divisões do Império Grego, apenas as citamos pelos generais Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu, aproximadamente no ano 301 a.C.

Surge mais uma ponta pequena no cenário profético — “E de uma delas saiu uma ponta (chifre) mui pequena, a qual cresceu...” (8.9). Não devemos confundir esse “chifre pequeno” com o chifre pequeno de Daniel 7.8, 20,21, 24,26. Note que “o chifre pequeno” da Daniel 7.8 surgiu entre os 10 chifres do “animal terrível e espantoso” que se refere ao Império Romano. Porém, na visão de Daniel no capítulo 8, “o chifre pequeno” surge de um dos quatro chifres do bode, e diz respeito a um líder cruel da família de Seleuco, da Síria. Esse personagem é identificado, histórica e profeticamente, como Antíoco Epifânio.
Na visão, Daniel o vê surgir como “uma ponta mui pequena”. Porém, esta “ponta pequena” cresceu muito, especialmente direcionada para a “terraformosa”que se tratava de Israel.Antíoco Epifânio, da família dos selêucidas ficou conhecido como Antíoco IV e tornou-se um opressor terrível contra Israel. Ele surgiu da partilha do império de Alexandre e a ele coube o domínio da Síria, Ásia Menor e Babilônia, cuja capital era Antioquia.

Outrossim, esse “chifre pequeno” de Dn 8.9 não pode ser confundido, também, com a “ponta pequena” de Dn 8.5 que refere- se a Alexandre, o Grande. Já dissemos que “a ponta pequena” do animal terrível e espantoso de Dn 7.8 não é a mesma do capítulo 8.5,9. Porém, no texto de Dn 8.9 essa “ponta pequena” de Dn 8.9, refere-se a esse personagem identificado como Antíoco Epifânio, (175 a 167 a.C.). Ele causou tantos males e destruições na “terra formosa”(Dn 8.9) que pode ser um tipo do futuro Anticristo, ou a Besta de Ap 13.2. Ele quis exterminar com o povo judeu e sua religião, chegando ao ponto de proibir o culto dos judeus a Jeová.Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 121-123.

Dn 8.9: “E de uma delas saiu uma ponta mui pequena, a qual cresceu muito para o meio-dia, e para o oriente, e para a terra formosa”.“... uma delas saiu uma ponta mui pequena”. O pequeno chifre que saiu de uma das pontas, de Seleuco, representa, em seu primeiro estágio, Antíoco Epifânio, monarca selêucida, do ramo sírio do Império Grego, o qual fez um esforço extremo para extinguir a religião judaica. Antíoco Epifânio, sem dúvida alguma, foi o princípio de formação do cumprimento desta grande profecia. Em seu cumprimento final, a personagem em foco é o Anticristo, a Besta que subiu do mar (Ap 13.1).

“A qual cresceu muito para o meio-dia, e para o oriente, epara a terra formosa”. A “terra formosa” de que fala o texto, é Israel (Jr 3.19). Antíoco Epifânio, durante o seu governo, cresceu muito para o “sul e para o oriente”, ou seja, para o Egito e a Mesopotâmia, respectivamente. Porém, depois virou-se para a “terra formosa”, ou seja, para a Palestina, especialmente Israel. No capítulo 11.16 deste livro, essa terra é chamada de “terra gloriosa”. Isso sem dúvida alguma, como já ficou demonstrado, refere-se à terra de Israel pela sua fertilidade e excelência. Ela, de fato, é “uma terra que mana leite e mel, e é a glória de todas as terras” (Ez 20.6). Evidentemente, é por isso que ela é chamada de “terra desejada” pelos profetas do Senhor (Zc 7.14). O Anticristo também, durante os dias sombrios da Grande Tribulação, armará suas tendas (fortalezas de guerra) na terra gloriosa (Dn cap. 11.45). Mas ali, no vale do Armagedom, ele encontrará o seu fim: Cristo o aniquilará!Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 154-155.

