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sábado, 22 de outubro de 2016

Subsidio juniores a grande tribulação n.5



    SUBSIDIO JUNIORES A GRANDE TRIBULAÇÃO N.4


                 O SURGIMENTO DO IMPERIO ROMANO

                                       Daniel 7.7-14.
                         Professor Mauricio Berwald

Os versículos 33-35 do capítulo 2 do livro de Daniel referem-se ao final do período dos gentios, no vale do Armagedom, onde os dez reinos escatológicos (que são uma extensão do Império Romano), serão destruídos pela pedra, que é Cristo, surgindo um novo reino.
No capítulo 7 de Daniel, temos a visão dos quatro animais que representam a história moral e religiosa desses quatro reinos: o leão — Babilônia (4); o urso — Média e Pérsia (5); o leopardo — Grécia (6); o animal terrível — Roma (7). Os dez dedos da estátua correspondem aos dez chifres do animal e aos dez da besta (Dn 2.41; 7.24; Ap 13.1; 17.12), que representam dez regiões administrativas que abrangerão um território maior do que o Antigo Império Romano. O Novo Império Romano dará apoio ao Anticristo (Dn 7.25), mas será um governo instável (Dn 2.41-43), marcado por guerras (Dn 7.24) e por sistemas políticos distintos — ferro e barro (Dn 2.33).
 O renascimento do Império Romano não é uma hipótese. Se ao término da Segunda Guerra Mundial, parecia ele utopia numa Europa humilhada e destruída, hoje mostra-se mais real do que nunca. Não importa o nome que se lhe dê: União Europeia ou Novo Império Romano. O terrível animal, visto por Daniel, acha-se prestes a pisar e a despedaçar a quantos se lhe opuserem. Esse reino, que não terá paralelo na história dos grandes impérios, devido a sua maldade, dará todo o suporte político, econômico e religioso ao Anticristo, a fim de que este venha a dominar o mundo todo.
O Senhor Jesus, porém, o abaterá, reduzindo-o a um monturo. O Rei dos reis e Senhor dos senhores não tolerará a soberba do inimigo.
A Europa reunificada, por conseguinte, não é um mero fenômeno político, mas o cumprimento da profecia bíblica. É o que veremos nesta lição.

I. A ORIGEM DO IMPÉRIO ROMANO

Fundada em 753 a.C, foi a cidade de Roma estendendo-se até assenhorear-se dos mais distantes e desconhecidos reinos. Seus domínios iam da Europa à Babilônia, englobando o Norte da África e o Oriente Médio.
Em 66 a.C, as forças romanas chegaram à Terra Santa. Comandadas pelo general Pompeu, conquistaram o território israelita e subjugaram Jerusalém. Mostrando nenhum respeito ao vencido, Pompeu invade a Casa de Deus, escarnece dos ministros do altar e profana o Santo dos santos.
O terrível animal começava a exibir suas garras.

II. O IMPÉRIO ROMANO NA BÍBLIA

1. A profecia de Moisés. A Europa era praticamente desabitada, quando Moisés profetizou a ascensão de Roma como a grande opressora dos filhos de Israel: “O SENHOR levantará contra ti uma nação de longe, da extremidade da terra, que voa como a águia, nação cuja língua não entenderás; nação feroz de rosto, que não atentará para o rosto do velho, nem se apiedará do moço” (Dt 28.49,50).
Foi exatamente isso o que aconteceu no ano 70 de nossa era, quando os exércitos romanos, comandados por Tito, destruíram Jerusalém, derribaram o Santo Templo e dispersaram os poucos judeus que sobreviveram à ira romana.
2. A profecia de Daniel. Em duas ocasiões distintas, o profeta Daniel refere-se tipologicamente ao Império Romano. No capítulo dois, descreve ele a aparência exterior deste; ao passo que, no capítulo sete, revela sua índole e caráter.
a) Sua aparência exterior. “E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro esmiúça e quebra tudo, como o ferro quebra todas as coisas, ele esmiuçará e quebrantará” (Dn 2.40).
b) Seu caráter. “Depois disso, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez pontas” (Dn 7.7).
No capítulo 13 de Apocalipse, o Império Romano é mostrado como a base para os dois representantes de Satanás: a Besta e o Falso Profeta. Veja como as profecias de Daniel acham-se em perfeita harmonia com as de João.

III. TENTATIVAS DE SE ERGUER O IMPÉRIO ROMANO

Não foram poucas as tentativas de se ressuscitar o Império Romano. O que dizer do Sacro Império Romano Germânico? Ou das tentativas da Igreja Católica em ocupar o espaço deixado pelos imperadores de Roma?
No início do século XIX, o imperador francês, Napoleão Bonaparte, à frente de um formidável exército, saiu a unificar uma Europa retalhada por ódios e nacionalismos irreconciliáveis. Ele, porém, fracassou como haveria de fracassar Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.
Se por um lado, ostenta a Europa a dureza do ferro; por outro, mostra ser tão frágil quanto o barro. Além do mais, como pode o ferro unir-se ao barro?

IV. O IMPÉRIO ROMANO NA ERA ESCATOLÓGICA

Que ninguém se engane! A era escatológica já chegou. E uma de suas maiores evidências é o ressurgimento do Império Romano que, desta feita, terá as seguintes características:
1. Apesar das aparências, estará cronicamente dividido. “E, como os artelhos eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro se não mistura com o barro” (Dn 2.42,43).
Houve um tempo na Europa que, não obstante o parentesco de seus monarcas, estavam estes sempre em guerra. Foram-se quase todos os reis, e veio a União Europeia; a situação, porém, em nada foi alterada. Os ingleses continuam a não aturar os franceses, que desconfiam dos alemães, que não se dão com os italianos, que não aturam os espanhóis...
É justamente sobre bases tão frágeis que está sendo construído o Novo Império Romano.
2. A formação administrativa do Novo Império Romano. Tanto Daniel como João mostram o Novo Império Romano constituído a partir de dez unidades (Dn 2.41,42; Ap 13.1). Pensava-se, de início, que seria ele formado por apenas dez nações. Hoje, porém, já são 25 os países que formam a União Europeia. Como entender esta aparente contradição?
Na verdade, não são dez países; e, sim, dez regiões administrativas que abrangerão um território maior do que o Antigo Império Romano. Logo, o Novo Império Romano ocupará não somente a Europa, mas também o Norte da África e o Oriente Médio. Por conseguinte, cada região administrativa será composta por mais de um país.
3. O objetivo do Novo Império Romano. Terá o Novo Império Romano, por objetivo, sustentar o governo que Satanás, através da Besta e do Falso Profeta, implantará no mundo logo após o arrebatamento da Igreja. De acordo com Apocalipse 13, o domínio do Anticristo abrangerá tanto a economia e a política como a religião. Todavia, este reino não subsistirá; Cristo fará dele um monturo.
4. A destruição do Novo Império Romano. Ainda que o Império Romano se reerga, Cristo o destruirá. Nosso Senhor é aquela pedra que, sem esforço humano, abateu-se sobre a estátua vista por Nabucodonosor (Dn 2.34,35,44).
Daniel continua a descrever a ruína do Novo Império Romano, agora mostrado como aquele animal terrível: “Estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo, desfeito e entregue para ser queimado pelo fogo” (Dn 7.11). Por quem foi o animal morto? Pelo Filho de Deus! E. assim, recebe o Senhor Jesus o poder, a glória e a majestade.Por mais poderosos que se mostrem os reinos deste mundo, não subsistirão ante a soberania divina. Roma dominou nações e reinos; pisou os mais aguerridos povos e humilhou os mais altivos soberanos. Mas nada poderá fazer contra o Senhor Jesus. Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores.
Não tarda o dia em que o Império Romano, base do governo do Anticristo, haverá de prestar contas a Deus por todos os seus pecados e iniquidades. Ainda que renascido, não subsistirá.
Senhor Jesus, quem poderá subsistir ante o teu poder? Que a honra, a força e a glória sejam-te tributadas para todo o sempre.

“[...] Consideração das principais escolas escatológicas:
Preterista. Interpreta as profecias de Daniel e do Apocalipse como já cumpridas, com exceção de umas poucas....
Nessa visão das profecias, quase todo o livro de Daniel se cumpriu no período interbíblico (antes de Cristo) e o Apocalipse, na sua quase totalidade, foi cumprido nos primeiros três séculos da Era Cristã....
Progressista. Como o próprio nome já indica, interpreta Daniel e o Apocalipse como o desenvolvimento histórico do mundo. [...] Ela procura os cumprimentos proféticos nos grandes eventos, como o papado, a Reforma, a Revolução Francesa etc, e seus adeptos chegaram a marcar diversas datas para a volta de Cristo, sendo a principal delas a de 22 de outubro de 1844....
Futurista. Segundo essa escola, quase todas as profecias de Daniel e do Apocalipse se cumprirão durante os sete anos que se seguirão ao arrebatamento da Igreja, que, por sua vez, ocorrerá repentinamente.” (ALMEIDA, A. Israel, Gogue e o Anticristo. 11.ed., RJ: CPAD, 1999, pp.122-3).


                       ISRAEL NA GRANDE TRIBULAÇÃO
                                       Apocalipse 12.1-12.

E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.11 — E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram a sua vida até à morte.12 — Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar! Porque o diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.

A palavra disciplina na Bíblia tem a ver com correção e castigo com punição. A Grande Tribulação tem como alvo a disciplina da nação de Israel. Ou seja; corrigi-la da desobediência e obstinação para com Deus. “O Senhor corrige ao que ama...”, (Hb 12.6). Portanto, por mais que seja difícil aceitar, a Grande Tribulação é um ato do amor de Deus para com Israel.
Através de Hebreus 12.6 entendemos que Deus deseja a restauração de Seus filhos, e não apenas aplicar punição pelo seus erros. Para ajudar sua classe a entender essa atitude do amor de Deus para com Israel leve-os a refletir sobre as diferenças entre castigo e disciplina usada no livro Socorro temos filhos do doutor Bruce Narramore. Use uma folha de papel pardo ou um quadro-de-giz com linhas verticais, formando duas colunas. Transcreva conforme descrito abaixo:
É o povo de Israel a razão mais evidente da Grande Tribulação. Ele é o alvo principal por causa das suas relações com o plano redentor de Deus para com a humanidade. Israel foi escolhido para representar os interesses divinos na Terra. Mas, lamentavelmente, não foi fiel aos pactos e, por isso, houve a mudança no plano divino. Sua desobediência, prevaricação e idolatria serão castigadas nesse período. No entanto, o propósito de Deus não é só o de castigar Israel, mas também o de mostrar sua fidelidade e amor para com o Seu povo.

I. A MULHER VESTIDA DE SOL (Ap 12.1,2)

Depois dos vários eventos catastróficos efetivados pela abertura dos sete selos e das sete trombetas, surge um intervalo com uma série de visões e, então, haverá o derramamento das sete taças de pragas sobre a Terra.
Três personagens são destacados no capítulo 12 de Apocalipse: a mulher vestida de sol, o grande dragão vermelho e o filho varão.
1. Quem é a mulher vestida de sol? Há várias interpretações acerca dessa mulher e o que ela representa. Segundo a linha de interpretação que adotamos entendemos que ela não representa a Igreja de Cristo, uma vez que esta estará no céu com Cristo. Também a mulher não representa a Igreja do Antigo Testamento, nem tampouco representa Maria, a mãe humana de Jesus. Indiscutivelmente, representa o povo de Israel.
2. Os símbolos da mulher. Os símbolos que estão em torno da mulher — o sol, a lua e 12 estrelas — estão associados aos filhos de Israel (Gn 37.9; Jr 31.35,36; Js 10.12-14; Jz 5.20; Sl 89.35-37).

II. O GRANDE DRAGÃO VERMELHO (Ap 12.3,4)

1. Quem é o grande dragão vermelho. Representa Satanás (Ap 12.9). Essa criatura animalesca e vermelha é a figura do poder do mal e da destruição que virá sobre a nação israelita naqueles dias. O vermelho indica o seu poder sanguinário objetivando matar especialmente a mulher e seu filho.
2. O poder do dragão. Um detalhe especial desse dragão são as sete cabeças e dez chifres, além de sete coroas sobre essas cabeças (Ap 12.3). As mesmas características desse dragão aparecem sobre a Besta nos capítulos 13 e 17 de Apocalipse. Os poderes que a Besta (Anticristo) demonstrará nos dias da Grande Tribulação serão advindos de Satanás. As sete cabeças e os diademas sobre elas simbolizam os grandes reinos e os poderes desses reinos. Satanás usará de toda a sua força para destruir Israel naqueles dias. Ele é o dragão vermelho que se lançará contra o povo de Deus representado pela mulher.
3. Que representam as estrelas do céu? (Ap 12). Alguns intérpretes afirmam que serão homens proeminentes do mundo que se levantarão contra Israel para destruí-lo da face da Terra. Porém, a interpretação mais aceitável indica que se trata de demônios sob a égide de Satanás, os quais, lançados sobre o mundo, promoverão grande desordem moral, social e espiritual no seio da humanidade.

III. O FILHO VARÃO (Ap 12.5)

1. Quem é o filho varão. Os intérpretes divergem aqui. Há os que afirmam se tratar da Igreja, equivocadamente. Outros entendem que se trata dos mártires da Grande Tribulação, e outros afirmam que esse filho varão representa o remanescente judeu de então.
2. Jesus, o mais evidente. A interpretação mais aceitável diz que esse filho varão representa Jesus, uma vez que somente Ele, o Messias, “regerá as nações com vara de ferro”. O Salmo 2 é messiânico e se constitui num rico contexto profético no cumprimento da profecia de Apocalipse 12.5. Israel representa a mulher, e o filho varão representa Jesus. Ele nasceu de mulher israelita. Por isso, quando o texto diz que a mulher (Israel) deu à luz um filho varão, está, na realidade, falando do nascimento humano de Jesus. Quando fala que o “filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono”, refere-se à ascensão vitoriosa de Cristo depois da Sua ressurreição.
Há um paralelo entre Ap 12 e Miquéias 5, que identifica a mulher como a nação israelita. Mq 5.2 fala sobre o nascimento dAquele que seria o Senhor em Israel, o Messias. Entretanto, por causa da rejeição deste governante (o Messias) na Sua primeira vinda, a nação foi posta de lado. O texto de Mq 5.3 declara assim: “os entregará até ao tempo em que a que está de parto tiver dado à luz”, indicando que a nação estará com dores de parto até ao tempo de dar à luz o filho. Também, em Rm 9.4,5 o apóstolo Paulo fala dos israelitas e declara que Cristo veio de Israel, segundo a carne.
3. A tentativa inútil do grande dragão contra o filho varão. Satanás, o grande dragão vermelho não conseguirá alcançar o filho varão porque ele foi arrebatado para o seu trono. O filho varão de Israel, arrebatado do poder de Satanás, um dia descerá em grande pompa sobre o monte das Oliveiras (Zc 14.1-9) e, então, tomará as rédeas do governo mundial sob o poder do Diabo, o Anticristo e o Falso Profeta.
Na vinda poderosa do filho, o Anticristo e o Falso Profeta serão lançados no Lago de Fogo (Ap 19.19,20). No mesmo ímpeto da gloriosa vinda do filho varão, o grande dragão, que é Satanás, será amarrado e lançado no Poço do Abismo (Ap 12.7-9; 20.1-3).

IV. A FUGA DA MULHER PARA O DESERTO (Ap 12.6)

1. O deserto (Ap 12.6). Não se refere aqui especificamente a um lugar geográfico, mas metafórico. Nas terras do Oriente Médio o deserto é o lugar mais apropriado para fugitivos. A mulher representa a nação de Israel, depois de perseguida pelo grande dragão vermelho, que foge para um lugar de refúgio no deserto, para escapar à fúria do dragão, o Diabo.
2. O período do refúgio (Ap 12.6). As pressões sobre Israel serão enormes naquele período, mas o grupo fiel encontrará refúgio por 1.260 dias. No calendário judaico de 360 dias, os 1.260 dias equivalem à metade da semana profética de Daniel 9.27, ou seja, três anos e meio. Essa mesma cifra de 1.260 dias equivale a outras cifras tais como quarenta e dois meses, ou “um tempo, tempos e a metade de um tempo”. Essa diferença de linguagem não muda o sentido real da profecia, porque a cifra é a mesma. E exatamente o período mais terrível que sobrevirá sobre Israel na sua terra.
3. O remanescente judeu (Ap 12.17). No período final da Grande Tribulação, o remanescente judeu, constituído de israelitas fiéis ao antigo pacto, não se submeterá ao sistema do Anticristo, que é a Besta que subiu do mar de Ap 13.1,2, e terá de fugir para o deserto (Ap 12.17). É, sem dúvida, o remanescente judeu salvo na Grande Tribulação.

