SUBSIDIO JUNIORES A GRANDE
TRIBULAÇÃO N.4
Daniel 7.7-14.
Os
versículos 33-35 do capítulo 2 do livro de Daniel referem-se ao final do
período dos gentios, no vale do Armagedom, onde os dez reinos escatológicos
(que são uma extensão do Império Romano), serão destruídos pela pedra, que é
Cristo, surgindo um novo reino.
No
capítulo 7 de Daniel, temos a visão dos quatro animais que representam a
história moral e religiosa desses quatro reinos: o leão — Babilônia (4); o urso
— Média e Pérsia (5); o leopardo — Grécia (6); o animal terrível — Roma (7). Os
dez dedos da estátua correspondem aos dez chifres do animal e aos dez da besta
(Dn 2.41; 7.24; Ap 13.1; 17.12), que representam dez regiões administrativas
que abrangerão um território maior do que o Antigo Império Romano. O Novo
Império Romano dará apoio ao Anticristo (Dn 7.25), mas será um governo instável
(Dn 2.41-43), marcado por guerras (Dn 7.24) e por sistemas políticos distintos
— ferro e barro (Dn 2.33).
O renascimento do Império Romano não é uma
hipótese. Se ao término da Segunda Guerra Mundial, parecia ele utopia numa
Europa humilhada e destruída, hoje mostra-se mais real do que nunca. Não
importa o nome que se lhe dê: União Europeia ou Novo Império Romano. O terrível
animal, visto por Daniel, acha-se prestes a pisar e a despedaçar a quantos se
lhe opuserem. Esse reino, que não terá paralelo na história dos grandes
impérios, devido a sua maldade, dará todo o suporte político, econômico e
religioso ao Anticristo, a fim de que este venha a dominar o mundo todo.
O
Senhor Jesus, porém, o abaterá, reduzindo-o a um monturo. O Rei dos reis e
Senhor dos senhores não tolerará a soberba do inimigo.
A
Europa reunificada, por conseguinte, não é um mero fenômeno político, mas o
cumprimento da profecia bíblica. É o que veremos nesta lição.
I. A
ORIGEM DO IMPÉRIO ROMANO
Fundada
em 753 a.C, foi a cidade de Roma estendendo-se até assenhorear-se dos mais
distantes e desconhecidos reinos. Seus domínios iam da Europa à Babilônia,
englobando o Norte da África e o Oriente Médio.
Em 66
a.C, as forças romanas chegaram à Terra Santa. Comandadas pelo general Pompeu,
conquistaram o território israelita e subjugaram Jerusalém. Mostrando nenhum
respeito ao vencido, Pompeu invade a Casa de Deus, escarnece dos ministros do
altar e profana o Santo dos santos.
O
terrível animal começava a exibir suas garras.
II. O
IMPÉRIO ROMANO NA BÍBLIA
1. A
profecia de Moisés. A Europa era praticamente desabitada, quando Moisés
profetizou a ascensão de Roma como a grande opressora dos filhos de Israel: “O
SENHOR levantará contra ti uma nação de longe, da extremidade da terra, que voa
como a águia, nação cuja língua não entenderás; nação feroz de rosto, que não
atentará para o rosto do velho, nem se apiedará do moço” (Dt 28.49,50).
Foi
exatamente isso o que aconteceu no ano 70 de nossa era, quando os exércitos
romanos, comandados por Tito, destruíram Jerusalém, derribaram o Santo Templo e
dispersaram os poucos judeus que sobreviveram à ira romana.
2. A
profecia de Daniel. Em duas ocasiões distintas, o profeta Daniel refere-se
tipologicamente ao Império Romano. No capítulo dois, descreve ele a aparência exterior
deste; ao passo que, no capítulo sete, revela sua índole e caráter.
a)
Sua aparência exterior. “E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o
ferro esmiúça e quebra tudo, como o ferro quebra todas as coisas, ele esmiuçará
e quebrantará” (Dn 2.40).
b)
Seu caráter. “Depois disso, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis
aqui o quarto animal, terrível e espantoso e muito forte, o qual tinha dentes
grandes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que
sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha
dez pontas” (Dn 7.7).
No
capítulo 13 de Apocalipse, o Império Romano é mostrado como a base para os dois
representantes de Satanás: a Besta e o Falso Profeta. Veja como as profecias de
Daniel acham-se em perfeita harmonia com as de João.
III.