Dn 8.9 — A ponta mui pequena aqui não é a mesma que a pequena ponta do capítulo sete. A anterior é oriunda da quarta besta, Roma, enquanto que esta vem da Grécia. A pequena ponta aqui se refere a Antíoco Epifânio, o oitavo rei da dinastia síria, que reinou de 175 a 164 a.C. Portanto, essa profecia é, na verdade, para 175 a.C., quando Antíoco se toma rei, e não para 301 a.C., quando o império de Alexandre se divide. Para o meio-dia. Antíoco invadiu o Egito. A expressão para o oriente significa para Parthia, e a expressão a terra Formosa significa a Palestina.EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 1287.

2. A ultrajante atividade desse rei contra Israel (Dn 8.10,11).

Os versículos 10 e 11 falam das ações ultrajantes do “pequeno chifre” contra o povo de Deus, profanando o santuário de Israel e tentando acabar com o “sacrifício contínuo” que Israel praticava ao Senhor. Ele teve a audácia de profanar o santuário sacrificando um porco, animal imundo, para a liturgia judaica, além de assassinar mais de cem mil pessoas de Israel. Nos desígnios divinos, Israel estava esquecido por Deus, mas tudo isto fazia parte dos juízos contra as prevaricações de Israel. A seu tempo, Deus restauraria essa situação. Cada situação obedecia a um tempo predeterminado, quando Israel experimentaria, não só o juízo divino mas também a sua misericórdia, conforme declara a sua palavra que “as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos”(Lm 3.22).
“e ouvi um santo que falava” (8.13). E interessante que Daniel notou que dois seres angelicais teceram um diálogo entre si. No Antigo Testamento, a atividade dos anjos de Deus era mais forte para comunicar a mensagem de Deus aos seus servos. Alguns comentadores, entendem que poderia ser, um deles, o anjo Gabriel, o mesmo que apareceu a Daniel junto ao rio Ulai (Dn 8.16). O outro anjo que conversava não é identificado por um nome, mas, do ponto de vista da angelologia, é perfeitamente aceitável. No diálogo entre os dois seres angelicais, um deles pergunta: “Até quando dumrá a visão do contínuo sacrifício e da transgressão assoladora”? Esse sacrilégio contra o Templo de Israel se cumpriu através desse profano Antíoco Epifa- nio. Sem dúvida, seu personagem profético lembra a blasfêmia do pequeno chifre de Daniel 7.8,24,25; 9.27; 11.36-45 e 12.11. Todas essas referências proféticas indicam o que vai acontecer no futuro, no período da Grande Tribulação, provocada pelo Anticristo.Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 123.

Dn 8.10 “... estrelai. Em Apocalipse 12.4, a expressão “estrelas do céu” se refere aos anjos decaídos; porém esta palavra não tem sentido uniforme nas Escrituras: é maleável. Em alguma parte ou lugar, refere-se aos exércitos celestes, isto é, ao mundo estelar (Gn 1.16); pode ser aplicado aos anjos bons e maus, dependendo do contexto (Jó 38.7 e Ap 12.4). Os anjos (pastores) das sete igrejas da Ásia Menor, eram chamados de “estrelas” (Ap 1.20). No presente texto, a palavra em foco, é usada para descrever os chefes supremos de Israel. (Ver Gn 37.9). O simbolismo se refere aos santos também em algum sentido (Jr 33.22). O que foi feito por Antíoco Epifânio em suas atrocidades contra os santos, durante o seu reinado de trevas, que, de um certo modo, “pisou” o povo de Deus, isso mesmo e mais ainda será feito pelo Anticristo durante o tempo da angústia. Antíoco “pisou” o povo de Deus, por “2.390 tardes e manhãs” (Sete anos e meio, aproximadamente). O Anticristo “pisará” também, por esse espaço de tempo, os convertidos durante a Grande Tribulação.