V. UMA BATALHA ANGELICAL NO CÉU (Ap 12.7-9)

1. O arcanjo Miguel. Nessa batalha os anjos de Deus sob o comando do arcanjo Miguel, o protetor dos filhos de Israel, abatem completamente os anjos caídos sob o comando de Satanás, o grande dragão vermelho. É interessante notar que Miguel está ligado ao destino do povo de Israel (Dn 12.1). Ele é o guardião dos interesses divinos para com Israel, conforme vemos em Dn 10.13,21; Jd v.9.
2. Satanás, o dragão vermelho. Nessa batalha vemos o esforço de Satanás para neutralizar o plano vindicativo de Deus através dos anjos na história do mundo e, especialmente, quanto a Israel. E um conflito entre o bem e o mal. Satanás é o grande dragão vermelho que, mais uma vez investe contra o poder de Deus representado pelo arcanjo Miguel e seus anjos. Mas o dragão é derrotado fragorosamente e expulso do céu. Os seus domínios foram desfeitos.
3. A vitória do bem sobre o mal. Na visão de João, o dragão quis devorar o filho varão da mulher, mas foi impedido por uma força maior, uma milícia superior a dele. Essa batalha indica que os poderes de Satanás foram reduzidos, e o mundo começa a se preparar para receber o Messias. Aprendemos aqui que o direito sempre terá de triunfar sobre o erro, o bem sobre o mal, a verdade sobre a mentira. As vantagens de Satanás foram anuladas para que a vitória do povo de Deus prevalecesse no mundo. No texto de Ap 12.9, o dragão vermelho é definido como “o acusador” (Diabo), a “antiga serpente”.Depois da vitória de Miguel e seus anjos contra o dragão e seus aliados (demônios), diz a Bíblia que houve regozijo e alegria no céu (Ap 12.10). Esta alegria resulta do fato que a Grande Tribulação findará para Israel e para o mundo, quando Cristo voltar gloriosamente.

Em sua perseguição para destruir os judeus, a Besta conduzirá seus exércitos contra Jerusalém.
“‘... E contra ela (Jerusalém) se ajuntarão todas as nações da terra’ (Zc 12.3b); ‘Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será expulso da cidade’ (Zc 14.2).
“Nessa ocasião crítica, parte de Israel refugiar-se-á nos montes e abrigos naturais de Edom, Moabe e Amom. (Ler Isaías 16.1-5; Salmo 60.9; Ezequiel 20.35-38; Daniel 12.6,13,14.) Estas passagens todas tratam disso. Esses antigos países bíblicos (Edom, Moabe e Amom) constituem hoje em dia o centro-sul da Jordânia. Durante o Milênio eles pertencerão a Israel (Nm 24.17,18; Sl 60.8,9; Is 11.14). Em Isaías 16.1 é mencionada a capital de Edom — Selá (em grego: Petra), a elevada cidade-fortaleza, plantada nas rochas. Isso fica a 96 km ao sul do mar Morto. Edom, Moabe e Amom serão poupados por Deus durante a investida arrasadora do Anticristo contra Israel, a fim de que para aí os judeus escapem. (Ler Daniel 11.41.) Já uma vez Israel refugiou-se aí, quando Babilônia os hostilizou (Jr 40.11,12).” (O Calendário da Profecia, CPAD)
Apocalipse 12.2-4 trata sobre o conflito dos séculos. “É a luta do Diabo, tudo fazendo para que o Messias não viesse ao mundo. Esse conflito vemo-lo de Gênesis aos Evangelhos. Momentos houve em que parecia que o inimigo tinha ganhado a batalha. As cinco piores ocasiões na história de Israel foram: 1) na apostasia do bezerro de ouro, quando apenas uma tribo ficou leal a Deus (a de Levi); 2) no caso da corrupção moral de Israel, em Sitim, durante u peregrinação no deserto, por conselho de Balaão; 3) no caso do pecado de Davi, com o qual Deus fizera aliança quanto ao nascimento do futuro Messias; 4) no caso do livro de Ester, quando houve um plano para exterminar todos os judeus: 5) no caso de Belém, quando o rei Herodes decretou a matança dos inocentes, para naquele meio, Jesus ser morto. Em todos esses momentos críticos o inimigo perdeu a batalha. Por fim, numa noite, os anjos anunciaram o nascimento do Salvador, o qual caminhou resoluto em direção ao Calvário, onde, por fim, bradou agonizante, mas triunfantemente: ‘Tudo está consumado!’ Aleluia!
“Versículo 3. O dragão com sete cabeças. Isso fala de sua plenitude de astúcia. Sete chifres representam seu imenso poderio. Sete diademas, seu domínio. O dragão era vermelho, que é a cor do sangue e do fogo. Isso indica, como sabemos, que ele é o provocador de mortes, guerras, intrigas, contendas e tensões individuais e coletivas, quentes como o fogo e que terminam explodindo. (Ler Gênesis 4.5,8 comparando com 1 João 3.12.)
“Versículo 4. ‘a terça parte das estrelas do céu’. Isto refere-se aos anjos que caíram com Lúcifer, conforme Isaías 14.12 e Ezequiel 28.16. Muitas referências na Bíblia apontam os anjos como estrelas. Exemplo: Juízes 5.20; Jó 38.7: 25.5; Isaías 14.13, etc. ‘A sua cauda arrasta a... ’. É conhecida a grande força que a serpente e outros répteis, como o jacaré, têm na cauda. Os animais pré-históricos do tipo réptil tinham gigantesca força nas suas caudas para ataque e defesa. O termo dragão significa animal monstruoso; serpente gigantesca. O dragão no versículo 3 figura o Diabo, e é chamado serpente em 12.9. O termo no original deriva de um verbo que significa ver de modo penetrante.” (Daniel e Apocalipse, CPAD)


          Unidade Mundial e a Manifestação do Anticristo


A palavra “anticristo” só é mencionada na Bíblia em 1 e 2 João. Através de um jogo gramatical (singular e plural), o apóstolo faz distinção entre o “anticristo” (referindo-se ao governante mundial no tempo da Grande Tribulação), e “anticristos”, (aqueles que antecedem em seus ensinos o ministério do Ditador Mundial — 1 Jo 4.3). O prefixo “anti” tem o sentido básico de “em lugar de”, “oposto a” ou “semelhante a”, mas na epístola de João significa “contrário a”. Porém, o texto de 2 Tessalonicenses 2.4, conjuga dois sentidos: o de “contrário a”: “... o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus...”, e o de “semelhante a”, pois afirma que ele : “... se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus”.
Quanto a sua natureza, o Anticristo será “segundo a eficácia de Satanás” (2 Ts 2.9), quanto ao seu caráter, será “o iníquo” (2 Ts 2.8), quanto a sua personalidade, “um orador cativante” (Dn 7.20; 2 Ts 2.11), quanto a sua missão, “opor-se a Deus” (v.4), quanto a sua influência, “mundial”, pois governará sobre todas as nações (Ap 13.8; Dn 8.24; Ap 17.12), quanto a Israel, será “o grande adversário” (Dn 7.21,25; 8.24; Ap 13.7).Professor, nesta lição, usaremos um Quadro Antitético entre Cristo e o Anticristo. Quadro Antitético ou oposto é o recurso didático que apresenta o contraste entre dois personagens a fim de ressaltar suas qualidades opostas.Embora o Anticristo não se haja manifestado ainda plenamente, o seu espírito aí está, transtornando igrejas, torcendo as Sagradas Escrituras, alterando a configuração política das nações e apoderando-se dos organismos internacionais, objetivando a instauração de seu império numa rebelião aberta contra Deus.
Quando o apóstolo João afirmou que o mundo jaz no maligno, queria ele deixar bem claro que todos os recursos, quer humanos, quer materiais, acham-se devidamente aparelhados para acolher o homem do pecado.
Nesta lição, veremos quem é o Anticristo e por que buscará ele apoderar-se do planeta. Estejamos, pois, alertas! Que o Diabo não tenha lugar na Igreja de Deus!

I. QUEM É O ANTICRISTO

As Sagradas Escrituras traçam-nos um nítido perfil do personagem que, durante a Septuagésima Semana de Daniel, haverá de dominar o mundo, subjugando todas as coisas ao império de Satanás. Vejamos, pois, como a Bíblia o descreve.
1. O arquiinimigo de Deus e seu Cristo. O Anticristo será a mais completa personificação de Satanás e o seu mais autêntico representante. Seu objetivo será:
a) Levantar-se contra o Cristo de Deus; e
b) Postar-se em lugar de Cristo, como se fora ele o messias que haveria de trazer a libertação a Israel e a salvação a toda a humanidade (Jo 5.43; 2 Ts 2.4). Aliás, é exatamente isto o que significa a partícula grega anti: “contra e em lugar de”. O Anticristo, pois, é aquele que se coloca no lugar de Cristo e contra Cristo se levanta.
2. O representante maior do Diabo. Segundo mostram os textos bíblicos, o Anticristo, ainda que pareça sobrenatural, será um ser humano como outro qualquer (Ap 13.12). Assim a Bíblia o intitula:
a) O príncipe que há de vir (Dn 9.26);
b) O que vem em seu próprio nome (Jo 5.43);
c) Aquele que se assentará no templo de Deus (2 Ts 2.4);
d) O homem do pecado (2 Ts 2.3).
3. A Besta. Por que o Anticristo é assim chamado? Devido à sua natureza, arrogância e prepotência. Erguendo-se ele contra Deus, intentará a perpetuação de seu império e a anulação do Reino de Cristo. Assim como o Diabo, no início, usou a serpente para enganar Eva, usará agora o animal de feroz aparência para ludibriar as nações logo após o arrebatamento da Igreja. Nesta ocasião, manifestar-se-á ele plenamente (2 Ts 2.6).

II. A MISSÃO DO ANTICRISTO

Tem o Anticristo como missão implantar o domínio de Satanás em todo o mundo, a fim de que este seja transformado no Reino das Trevas. Eis suas missões principais:
1. Criar uma religião, onde seja o Diabo reverenciado por todos os que, desprezando a verdade, apegaram-se à mentira. Nesta esfera, ele é assistido pelo falso profeta (Ap 13.11-18).
2. Estabelecer uma economia fortemente centralizada, através da qual forçará os habitantes da terra a aceitarem o sinal da besta (Ap 13.17,18).
3. Destruir as bases da religião divina, para que todos venham a crer em suas mentiras: “O qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” (2 Ts 2.4).
4. Enganar a Israel, fingindo ser o seu messias e, em seguida, destruí-la, numa tentativa sem precedentes de frustrar os planos de Deus com respeito ao estabelecimento definitivo e pleno dos filhos de Abraão na formosa terra (Dn 9.27; Ap 12.12-17).
5. Destruir os que se hão de converter durante a Grande Tribulação, objetivando desarraigar da terra quaisquer testemunhos concernentes ao Deus Único e Verdadeiro e ao seu Unigênito (Ap 7.9-17).
6. Multiplicar a iniquidade no mundo. Afinal, o Anticristo é conhecido como o homem do pecado e o iníquo (2 Ts 2.3). Ele, portanto, é o grande promotor da iniquidade.

III. A DOUTRINA DO ANTICRISTO

Eis as bases da doutrina a ser implantada pelo homem do pecado:
1. Substituir Deus pelo Diabo. Em muitos centros de estudos cristãos, o Senhor Deus já foi substituído pelo homem. Haja vista as teologias liberais, divorciadas da Palavra de Deus que se enveredaram pelo antropocentrismo, afirmando ser o homem a medida de todas as coisas (Sl 10.4; Ez 28.2). E, agora, já se busca substituir, descaradamente, Deus pelo próprio demônio!
2. Criar um messias para Israel, visando promover um pseudo-salvador para toda a humanidade. Quando os judeus perceberem que o Anticristo não é, de fato, o seu Cristo, mas um impostor, tentará ele destruir a descendência de Abraão (Dn 9.27).
3. Concretizar o que, desde que fora expulso do céu, o Diabo intenta fazer. Colocar o Diabo no lugar de Deus, a fim de que ele receba uma adoração que é exclusiva do Todo-Poderoso. A resposta de Deus para todas essas maquinações do Maligno está no Salmo 2. Ler também 2 Ts 2.8; Ap 19.19,20.

IV. O ANTICRISTO NO TEMPLO DE DEUS

Já que a Besta e o Falso profeta atuarão como antideuses, o reino de Satanás haverá de funcionar como o anti-reino de Deus.
Portanto, o momento de maior triunfo de Satanás será introduzir o seu representante no Santo Templo em Jerusalém. Ele assim agirá, a fim de que:
1. Os judeus aceitem o Anticristo como o seu messias. “Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis” (Jo 5.43).
2. A verdade seja erradicada. “E com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira” (2 Ts 2.10,11).
3. Sejam suspensos os sacrifícios de Deus. “E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador” (Dn 9.27).
Quando isto acontecer, será deflagrada toda a ira de Deus tanto sobre o Anticristo como sobre os seus adoradores. Mostrará Deus, uma vez mais, que não dividirá a sua glória com ninguém.Escreve Paulo que o Anticristo será destruído pela Palavra de Deus (2 Ts 2.7,8). No Apocalipse, assim está narrado o seu fim: “E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre” (Ap 19.20).
O Senhor Jesus Cristo mostrará a todos que o seu poder é irresistível. Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Senhor Jesus, não nos deixes ser seduzidos pelo engano nem pelas mentiras do adversário. Que possamos, nestes instantes que ainda nos restam, agir de maneira santa e irrepreensível até que venhas buscar a tua Igreja..
 “O Anticristo será um homem personificando o Diabo, porém, apresentando-se como se fosse Deus (Dn 11.36; 2 Ts 2.3,4). [...] A Besta ou Anticristo será uma personagem de uma habilidade e capacidade desconhecida até hoje. Será o maior líder de toda a história; acima de qualquer famoso general ou governante mundial conhecido. Será portador de uma personalidade irresistível. Sua sabedoria e capacidade serão sobrenaturais. Além da ação diabólica direta, outros fatores contribuirão decisivamente para a implantação do governo do Anticristo, como poderio bélico, alta tecnologia e poder econômico.
Será um grande demagogo. Influenciará decisivamente as massas com seus discursos inflamados (Ap 13.5). A Bíblia diz que toda a terra se maravilhará após a Besta (Ap 13.13). Exercerá uma influência e um fascínio extraordinário sobre as massas. [...] O Anticristo será recebido ao aparecer como solução dos problemas e crises sociais e políticas que fustigam o mundo inteiro, para os quais os líderes mundiais mais capazes não encontram solução” (GILBERTO, A. O calendário da profecia. 16.ed., RJ: CPAD, 2003, pp.48-9).
"Têm estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem" (Ap 17.13).Esse texto das Escrituras é um versículo-chave das profecias para os fins dos tempos. As palavras um só pensamento referem-se à síntese da unidade mundial. Devemos notar bem que os "dez reis" não são forçados a entregar o poder ao maligno, à besta, mas que eles "oferecerão à besta o poder e a autoridade que possuem". Obviamente é decisão unânime dos dez reis permitirem que uma pessoa governe, ao invés de dez.

O velho provérbio: "Unidos, resistiremos; divididos, cairemos", aplica-se a este caso. Com que propósito os "dez reis" entregarão seu poder e sua autoridade? No versículo seguinte temos a resposta: "Pelejarão eles contra o Cordeiro..."

Quanta arrogância! Não se trata de um mal-entendido causado por um erro de comunicação, mas claramente de uma ação deliberada contra o Senhor. O versículo 12 nos mostra que estes dez reis"...recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora", indicando que a besta faz parte da estrutura de poder dos dez reis que voluntariamente transfere sua autoridade à pessoa chamada "a besta". O ímpeto final de todas as nações é dirigido contra o Cordeiro. Por quê? Porque todas as nações estão sujeitas ao governo do príncipe das trevas, o deus deste mundo!

Mil anos antes de Cristo, o salmista escreveu: "Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido, dizendo: Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas" (Sl 2.2-3). Não devemos minimizar a afirmação de que as nações se opõem ao Senhor e escolhem o deus deste mundo. Esses versículos bíblicos acabam com qualquer dúvida de que todas as nações são fundamentalmente contrárias ao Senhor e Seu Ungido.