TENTATIVAS DE SE ERGUER O IMPÉRIO ROMANO
Não
foram poucas as tentativas de se ressuscitar o Império Romano. O que dizer do
Sacro Império Romano Germânico? Ou das tentativas da Igreja Católica em ocupar o
espaço deixado pelos imperadores de Roma?
No
início do século XIX, o imperador francês, Napoleão Bonaparte, à frente de um
formidável exército, saiu a unificar uma Europa retalhada por ódios e
nacionalismos irreconciliáveis. Ele, porém, fracassou como haveria de fracassar
Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.
Se
por um lado, ostenta a Europa a dureza do ferro; por outro, mostra ser tão
frágil quanto o barro. Além do mais, como pode o ferro unir-se ao barro?
IV. O
IMPÉRIO ROMANO NA ERA ESCATOLÓGICA
Que
ninguém se engane! A era escatológica já chegou. E uma de suas maiores
evidências é o ressurgimento do Império Romano que, desta feita, terá as
seguintes características:
1.
Apesar das aparências, estará cronicamente dividido. “E, como os artelhos eram
em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte e
por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de
lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim
como o ferro se não mistura com o barro” (Dn 2.42,43).
Houve
um tempo na Europa que, não obstante o parentesco de seus monarcas, estavam
estes sempre em guerra. Foram-se quase todos os reis, e veio a União Europeia;
a situação, porém, em nada foi alterada. Os ingleses continuam a não aturar os
franceses, que desconfiam dos alemães, que não se dão com os italianos, que não
aturam os espanhóis...
É
justamente sobre bases tão frágeis que está sendo construído o Novo Império
Romano.
2. A
formação administrativa do Novo Império Romano. Tanto Daniel como João mostram
o Novo Império Romano constituído a partir de dez unidades (Dn 2.41,42; Ap
13.1). Pensava-se, de início, que seria ele formado por apenas dez nações.
Hoje, porém, já são 25 os países que formam a União Europeia. Como entender
esta aparente contradição?
Na
verdade, não são dez países; e, sim, dez regiões administrativas que abrangerão
um território maior do que o Antigo Império Romano. Logo, o Novo Império Romano
ocupará não somente a Europa, mas também o Norte da África e o Oriente Médio.
Por conseguinte, cada região administrativa será composta por mais de um país.
3. O
objetivo do Novo Império Romano. Terá o Novo Império Romano, por objetivo,
sustentar o governo que Satanás, através da Besta e do Falso Profeta, implantará
no mundo logo após o arrebatamento da Igreja. De acordo com Apocalipse 13, o
domínio do Anticristo abrangerá tanto a economia e a política como a religião.
Todavia, este reino não subsistirá; Cristo fará dele um monturo.
4. A
destruição do Novo Império Romano. Ainda que o Império Romano se reerga, Cristo
o destruirá. Nosso Senhor é aquela pedra que, sem esforço humano, abateu-se
sobre a estátua vista por Nabucodonosor (Dn 2.34,35,44).
Daniel
continua a descrever a ruína do Novo Império Romano, agora mostrado como aquele
animal terrível: “Estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo,
desfeito e entregue para ser queimado pelo fogo” (Dn 7.11). Por quem foi o
animal morto? Pelo Filho de Deus! E. assim, recebe o Senhor Jesus o poder, a
glória e a majestade.Por mais poderosos que se mostrem os reinos deste mundo,
não subsistirão ante a soberania divina. Roma dominou nações e reinos; pisou os
mais aguerridos povos e humilhou os mais altivos soberanos. Mas nada poderá
fazer contra o Senhor Jesus. Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores.
Não
tarda o dia em que o Império Romano, base do governo do Anticristo, haverá de
prestar contas a Deus por todos os seus pecados e iniquidades. Ainda que
renascido, não subsistirá.
Senhor
Jesus, quem poderá subsistir ante o teu poder? Que a honra, a força e a glória
sejam-te tributadas para todo o sempre.
“[...]
Consideração das principais escolas escatológicas:
Preterista.
Interpreta as profecias de Daniel e do Apocalipse como já cumpridas, com
exceção de umas poucas....
Nessa
visão das profecias, quase todo o livro de Daniel se cumpriu no período
interbíblico (antes de Cristo) e o Apocalipse, na sua quase totalidade, foi
cumprido nos primeiros três séculos da Era Cristã....
Progressista.