Dn 8.11 “... se engrandeceu até o príncipe do exército”. Observe bem a expressão do texto em foco: “se engrandeceu”. Em seu orgulho e propósito último, ele se aventura a desafiar o “príncipe”, tanto das estrelas como dos monarcas, e seu criador é Deus. Este desafio tomou forma de um ataque sacrílego ao templo, tal como o que já uma vez havia tido lugar com Belsazar (Ver cap. 5). Isso significa que ele desafiou o próprio Deus. O Anticristo fará também isso; ele abrirá a sua boca contra Deus, e blasfemará dos “poderes do mundo superior”, ridicularizando a própria existência de Deus (Ap 13.6). O primeiro personagem (Antíoco) visto neste versículo, é a figura do segundo (o Anticristo).

"... por ele foi tirado o contínuo sacrifício”. Pensamos que nenhuma interpretação única pode esgotar o sentido destes sinais do tempo que Daniel emprega, visto que as Escrituras são proféticas e se combinam entre si em cada detalhe. É possível tomá-las tanto, literal como figurada e simbolicamente. As profecias podem ter suas apresentações em seus estágios históricos e em suas consolidações proféticas. A profanação do santuário por Antíoco Epifânio, a destruição da cidade de Jerusalém por Tito, e muitos outros acontecimentos que tiveram lugar na vida de Israel e na igreja, podem ser precursores e símbolos dos acontecimentos que terão lugar durante o reinado do Anticristo. (Ver Ec 3.15). “Nos dias de Antíoco, ele fez um decreto em que todo o povo havia de se conformar com a idolatria da Grécia. Um grego iníquo foi enviado a sustentar esse decreto. Todos os ‘"sacrifícios’ cessaram, e o ritualismo judaico dado por Deus terminou, O templo foi contaminado com carne de porco e dedicado ao deus Júpiter Olímpios”.Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag.155-156.

Daniel fala sobre sua truculência (Dn 8.9,10).

 Alguns imperadores romanos identificaramse com o anticristo escatológico, tais como Nero e Domiciano, por exigirem adoração de seus súditos. Hitler foi identificado com ele por sua feroz perseguição aos judeus. Outros governadores antigos e contemporâneos por perseguirem os cristãos como nos regimes totalitários e comunistas. Mas ninguém se assemelhou tanto ao anticristo escatológico como Antíoco Epifânio. Esse rei selêucida foi um feroz perseguidor dos judeus (Dn 8.24). Porque os fiéis judeus não se prostravam diante dos ídolos foram duramente perseguidos por ele. Calculase que cem mil judeus foram mortos por ele. O anticristo escatológico também será implacável em sua perseguição aos cristãos (Ap 13.15).
Daniel fala acerca de sua blasfêmia (Dn 8.23-25). Ele será um usurpador. Como o anticristo quererá usurpar o lugar de Cristo, Antíoco também foi um usurpador. No seu tempo, a Palestina pertencia ao Egito dos ptolomeus. Mas ele, astuciosamente, aproveitou-se da divergência entre os judeus que estavam divididos em dois partidos, e levou-os a se aliarem a ele, rompendo com o Egito (Dn 8.23-25). Quando os judeus se aliaram a ele, logo os explorou e os perseguiu cruelmente até a morte.O anticristo imporá uma única religião em seu reino e perseguirá e matará os que não se conformarem a ele (Ap 13.12,15). Antíoco fez isso em seu reino. A posse do Livro Sagrado, o Antigo Testamento, e a observância da lei de Deus eram punidas com a morte. Muitos judeus foram mortos por se manterem fiéis a Deus.

 Ele se levantará em tempo de grande apostasia. Como a apostasia do período do fim abrirá a porta para o anticristo (2Ts 2.3,4), também muitos judeus haviam se afastado da lei de Deus e adotado costumes dos gentios (Dn 8.12,23). Deus castigou Israel por causa de seus pecados. Quando no fim dos tempos a humanidade estiver suficientemente corrompida, ela estará pronta para receber o anticristo.Antíoco fez cessar os sacrifícios na Casa de Deus e profanou o templo. Em 169 a.C., ele saqueou o templo e proibiu os sacrifícios (Ap 13.5). 