Alguém pode fazer uma pergunta legítima: "Por que as nações se levantariam contra o Senhor?" O apóstolo Paulo responde: "Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira" (2 Ts 2.9-11).

Eles optarão entre "sinais, e prodígios da mentira" e "o amor da verdade". Essa é a obra do pai da mentira que engana as nações. As massas humanas o seguirão voluntariamente, de maneira que no final os dez líderes mundiais eleitos entregarão sua autoridade e seu poder ao anticristo.

Em contraste, a intenção de Deus está claramente revelada em João 3.16: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". A rejeição intencional da oferta da salvação é o motivo pelo qual Deus "lhes manda a operação do erro".

Quero salientar que: pelas aparências, o mundo imagina que segue a justiça. Os líderes políticos e religiosos pretendem estabelecer a verdade e a prosperidade na terra através da imposição pacífica da democracia em toda parte. Pouco se pode dizer contra os surpreendentes progressos alcançados no que se refere ao nosso padrão de vida – em especial no Ocidente. Que o digam as classes inferiores da sociedade! Poucos sonhavam, há 50, 60, ou 70 anos atrás, adquirir tanto com seus salários. O conforto com que contamos hoje era inconcebível há algumas décadas. Quem, no início deste século, imaginaria possuir telefone, geladeira, ar-condicionado, e um automóvel deslizando suavemente pelas rodovias? Quem alguma vez pensou que teríamos acesso a qualquer tipo de alimento fresco no mercado 24 horas por dia? Estes avanços tornaram-se tão abundantes, graças à unificação dos países. O Estado norte-americano da Carolina do Sul, por exemplo, testemunhou a triplicação da economia num período de apenas duas décadas. Mas, apesar de todo este progresso em benefício da humanidade, o homem continua insatisfeito; há um vazio em seu íntimo.

Calendários
Em minha visita ao Parlamento Europeu em Bruxelas, na Bélgica, um professor enfatizava entusiasticamente, numa conferência de duas horas, que o sucesso e a riqueza da Europa são apenas o começo. Mais de 30.000 funcionários em inúmeros escritórios trabalham com os 626 representantes eleitos do Parlamento, comunicando-se em 11 idiomas com a ajuda de 7.500 tradutores profissionais. O conferencista enfatizou de forma clara a pretensão da União Européia em assumir as responsabilidades dos países-membros soberanos. "Precisamos de mais europeização", enfatizou o orador. "Identidades nacionais", continuou, "são prioridades secundárias". Tornar-se membro da União Européia é extremamente difícil, mas é impossível retirar-se dela. A constituição não prevê o desligamento de membros. "Isso é para sempre!", disse o orador.

O espírito de unificação é irresistível e infindáveis são as possibilidades. No passado se perguntava: Quem são estes dez reis? Referem-se a dez nações européias? Em 1967 o Dr. Wim Malgo, fundador da "Obra Missionária Chamada da Meia-Noite", escreveu: "Não procuremos por dez países-membros do Mercado Comum Europeu como sendo o cumprimento de Apocalipse 17.12. Ao invés disto, procuremos as dez estruturas de poder que se desenvolverão por iniciativa européia, mas serão de alcance mundial."

Vemos a globalização não só na política e na economia mas também na religião. A maioria dos conflitos militares, tanto no passado como no presente, têm sido basicamente em torno de questões religiosas. No Sudão, os muçulmanos estão assassinando cristãos, mas na antiga Iugoslávia os maometanos foram dizimados por "cristãos" sérvios mais fortes. O conflito entre a Índia e o Paquistão, na verdade, é uma questão religiosa entre muçulmanos e hindus.

Desta forma, a unificação é o próximo passo para a Nova Ordem Mundial globalmente democrática que prosperará pacificamente. Por isso, não fico surpreso ao ver o grande sucesso de movimentos que têm por objetivo unir as denominações. Depois de conseguido isto, o anelo dos homens se voltará para um líder que, de acordo com muitos estudiosos da Bíblia, só espera a hora de se manifestar. Um rei terrível, de "feroz catadura" (Dn 8.23), a besta, o anticristo, está por vir!

À luz de todos estes fatos, como crentes no Senhor Jesus Cristo, o que devemos fazer? A resposta está em 2 Tessalonicenses 2.15-17: "Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa. Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça, consolem o vosso coração e vos confirmem em toda boa obra e boa palavra."


                                  Quando Jesus Voltará?

 Tempos finais: a hora de Deus ou coisa de malucos?

[Acontecimentos impressionantes resultam num] caos de "profecias" e previsões sobre a aproximação do tempo do fim. Cristãos também participam dessas especulações, apesar da Bíblia proibi-las: "Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá" (Mt 24.44). Ele virá "como ladrão"; é o que está escrito no último livro das Sagradas Escrituras (Ap 3.3). Mas o bom-senso e a razão nos aconselham a pensar no perigo de "um apocalipse encenado por mãos humanas contra a vontade de Deus".

Esse perigo é hoje maior do que no tempo da Guerra Fria, onde o instinto de sobrevivência dos poderosos deste mundo ajudou a evitar um confronto nuclear. Mas esse instinto de autopreservação normalmente não existe para os terroristas religiosamente motivados. Por isso, especialistas em Genebra, Nova Iorque e Haia, em escritórios da ONU e sedes de outras organizações internacionais, acham muito provável que esses fanáticos tentarão tornar realidade o tempo do fim por "se sentirem chamados por Deus".

Longe de ser fantasia
Provavelmente não exista outra preocupação maior do governo dos Estados Unidos e de outros países do que o temor de terroristas virem a apoderar-se de armas químicas ou biológicas de destruição em massa para usá-las contra a população civil, para castigar "a sociedade corrompida" ou para pressionar as autoridades forçando algum tipo de concessão.

"Essa probabilidade cresce a cada dia...", disse um embaixador credenciado na "Organização Para a Proibição de Armas Químicas" (OPCW) em Haia. "Nos tempos da Guerra Fria questionávamos se essas armas seriam utilizadas algum dia. Hoje só nos perguntamos quando isto acontecerá."

Em linguagem clara, isso poderia acontecer da seguinte maneira: em um dia calmo de verão, sem vento, alguém poderia espalhar uma grande quantidade de gás paralisante no horário de maior movimento, em meio a um engarrafamento em Nova Iorque ou em Frankfurt, levando dezenas de milhares de pessoas à morte. Ou, pior ainda: durante a noite um terrorista sobrevoa Washington e despeja cem quilos de "Anthrax" sobre a cidade; seus bacilos multiplicam-se rapidamente nos corpos de pessoas e animais e provocam hemorragias internas mortais em um milhão de pessoas.

Esse cenário não é uma fantasia. Ele é resultado de um estudo do governo dos Estados Unidos. No início de 1999 a revista "Foreign Affairs", o periódico sobre política externa mais conceituado do mundo, trouxe informações a respeito desse assunto. O professor Richard K. Betts, diretor do Instituto para Pesquisa de Guerra e Paz da Universidade de Colúmbia em Nova Iorque, salientou que um acontecimento desses mudaria radicalmente a sociedade livre: "Imaginemos que uma seita islâmica secreta matasse 100.000 pessoas com uma bomba biológica e ameaçasse repetir o ato até o governo atender suas exigências. Uma reação de pânico do nosso sistema judiciário seria bem plausível em um caso desses. Todos os americanos de origem árabe poderiam ser presos em campos de concentração, como aconteceu depois do início da Segunda Guerra Mundial com os cidadãos americanos de origem japonesa." (Abendland)

Na verdade ninguém, a não ser Deus, sabe quando acontecerá a volta de Jesus. O Senhor enfatizou em Atos 1.7: "Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade."

Precisamos distinguir claramente entre fatos, suposições e especulações. É fato que Jesus voltará. A suposição é que Ele virá muito em breve. Mas seria especulação tentar marcar a data da Sua volta.

Em nosso século e em outras épocas muitos já tentaram calcular a data da volta de Jesus. Foram estabelecidas datas bem exatas nas quais deveria acontecer o arrebatamento, mas sem exceção todas as previsões falharam.

Mas apesar de todos estes cálculos errados do passado, muitos cristãos sinceros e estudiosos da Bíblia – sem pretenderem marcar uma determinada data – estão de pleno acordo que nuvens de tempestades se ajuntam no horizonte da história da humanidade. Vivemos hoje em uma sociedade que não pode ser comparada a nenhuma outra anterior à nossa. Em nosso mundo acontecem coisas que apontam de maneira extremamente clara para a iminente volta de Jesus. Ninguém sabe dizer se isto acontecerá hoje, amanhã ou somente daqui a alguns anos. Mas todos os sinais apontam para o último grande alvo da história da humanidade.

Nova Chamada
O povo judeu está novamente em sua própria terra, onde irá receber primeiramente o anticristo, sendo depois levado ao encontro do Senhor que está voltando. Assim, profecias milenares aguardam seu cumprimento final (Jr 24.6-7). A situação no Oriente Médio se agrava de maneira dramática. Mas o clamor por paz e segurança não se limita apenas ao Oriente Médio, abrangendo o mundo todo (1 Ts 5.3). Vivemos numa época em que é possível destruir o mundo inteiro em apenas uma hora. O cenário apocalíptico em todas as áreas se delineia de maneira cada vez mais evidente e torna-se cada vez mais provável. Está sendo construído um sistema econômico global, uma verdadeira teia, da qual ninguém mais pode escapar, e é possível que esse sistema desabe de uma hora para outra. Atualmente uma crise em qualquer lugar do globo já abala o mundo inteiro (comp. Ap 18.10ss). As catástrofes naturais alcançaram dimensões e freqüências assustadoras, são cada vez mais dramáticas e se sucedem a intervalos sempre menores (Lc 21.25ss). O afastamento de Deus e o distanciamento das verdades bíblicas é tão evidente e cada vez mais atrevido que fica difícil achar uma situação que se compare a ela. Alguém observou: "As pessoas de hoje sabem tão pouco das verdades bíblicas que vivem suas vidas como se Deus não existisse" (comp. 2 Ts 2.3; 2 Tm 3.1ss). Na área do ocultismo, o diabo está solto: nos meios de comunicação, no cinema e na televisão as pessoas são literalmente afundadas no esoterismo e soterradas por filmes de ficção científica. Alexander Soljenitzyn observou: "Os poderes do mal iniciaram sua ofensiva decisiva" (comp. 2 Ts 2.9; 1 Tm 4.1). Ultimamente também o mundo secular (desligado de Deus) tem chegado sempre mais à convicção de que nos aproximamos do fim do mundo. Parece que os sinais dos tempos prenunciam a chegada da noite, e o nosso mundo vê mais "o túnel no fim da luz" do que o inverso. Mas os filhos de Deus não têm motivos para ficar resignados. Ao contrário. Para eles, pela fé, aparece a luz no fim do túnel: Jesus voltará. Lemos em 2 Tessalonicenses 1.10: "quando vier para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho)." Até que chegue esse momento, devemos remir o tempo e cumprir nossa tarefa para que mais pessoas sejam ganhas para o Senhor Jesus e para que Sua Igreja seja preparada para quando Ele voltar. Acima de tudo, temos a Palavra Profética, para a qual devemos atentar como uma luz que brilha em lugar tenebroso (2 Pe 1.19).



                        O Preparo Para a Tribulação

Ao longo dos anos tem havido muitas argumentações contra o pré-tribulacionismo. Algumas tentativas são exegéticas, outras são teológicas, e algumas são práticas. Embora eu venha escutando este argumento prático específico (do preparo para a Tribulação) desde o início dos anos 1970, eu o ouvi apresentado com uma frequência muito maior no ano passado do que em todos os anos anteriores juntos. A questão que levantam é a seguinte: “Se o Arrebatamento pré-Tribulação não for verdadeiro, então a Igreja não estará preparada para passar pela Tribulação e muitos se perderão no tempo da perseguição por causa desse falso ensino”.

Não Estarão Preparados?
O trailer de um vídeo contra o pré-tribulacionismo pergunta:

E o que acontecerá se a Igreja não for arrebatada aos céus antes da Grande Tribulação como muitos estão ensinando? E o que acontecerá se a Igreja for deixada com preparo insuficiente para encarar o Anticristo e a marca da besta? E o que acontecerá se as afirmativas de Tim LaHaye sobre o Arrebatamento pré-Tribulação forem falsas? Então, a bendita esperança se tornará a infeliz esperança para milhões de pré-tribulacionistas? E o que acontecerá se os milhões que foram conduzidos ao erro pelo ensino pré-tribulacionista se tornarem parte da grande apostasia que Jesus advertiu que iria acontecer naquela hora?[1]

A questão do Arrebatamento pré-Tribulação versus o Arrebatamento pós-Tribulação é uma das questões pastorais mais importantes dos nossos dias. Se você é um pastor que neste momento não está preparando seu povo para enfrentar potencialmente o Anticristo e a Grande Tribulação, simplesmente porque sua denominação ensina isso, ou por outro motivo qualquer, acho pessoalmente que você está fracassando em seu papel como pastor.

De acordo com essa maneira de pensar, aparentemente, há algum ensinamento especial ou algum preparo especial em que os pastores devem estar engajados para que possam preparar seu povo para os rigores de enfrentar a Tribulação. Certamente, a Tribulação será como Jesus disse que seria: “Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais” (Mt 24.21). Mas, esta visão (da necessidade de preparo para a Tribulação) pressupõe, incorretamente, que o Novo Testamento não ensina o Arrebatamento da Igreja antes da Tribulação. Durante os últimos vinte e cinco anos tenho apresentado o ensino do Novo Testamento apoiando o pré-tribulacionismo. Contudo, mesmo que eu pressupusesse, para fins de argumentação, que a Igreja iria enfrentar a Tribulação, seria verdade que os pastores pré-tribulacionistas não teriam preparado seus rebanhos para suportarem aquele momento? A resposta é “não”!

Preparo Para a Perseguição
A chave para todo cristão sobre como tratar com a perseguição de qualquer tipo não é algum conhecimento especial de que tal perseguição está chegando; em vez disso, a chave depende do nível de maturidade do indivíduo que está passando pelas dificuldades. Na noite antes de ser crucificado, Jesus disse aos Seus discípulos no Cenáculo: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim.?Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia” (Jo 15.18-19). Todas as instruções do Discurso do Cenáculo (João 13-16) são instruções especiais finais aos Seus discípulos que logo se tornariam os fundadores, juntamente com Cristo, da nova era que chamamos de Igreja. A mensagem de Jesus foi que o mundo O odiava e também odiaria e perseguiria Seus seguidores. O versículo final do Discurso do Cenáculo foi projetado para encorajar aqueles que estavam destinados a se tornarem parte da Igreja. Disse Jesus naquele momento: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).

Deserto
O apóstolo Paulo ressoa a advertência de Jesus sobre a perseguição durante a Era da Igreja quando declara: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2Tm 3.12). Os crentes que realmente viverem a vida cristã são aqueles que sofrerão perseguição, seja a perseguição mais branda da mera rejeição social, ou a perseguição severa que leva à morte. O motivo para tal perseguição foi revelado por Cristo no Discurso do Cenáculo, quando Ele observou que o mundo O odeia e também odiará aqueles que viverem como Jesus. Esta verdade é ilustrada em todo o Livro de Atos à medida que a igreja primitiva divulgava o Evangelho por todo o mundo antigo. A perseguição é frequentemente a razão pela qual um escritor do Novo Testamento foi inspirado pelo Espírito Santo a escrever uma epístola a muitas das recém-formadas igrejas do primeiro século. O fato é que as dificuldades, as tribulações e a perseguição são coisas que vêm acontecendo desde a fundação da Igreja do Novo Testamento, quase dois mil anos atrás. Então, como os crentes da era presente devem tratar com essa questão?

Maturidade Cristã
O que tem preparado os crentes de qualquer época para tratarem com as dificuldades e a tribulação? Pode-se afirmar simplesmente que é a maturidade na fé. Os crentes que são amadurecidos na fé conseguem lidar com qualquer tipo de teste que Deus permita acontecer em suas vidas. Portanto, um pastor é responsável por alimentar seu rebanho com a Palavra de Deus, a qual capacita os crentes a suportarem as dificuldades que possam encontrar em seu caminho, seja dentro ou fora da Tribulação. Não fui capaz de encontrar, tampouco alguém foi capaz de me mostrar, passagens bíblicas especiais que tenham o objetivo de capacitar uma pessoa a passar pela Tribulação. Como disse Paulo aos anciãos de Éfeso em seu encontro de despedida: “Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à palavra da sua graça, que tem poder para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados” (At 20.32). É o ensinamento da Palavra de Deus, sob a supervisão de Deus Pai, através do poder do Espírito Santo, que é capaz de edificar os crentes individualmente, preparando-os para suportarem qualquer que seja a circunstância.