Como o próprio nome já indica, interpreta Daniel e o Apocalipse como o
desenvolvimento histórico do mundo. [...] Ela procura os cumprimentos
proféticos nos grandes eventos, como o papado, a Reforma, a Revolução Francesa
etc, e seus adeptos chegaram a marcar diversas datas para a volta de Cristo,
sendo a principal delas a de 22 de outubro de 1844....
Futurista.
Segundo essa escola, quase todas as profecias de Daniel e do Apocalipse se
cumprirão durante os sete anos que se seguirão ao arrebatamento da Igreja, que,
por sua vez, ocorrerá repentinamente.” (ALMEIDA, A. Israel, Gogue e o
Anticristo. 11.ed., RJ: CPAD, 1999, pp.122-3).
ISRAEL NA GRANDE TRIBULAÇÃO
Apocalipse 12.1-12.
E
ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a
força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador
de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e
de noite.11 — E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu
testemunho; e não amaram a sua vida até à morte.12 — Pelo que alegrai-vos, ó
céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar! Porque o
diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.
A
palavra disciplina na Bíblia tem a ver com correção e castigo com punição. A
Grande Tribulação tem como alvo a disciplina da nação de Israel. Ou seja;
corrigi-la da desobediência e obstinação para com Deus. “O Senhor corrige ao
que ama...”, (Hb 12.6). Portanto, por mais que seja difícil aceitar, a Grande
Tribulação é um ato do amor de Deus para com Israel.
Através
de Hebreus 12.6 entendemos que Deus deseja a restauração de Seus filhos, e não
apenas aplicar punição pelo seus erros. Para ajudar sua classe a entender essa
atitude do amor de Deus para com Israel leve-os a refletir sobre as diferenças
entre castigo e disciplina usada no livro Socorro temos filhos do doutor Bruce
Narramore. Use uma folha de papel pardo ou um quadro-de-giz com linhas
verticais, formando duas colunas. Transcreva conforme descrito abaixo:
É o
povo de Israel a razão mais evidente da Grande Tribulação. Ele é o alvo
principal por causa das suas relações com o plano redentor de Deus para com a
humanidade. Israel foi escolhido para representar os interesses divinos na Terra.
Mas, lamentavelmente, não foi fiel aos pactos e, por isso, houve a mudança no
plano divino. Sua desobediência, prevaricação e idolatria serão castigadas
nesse período. No entanto, o propósito de Deus não é só o de castigar Israel,
mas também o de mostrar sua fidelidade e amor para com o Seu povo.
I. A
MULHER VESTIDA DE SOL (Ap 12.1,2)
Depois
dos vários eventos catastróficos efetivados pela abertura dos sete selos e das
sete trombetas, surge um intervalo com uma série de visões e, então, haverá o
derramamento das sete taças de pragas sobre a Terra.
Três
personagens são destacados no capítulo 12 de Apocalipse: a mulher vestida de
sol, o grande dragão vermelho e o filho varão.
1.
Quem é a mulher vestida de sol? Há várias interpretações acerca dessa mulher e
o que ela representa. Segundo a linha de interpretação que adotamos entendemos
que ela não representa a Igreja de Cristo, uma vez que esta estará no céu com
Cristo. Também a mulher não representa a Igreja do Antigo Testamento, nem
tampouco representa Maria, a mãe humana de Jesus. Indiscutivelmente, representa
o povo de Israel.
2. Os
símbolos da mulher. Os símbolos que estão em torno da mulher — o sol, a lua e
12 estrelas — estão associados aos filhos de Israel (Gn 37.9; Jr 31.35,36; Js
10.12-14; Jz 5.20; Sl 89.35-37).
II. O
GRANDE DRAGÃO VERMELHO (Ap 12.3,4)
1.
Quem é o grande dragão vermelho. Representa Satanás (Ap 12.9). Essa criatura
animalesca e vermelha é a figura do poder do mal e da destruição que virá sobre
a nação israelita naqueles dias. O vermelho indica o seu poder sanguinário
objetivando matar especialmente a mulher e seu filho.
2. O
poder do dragão. Um detalhe especial desse dragão são as sete cabeças e dez
chifres, além de sete coroas sobre essas cabeças (Ap 12.3). As mesmas características
desse dragão aparecem sobre a Besta nos capítulos 13 e 17 de Apocalipse. Os
poderes que a Besta (Anticristo) demonstrará nos dias da Grande Tribulação
serão advindos de Satanás. As sete cabeças e os diademas sobre elas simbolizam
os grandes reinos e os poderes desses reinos. Satanás usará de toda a sua força
para destruir Israel naqueles dias. Ele é o dragão vermelho que se lançará
contra o povo de Deus representado pela mulher.