Por ordem de Antíoco, o templo foi profanado da maneira mais vil, indecente e imoral. O santuário de Jerusalém foi chamado de TEMPLO DE JÚPITER OLÍMPICO. Ele profanou o templo ainda quando colocou a própria imagem no lugar santíssimo e mandou matar sobre o altar um porco e borrifar o sangue e o excremento pelo santuário, obrigando os judeus a comerem a carne do porco, dentro do templo, sob ameaça de morte. Mandou ainda edificar altares e templos dedicados aos ídolos, sacrificando em seus altares porcos e reses imundas. O livro de Macabeus descreve a soberba e a perversidade de Antíoco na profanação do templo de Jerusalém:

E entrou cheio de soberba no santuário, e tomou o altar de ouro, e o candeeiro dos lum es, e todos os seus vasos, e a m esa da propiciação, e as bacias, e os copos, e os grais de ouro, e o véu, e as coroas, e o ornam ento de ouro, que estava n a fachada do tem plo: e quebrou tudo [...] E fez grande matança de homens, e falou com grande soberba.
LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 106-107.

3. A purificação do santuário (Dn 8.14).

O tempo de sofrimento de Israel — “Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado” (8.14). O tempo de sofrimento de Israel é revelado a Daniel com linguagem especial ao estabelecer um tempo de “2.300 tardes e manhãs “ que, literalmente, referem-se às atrocidades de Antíoco Epifânio num período de 171 a 165 a. C. No versículo 14 o Senhor revela que, depois daquele período de sofrimento, Ele haveria de purificar o santuário. Essa promessa implica na limpeza da profanação imposta por esse líder cruel contra a Casa de Deus. Os judeus até hoje fazem a celebração da purificação, ou seja, a Festa de Hannakah, que lembra a festa da purificação.Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 123-124.

8.14: "... duas mil e trezentas tardes e manhãs”. 

O presente versículo tem seu paralelo no versículo 26 do mesmo capítulo. Ali o anjo Gabriel esclarece a Daniel que aquela “visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira”. Podemos salientar que o primeiro período, ou seja, a participação das “duas mil e trezentas tardes e manhãs” dentro da profecia, descreve o período das atrocidades de Antíoco Epifânio, o monarca selêucida. 
Em sua aplicação proféti- co-escatológica, elas serão desenvolvidas durante o período sombrio da Grande Tribulação. Sobre as “duas mil e trezentas tardes e manhãs” existe uma infinidade de opiniões, mas podemos entender o sentido correto dentro daquilo que se pode depreender dos próprios.contextos bíblicos: 2.300 tardes e manhãs não significam apenas 1.150 dias, mas, literalmente, dois mil e trezentos dias completos. A expressão “tardes e manhãs” quer dizer dias completos e não apenas metade de um dia (Gn 1.5 e ss.). Como já ficou bem claro acima, as 2.300 tardes e manhãs cobrem os dias em que o monarca Seleuco Antíoco Epifânio implantou suas abominações na cidade santa e no templo. (Em seu primeiro estágio, isso teve início em 171 a 165 a.C.). Isso porém, não foi o seu cumprimento em sentido pleno; sua consolidação só terá lugar no final da Grande Tribulação, quando o Senhor Jesus vier à terra como o Libertador esperado. (Ver caps. 8.14 e 9.24; Rm 11.26). Então o “santuário será purificado”.Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 157-158.

A resposta dada a essa pergunta (v. 14). Cristo instrui os santos anjos, pois eles são nossos conservos. Mas aqui a resposta é dada a Daniel, pois em consideração a ele fora feita a pergunta: Ele me disse. Deus às vezes concede notáveis favores a todo o seu povo, em resposta às indagações e pedidos de alguns de seus servos. Então: [1] Cristo lhe assegura que a tribulação terminará. Ela continuará por 2.300 dias e não mais, tantas tardes e manhãs (assim está escrito), tantos nychthemerai, tantos dias naturais calculados, como no início do Gênesis, pelas tardes e manhãs, pois era a perda dos sacrifícios da tarde e da manhã que eles mais lamentavam, e consideravam que o tempo passava muito lentamente enquanto estavam despojados deles. Alguns consideram a manhã e a tarde, nesse número, valendo por dois. E assim 2.300 tardes e manhãs totalizariam apenas 1.150 dias. 