Durante dois mil anos de história da Igreja, tem havido dezenas de milhões de crentes que já suportaram tremenda perseguição imposta a eles por aqueles que odeiam nosso Senhor e Salvador, sim, há dezenas de milhões que deram suas vidas por amor a Cristo. Como eles foram capazes de perseverar? Eles perseveraram porque eram sólidos na fé. Assim também será depois do Arrebatamento: aqueles que vierem à fé em Cristo perseverarão ao passarem por semelhantes perseguições, confiando no Senhor. Se a Igreja estiver “despreparada”, como os críticos do pré-tribulacionismo afirmam que acontecerá por causa do pré-tribulacionismo, será, na verdade, porque seus membros não cresceram adequadamente na fé.

É verdade que há muitíssimos crentes professos hoje, tanto pré-tribulacionistas quanto não pré-tribulacionistas, que não estão crescendo na fé como deveriam. Mas isto não acontece porque tenham uma determinada visão do momento do Arrebatamento. Em vez disso, é porque não amadureceram na fé como deveriam ter amadurecido. Vemos isto refletido por Paulo em sua primeira carta aos coríntios: “Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo.?Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?” (1Co 3.1-3). Esses crentes tinham tido tempo para superar a infância espiritual e se tornarem crentes amadurecidos, mas escolheram não crescer. Existem muitos cristãos assim na igreja de hoje. O objetivo de muitíssimas igrejas hoje é aumentar em número e entreter o rebanho, não é ver os crentes amadurecerem e se tornarem adultos na fé.

Espalhando Mitos
Lembro-me de assistir, no início dos anos 1970, a Pat Robertson em seu programa de televisão chamado “O Clube 700”. Robertson sempre foi um pós-tribulacionista fervoroso e, portanto, um anti-pré-tribulacionista militante. Assisti a um programa no qual Corrie ten Boom era a convidada. Ela juntou-se a Robertson na crítica ao pré-tribulacionismo e contou sua tão frequentemente repetida história sobre como, na China, o Arrebatamento pré-Tribulação era ensinado aos crentes e, portanto, estes não estavam adequadamente preparados quando os comunistas tomaram o poder e impuseram uma severa perseguição aos cristãos. Recentemente, um pós-tribulacionista enviou-me um e-mail com a seguinte citação, supostamente de ten Boom a respeito desse assunto: “Fracassamos. Deveríamos ter feito com que o povo ficasse mais forte para a perseguição, em vez de dizer-lhe que Jesus voltaria primeiro. Digam ao povo como ser forte em tempos de perseguição, como permanecer firme quando a tribulação vier, como perseverar e não desanimar”. Ela disse em muitas ocasiões que os cristãos chineses não estavam preparados para a perseguição que lhes sobreveio em 1949, quando os comunistas tomaram o controle da China, porque eles estavam esperando ser arrebatados. Este simplesmente não é o caso!

O trabalho missionário evangélico teve início na China no começo dos anos 1800, e estima-se comumente que houvesse cerca de 750.000 crentes na China quando os missionários foram expulsos de lá no começo dos anos 1950. Nos anos 1970, quando foi restabelecido o contato da China com o mundo exterior, diz-se que havia dezenas de milhões de chineses cristãos lá. Hoje, estima-se que haja algumas centenas de milhões. Se a Igreja na China foi derrotada por causa do pré-tribulacionismo, então como é possível que o Evangelho tenha se espalhado e se multiplicado tão tremendamente quando lá não havia missionários de fora? Seja o que for que tenha acontecido nesses vinte e cinco anos depois que os missionários partiram de lá, o que vemos não é o resultado de uma igreja derrotada, despreparada, como a Corrie ten Boom sempre afirmou.

Desta forma, é falsa a noção de que, se o pré-tribulacionismo estiver errado – e tenho certeza de que não está errado – os crentes não estarão adequadamente equipados para a perseguição que acontecerá na Tribulação. Tal visão não é verdadeira, uma vez que a habilidade para lidar com provações e tribulações está relacionada com a maturidade espiritual das pessoas, e não simplesmente por serem avisadas que terão que passar pela tribulação. Isto é demonstrado na história pelos muitos pré-tribulacionistas que têm sido capazes de permanecer fortes em meio à perseguição durante nossa atual Era da Igreja. Maranata!  (fonte Chamada ).

     
                                  O Anticristo

O anticristo é a manifestação visível e encarnada de Satanás na Terra. O ser humano criará uma imagem que será adorada por todos os povos. “Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora. Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos” (1 João 2.18-19).

O apóstolo João é o único escritor que faz uso da palavra “anticristo” na Bíblia. O versículo anterior diz o seguinte: “Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (v. 17). Portanto, neste ponto trataremos de duas coisas: aquilo que é temporal e aquilo que é eterno. Embora tenha escrito há cerca de 2000 anos atrás, João afirmou: “já é a última hora”. É preciso que tenhamos em mente que ele escrevia tais palavras por uma perspectiva espiritual. Tudo o que percebemos com nossos cinco sentidos pertence a este mundo físico, que é temporal, mas aquilo que conhecemos através das Escrituras é eterno.

O anticristo e o espírito do anticristo sabem, muito bem, que pouco tempo lhes resta; logo, é preciso que a humanidade seja levada rapidamente a se sujeitar a ele. Esse processo de sujeição não se dá por meio de armas de guerra. Pelo contrário, cumpre-se de maneira moderna e elegante de modo que as pessoas venham a se submeter voluntariamente aos desejos criados por uma mídia inspirada por Satanás.

Não precisamos culpar a mídia jornalística, a indústria do entretenimento, os liberais, os humanistas, os esquerdistas, nem qualquer outro grupo. Os magnatas da indústria do entretenimento seguem as tendências de quem assiste o que é produzido. Eles realmente apresentam aquilo que as pessoas querem ver. Nós já discutimos o papel da mídia no declínio moral das nações. Porém, não devemos desconsiderar o fato de que, por exemplo, quando a indústria do entretenimento perverte a moralidade de seus espectadores, ela só o faz porque sabe que as pessoas gostam do que assistem, criando, assim, um ciclo vicioso. A mídia exibe mais filmes e programas de televisão que contêm violência e imoralidade porque é exatamente o que mais vende, é o que as pessoas querem ver. Em todo e qualquer negócio, o mais importante é que as pessoas fiquem encantadas e obcecadas com o produto oferecido. O sucesso de uma empresa ou de um produto se baseia nesse nível de alcance e resposta do público-alvo.

Embora já esperemos esse tipo de abordagem no mundo em que vivemos, devíamos ficar absolutamente perplexos quando se constata a mesma prática na Igreja. No entanto, um “outro Jesus” tem sido apresentado na mensagem de “outro evangelho”, pelo poder de um falso espírito em muitas igrejas e através destas; o pior é que as pessoas gostam disso. O apóstolo Paulo escreveu sobre esse Jesus substituto ou impostor na sua Carta aos Coríntios: “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo [...] Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras” (2 Coríntios 11.3,13-15).

A Bendita Separação
O principal acontecimento nesse cenário do fim dos tempos é a separação daqueles que não nasceram de novo pela fé em Cristo. O apóstolo João declara que “eles saíram de nosso meio” porque “não eram dos nossos” (cf. 1 João 2.19). Essa pode ser considerada a primeira iniciativa não-ecumênica daqueles que não podiam mais se identificar com a verdadeira Igreja. Eles não foram expulsos; pelo contrário, “saíram de nosso meio”.

Sem dúvida isso aconteceu no tempo em que João escreveu tais palavras e é a razão pela qual ele fez um apelo extremamente pessoal aos “filhinhos”. Não se trata de um pronunciamento profético que se cumpriria 2000 anos mais tarde, mas já estava ocorrendo nos dias de João e naquela realidade, conforme se pode ler: “também, agora, muitos anticristos têm surgido” (v. 18).

O apóstolo João expressa seu cuidado em favor dos genuínos crentes em Cristo, os quais, pelo que parece, estavam confusos quanto à situação daqueles que tinham abandonado a comunhão. Mas estes últimos não eram, de fato, crentes em Cristo; eram, porém, o fruto enganoso do espírito do anticristo. Por esse pronunciamento das Escrituras fica claro que o espírito de separação estava presente na Igreja, o que implica que os farsantes não conseguiram permanecer, por muito mais tempo, na presença da verdade ensinada e vivida pelos genuínos crentes na Igreja.

Em Lugar de Cristo
Neste ponto talvez seja necessário explicar que o termo anticristo significa “em lugar de Cristo”. O anticristo é um substituto para o legítimo Cristo. Aqueles que nos dias do apóstolo João criam num Cristo substituto foram os primeiros anticristãos. Ainda que eles usassem o nome de Cristo, se denominassem cristãos e dessem a impressão de seguir as doutrinas da Bíblia, os tais, na verdade, nunca pertenceram a Cristo.

Quando fazemos referência à preparação para a Marca da Besta, temos de ter em mente que não se trata de um fenômeno novo. O anticristo, a Marca da Besta e as coisas de natureza apocalíptica eram tão reais nos primórdios da Igreja como o são na atualidade.

Ezequiel
Nem o anticristo, muito menos a Marca da Besta, foram, até agora, manifestos. É preciso dizer novamente que nosso desejo não é o de fazer especulações sobre a identidade do anticristo, nem sobre o tipo de tecnologia que será utilizada na implementação da Marca da Besta. Todas essas declarações referentes ao anticristo e à Marca da Besta constituem um único pacote; seu conteúdo se aplicava à Igreja nos seus primórdios e se aplica à Igreja nas últimas etapas do fim dos tempos.

O Espírito Santo Desmascara o Anticristo
Fora o que mencionamos, o apóstolo João não oferece nenhuma outra informação sobre o anticristo, exceto o que consta em 1 João 2.20: “E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento”. Essa é, obviamente, a chave que nos possibilita reconhecer e distinguir a verdade e a mentira, a luz e as trevas, Cristo e o anticristo. O Espírito Santo nos ensina todas as coisas: “Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou” (1 João 2.27). O Espírito Santo permanece em nós para sempre; temos de permanecer no ensino do Espírito Santo.

As afirmações “todos tendes conhecimento [...] e não tendes necessidade de que alguém vos ensine” (v. 20,27), talvez requeiram uma pequena explicação. Não quer dizer que nenhum de nós precise de instrução e ensino, antes, significa que o Espírito de Deus nos leva a distinguir entre a verdade e as mentiras.

João não revelou detalhes no que diz respeito ao tempo, contudo, o filho espiritual de Deus visualiza o início e a conclusão: o mesmo Espírito, a mesma doutrina e, não é surpresa nenhum, o mesmo inimigo.

Ao tratarmos da preparação para a Marca da Besta, temos de lidar com a questão de modo uniforme. Aqueles que estavam vivos na época de João e que saíram da Igreja, não receberam literalmente a Marca da Besta, todavia, em termos espirituais, eles já tinham sido marcados, porque não eram da verdade. Eles se encantaram com uma ilusão, um falso Cristo, uma imitação impostora, o anticristo.

A Advertência
Diante dos perigos do engano, a Igreja dos tempos de João e a Igreja de nossos dias deviam prestar muita atenção a esta advertência: “Permaneça em vós o que ouvistes desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis vós no Filho e no Pai. E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna. Isto que vos acabo de escrever é acerca dos que vos procuram enganar” (1 João 2.24-26).

Repare nas palavras “permaneça”, “princípio” e “permanecereis”. Temos de permanecer desde o princípio – a saber, desde o momento em que nascemos de novo da parte do Espírito Santo e nos tornamos seres eternamente vivos. Desde então, devemos permanecer na fé. Por quê? Respondo com uma palavra: engano, conforme está escrito: “acerca dos que vos procuram enganar” (v. 26). Esse é o espírito do anticristo, que estava bem vivo e ativo nos dias do apóstolo João e está bem vivo e ativo nos dias atuais.

Como é que podemos resistir ao engano? O versículo 27 responde: “Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou”. Percebemos de novo o verbo “permanecer”. O Espírito Santo permanece em nós; Ele nos ensina a distinguir entre a verdade e as mentiras, entre o genuíno e o falsificado.

Meu caro amigo, você já agradeceu ao Pai celeste pelo dom do Espírito Santo? Sem o Espírito Santo seríamos filhos deste mundo os quais não têm esperança nem futuro com Deus; estaríamos em trevas. Porém, ao permanecermos nAquele que permanece em nós, o entendimento da preciosa Palavra se torna límpido e claro; não precisamos de sinais e prodígios, nem de eventos espetaculares ou milagres. Cremos simplesmente no fato que Ele é, e isso basta.

A Espera de Jesus
Será que o apóstolo João esperava pela volta de Jesus? O versículo 28 responde: “Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda”. Observe que João se inclui nas implicações desse texto, ao dizer: “tenhamos confiança”. Ele certamente cria na iminência da volta de Jesus Cristo já naqueles dias.

Por essa razão, a esperança da Segunda Vinda de Cristo nos distingue daqueles que esperam uma vida melhor neste mundo, um tempo melhor, menos criminalidade, mais liberdade, mais justiça e muitas outras coisas que são aqui da Terra. Em outras palavras, se você não está à espera da volta de Jesus, então, já está à espera da manifestação do anticristo. Você está em processo de preparação para receber a Marca da Besta.

Quem é o Anticristo?
O anticristo é a obra-prima de Satanás. Ele é a imitação quase-perfeita de Jesus Cristo. Ele é o governante mundial ao qual as Escrituras se referem como “o filho da perdição”, “o homem da iniqüidade” (João 17.12; 2 Tessalonicenses 2.3); “o iníquo” (2 Tessalonicenses 2.8); o “rei de feroz catadura” (Daniel 8.23); além de ser um negociador brilhante que proporcionará paz ao mundo.

O livro de Daniel nos oferece uma compreensão mais clara sobre o anticristo e seu reino: “Então, ele disse: O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços” (Daniel 7.23). O termo “diferente” se repete por várias vezes nesse capítulo de Daniel. Notamos ainda que esse quarto animal não ficará restrito a apenas um lugar, pois “devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços”. Como ele conseguirá fazer isso?

“Grande é o seu poder, mas não por sua própria força; causará estupendas destruições, prosperará e fará o que lhe aprouver; destruirá os poderosos e o povo santo. Por sua astúcia nos seus empreendimentos, fará prosperar o engano, no seu coração se engrandecerá e destruirá a muitos que vivem despreocupadamente; levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes, mas será quebrado sem esforço de mãos humanas” (Daniel 8.24-25).

Repare nestas expressões: “causará estupendas destruições”; “fará prosperar o engano”; “no seu coração se engrandecerá”; “destruirá a muitos que vivem despreocupadamente”. Ele é o líder máximo deste mundo; é o retrato vivo da história de sucesso do novo mundo globalizado. Observe também as palavras “caladamente”, “intrigas”, no capítulo 11.21-24: “Depois, se levantará em seu lugar um homem vil, ao qual não tinham dado a dignidade real; mas ele virá caladamente e tomará o reino, com intrigas. As forças inundantes serão arrasadas de diante dele; serão quebrantadas, como também o príncipe da aliança. Apesar da aliança com ele, usará de engano; subirá e se tornará forte com pouca gente. Virá também caladamente aos lugares mais férteis da província e fará o que nunca fizeram seus pais, nem os pais de seus pais: repartirá entre eles a presa, os despojos e os bens; e maquinará os seus projetos contra as fortalezas, mas por certo tempo”.

A palavra “intrigas” (ou “lisonjas”) ainda ocorre nos versículos 32 e 34. O versículo 36 testifica de que ele “será próspero”.

A Bíblia não identifica o anticristo pelo seu nome, nem diz que devamos investigar sua identidade. Mas uma coisa é certa: ele será o homem mais bem sucedido na face da Terra. Os comunistas chineses, os muçulmanos árabes e o “igrejismo” mundial aclamarão o anticristo como o messias do mundo, o grande salvador, um operador de milagres e o homem mais benevolente da história.