3.
Que representam as estrelas do céu? (Ap 12). Alguns intérpretes afirmam que
serão homens proeminentes do mundo que se levantarão contra Israel para
destruí-lo da face da Terra. Porém, a interpretação mais aceitável indica que
se trata de demônios sob a égide de Satanás, os quais, lançados sobre o mundo,
promoverão grande desordem moral, social e espiritual no seio da humanidade.
III.
O FILHO VARÃO (Ap 12.5)
1.
Quem é o filho varão. Os intérpretes divergem aqui. Há os que afirmam se tratar
da Igreja, equivocadamente. Outros entendem que se trata dos mártires da Grande
Tribulação, e outros afirmam que esse filho varão representa o remanescente
judeu de então.
2.
Jesus, o mais evidente. A interpretação mais aceitável diz que esse filho varão
representa Jesus, uma vez que somente Ele, o Messias, “regerá as nações com
vara de ferro”. O Salmo 2 é messiânico e se constitui num rico contexto
profético no cumprimento da profecia de Apocalipse 12.5. Israel representa a
mulher, e o filho varão representa Jesus. Ele nasceu de mulher israelita. Por
isso, quando o texto diz que a mulher (Israel) deu à luz um filho varão, está,
na realidade, falando do nascimento humano de Jesus. Quando fala que o “filho
foi arrebatado para Deus e para o seu trono”, refere-se à ascensão vitoriosa de
Cristo depois da Sua ressurreição.
Há um
paralelo entre Ap 12 e Miquéias 5, que identifica a mulher como a nação
israelita. Mq 5.2 fala sobre o nascimento dAquele que seria o Senhor em Israel,
o Messias. Entretanto, por causa da rejeição deste governante (o Messias) na
Sua primeira vinda, a nação foi posta de lado. O texto de Mq 5.3 declara assim:
“os entregará até ao tempo em que a que está de parto tiver dado à luz”,
indicando que a nação estará com dores de parto até ao tempo de dar à luz o
filho. Também, em Rm 9.4,5 o apóstolo Paulo fala dos israelitas e declara que
Cristo veio de Israel, segundo a carne.
3. A
tentativa inútil do grande dragão contra o filho varão. Satanás, o grande
dragão vermelho não conseguirá alcançar o filho varão porque ele foi arrebatado
para o seu trono. O filho varão de Israel, arrebatado do poder de Satanás, um
dia descerá em grande pompa sobre o monte das Oliveiras (Zc 14.1-9) e, então,
tomará as rédeas do governo mundial sob o poder do Diabo, o Anticristo e o
Falso Profeta.
Na
vinda poderosa do filho, o Anticristo e o Falso Profeta serão lançados no Lago
de Fogo (Ap 19.19,20). No mesmo ímpeto da gloriosa vinda do filho varão, o
grande dragão, que é Satanás, será amarrado e lançado no Poço do Abismo (Ap
12.7-9; 20.1-3).
IV. A
FUGA DA MULHER PARA O DESERTO (Ap 12.6)
1. O deserto
(Ap 12.6). Não se refere aqui especificamente a um lugar geográfico, mas
metafórico. Nas terras do Oriente Médio o deserto é o lugar mais apropriado
para fugitivos. A mulher representa a nação de Israel, depois de perseguida
pelo grande dragão vermelho, que foge para um lugar de refúgio no deserto, para
escapar à fúria do dragão, o Diabo.
2. O
período do refúgio (Ap 12.6). As pressões sobre Israel serão enormes naquele
período, mas o grupo fiel encontrará refúgio por 1.260 dias. No calendário
judaico de 360 dias, os 1.260 dias equivalem à metade da semana profética de
Daniel 9.27, ou seja, três anos e meio. Essa mesma cifra de 1.260 dias equivale
a outras cifras tais como quarenta e dois meses, ou “um tempo, tempos e a
metade de um tempo”. Essa diferença de linguagem não muda o sentido real da
profecia, porque a cifra é a mesma. E exatamente o período mais terrível que
sobrevirá sobre Israel na sua terra.
3. O
remanescente judeu (Ap 12.17). No período final da Grande Tribulação, o
remanescente judeu, constituído de israelitas fiéis ao antigo pacto, não se
submeterá ao sistema do Anticristo, que é a Besta que subiu do mar de Ap
13.1,2, e terá de fugir para o deserto (Ap 12.17). É, sem dúvida, o
remanescente judeu salvo na Grande Tribulação.