E por cerca de tantos dias o sacrifício contínuo permaneceu interrompido. Este número se aproxima do cálculo (cap. 7.25) de um tempo, tempos e metade de um tempo. Mas é menos forçado compreendê-los como tantos dias naturais. 2.300 dias perfazem seis anos, três meses e cerca de dezoito dias. E foi exatamente esse tempo que eles calcularam desde a apostasia do povo, proporcionada por Menelau, o sumo sacerdote, no 142" ano do reinado dos selêuci- das, no sexto mês daquele ano, e o 6° dia do mês (assim Josefo o data), até a purificação do santuário e o restabelecimento da religião no meio dele, o que ocorreu no 148° ano, no 9° mês, no 25° dia do mês (1 Mac. 4.52). Deus conta o tempo das aflições do seu povo, pois Ele compartilha esse sofrimento. Observe uma evidência deste fato em Apocalipse 2.10: “Tereis uma tribulação de dez dias”. [2] O precioso Senhor lhe assegura que eles terão dias melhores, posteriormente: “Então, o santuário será purificado”. Note que a purificação do santuário é um sinal favorável definitivo para qualquer povo. Quando começarem a ser corrigidos, logo serão libertados. Embora o Deus justo possa, para a punição do seu povo, tolerar que o seu santuário seja profanado por algum tempo, mesmo assim o Deus zeloso, para a sua própria glória, garantirá a sua purificação no devido tempo. Cristo morreu para purificar a sua igreja, e Ele a purificará sem qualquer pressa, para oferecê-la, a si mesmo, como uma igreja irrepreensível.HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 887.


III - ANTÍOCO EPIFÂNIO,

O PROTÓTIPO DO ANTICRISTO

1. Antíoco Epifânio.  Antíoco é o protótipo do Anticristo

A expressão “tempo do fim” se refere a uma época escatológica, isto é, aponta para um tempo futuro. Do mesmo modo como a profecia dizia respeito aos impérios medo-persa e o grego que já passaram (8.20-23), também, esta mensagem tem uma dupla referência profética. Se Antíoco Epifânio, demonstrou caraterísticas de crueldade e destruição contra Israel, no futuro, surgirá outro governante mundial, que promoverá grandes males ao povo de Israel e ao mundo, até que Jesus Cristo, em sua vinda pessoal, desça para desfazer o poder desse personagem, o Anticristo.
A visão dada a Daniel concentrou-se essencialmente no personagem de Antíoco Epifânio, porque na mente de Deus, a visão apontava, também, para outro personagem que haveria surgir no futuro com as mesmas caraterísticas de Antíoco Epifânio, e chamaria “homem do pecado”, “Anticristo”, “a Besta”(2 Ts 2.9; Ap 13.2,3). Esse personagem escatológico aparecerá tão somente no período da Grande Tribulação quando a Igreja não mais estará na terra, porque, antes que o Anticristo apareça, a igreja de Cristo será arrebatada (1 Co 15.51,52).
“E eu, Daniel, enfraqueci e estive enfermo alguns dias” (8.27). Quando Daniel teve essa visão já tinha quase 90 anos de idade. Naturalmente, sua estrutura física e emocional estava enfraquecida. A magnitude da visão foi tal que Daniel não teve mais forças para suportar tudo aquilo que Deus estava lhe mostrando. Naturalmente, toda aquela visão requereu dele, um estado de êxtase espiritual que, quando voltou ao normal, não tinha forças para ficar em pé. O mesmo aconteceu com João, na Ilha de Patmos.Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 124-125.