O livro de Apocalipse acrescenta estas outras informações: “Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta; e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?” (Apocalipse 13.3-4).

O versículo 8 desse mesmo capítulo afirma: “E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra”. É bom que sejamos bastante cuidadosos em perceber que tal homem e seu sistema são globais, ou seja, não se restringem a um determinado país, povo ou etnia. Com ele, o mundo, finalmente, terá alcançado a paz e a segurança almejadas, porém conhecemos esta advertência predita na Bíblia: “Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição” (1 Tessalonicenses 5.3).

Para aqueles que continuam suas tentativas de identificar o anticristo, minha sugestão é a de que procurem um sujeito legal, uma pessoa que todos vão amar, um líder político sem igual, que promete e cumpre o que prometeu, o qual, conseqüentemente, merecerá não somente a reverência, mas, até mesmo, a adoração do mundo todo. (fonte Chamada).


                O Anticristo Será um Muçulmano?

Joel Richardson e alguns outros autores têm afirmado pela última década que o Anticristo que está por vir será muçulmano. Ele escreveu uma série de livros advogando esta visão. Sua última contribuição é The Islamic Antichrist [O Anticristo Islâmico].[1] Os seus principais argumentos baseiam-se na comparação da escatologia cristã com a islâmica, das quais ele retira uma determinada conclusão. Depois ele vai, em segundo plano, para a Bíblia em um esforço para tratar das passagens que contradizem sua conclusão. Este é um exemplo clássico de exegese de jornal em que um indivíduo vê algo acontecendo no mundo, depois vai à Bíblia e tenta fazer aquilo se encaixar no programa profético das Escrituras. Penso que Richardson e aqueles que concordam com ele estão absolutamente errados sobre esta questão, uma vez que o livro de Daniel afirma claramente que o Anticristo virá de Roma, não de uma nação islâmica.

Exegese de Jornal
Hoje, muitos mestres populares de profecias bíblicas empregam a exegese de jornal em suas análises de eventos atuais em relação às profecias. Richardson é um dos exemplos mais extremos disso em nossos dias. A abordagem adequada que todos os estudantes de profecia bíblica deveriam empregar é primeiramente estudar a Bíblia indutivamente para ver o que ela diz, não levando em consideração nenhum dos acontecimentos correntes. Deve-se primeiro verificar, a partir de uma interpretação adequada das Escrituras, o que é que o Senhor afirma sobre profecias bíblicas futuras. Uma vez que a pessoa verificou o que a Bíblia afirma, então será capaz de montar uma estrutura do plano de Deus para o futuro. Nosso Senhor não nos falou todos os detalhes; todavia, há muita informação que Ele nos forneceu. Portanto, somos capazes de construir um esboço bastante amplo sobre como será o período da Tribulação.

Assim que tiver manuseado adequadamente as Escrituras desta maneira, a pessoa pode, então, olhar os acontecimentos atuais e verificar determinadas tendências que podem estar se desenvolvendo e movimentando na direção que a Bíblia prediz. Por exemplo, a Bíblia tem dezenas de profecias sobre Israel ser uma nação em sua própria terra durante a Tribulação. Já vimos o retorno de milhões de judeus para sua terra natal e o estabelecimento da nação de Israel para acontecimentos que ocorrerão durante a Tribulação. Centenas de anos antes que isto ocorresse, muitos cristãos tomaram conhecimento, através da Bíblia, de que isso aconteceria e escreveram dezenas de livros explicando tal visão. Isto não seria exegese de jornal. Entretanto, Richardson teve a idéia de um Anticristo muçulmano lendo primeiro as notícias dos eventos atuais e passou a especular sobre sua idéia. Esta é uma abordagem errada à profecia bíblica.

A Falsa Visão de Richardson
Richardson acredita que há muitas semelhanças entre a escatologia cristã e a escatologia islâmica. Deve haver mesmo algumas semelhanças, pois muitas das crenças do islamismo se desenvolveram a partir de fontes cristãs e judaicas. Na época em que Maomé viveu, 50% dos habitantes da Arábia eram cristãos. Havia também uma forte presença de judeus na Arábia; sendo que os cristãos e judeus eram praticamente os únicos habitantes alfabetizados. Diz-se que um escriba judeu foi quem fez os principais registros do Corão. Além disso, o Hadith, que é uma coleção de cerca de 400.000 ditados, supostamente expressos por Maomé e escritos durante um período de mais de 200 anos depois de Maomé, contém muitas visões contraditórias sobre o futuro. Portanto, não surpreende que algumas idéias cristãs e judaicas tenham sido tomadas emprestado e trazidas para dentro do islamismo.

Dave Reagan, em uma palestra feita em uma Conferência de Grupos de Estudo Sobre Pré-Tribulacionismo, observou:

De acordo com o cenário do final dos tempos de Richardson, o Mahdi e o Jesus muçulmano (o Falso Profeta) unirão todo o mundo islâmico, reavivando o Império Otomano. Eles conquistarão Israel e estabelecerão o quartel-general de um Califado em Jerusalém. Seu governo chegará ao fim com a batalha de Gogue e Magogue, que está retratada em Ezequiel 38 e 39, e que acontecerá no final da Tribulação, quando o Senhor Jesus Cristo retornar. E, novamente, quando Jesus retornar, o mundo islâmico verá o verdadeiro Jesus como o Daijal, ou o Anticristo islâmico. Um problema evidente com este cenário é que a escatologia islâmica afirma que o Daijal, o Anticristo, virá primeiro, e seu surgimento será o sinal de que o Mahdi está para chegar. O cenário de Richardson coloca o aparecimento do Daijal islâmico no final da Tribulação, em vez de ser no início. Portanto, pergunto: Se alguém entra em cena afirmando ser o Mahdi antes do surgimento do Daijal, por que esse alguém seria aceito pelos muçulmanos?[2]

Sete Cartas
O Anticristo Será Romano
Na passagem das 70 semanas de Daniel, Gabriel diz a Daniel que o Anticristo virá do mesmo povo que destruiria Jerusalém e o Templo, o que aconteceu no ano 70 d.C. Todos concordam que foram os romanos que realizaram essa destruição. A passagem se refere ao “príncipe que há de vir” (Dn 9.26). “Ele”, no versículo 27, se refere também ao “príncipe que há de vir” e é uma referência ao futuro Anticristo durante a Tribulação. Assim, esta passagem diz claramente que o Anticristo virá do Império Romano reavivado.

“Depois de sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim virá num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas. Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele” (Dn 9.26-27).

 Alto-relevo no Arco de Tito, em Roma: Cena do desfile com os despojos do templo judaico destruído em 70 d.C.

Daniel 7 fala da quarta besta (Dn 7.7), que é Roma. Isto se confirma no livro do Apocalipse, que fala sobre os mesmos impérios e diz:

“As sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco. E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição” (Ap 17.9-11). Os sete montes não se referem a Roma, pois o versículo seguinte diz tratar-se de sete reis. A quem eles se referem? Trata-se dos sete reis na história que perseguiram o povo judeu. O primeiro é o Egito, que escravizou Israel. O segundo são aos assírios, que levaram o Reino do Norte ao cativeiro. O livro de Daniel fala sobre o terceiro rei, que foi Nabucodonosor [Império Babilônio], que escravizou o Reino do Sul. O número quatro é o Império Medo-Persa, durante o qual ocorreu o que está relatado no livro de Ester e o povo judeu foi libertado. O quinto se refere aos gregos, à sua tentativa de helenizar os judeus e a perseguição que ocorreu no reinado de Antíoco Epifânio. O sexto se refere a Roma e à destruição de Jerusalém e do Templo sob o domínio do governo romano. Este é o império sobre o qual Apocalipse 17.10 diz “um existe”, uma vez que o Apocalipse foi escrito durante o tempo do Império Romano. Assim, o sétimo rei se refere ao Anticristo, que surgirá do Império Romano reavivado no futuro. O sétimo rei se refere ao Anticristo na primeira metade da Tribulação, enquanto que o oitavo é o Anticristo que foi morto no meio da Tribulação, depois é ressuscitado e provavelmente habitado pelo próprio Satanás.

O islamismo só foi fundado no Século VII d.C.; por isso, não pode fazer parte do Império Romano reavivado, especialmente porque Roma jamais fez parte do islamismo. Não há uma maneira pela qual Richardson consiga torcer a história o suficiente para tentar encaixar, mesmo que de modo espremido, suas idéias desviantes a ponto de incluir o islamismo nessa estrutura bíblica do passado ou do futuro. A Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, apóia a noção de que o Anticristo virá de alguma reforma do Império Romano. A atual União Européia (UE) também não é o cumprimento dessas profecias. Pode ser que a UE esteja estabelecendo o palco ou preparando o caminho para um futuro cumprimento de alguma forma do Império Romano reavivado.

Conclusão
Há muitas outras razões pelas quais o Anticristo não será um muçulmano, mas deverá ser do Império Romano reavivado. O espaço não me permite examinar tais razões aqui. Richardson também tenta dizer que Gogue, em Ezequiel 38 e 39, é o Anticristo que vem da atual Turquia. Ele também coloca o tempo desse acontecimento na Segunda Vinda. Esta visão é, da mesma forma, impossível porque a profecia diz que Gogue vem do lado do Norte (Ez 38.6). As mais distantes partes que estão ao norte de Israel só podem se referir à Rússia. O Anticristo certamente não virá da Rússia. Quando se estudam as passagens que falam sobre o lugar de onde virá o Anticristo, nos livros de Daniel e do Apocalipse, não há nada que defenda a falsa noção de que ele será islâmico. O islamismo não existia quando a Bíblia foi escrita, portanto, não é mencionado por ela. Parece que não há nada na Bíblia que antecipe especificamente o surgimento do islamismo. Como não há base bíblica para tal visão, então não importa o que alguém possa pensar sobre os acontecimentos atuais ou para onde as tendências parecem pender em relação ao islamismo, essa visão não é absolutamente mencionada na profecia bíblica e, especialmente, a Bíblia não menciona um Anticristo islâmico. Os muçulmanos serão como o restante do mundo incrédulo, que seguirá após o Anticristo romano reavivado, a menos que eles venham a confiar em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador durante os anos da Tribulação. Maranata! (Thomas Ice - Pre-Trib Perspectives - Chamada.com.br)

Notas:
Joel Richardson, (Washington, D.C.: World Net Daily Books, 2015).
Dave Reagan, “An Evaluation of the Muslim Antichrist Theory” (Uma Avaliação da Teoria do Anticristo Muçulmano),  Este trabalho é uma excelente refutação da visão do Anticristo islâmico que eu recomendo sinceramente, exceto por seus comentários no final a respeito do Salmo 83.



                                      A Marca da Besta

Dentre todos os tópicos da Bíblia, talvez a marca da besta seja o que mais tem suscitado especulações e argumentações ridículas e bombásticas. Cristãos e não-cristãos debatem o significado de seu valor numérico. Mas o que diz, realmente, o texto bíblico?

O Número 666: Marca Registrada da Tribulação?
A questão central da Tribulação é: Quem tem o direito de governar, Deus ou Satanás?Deus vai provar que é Ele quem tem esse direito. Pela primeira e única vez na história, as pessoas terão uma data limite para aceitarem o Evangelho. Por enquanto, todos podem aceitar ou rejeitar essa mensagem em diferentes momentos da vida; alguns o fazem na infância, outros no início da fase adulta, outros na meia-idade, e alguns até na velhice. Mas, quando vier a Tribulação, as pessoas terão que tomar essa decisão de forma imediata ou compulsória por causa da marca da besta, de modo que toda a humanidade será deliberadamente dividida em dois segmentos. O elemento polarizador será precisamente a marca da besta.

A Bíblia ensina que o líder da campanha em defesa da marca da besta será o falso profeta, que está ligado à falsa religião (Ap 13.11-18). Apocalipse 13.15 deixa claro que o ponto-chave em tudo isso é adorar "a imagem da besta". A marca da besta é simplesmente um meio de forçar as pessoas a declararem do lado de quem estão: do Anticristo ou de Jesus Cristo. Todos terão que escolher um dos lados. Será impossível manter uma posição neutra ou ficar indeciso com relação a esse assunto. A Escritura é muito clara ao afirmar que os que não aceitarem a marca serão mortos.

Toda a humanidade será forçada a escolher um dos lados: "...todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos" (Ap 13.16). O Dr. Robert Thomas comenta que essa construção retórica "abrange todas as pessoas, de todas as classes sociais, [...] ordenadas segundo sua condição financeira, [...] abrangendo todas as categorias culturais [...]. As três expressões são um recurso estilístico que traduz universalidade".[1] A Escritura é muito específica. O falso profeta vai exigir uma "marca" em sinal de lealdade e devoção à besta, e essa marca será "sobre a mão direita" – não a esquerda – "ou sobre a fronte" (Ap 13.16).

A palavra "marca" aparece em muitas passagens da Bíblia. Por exemplo, ela é usada várias vezes em Levítico, referindo-se a um sinal que torna o indivíduo cerimonialmente impuro, e está geralmente relacionada à lepra. É interessante notar que o modo como Ezequiel 9.4 usa a idéia de "marca" é semelhante ao de Apocalipse: "E lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela". Nessa passagem, o sinal serve para preservação, assim como o sangue espalhado nas ombreiras das portas livrou os hebreus durante a passagem do anjo da morte, como relata o Livro do Êxodo. Em Ezequiel, a marca é colocada na fronte, semelhantemente à do Apocalipse. Todas as sete ocorrências da palavra "marca" ou "sinal" (gr. charagma) no Novo Testamento em grego, encontram-se no Livro do Apocalipse, e todas se referem à "marca da besta" (Ap 13.16,17; 14.9,11; 16.2; 19.20; 20.4). O Dr. Thomas explica o significado desse termo na Antigüidade:

A marca deve ser algum tipo de tatuagem ou estigma, semelhante às que recebiam os soldados, escravos e devotos dos templos na época de João. Na Ásia Menor, os seguidores das religiões pagãs tinham prazer em exibir essas tatuagens para mostrar que serviam a um determinado deus. No Egito, Ptolomeu IV Filopátor (221-203 a.C.) marcava com o desenho de uma folha de trevo os judeus que se submetiam ao cadastramento, simbolizando a servidão ao deus Dionísio (cf. 3 Macabeus 2.29). Esse significado lembra a antiga prática de usar marcas para tornar pública a fé religiosa do seu portador (cf. Isaías 44.5), e também a prática de marcar os escravos a fogo com o nome ou símbolo de seu proprietário (cf. Gl 6.17). O termo charagma ("marca") também era usado para designar as imagens ou nomes dos imperadores, cunhadas nas moedas romanas e, portanto, poderia muito bem aplicar-se ao emblema da besta colocado sobre as pessoas.[2]

Alguns se perguntam por que foi usado um termo tão específico para designar a marca do Anticristo. Essa marca parece ser uma paródia do plano de Deus, principalmente no que se refere aos 144.000 "selados" de Apocalipse 7. O selo de Deus sobre Suas testemunhas muito provavelmente é invisível e tem o propósito de protegê-las do Anticristo. Por outro lado, o Anticristo oferece proteção contra a ira de Deus – uma promessa que ele não tem condições de cumprir – e sua marca é visível e externa. Como os que receberem a marca da besta o farão voluntariamente, é de supor que as pessoas sentirão um certo orgulho de terem, em essência, a Satanás como seu dono. O Dr. Thomas afirma: "A marca será visível e identificará todos os que se sujeitarem à besta".[3]

Uma Identificação Traiçoeira
Além de servir como indicador visível da devoção ao Anticristo, a marca será a identificação obrigatória em qualquer transação comercial na última metade da Tribulação (Ap 13.17). Este sempre foi o sonho de todos os tiranos da história – exercer um controle tão absoluto sobre seus vassalos a ponto de decidir quem pode comprar e quem pode vender. O historiador Sir William Ramsay comenta que Domiciano, imperador romano no primeiro século, "levou a teoria da divindade Imperial ao extremo e encorajou ao máximo a ‘delação’; [...] de modo que, de uma forma ou de outra, cada habitante das províncias da Ásia precisava demonstrar sua lealdade de modo claro e visível, ou então era imediatamente denunciado e ficava impossibilitado de participar da vida social e de exercer seu ofício".[4] No futuro, o Anticristo aperfeiçoará esse sistema com o auxílio da moderna tecnologia.