V.
UMA BATALHA ANGELICAL NO CÉU (Ap 12.7-9)
1. O
arcanjo Miguel. Nessa batalha os anjos de Deus sob o comando do arcanjo Miguel,
o protetor dos filhos de Israel, abatem completamente os anjos caídos sob o
comando de Satanás, o grande dragão vermelho. É interessante notar que Miguel
está ligado ao destino do povo de Israel (Dn 12.1). Ele é o guardião dos
interesses divinos para com Israel, conforme vemos em Dn 10.13,21; Jd v.9.
2.
Satanás, o dragão vermelho. Nessa batalha vemos o esforço de Satanás para neutralizar
o plano vindicativo de Deus através dos anjos na história do mundo e,
especialmente, quanto a Israel. E um conflito entre o bem e o mal. Satanás é o
grande dragão vermelho que, mais uma vez investe contra o poder de Deus
representado pelo arcanjo Miguel e seus anjos. Mas o dragão é derrotado
fragorosamente e expulso do céu. Os seus domínios foram desfeitos.
3. A
vitória do bem sobre o mal. Na visão de João, o dragão quis devorar o filho
varão da mulher, mas foi impedido por uma força maior, uma milícia superior a
dele. Essa batalha indica que os poderes de Satanás foram reduzidos, e o mundo
começa a se preparar para receber o Messias. Aprendemos aqui que o direito
sempre terá de triunfar sobre o erro, o bem sobre o mal, a verdade sobre a
mentira. As vantagens de Satanás foram anuladas para que a vitória do povo de
Deus prevalecesse no mundo. No texto de Ap 12.9, o dragão vermelho é definido
como “o acusador” (Diabo), a “antiga serpente”.Depois da vitória de Miguel e
seus anjos contra o dragão e seus aliados (demônios), diz a Bíblia que houve
regozijo e alegria no céu (Ap 12.10). Esta alegria resulta do fato que a Grande
Tribulação findará para Israel e para o mundo, quando Cristo voltar
gloriosamente.
Em
sua perseguição para destruir os judeus, a Besta conduzirá seus exércitos
contra Jerusalém.
“‘...
E contra ela (Jerusalém) se ajuntarão todas as nações da terra’ (Zc 12.3b);
‘Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade
será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; metade da
cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será expulso da
cidade’ (Zc 14.2).
“Nessa
ocasião crítica, parte de Israel refugiar-se-á nos montes e abrigos naturais de
Edom, Moabe e Amom. (Ler Isaías 16.1-5; Salmo 60.9; Ezequiel 20.35-38; Daniel
12.6,13,14.) Estas passagens todas tratam disso. Esses antigos países bíblicos
(Edom, Moabe e Amom) constituem hoje em dia o centro-sul da Jordânia. Durante o
Milênio eles pertencerão a Israel (Nm 24.17,18; Sl 60.8,9; Is 11.14). Em Isaías
16.1 é mencionada a capital de Edom — Selá (em grego: Petra), a elevada
cidade-fortaleza, plantada nas rochas. Isso fica a 96 km ao sul do mar Morto.
Edom, Moabe e Amom serão poupados por Deus durante a investida arrasadora do
Anticristo contra Israel, a fim de que para aí os judeus escapem. (Ler Daniel
11.41.) Já uma vez Israel refugiou-se aí, quando Babilônia os hostilizou (Jr
40.11,12).” (O Calendário da Profecia, CPAD)
Apocalipse
12.2-4 trata sobre o conflito dos séculos. “É a luta do Diabo, tudo fazendo
para que o Messias não viesse ao mundo. Esse conflito vemo-lo de Gênesis aos
Evangelhos. Momentos houve em que parecia que o inimigo tinha ganhado a
batalha. As cinco piores ocasiões na história de Israel foram: 1) na apostasia
do bezerro de ouro, quando apenas uma tribo ficou leal a Deus (a de Levi); 2)
no caso da corrupção moral de Israel, em Sitim, durante u peregrinação no
deserto, por conselho de Balaão; 3) no caso do pecado de Davi, com o qual Deus
fizera aliança quanto ao nascimento do futuro Messias; 4) no caso do livro de
Ester, quando houve um plano para exterminar todos os judeus: 5) no caso de
Belém, quando o rei Herodes decretou a matança dos inocentes, para naquele
meio, Jesus ser morto. Em todos esses momentos críticos o inimigo perdeu a
batalha. Por fim, numa noite, os anjos anunciaram o nascimento do Salvador, o
qual caminhou resoluto em direção ao Calvário, onde, por fim, bradou
agonizante, mas triunfantemente: ‘Tudo está consumado!’ Aleluia!