Ele viu uma pequena ponta, que se tornou um notável perseguidor da igreja e do povo de Deus. E esse era o item principal que se pretendia que lhe fosse mostrado, nessa visão, assim como posteriormente (cap. 11.30ss). Todos concordam que essa ponta era Antíoco Epifânio (assim ele chamava-se a si mesmo) - o ilustre, mas outros o chamavam de Antíoco Epimânio - Antíoco, o furioso. Ele é chamado aqui (como anteriormente, cap. 7.8), de a pequena ponta, pois era, em sua origem, insignificante. Havia outros entre ele e o reino, e era de temperamento subserviente e humilde. Não havia nele as qualidades de um príncipe, e fora, por algum tempo, um refém e prisioneiro em Roma, de onde fugiu, e, embora fosse o irmão mais novo, e seu irmão mais velho estivesse vivo, conquistou o reino. Ele cresceu extraordinariamente em direção ao sul, pois se apoderou do Egito, e também para o leste, pois invadiu a Pérsia e a Armênia. Mas os males que causou ao povo judeu são especialmente mencionados. Eles não são expressamente citados, ou as profecias não forneceram esses detalhes. Mas ele é descrito aqui de tal forma que seria fácil para aqueles que entendiam a linguagem das Escrituras saber a quem se referiam. E os judeus, tendo informações a esse respeito de antemão, poderiam ter percebido e se preparado, bem como aos seus filhos, com antecedência, para esses tempos de sofrimento.

(1) Ele se indispôs contra a terra formosa, a terra de Israel, assim chamada porque era a glória de todas as terras, pela fertilidade e todas as delícias da vida humana, e especialmente pelos sinais da presença de Deus nela, e por ser abençoada com revelações e instituições divinas. Era o Monte Sião que era formoso de sítio, a alegria de toda a terra (SI 48.2). O deleite daquela terra era que ah deveria nascer o Messias, que seria tanto a consolação como a glória de seu povo Israel. Note que temos motivos para considerar como um local aprazível aquele que é um local sagrado, no qual Deus habita, e onde podemos ter a oportunidade de manter uma comunhão com Ele. Com toda a certeza podemos dizer: E bom estarmos aqui. 
(2) Ele lutou contra as hostes do céu. Isto se refere ao povo de Deus, a igreja, que é o reino do céu, os militantes da igreja aqui na terra. Os santos, sendo nascidos do alto, e cidadãos do céu, e realizando a vontade de Deus, através de sua graça, de certa maneira, como fazem os anjos do céu, podem muito bem ser chamados de uma hoste celestial. Outra possível interpretação é que os sacerdotes e levitas, que eram usados no serviço do Tabernáculo, e ali lutavam um bom combate, eram esse exército do céu. Contra esses, Antíoco se indispôs. Ele se engrandeceu enormemente contra o exército do céu, em oposição e desafio a ele. 
(3) Ele lançou por terra uma parte do exército (ou seja, das estrelas, pois elas são chamadas de hostes do céu), e a pisou. Alguns daqueles que eram mais eminentes tanto na igreja como no governo, que eram luzes importantes e resplandecentes em sua geração, ele os obrigou a se submeterem às suas idolatrias ou os matou. Ele os pegou em suas mãos e depois os oprimiu e os sobrepujou. Como o bom ancião Eleazar e os sete irmãos, a quem matou com cruéis torturas, por terem se recusado a comer carne de porco (2 Mac. 6.7). Ele se gloriou de que, neste fato, insultou o próprio Céu e exaltou o seu trono acima das estrelas de Deus (Is 14.13).
 (4) Ele se engrandeceu até à posição de príncipe do exército. Ele atacou o sumo sacerdote, Onias, a quem despojou de sua dignidade, ou mais precisamente, o próprio Deus, que era o Rei de Israel desde os tempos antigos, que reina para sempre como rei de Sião, que comanda o seu próprio exército, que luta suas batalhas. Contra Ele Antíoco tentou se engrandecer. Este homem ímpio agiu como o faraó, quando disse: Quem é o Senhor? Note que aqueles que perseguem o povo de Deus perseguem ao próprio Deus.

fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

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