Ao longo da história, muitos têm tentado marcar certos grupos de pessoas para o extermínio, mas sempre houve alguns que conseguiram achar um meio de escapar. Porém, à medida que a tecnologia avança, parece haver uma possibilidade cada vez maior de bloquear praticamente todas as saídas. Essa hipótese é reforçada pelo emprego da palavra grega dunétai – "possa" (Ap 13.17), que é usada para transmitir a idéia do que "pode" ou "não pode" ser feito. O Anticristo não permitirá que alguém compre ou venda se não tiver a marca, e o que possibilitará a implantação desta política será o fato da sociedade do futuro não usar mais o dinheiro vivo como meio de troca. O controle da economia, ao nível individual, através da marca, encaixa-se perfeitamente no que a Bíblia diz a respeito do controle do comércio global pelo Anticristo, delineado em Apocalipse 17 e 18.

A segunda metade de Apocalipse 13.17 descreve a marca como "o nome da besta ou o número do seu nome". Isso significa que "o número do nome da besta é absolutamente equivalente ao nome, [...]. Essa equivalência indica que, como nome, ele é escrito com letras; mas, como número, é o análogo do nome escrito com algarismos".[5] O nome do Anticristo será expresso numericamente como "666".

Calculando o Número
Nesse ponto da profecia (Ap 13.18), o apóstolo João interrompe momentaneamente a narrativa da visão profética e passa a ensinar a seus leitores a maneira correta de interpretar o que havia dito. Uma leitura do Apocalipse demonstra claramente que os maus não entenderão o significado, porque rejeitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Por outro lado, os demais que estiverem atravessando a Tribulação receberão sabedoria e entendimento para que possam discernir quem é o Anticristo e recusar a sua marca. A Bíblia deixa claro que aqueles que receberem a marca da besta não poderão ser salvos (Ap 14.9-11; 16.2; 19.20; 20.4) e passarão a eternidade no lago de fogo. O fato de João usar essa passagem crucial para transmitir sabedoria e entendimento aos crentes, com relação a um assunto de conseqüências eternas, mostra que Deus proverá o conhecimento necessário para que o Seu povo possa segui-lO fielmente.

Mas o que essa sabedoria e esse conhecimento permitem que os crentes façam? A passagem diz que podemos "calcular". Calcular o quê? Podemos calcular o número da besta.

O principal propósito de alertar os crentes sobre a marca é permitir que eles saibam que, quando em forma de número, o "nome" da besta será 666. Assim, os crentes que estiverem passando pela Tribulação, quando lhes for sugerido que recebam o número 666 na fronte ou na mão direita, deverão rejeitá-lo, mesmo que isso signifique a morte. Outra conclusão que podemos tirar é que qualquer marca ou dispositivo oferecido antes dessa época não é a marca da besta que deve ser evitada.

Portanto, não há motivo para os cristãos de hoje encararem o número 666 de forma supersticiosa. Se o nosso endereço, número de telefone ou código postal incluem esse número, não precisamos ter medo de que algum poder satânico ou místico nos atingirá. Por outro lado, temos que reconhecer que muitos ocultistas e satanistas são atraídos por esse número por sua conexão com a futura manifestação do mal. Porém, o número em si não tem poderes sobrenaturais. Quando um crente acredita nisso, já caiu na armadilha da superstição. A Bíblia ensina que não há nenhum motivo para atribuir poderes místicos ao número 666.

A Carroça na Frente dos Bois
Muitos têm tentado descobrir a identidade do Anticristo através de cálculos numéricos. Isso é pura perda de tempo. A lista telefônica está cheia de nomes que poderiam ser a solução do enigma, mas a sabedoria para "calcular" o nome não é para ser aplicada agora, pois isso seria colocar a carroça adiante dos bois. Esse conhecimento é para ser usado pelos crentes durante a Tribulação.

Em 2 Tessalonicenses 2, Paulo ensina que, durante a presente era da Igreja, o Anticristo está sendo detido. Ele será "revelado somente em ocasião própria" (v.6). Ao escolher a palavra "revelado", o Espírito Santo quis indicar que a identidade do Anticristo estará oculta até a hora de sua revelação, que ocorrerá em algum momento após o Arrebatamento da Igreja. Portanto, não é possível saber quem é o Anticristo antes da "ocasião própria". O Apocalipse deixa bem claro que os crentes saberão na hora certa quem é o Anticristo.

Encontro da Igreja
Como apontamos acima, o Apocalipse não deixa dúvida de que durante a Tribulação todos os crentes saberão que receber a marca da besta será o mesmo que rejeitar a Cristo. Durante a Tribulação, todos os cristãos terão plena consciência disso onde quer que estejam. Nenhuma das hipóteses levantadas no passado, ou que venham a ser propostas antes da Tribulação, merece crédito.

Apocalipse 13.17-18 diz claramente que o número 666 será a marca que as pessoas terão que usar na fronte ou na mão direita. Em toda a história, ninguém jamais propôs a utilização desse número em condições semelhantes às da Tribulação, de modo que todas as hipóteses já levantadas a respeito da identidade do Anticristo podem ser descartadas.

O mais importante nessa passagem é que podemos nos alegrar em saber que a identificação do futuro falso Cristo ainda não é possível, mas o será quando ele ascender ao trono. Com certeza, aquele a quem o número 666 se aplica é alguém que pertence a uma época posterior ao período em que João viveu, pois ele deixa claro que alguém iria reconhecer esse número. Se nem a geração de João nem a seguinte foi capaz de discerni-lo, isso significa que a geração que poderá identificar o Anticristo forçosamente estava (e ainda está) no futuro. No passado, houve várias figuras políticas que tipificaram características e ações desse futuro personagem, mas nenhum dos anticristos anteriores se encaixa perfeitamente no retrato e no contexto do Anticristo do final dos tempos.[6]

A Relação entre Tecnologia e a Marca da Besta
Muitos têm feito as mais variadas hipóteses sobre a marca da besta. Alguns dizem que ela será como o código de barras utilizado para identificação universal de produtos. Outros imaginam que seja um chip implantado sob a pele, ou uma marca invisível que possa ser lida por um scanner. Contudo, essas conjeturas não estão de acordo com o que a Bíblia diz.

A marca da besta – 666 – não é a tecnologia do dinheiro virtual nem um dispositivo de biometria. A Bíblia afirma de forma precisa que ela será:

a marca do Anticristo, identificada com sua pessoa
o número 666, não uma representação
uma marca, como uma tatuagem
visível a olho nu
sobre a pele, e não dentro da pele
facilmente reconhecível, e não duvidosa
recebida de forma voluntária; portanto, as pessoas não serão ludibriadas para recebê-la involuntariamente
usada após o Arrebatamento, e não antes
usada na segunda metade da Tribulação
necessária para comprar e vender
recebida universalmente por todos os não-cristãos, mas rejeitada pelos cristãos
uma demonstração de adoração e lealdade ao Anticristo
promovida pelo falso profeta
uma opção que selará o destino de todos os que a receberem, levando-os ao castigo eterno no lago de fogo.
Talvez na história ou na Bíblia nenhum outro número tenha atraído tanto a atenção de cristãos e não-cristãos quanto o "666". Até mesmo os que ignoram totalmente os planos de Deus para o futuro, conforme a revelação bíblica, sabem que esse número tem um significado importante. Escritores religiosos ou seculares, cineastas, artistas e críticos de arte fazem menção, exibem ou discorrem a respeito dele. Ele tem sido usado e abusado por evangélicos e por membros de todos os credos, tendo sido objeto de muita especulação inútil. Freqüentemente, pessoas que se dedicam com sinceridade ao estudo da profecia bíblica associam esse número à tecnologia disponível em sua época, com o intuito de demonstrar a relevância de sua interpretação. Mas, fazer isso é colocar "a carroça na frente dos bois", pois a profecia e a Bíblia não ganham credibilidade ou legitimidade em função da cultura ou da tecnologia.

Conclusão
O fato da sociedade do futuro não utilizar mais o dinheiro vivo será usado pelo Anticristo. Entretanto, seja qual for o meio de troca substituto, ele não será a marca do 666. A tecnologia disponível na época da ascensão do Anticristo será aplicada com propósitos malignos. Ela será empregada, juntamente com a marca, para controlar o comércio (como afirma Apocalipse 13.17). Sendo assim, é possível que se usem implantes de chips, tecnologias de escaneamento de imagens e biometria para implementar a sociedade amonetária do Anticristo, como um meio de implantar a política que impedirá qualquer pessoa de comprar ou vender se não tiver a marca da besta. O avanço da tecnologia é mais um dos aspectos que mostram que o cenário para a ascensão do Anticristo está sendo preparado. Maranata!(notasRobert L. Thomas, Revelation 8-22: An Exegetical Commentary (Chicago: Moody Press, 1995), pp. 179-80.
Thomas, Revelation 8-22, p. 181.
Thomas, Revelation 8-22, p. 181.
Sir William Ramsay, The Letters to the Seven Churches (New York: A. C. Armstrong & Son, 1904), p. 107.
Thomas, Revelation 8-22, p. 182.
Thomas, Revelation 8-22, p. 185.



                          A Verdade Sobre Armagedom

No decorrer da história inúmeras batalhas, campanhas e guerras foram travadas por toda a terra. Algumas foram limitadas em abrangência, outras foram globais. Exércitos lutaram por causa de terra e líderes, amor e lealdade, por causas que foram justas e, na maioria das vezes, injustas. A dor, o sofrimento e a morte causados por estes conflitos e pelos que vivenciamos hoje não podem ser calculados.

A Bíblia nos diz que o futuro também será cheio de guerras. Existe um grande conflito profético que tem chamado a atenção de crentes e incrédulos no decorrer dos séculos – Armagedom. Esta batalha é profetizada como o acontecimento mais catastrófico e devastador da história humana. Quer as pessoas acreditem que acontecerá ou não, elas logo se identificam com a magnitude do seu simbolismo. Isso é comentado direta e indiretamente na literatura, no cinema, na propaganda, nos debates políticos, sermões e comentários culturais. Parece que todo mundo tem alguma noção ou idéia a respeito. Algumas das idéias são bíblicas, muitas não.

Só há um lugar onde se pode encontrar informações precisas sobre Armagedom – a Bíblia. Nas suas páginas proféticas lemos não só sobre Armagedom, mas também sobre os eventos que antecedem e seguem essa guerra final da história humana. Apesar de não termos todos os detalhes de Armagedom, recebemos um panorama geral dos planos de Deus para o futuro.

Por que a Bíblia fala de Armagedom? Porque essa batalha afirma a soberania de Deus sobre a história e nos lembra que há um propósito e plano divino que não será frustrado. Um dia Deus acertará todas as contas, julgará todo mal e estabelecerá um reino universal de justiça. A esperança dos crentes no decorrer dos séculos será realizada com a Segunda Vinda de Jesus Cristo e a derrota daqueles que se opuseram a Ele em Armagedom. É por causa dessa esperança que estudamos as profecias, esperando o cumprimento das promessas de Deus.

O Que a Bíblia Diz Sobre Armagedom?
Lemos sobre Armagedom em Daniel 11.40-45; Joel 3.9-17; Zacarias 14.1-3; Apocalipse 16.14-16. Essa grande batalha acontecerá nos últimos dias da Tribulação. João nos fala que os reis do mundo se reunirão "...para a peleja do grande dia do Deus Todo-Poderoso. ...no lugar que em hebraico se chama Armagedom" (Apocalipse 16.14,16). O local da reunião dos exércitos é a planície de Esdraelom, ao redor da colina chamada Megido, que fica no norte de Israel, a cerca de 32 quilômetros a sudeste de Haifa.

Segundo a Bíblia, grandes exércitos do Oriente e do Ocidente se reunirão nessa planície. O Anticristo reagirá a ameaças ao seu poder provenientes do sul. Ele também tentará destruir a Babilônia restabelecida no leste antes de finalmente voltar suas forças contra Jerusalém. (Durante centenas de anos a Babilônia, localizada no atual Iraque, foi uma das cidades mais importantes do mundo. Segundo Apocalipse 14.8; 16.9; e 17-18, ela será reconstruída novamente nos últimos dias como uma cidade religiosa, social, política e economicamente poderosa). Enquanto o Anticristo e seus exércitos atacarem Jerusalém, Deus intervirá e Jesus Cristo voltará. O Senhor destruirá os exércitos, capturará o Anticristo e o Falso Profeta e os lançará no lago de fogo (Apocalipse 19.11-21).

Nova Chamada
Quando o Senhor voltar, o poder e o governo do Anticristo terminarão. O Dr. Charles Dyer escreve sobre esse evento:

Daniel, Joel, Zacarias identificam Jerusalém como o local onde a batalha final entre o Anticristo e Cristo acontecerá. Todos os três prevêem que Deus intervirá na história para salvar Seu povo e destruir o exército do Anticristo em Jerusalém. Zacarias prevê que a batalha terminará quando o Messias voltar à terra e Seus pés tocarem o Monte das Oliveiras. Essa batalha termina com a Segunda Vinda de Jesus à terra... A batalha termina antes mesmo de começar.*

A batalha de Armagedom – na verdade em Jerusalém – será o combate mais anticlimático da história. À medida em que João descreve os exércitos reunidos de ambos os lados, esperamos testemunhar um conflito épico entre o bem e o mal. Mas não importa quão poderoso alguém seja na terra, tal indivíduo não é páreo para o poder de Deus.

O conflito de Armagedom será uma batalha real?
A profecia de Armagedom não é uma alegoria literária ou um mito. Armagedom será um evento real de proporções trágicas para aqueles que desafiam a Deus. Será uma reunião de forças militares reais no Oriente Médio, numa das terras mais disputadas de todos os tempos – uma terra que nunca conheceu paz duradoura. Armagedom será também uma batalha espiritual entre as forças do bem e as do mal. Ela terá o seu desfecho com a intervenção divina e o retorno de Jesus Cristo. (Thomas Ice e Timothy Demy)

Nota
* Chambers, Joseph. A Palace for the Antichrist: Saddam Hussein’s Drive to Rebuild Babylon and Its Place in Bible Prophecy. Green Forest, AR: New Leaf Press, 1996.


           Estamos Vivendo no Fim dos Tempos?

Nunca antes, no longínquo passado da História da Humanidade, houve uma época que de fato correspondesse ao que a Bíblia descreve como o “fim dos tempos”. Naturalmente, periodicamente houve épocas nas quais entusiastas e enganados afirmavam que o fim dos tempos havia chegado. No entanto, em nenhuma daquelas épocas foi possível comprovar, com seriedade, que as profecias acerca do fim dos tempos das Escrituras Sagradas haviam se cumprido. Os argumentos eram fracos e inconsistentes! Eles nunca corresponderam ao diagnóstico das afirmações bíblicas sobre o fim dos tempos.
Catástrofes e guerras já existiram desde sempre. Esses acontecimentos, por si próprios, não servem de provas para o fim dos tempos. De acordo com a Bíblia, o fim dos tempos é caracterizado basicamente pelo retorno dos judeus de sua diáspora mundial à terra de seus antepassados e pela fundação do novo Estado de Israel, após uma interrupção de quase 2.000 anos. Qualquer catástrofe ou guerra basicamente não poderia ter relação com o fim dos tempos enquanto não coincidisse com o retorno dos judeus e com os demais inúmeros eventos anunciados para tanto na Bíblia.

O vínculo dos acontecimentos entre si é de grande importância! Quando de fato ocorrem vários eventos específicos que, de acordo com a profecia deveriam acontecer à mesma época, então, sob a ótica de um cálculo matemático de probabilidades, um cumprimento ao acaso pode ser totalmente descartado!

O que dizer sobre o tema “fim dos tempos” nos dias de hoje? Há inúmeros pregadores da Bíblia ao redor do mundo enfatizando que, presentemente, estamos vivendo no fim dos tempos. A questão que se faz é: Será de fato possível comprovar isso de modo racional, de maneira que outros possam verificá-lo logicamente? Ou se trata de repetições de fantasias muito frequentes em outras épocas?

Podemos considerar isso claramente: a nossa época – refiro-me especialmente ao período de 1882 até hoje – é singular nesse aspecto! Sim, há comprovações palpáveis de que nossa época corresponde ao que a Bíblia descreve como a época da volta de Jesus Cristo! Ninguém, até hoje, conseguiu objetivamente contestar os argumentos para o fim dos tempos como são apresentados aqui.