“Versículo
3. O dragão com sete cabeças. Isso fala de sua plenitude de astúcia. Sete
chifres representam seu imenso poderio. Sete diademas, seu domínio. O dragão
era vermelho, que é a cor do sangue e do fogo. Isso indica, como sabemos, que
ele é o provocador de mortes, guerras, intrigas, contendas e tensões
individuais e coletivas, quentes como o fogo e que terminam explodindo. (Ler
Gênesis 4.5,8 comparando com 1 João 3.12.)
“Versículo
4. ‘a terça parte das estrelas do céu’. Isto refere-se aos anjos que caíram com
Lúcifer, conforme Isaías 14.12 e Ezequiel 28.16. Muitas referências na Bíblia
apontam os anjos como estrelas. Exemplo: Juízes 5.20; Jó 38.7: 25.5; Isaías
14.13, etc. ‘A sua cauda arrasta a... ’. É conhecida a grande força que a
serpente e outros répteis, como o jacaré, têm na cauda. Os animais
pré-históricos do tipo réptil tinham gigantesca força nas suas caudas para
ataque e defesa. O termo dragão significa animal monstruoso; serpente
gigantesca. O dragão no versículo 3 figura o Diabo, e é chamado serpente em
12.9. O termo no original deriva de um verbo que significa ver de modo
penetrante.” (Daniel e Apocalipse, CPAD)
Unidade Mundial e a Manifestação do
Anticristo
A
palavra “anticristo” só é mencionada na Bíblia em 1 e 2 João. Através de um
jogo gramatical (singular e plural), o apóstolo faz distinção entre o
“anticristo” (referindo-se ao governante mundial no tempo da Grande
Tribulação), e “anticristos”, (aqueles que antecedem em seus ensinos o
ministério do Ditador Mundial — 1 Jo 4.3). O prefixo “anti” tem o sentido básico
de “em lugar de”, “oposto a” ou “semelhante a”, mas na epístola de João
significa “contrário a”. Porém, o texto de 2 Tessalonicenses 2.4, conjuga dois
sentidos: o de “contrário a”: “... o qual se opõe e se levanta contra tudo que
se chama Deus...”, e o de “semelhante a”, pois afirma que ele : “... se
assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus”.
Quanto
a sua natureza, o Anticristo será “segundo a eficácia de Satanás” (2 Ts 2.9),
quanto ao seu caráter, será “o iníquo” (2 Ts 2.8), quanto a sua personalidade,
“um orador cativante” (Dn 7.20; 2 Ts 2.11), quanto a sua missão, “opor-se a
Deus” (v.4), quanto a sua influência, “mundial”, pois governará sobre todas as
nações (Ap 13.8; Dn 8.24; Ap 17.12), quanto a Israel, será “o grande adversário”
(Dn 7.21,25; 8.24; Ap 13.7).Professor, nesta lição, usaremos um Quadro
Antitético entre Cristo e o Anticristo. Quadro Antitético ou oposto é o recurso
didático que apresenta o contraste entre dois personagens a fim de ressaltar
suas qualidades opostas.Embora o Anticristo não se haja manifestado ainda
plenamente, o seu espírito aí está, transtornando igrejas, torcendo as Sagradas
Escrituras, alterando a configuração política das nações e apoderando-se dos
organismos internacionais, objetivando a instauração de seu império numa
rebelião aberta contra Deus.
Quando
o apóstolo João afirmou que o mundo jaz no maligno, queria ele deixar bem claro
que todos os recursos, quer humanos, quer materiais, acham-se devidamente
aparelhados para acolher o homem do pecado.
Nesta
lição, veremos quem é o Anticristo e por que buscará ele apoderar-se do
planeta. Estejamos, pois, alertas! Que o Diabo não tenha lugar na Igreja de
Deus!
I.
QUEM É O ANTICRISTO
As
Sagradas Escrituras traçam-nos um nítido perfil do personagem que, durante a
Septuagésima Semana de Daniel, haverá de dominar o mundo, subjugando todas as
coisas ao império de Satanás. Vejamos, pois, como a Bíblia o descreve.