No livro Estamos Vivendo no Fim dos Tempos? tratamos de mais de 175 profecias bíblicas que se referem ao “fim dos tempos”. Essas predições comprovadamente se cumpriram na nossa era da História mundial, isto é, no período desde o início da primeira onda de imigração judaica moderna para a terra de seus antepassados (1882) até hoje. Com isso pode ser fornecida a prova clara de que realmente estamos vivendo no “fim dos tempos”! Como já mencionamos, guerras cruéis e catástrofes terríveis, por si só, não são nenhuma alusão ao fim dos tempos. Se, no entanto, estiverem vinculados ao cumprimento de inúmeras profecias muito precisas sobre outros acontecimentos específicos do fim dos tempos, então essa situação naturalmente sofre uma mudança radical!

Pretendo, a seguir, mostrar que a época em que vivemos hoje corresponde exatamente àquilo que os antigos profetas bíblicos descreveram em suas previsões como o “fim dos tempos”. Com isso chegamos obrigatoriamente à conclusão: Jesus Cristo voltará em breve!

Essas mais de 175 profecias cumpridas sobre o fim dos tempos nos ajudam a avaliar os sinais dos tempos clara e objetivamente (ver Mt 16.1-3; Lc 12.54-56).
Qual é o significado de “fim dos tempos”?
Antes da falarmos detalhadamente sobre o fim dos tempos, deveríamos entender claramente o que a expressão bíblica “fim dos tempos” de fato significa.Essa expressão é encontrada na forma de inúmeros sinônimos na Bíblia. A seguir, coloco uma seleção deles:

Ezequiel 38.8: “fim dos anos”
Daniel 8.17: “ao tempo do fim” [1]
Daniel 8.19: “último tempo da ira”
Daniel 12.13: “fim”
Oséias 3.5: “últimos dias”
Joel 3.1: “naqueles dias e naquele tempo”
Isaías 19.18: “ Naquele dia” [2]
Jeremias 30.3: “eis que vêm dias”
Jeremias 3.17: “naquele tempo”
Ezequiel 35.5: “tempo da calamidade e do castigo final” [3]
Mateus 24.3: “consumação do século”
2 Timóteo 3.1: “últimos dias”
1 João 2.18: “a última hora”
Judas 18: “último tempo”
Quando estudamos os capítulos da Bíblia que tratam do tema “fim dos tempos”, constatamos – talvez com admiração – que, ao contrário da imaginação popular, não se trata de um iminente “fim do mundo”. O conceito bíblico “fim dos tempos” indica, mera e simplesmente, uma época em que o Messias deve vir e, principalmente, quando ele aparecerá como o “Rei dos Reis”, para governar a Terra em paz e justiça (ver Ap 19.11-20.11). [4]

O Messias sofredor e o Messias soberano
Agora utilizei uma palavra-chave importante e central da Profecia bíblica: “o Messias”. Quem é o Messias? No Antigo Testamento, nos escritos bíblicos originados no período entre 1606 até próx. a 420 a.C.,[5] foi anunciada a vinda de um Redentor para Israel e também para todos os povos do mundo. Nesse contexto, devemos observar esse fato importante: Os profetas hebreus falaram sobre o Messias de duas maneiras bem diferentes.Muitas passagens do Antigo Testamento tratam do “Messias sofredor” que deveria vir para resolver o problema de nossa culpa diante de Deus, ao morrer como sacrifício em nosso lugar, o Justo morrendo por nós, os injustos, para nos conduzir a Deus (comparar Is 53, Sl 22, Dn 9.25).

Por outro lado, os profetas apresentam um quadro de um “Messias soberano” aos nossos olhos. Ele virá para ser o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores e estabelecer um reino mundial de paz e justiça aqui na Terra (ver Is 11, Dn 7.13-14,18,22,27, Zc 14).

Como conseguimos unificar essas duas representações tão diferentes entre si? Muito simples! Essas duas descrições diferenciadas tratam de duas aparições distintas do mesmo Messias. Primeiramente Ele deveria vir para solucionar o problema de nossa culpa pessoal, através do Seu sacrifício na cruz. O Messias virá pela segunda vez, no futuro, para eliminar todos os problemas políticos, sociais e econômicos do mundo.Há uma significativa chave de interpretação que poderá ajudar a distinguir as duas fases diferentes da vinda do Messias: os profetas afirmaram que o “Messias sofredor” seria rejeitado por Seu povo. Por essa rejeição, o povo judeu seria arrancado da terra de Israel e seria espalhado entre as nações do mundo. Vinculado à vinda do “Messias soberano”, os profetas predisseram que, na época imediatamente anterior, o povo judeu seria conduzido de volta à terra de seus pais, desde a dispersão entre os povos do mundo.
No período após a primeira Vinda do Messias, o povo judeu seria espalhado através do mundo. No período antes da segunda Vinda do Messias, pelo contrário, o povo judeu seria conduzido de volta à terra de seus antepassados, trazidos de todo o mundo.

Consequências da rejeição ao Messias
Com a Sua vinda, há mais de 2.000 anos, Jesus Cristo cumpriu a profecia a respeito do “Messias sofredor”. Assim, temos condições de provar[6] que Jesus Cristo é o Messias. No passado, já se cumpriram mais de 300 profecias referentes ao Redentor prometido![7]A consequência da rejeição ao Messias, pela maioria do Seu próprio povo, seria uma catástrofe nacional. Foi o que previram os profetas do Antigo Testamento. Pretendo mostrar essa correlação diretamente no texto bíblico de tal maneira que cada leitor possa compreender esse fato. É possível fazê-lo claramente, por exemplo, à luz de Isaías 8.14-15:9

“14 Ele [o Messias] ...será pedra de tropeço
e rocha de ofensa...,
laço e armadilha aos moradores de Jerusalém.
15 Muitos dentre eles tropeçarão e cairão,
serão quebrantados, enlaçados e presos”

A maioria do povo judeu rejeitou a Jesus de Nazaré, o Messias. Eles O consideravam uma pedra de tropeço. No ano 70 d.C. – poucos anos após a crucificação de Jesus – os romanos moveram uma guerra cruel e sangrenta durante a qual destruíram Jerusalém, a capital dos judeus, juntamente com o maravilhoso Templo, no Monte de Sião. Com isso os judeus encerraram as solenidades de sacrifícios. Após as duas revoltas dos judeus contra Roma terem sido dominadas (66-73 e 132-135 d.C.), aconteceu o colapso definitivo do antigo Estado judeu. A maravilhosa terra de Israel, na qual manava leite e mel (Dt 6.3), degradou, durante um processo que durou vários séculos, tornando-se um horrível deserto. Essa evolução alcançou o seu ápice no Século 19. O povo judeu, durante um período igualmente de vários séculos, foi espalhado pelos cinco continentes do mundo. Durante dois milênios, os judeus foram odiados, rejeitados, caluniados, proscritos, perseguidos e assassinados. O saldo a lamentar por esse povo sofrido, desde o ano 70 d.C. até o Século 20, abrange em torno de 13 milhões de mortos. Moisés já havia profetizado essa situação, com absoluta precisão, por volta de 1606 a.C. Através dele, Deus havia anunciado (Lv 26.31-33):

“31 Reduzirei as vossas cidades a deserto, e assolarei os vossos santuários, e não aspirarei o vosso aroma agradável. 32 Assolarei a terra, e se espantarão disso os vossos inimigos que nela morarem. 33 Espalhar-vos-ei por entre as nações e desembainharei a espada atrás de vós; a vossa terra será assolada, e as vossas cidades serão desertas”.

Por volta de 1566 a.C., em seu discurso de despedida, Moisés profetizou:“64 O Senhor vos espalhará entre todos os povos, de uma até à outra extremidade da terra. Servirás ali a outros deuses que não conheceste, nem tu, nem teus pais; servirás à madeira e à pedra. 65 Nem ainda entre estas nações descansarás, nem a planta de teu pé terá repouso, porquanto o Senhor ali te dará coração tremente, olhos mortiços e desmaio de alma. 66 A tua vida estará suspensa como por um fio diante de ti; terás pavor de noite e de dia e não crerás na tua vida. 67 Pela manhã dirás: Ah! Quem me dera ver a noite! E, à noitinha, dirás: Ah! Quem me dera ver a manhã! Isso pelo pavor que sentirás no coração e pelo espetáculo que terás diante dos olhos” (Dt 28.64-67).

A grande chance para os povos não judeus
Qual é o significado desse longo período entre a primeira e a segunda vinda do Messias? Essa pergunta foi respondida no livro do profeta Isaías (por volta de 700 a.C.). Em Isaías 49.6, Deus fala que a missão do Seu Messias não seria restrita a Israel e que Ele deveria levar Sua bênção também aos povos não judeus:

“6 Sim, diz ele: ...também te dei como luz para os gentios,
para seres a minha salvação
até à extremidade da terra.”
Essa profecia se cumpriu de maneira impressionante: Nos últimos 2.000 anos, as Boas Novas sobre o Messias sofredor foram transmitidas pelos cinco continentes, até entre os esquimós, na Terra do Fogo, entre os aborígenes da Tasmânia e entre os Maoris da Nova Zelândia, no “limite do mundo”, isto é, nas áreas mais distantes da Terra, vistas a partir de Jerusalém. Esta Jerusalém foi o ponto geográfico de partida para as missões mundiais (At 1.18). No decorrer da história da Igreja, milhões de não judeus reconheceram, em Jesus de Nazaré, o Redentor enviado por Deus e O aceitaram como Senhor em suas vidas (Jo 1.12). Eles reconheceram em oração, arrependidos, sua culpa pessoal diante de Deus (1 Jo 1.9) e tomaram para si o sacrifício vicário de Jesus na cruz (Rm 3.23-26). Assim, milhões de pessoas alcançaram a paz com Deus (Rm 5.1).

O longo período sem pátria
Durante essa mesma época, em que o Evangelho de Jesus Cristo foi propagado através dos cinco continentes, os judeus estavam espalhados pelo mundo como um povo sem pátria.

Esse período sem pátria já havia sido desenhado há muito tempo, no livro de Oséias (Séc. 8 a.C.). O povo de Israel ficaria um longo período “sem rei, sem príncipe”:“4 Porque os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem rei, sem príncipe, sem sacrifício, sem coluna, sem estola sacerdotal ou ídolos do lar. 5 Depois, tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao Senhor, seu Deus, e a Davi, seu rei; e, nos últimos dias, tremendo, se aproximarão do Senhor e da sua bondade” (Os 3.4-5).

Observemos mais alguns detalhes de Oseias 3.4: O período sem pátria dos judeus também seria caracterizado pela ausência de sacrifícios. De acordo com o mandamento de Deus, em Deuteronômio 12.13-14, o povo judeu estava autorizado a trazer sacrifícios somente no Templo, em Jerusalém. No ano 70 d.C., no entanto, os romanos destruíram o Templo. O monte em que se encontrava esse santuário foi tirado do povo de Israel. Assim, naquela ocasião, o sacrifício trazido pelos judeus teve um fim. Essa situação permaneceu assim até hoje. O povo judeu novamente tomou posse do Monte do Templo somente em 1967 na sequência da Guerra dos Seis Dias. Desde então, diversas organizações se puseram a restabelecer os utensílios para Templo e a preparar uma futura cerimônia de sacrifício. Como consequência da reivindicação da militância islâmica sobre os 144.000 m2 da área do Templo, até hoje não foi possível introduzir esses sacrifícios novamente pelos judeus.

Simultaneamente com o desaparecimento do Templo, no ano 70 d.C., também desapareceu a função do Sumo sacerdote. Durante todos esses séculos, o povo judeu não teve mais as vestes sacerdotais, as quais eram ornamentadas com 12 pedras preciosas no peitoral da estola sacerdotal (ver Êx 28). No passado recente, também essa peça foi reconstituída pela primeira vez, no valor de US$ 1,5 milhão. O autor dessas linhas viu essa vestimenta com os próprios olhos em Jerusalém, juntamente com a estola sacerdotal.[8]

A partir da saída do Egito, a história de Israel no Antigo Testamento é tragicamente assinalada pelas suas reiteradas recaídas para a idolatria. A religião dos sumérios, egípcios, cananeus, babilônios e assírios foi um constante e tremendo desafio para o povo escolhido. Nesse contexto, os postes-ídolos (p.ex. em honra a Baal ou Asera) e as imagens de escultura (hebraico: teraphim) desempenhavam um triste papel, pois, apenas através deles, os dois primeiros mandamentos da Torá (Êx 20.1-6) eram transgredidos de maneira grave e constante. Numa época em que o povo de Israel havia se tornado culpado seriamente por causa da idolatria, no entanto, Oséias profetizou que o longo período sem pátria (que viria em consequência da rejeição ao Messias) seria caracterizado pela ausência dessa idolatria. Isso se cumpriu exatamente dessa maneira. Apesar do povo judeu ter rejeitado o Messias (Jesus Cristo) durante os últimos 2.000 anos, este povo não decaiu mais para o culto aos postes-ídolos e às imagens de escultura, bem em contraste ao Cristianismo confesso de adoração a imagens e estátuas, juntamente com o culto a Maria e aos santos.

O retorno dos judeus e a volta do Messias
O período sem pátria dos judeus não duraria eternamente, conforme Oséias 3.4-5, mas sim por um longo período, por “muitos dias”. Após esse longo período sem pátria, haveria uma mudança e esta aconteceria no fim dos tempos (“fim dos dias”). O povo judeu então voltaria à terra dos antepassados e, finalmente, buscaria ao Messias rejeitado. Na literatura rabínica básica, a expressão “Davi, seu rei” se refere ao Messias.[9]

Temos aqui uma profecia impressionante. No ano de 135 d.C., ou seja, quase 1.000 anos antes do ocaso total do antigo Estado de Israel, foi profetizado esse longo período sem pátria para o povo judeu como também o posterior retorno, para a nova fundação do Estado (v.5: “Depois, tornarão os filhos de Israel...). De fato, foram “muitos dias” abrangidos por esse período do ano 135 até 1948.

Após ter ficado claro que o povo judeu seria espalhado como consequência de sua rejeição ao Messias, desejo comprovar, a partir do texto bíblico, que o Messias aparecerá à época do retorno do povo judeu, vindo da dispersão.

Ezequiel 38 trata de um inimigo, vindo do extremo Norte,[10] que atacará Israel no fim dos tempos, no período em que o Messias voltará como Rei. O Messias Soberano é descrito em Ezequiel 37.24-28. Na passagem de Ezequiel 38.8:

“8 Depois de muitos dias, serás visitado; no fim dos anos, virás à terra que se recuperou da espada, ao povo que se congregou dentre muitos povos sobre os montes de Israel, que sempre estavam desolados; este povo foi tirado de entre os povos...”.

Como já mostramos acima, a expressão “no fim dos anos” é uma das muitas que significam “fim dos tempos”. Praticamente, somente com esse versículo podemos documentar que o retorno do povo judeu à terra de seus pais aconteceria no fim dos tempos bíblicos. Além disso, na combinação dos capítulos 37 e 38 de Ezequiel, fica claro que esse período corresponde ao da volta do Messias Soberano.

Adicionalmente menciono mais um argumento. Em Joel 3.1-2 (Séc. 8 a.C.) pode-se ouvir a voz do Messias:

“1 Eis que, naqueles dias e naquele tempo,
em que mudarei a sorte de Judá e de Jerusalém,
2 congregarei todas as nações
e as farei descer ao vale de Josafá;
e ali entrarei em juízo contra elas por causa
do meu povo e da minha herança, Israel,
a quem elas espalharam por entre os povos...”.

Já expliquei que, no caso dessa mudança “naqueles dias e naquele tempo”, se trata de uma designação técnica que aponta para o fim dos tempos. Justamente nesta época, de acordo com Joel 3.2, o Messias estará aqui na Terra, no vale de Josafá (este nome é uma outra denominação para vale de Cedrom, que se localiza entre o Monte das Oliveiras e o Monte do Templo, em Jerusalém).[11] Ali o Messias efetuará o julgamento dos povos e trará à pauta aquilo que eles causaram a Israel, no passado. Joel 3.1-2 ressalta, ainda, que o fim dos tempos é um período no qual o destino dos judeus e da cidade de Jerusalém teria uma mudança positiva.

Depois que não parecia haver esperança no destino do povo judeu sem pátria, entre o Século 1 e 19, em 1882 aconteceu uma mudança decisiva. Naquela ocasião tornou-se real a primeira onda de imigração judaica na terra dos antepassados. Sob a pressão da perseguição, promovida pelos últimos czares da Rússia, milhares de judeus emigraram da Rússia para a “palestina” entre 1882 e 1904. Depois seguiu-se uma onda após a outra, de maneira que, até hoje, milhões de judeus retornaram à terra dos antepassados, vindos dos cinco continentes.

O fim dos tempos e o início dos tempos
Sendo o fim dos tempos o período em que os judeus retornariam à terra de Israel, podemos afirmar, com inteira razão, que este período já abrange 130 anos. O que, porém, são esses 130 anos em comparação aos 2.000 passados? Esses 130 anos, assim, podem ser simplesmente considerados a fase preliminar para a vinda do Messias.

No contexto da primeira vinda do Messias, também houve um período messiânico semelhante, que perdurou um total de 135 anos e que se destaca do período subsequente de vários séculos de dispersão e sem pátria dos judeus: Na mudança das eras, há um pouco mais de 2.000 anos, Jesus Cristo nasceu em Belém. Por volta de 32 d.C., os romanos crucificaram a Jesus. No ano 70 d.C., o Templo e a cidade de Jerusalém foram destruídos. Após ter sido sufocada a revolta judaica contra Roma (132-135 d.C.), o Estado judeu foi definitivamente exterminado. No total, o período entre a vinda do Messias sofredor até o ocaso total do Estado de Israel, foi de 135 anos. Esse período pode ser considerado como “início dos tempos” em contrapartida ao “fim dos tempos”.[12]

O princípio da era do fim dos tempos foi marcado pela intensa imigração de judeus na terra de seus pais (1882). O fim dos tempos é um período, uma fase que se desenvolve continuamente para, ao final, conduzir à volta de Jesus, o Messias, que então estabelecerá o Seu Reino mundial de paz e justiça aqui na Terra.


O destino dos judeus na dispersão, sem pátria, começou a mudar a partir de 1882, com a primeira onda moderna de imigração. Assim, o período de 1882 até hoje pertence ao que a Bíblia classifica como “fim dos tempos”.

No estudo dos textos proféticos da Bíblia, é muito importante observar que o conceito “fim dos tempos” se refere a uma época e não a um evento pontual. O fim dos tempos é a época da mudança do destino judeu (Am 9.14, Jl 3.1). É um processo durante o qual Israel será completamente restaurado. O decurso dessa evolução, de acordo com a visão de Ezequiel 37.1-14, deverá ocorrer em várias fases e alcançará o término e consumação quando o Messias surgir como Rei do mundo. Determinadas passagens proféticas da Bíblia falam sobre certos eventos pontuais que ocorrerão durante esse período e outras passagens descrevem o todo dando uma visão de conjunto. Nos lugares em que se encontra uma dessas visões de conjunto, pode-se constatar como talvez um determinado evento ou a maior parte de algum deles se cumpriu, porém, sem ainda ver o todo. Pode-se falar do cumprimento pleno somente quando o Messias estiver aqui. Segue um exemplo para esse caso:

“8 Eis que os trarei da terra do Norte
e os congregarei das extremidades da terra;
e, entre eles, também os cegos e aleijados,
as mulheres grávidas e as de parto;
em grande congregação, voltarão para aqui.
9 Virão com choro,
e com súplicas os levarei;
guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto
em que não tropeçarão;
porque sou pai para Israel,
e Efraim é o meu primogênito.
10 Ouvi a palavra do Senhor, ó nações,
e anunciai nas terras longínquas do mar, e dizei:
Aquele que espalhou a Israel o congregará
e o guardará, como o pastor, ao seu rebanho” (Jr 31.8-10).

Hoje, a volta dos judeus das terras do Norte “em grande congregação” (v.8) está praticamente cumprida porque retornaram mais de 1 milhão de judeus da Rússia e das regiões da antiga União Soviética para Israel. Também o versículo 10a pode ser identificado: fala-se em todo o mundo sobre a dispersão do povo judeu através das nações, mas que, em nossa época, teve um extraordinário retorno e foi congregado na terra de seus pais. A afirmação de que o Messias os guardará (v.10b) e guiará (v.9) poderá ser cumprida somente depois que o Messias estiver de volta. Devemos manter claramente diante dos olhos: Estamos vivendo no fim dos tempos, mas ainda não chegamos ao fim. Ainda não é “o fim” (ver Mt 24.6). Estamos acompanhando o desenrolar desse tempo em seu processo rumo ao alvo, mas este alvo final ainda não foi alcançado.

Como já comentamos, estaremos visualizando (no livro Estamos Vivendo no Fim dos Tempos?) mais de 175 profecias da Bíblia que se cumpriram no decorrer dos anos e décadas entre 1882 e 2011 e que se referem ao “fim dos tempos”. Assim será comprovado, clara e incontestavelmente, que de fato estamos vivendo no período do fim dos tempos e que Jesus Cristo voltará em breve! (fonte Chamada).


O fim dos tempos é o período abrangido desde a primeira onda de imigração judaica até o Reino do Messias. Nessa época, deveriam acontecer inúmeros eventos do fim dos tempos. Mais de 175 profecias já se cumpriram comprovadamente. Os traços indicam os eventos isolados que deveriam acontecer no decorrer do fim dos tempos.Também o “tempo do início” é um período que abrange desde a vinda do Messias, como menino em Belém (nascimento de Jesus), até o ocaso total do antigo Estado judeu, no ano 135. Os traços indicam os acontecimentos individuais, anunciados no Antigo Testamento, que se cumpriram no decorrer desse “tempo do início”.

Notas
Dn 8.19; 11.35,40; 12.4,.9.
A expressão hebraica bayom hahu’ significa “naquele tempo” ou “naquela época”. Ela não leva em conta o dia de 24 horas, assim como a expressão “hoje em dia” não tem a ver com o dia do calendário, mas se refere a um determinado período que o autor quer destacar como, por exemplo, acontece várias vezes em Zacarias 12-14.
Ez 21.25-29.
Às vezes se afirma que os Tempos do Fim iniciaram há 2.000 anos, com a vinda de Cristo à Terra. Não é correto afirmar isso sem que haja um esclarecimento complementar. Em Hebreus 1.1 lemos: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho...”. Aqui também é aplicado o conceito de “últimos dias”. O sentido da sua aplicação, no entanto, é diferente da expressão “últimos dias” no contexto da Vinda do Messias como o Juiz do mundo. A vinda do Messias à Terra foi o encerramento da longa espera pelo Redentor, prometida no Antigo Testamento. A Sua chegada assinalou o fim desses dias de espera. Na maioria dos casos, porém, o conceito “Fim dos Tempos” não é empregado para indicar o término da época do Antigo Testamento, mas para o término do “tempo dos gentios” (Lc 21.24).
Uma cronologia rigorosa da História da Bíblia, na qual todas as datas indicadas são unificadas em um sistema fechado em si mesmo, resulta em uma data muito remota para o Êxodo. Essa cronologia coincide de forma marcante com os fatos arqueológicos do Egito e Canaã/Israel.
Ver At 9.22; 18.28.
Já na antiguidade, tanto para os rabinos como para os mestres do Judaísmo, essa passagem apontava para o Messias (ver TALMUDE BABILÔNICO, Sanhedrin 38a). No Novo Testamento, essa passagem indica Jesus Cristo (1 Pe 2.8).
Ver Metzudath David, Oséias 3.5, in: BAR ILAN’S JUDAIC LIBRARY, Bar Ilan University, Responsa Project, CD-Rom, Version 5; ou em: MIQRA’OTH GEDOLOTH, Vol. I - VIII, jerushalajim 1972 (Bíblia hebraica dos rabinos com tradução aramaica – Targumim – com comentários e orações da Idade Média).
Vistos a partir de Israel.
Em Gênesis 14.17, esse vale é chamado também de “vale do Rei” e “vale de Savé” .
A época da vinda de Cristo, há 2.000 anos, é considerada em 1 Jo 1.1, como o “princípio”. (Ver ainda: 1 Jo 2.7,13-14,24; 3.11; 2 Jo 1.5-6; Hb 6.1).      

                      A Preparação Para o Terceiro Templo

O Arrebatamento da Igreja é o próximo evento importante na cronologia de Deus relacionada às atividades proféticas. Já não há mais profecias a serem cumpridas antes que ocorra o Arrebatamento. Ele é iminente, isto é, pode acontecer a qualquer momento. Na verdade, não existe nada, a não ser a graça longânima e a misericórdia de Deus, que possa impedi-lo de ocorrer imediatamente. 
No entanto, embora não existam sinais para o Arrebatamento, há pelo menos um importante indicador de que ele está próximo, às portas. Esse indicador é a situação em que se encontram os preparativos para o próximo Templo Judeu a ser construído no monte do Templo, em Jerusalém.O rabino Nachman Kahane, um rabino líder em Jerusalém, nascido em 1937, crê que um Templo será construído no monte do Templo enquanto ele ainda estiver vivo; e ele diz que tudo está pronto para que o Templo seja construído ainda hoje.

O mundo conheceu apenas dois Templos Judeus: o Primeiro, construído no monte do Templo pelo rei Salomão, durou 390 anos, antes que os babilônios o destruíssem no ano 586 a.C. O Segundo, construído depois do Cativeiro na Babilônia, no mesmo local (Ed 2.68; Ed 6.7), permaneceu durante 585 anos, antes de ser destruído pelos romanos no ano 70 d.C. O cenário dos tempos do fim na Palavra Profética de Deus anuncia que haverá um Templo Judeu quando o Anticristo reinar sobre o mundo.

O rabino Kahane treinou todos aqueles que estão na liderança desse esforço para a reconstrução; e foram seus alunos que deram início ao Instituto do Templo, em 1987, no bairro judeu na Cidade Velha de Jerusalém. O Instituto tem treinado homens para o serviço no Templo e acumulado todos os implementos necessários para o Templo, inclusive a mesa da proposição, o altar do incenso, e a menorá de ouro. A menorá, atualmente em exposição em frente à praça do Muro Ocidental em Jerusalém, é recoberta com aproximadamente 45 quilos de puro ouro e seu valor é de cerca de 2 milhões de dólares americanos.

Muitos acham que a menorá original, um candelabro com sete hastes, foi levada para Roma depois que o Segundo Templo foi destruído, porque um alto-relevo no Arco de Tito em Roma parece retratar exatamente isso. A menorá original pode ainda estar em Roma. O Instituto do Templo a reconstruiu meticulosamente.

Além disso, o Instituto do Templo também crê saber a localização da Arca da Aliança, que foi vista pela última vez no Templo de Salomão. Dois rabinos e um ativista judeu, todos trabalhando em atividades da reconstrução do Terceiro Templo, dizem já ter estado no local.

Outras atividades
O?rabino Yehuda Glick, presidente da Temple Mount Heritage Foundation (Fundação da Herança do Monte do Templo), guia excursões de judeus ao monte do Templo para aumentar a familiaridade com este que é o mais sagrado de todos os sítios judeus, antes que o próximo Templo seja construído. Há alguns anos, ele levou a uma excursão educativa um grupo de 10 soldados pára-quedistas das Forças de Defesa de Israel (FDI). Este foi um marco, por se tratar da primeira vez que tropas da FDI uniformizadas estiveram no monte do Templo em uma década.

Os pára-quedistas, disse o rabino Glick, têm um “relacionamento especial” com o monte do Templo. Eles tomaram aquela elevação para Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, o que levou à reunificação de Jerusalém.

Embora o monte do Templo seja o mais sagrado sítio do judaísmo, o povo judeu não tem permissão para orar ali, nem para subir nele em grandes grupos, porque ele é controlado pelo Waqf muçulmano. Israel deu ao Waqf o controle como um gesto de boa vontade depois da reunificação da cidade em 1967.O Instituto tem treinado homens para o serviço no Templo e acumulado todos os implementos necessários para o Templo, inclusive a mesa da proposição, o altar do incenso, e a menorá de ouro (na foto).

O rabino Glick está convocando o povo judeu para se unir e fazer todo esforço possível para visitar esse local sagrado e se concentrar em reconstruir o Templo. Durante vários anos, ele dirigiu os esforços do Instituto do Templo no sentido de se prepararem para a reconstrução.

Os Fiéis do Monte de Templo, de Gershon Salomon, têm uma pedra fundamental pronta para quando for dado início à construção. Diz-se que ela foi consagrada com água do poço bíblico de Siloé e cortada com diamantes.

Perto de Jericó, no vale do rio Jordão, um centro de treinamento educa homens, que crêem ser da tribo de Levi e da família sacerdotal, sobre como servir no próximo Templo. Nos últimos 25 anos esse centro já treinou milhares vindos de todas as partes do mundo. Muitas das vestes sacerdotais estão preparadas e guardadas. O rabino Kahane, que recebeu o primeiro conjunto de vestes sacerdotais, o guarda em seu armário, pronto para ser vestido imediatamente. Foram anos de pesquisa para se confeccionarem essas vestes:

Fibras de linho especiais foram importadas da Índia e muitas viagens ao exterior foram necessárias para se obter as cores corretas para as roupas. Emissários chegaram a ir a Istambul, para comprar os casulos das montanhas, dos quais se extrai o correto tom de carmesim. O segredo do tom certo de azul ficou perdido desde a destruição do Segundo Templo, até que a organização não-lucrativa Ptil Tekhelet o identificou como sendo o?murex trunculus, ou hexaplex trunculus, o molusco corante listrado que se encontra nas proximidades do mar Mediterrâneo.[1]

Além disso, as 4.000 harpas necessárias para os levitas tocarem as músicas do Templo, como foi requerido pelo rei Davi em 2 Crônicas 23.5, estão perto de serem completadas pelos artífices da Casa de Harrari.

O rabino Yoel Keren acredita que o Terceiro Templo será construído seguindo os detalhes descritos em Ezequiel 40-46; mas primeiro o povo judeu construirá uma estrutura menos extravagante, como fez quando o Segundo Templo foi edificado 2.500 anos atrás.

Deserto
O que está por vir

O cenário do final dos tempos na Palavra de Deus exige que um Templo Judeu esteja erigido quando o Anticristo governar o mundo. Ele o profanará e o povo judeu será forçado novamente a deixar o Templo porque se manterá fiel a Deus e se recusará a adorar o Anticristo (Dn 9.27).

Em Seu Sermão no monte das Oliveiras (Mt 24-25), Jesus confirmou a profecia de Daniel. Ele chamou a profanação de “o abominável da desolação” e disse que ela ainda não havia acontecido (Mt 24.15).

Algum dia, o Messias, Jesus, voltará para Jerusalém e construirá Seu Templo nesse pedaço de terra (Zc 1.16; Zc 6.12); e, a partir desse Templo do Milênio, Ele governará o mundo (Zc 6.13). Esse templo é descrito em detalhes vívidos e precisos em Ezequiel 40-46. Nada que tenha sido construído até agora se encaixa na descrição de Ezequiel. Nem o Tabernáculo, nem o Primeiro Templo edificado pelo rei Salomão, nem mesmo o Segundo Templo que foi dedicado por Zorobabel e magnificamente restaurado por Herodes o Grande. Sequer a estrutura desenhada na prancha de projetos de hoje será aquele Templo; essa estrutura será o Templo da Tribulação; que deverá estar em funcionamento na metade do período de sete anos que se denomina “tempo de angústia para Jacó” (Jr 30.7).

Existe um obstáculo principal para a construção do Terceiro Templo: a edificação muçulmana cuja cúpula é coberta de ouro, o Domo da Rocha, que ocupa o monte do Templo. Não é uma mesquita, mas um edifício islâmico.

Algumas pessoas sugerem que um Templo Judeu poderia existir ao lado do Domo da Rocha, ambos partilhando do monte do Templo. Mas, falei com muitos líderes do movimento para a reconstrução que crêem que o Domo da Rocha terá que ser removido. Quando lhes perguntei como eles planejam fazer isso acontecer, disseram que não planejam. Eles pensam deixar esse detalhe para o Messias, mas querem estar prontos para começar a construção quando Ele abrir o caminho.


Você está preparado para o Arrebatamento da Igreja? Se está, viva pura e produtivamente para estar cheio de alegria quando ouvir o glorioso som da trombeta de Deus nos chamando para casa (1Ts 4.15-17). Acordo todas as manhãs com a expectativa de que este será o dia. À luz de tudo o que está acontecendo para a preparação de um Templo Judeu no monte do Templo, faríamos o certo se mantivéssemos nossos ouvidos bem abertos para o brado do Senhor, a voz do arcanjo e o chamado da trombeta de Deus. 
(Jimmy De Young - Israel My Glory - fonteChamada).


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