1. O
arquiinimigo de Deus e seu Cristo. O Anticristo será a mais completa
personificação de Satanás e o seu mais autêntico representante. Seu objetivo
será:
a)
Levantar-se contra o Cristo de Deus; e
b)
Postar-se em lugar de Cristo, como se fora ele o messias que haveria de trazer
a libertação a Israel e a salvação a toda a humanidade (Jo 5.43; 2 Ts 2.4).
Aliás, é exatamente isto o que significa a partícula grega anti: “contra e em
lugar de”. O Anticristo, pois, é aquele que se coloca no lugar de Cristo e
contra Cristo se levanta.
2. O
representante maior do Diabo. Segundo mostram os textos bíblicos, o Anticristo,
ainda que pareça sobrenatural, será um ser humano como outro qualquer (Ap
13.12). Assim a Bíblia o intitula:
a) O
príncipe que há de vir (Dn 9.26);
b) O
que vem em seu próprio nome (Jo 5.43);
c)
Aquele que se assentará no templo de Deus (2 Ts 2.4);
d) O
homem do pecado (2 Ts 2.3).
3. A
Besta. Por que o Anticristo é assim chamado? Devido à sua natureza, arrogância
e prepotência. Erguendo-se ele contra Deus, intentará a perpetuação de seu
império e a anulação do Reino de Cristo. Assim como o Diabo, no início, usou a
serpente para enganar Eva, usará agora o animal de feroz aparência para
ludibriar as nações logo após o arrebatamento da Igreja. Nesta ocasião,
manifestar-se-á ele plenamente (2 Ts 2.6).
II. A
MISSÃO DO ANTICRISTO
Tem o
Anticristo como missão implantar o domínio de Satanás em todo o mundo, a fim de
que este seja transformado no Reino das Trevas. Eis suas missões principais:
1.
Criar uma religião, onde seja o Diabo reverenciado por todos os que,
desprezando a verdade, apegaram-se à mentira. Nesta esfera, ele é assistido
pelo falso profeta (Ap 13.11-18).
2.
Estabelecer uma economia fortemente centralizada, através da qual forçará os
habitantes da terra a aceitarem o sinal da besta (Ap 13.17,18).
3.
Destruir as bases da religião divina, para que todos venham a crer em suas
mentiras: “O qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se
adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo
parecer Deus” (2 Ts 2.4).
4.
Enganar a Israel, fingindo ser o seu messias e, em seguida, destruí-la, numa
tentativa sem precedentes de frustrar os planos de Deus com respeito ao
estabelecimento definitivo e pleno dos filhos de Abraão na formosa terra (Dn
9.27; Ap 12.12-17).
5.
Destruir os que se hão de converter durante a Grande Tribulação, objetivando
desarraigar da terra quaisquer testemunhos concernentes ao Deus Único e
Verdadeiro e ao seu Unigênito (Ap 7.9-17).
6.
Multiplicar a iniquidade no mundo. Afinal, o Anticristo é conhecido como o
homem do pecado e o iníquo (2 Ts 2.3). Ele, portanto, é o grande promotor da
iniquidade.
III.
A DOUTRINA DO ANTICRISTO
Eis
as bases da doutrina a ser implantada pelo homem do pecado:
1.
Substituir Deus pelo Diabo. Em muitos centros de estudos cristãos, o Senhor
Deus já foi substituído pelo homem. Haja vista as teologias liberais,
divorciadas da Palavra de Deus que se enveredaram pelo antropocentrismo,
afirmando ser o homem a medida de todas as coisas (Sl 10.4; Ez 28.2). E, agora,
já se busca substituir, descaradamente, Deus pelo próprio demônio!
2.
Criar um messias para Israel, visando promover um pseudo-salvador para toda a
humanidade. Quando os judeus perceberem que o Anticristo não é, de fato, o seu
Cristo, mas um impostor, tentará ele destruir a descendência de Abraão (Dn
9.27).
3.
Concretizar o que, desde que fora expulso do céu, o Diabo intenta fazer.
Colocar o Diabo no lugar de Deus, a fim de que ele receba uma adoração que é
exclusiva do Todo-Poderoso. A resposta de Deus para todas essas maquinações do
Maligno está no Salmo 2. Ler também 2 Ts 2.8; Ap 19.19,20.
IV. O
ANTICRISTO NO TEMPLO DE DEUS
Já
que a Besta e o Falso profeta atuarão como antideuses, o reino de Satanás
haverá de funcionar como o anti-reino de Deus.
Portanto,
o momento de maior triunfo de Satanás será introduzir o seu representante no
Santo Templo em Jerusalém. Ele assim agirá, a fim de que:
1. Os
judeus aceitem o Anticristo como o seu messias. “Eu vim em nome de meu Pai, e
não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis” (Jo
5.43).
2. A
verdade seja erradicada. “E com todo engano da injustiça para os que perecem,
porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E, por isso, Deus lhes
enviará a operação do erro, para que creiam a mentira” (2 Ts 2.10,11).
3.
Sejam suspensos os sacrifícios de Deus. “E ele firmará um concerto com muitos
por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de
manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à
consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador” (Dn
9.27).
Quando
isto acontecer, será deflagrada toda a ira de Deus tanto sobre o Anticristo
como sobre os seus adoradores. Mostrará Deus, uma vez mais, que não dividirá a
sua glória com ninguém.Escreve Paulo que o Anticristo será destruído pela
Palavra de Deus (2 Ts 2.7,8). No Apocalipse, assim está narrado o seu fim: “E a
besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais
com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem.
Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre” (Ap
19.20).
O
Senhor Jesus Cristo mostrará a todos que o seu poder é irresistível. Ele é o
Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Senhor
Jesus, não nos deixes ser seduzidos pelo engano nem pelas mentiras do
adversário. Que possamos, nestes instantes que ainda nos restam, agir de
maneira santa e irrepreensível até que venhas buscar a tua Igreja..
“O Anticristo será um homem personificando o
Diabo, porém, apresentando-se como se fosse Deus (Dn 11.36; 2 Ts 2.3,4). [...]
A Besta ou Anticristo será uma personagem de uma habilidade e capacidade
desconhecida até hoje. Será o maior líder de toda a história; acima de qualquer
famoso general ou governante mundial conhecido. Será portador de uma
personalidade irresistível. Sua sabedoria e capacidade serão sobrenaturais.
Além da ação diabólica direta, outros fatores contribuirão decisivamente para a
implantação do governo do Anticristo, como poderio bélico, alta tecnologia e
poder econômico.
Será
um grande demagogo. Influenciará decisivamente as massas com seus discursos
inflamados (Ap 13.5). A Bíblia diz que toda a terra se maravilhará após a Besta
(Ap 13.13). Exercerá uma influência e um fascínio extraordinário sobre as
massas. [...] O Anticristo será recebido ao aparecer como solução dos problemas
e crises sociais e políticas que fustigam o mundo inteiro, para os quais os
líderes mundiais mais capazes não encontram solução” (GILBERTO, A. O calendário
da profecia. 16.ed., RJ: CPAD, 2003, pp.48-9).
"Têm
estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que
possuem" (Ap 17.13).Esse texto das Escrituras é um versículo-chave das
profecias para os fins dos tempos. As palavras um só pensamento referem-se à
síntese da unidade mundial. Devemos notar bem que os "dez reis" não
são forçados a entregar o poder ao maligno, à besta, mas que eles
"oferecerão à besta o poder e a autoridade que possuem". Obviamente é
decisão unânime dos dez reis permitirem que uma pessoa governe, ao invés de
dez.
O
velho provérbio: "Unidos, resistiremos; divididos, cairemos",
aplica-se a este caso. Com que propósito os "dez reis" entregarão seu
poder e sua autoridade? No versículo seguinte temos a resposta: "Pelejarão
eles contra o Cordeiro..."
Quanta
arrogância! Não se trata de um mal-entendido causado por um erro de
comunicação, mas claramente de uma ação deliberada contra o Senhor. O versículo
12 nos mostra que estes dez reis"...recebem autoridade como reis, com a
besta, durante uma hora", indicando que a besta faz parte da estrutura de
poder dos dez reis que voluntariamente transfere sua autoridade à pessoa
chamada "a besta". O ímpeto final de todas as nações é dirigido
contra o Cordeiro. Por quê? Porque todas as nações estão sujeitas ao governo do
príncipe das trevas, o deus deste mundo!
Mil
anos antes de Cristo, o salmista escreveu: "Os reis da terra se levantam,
e os príncipes conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido, dizendo:
Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas" (Sl 2.2-3). Não
devemos minimizar a afirmação de que as nações se opõem ao Senhor e escolhem o
deus deste mundo. Esses versículos bíblicos acabam com qualquer dúvida de que
todas as nações são fundamentalmente contrárias ao Senhor e Seu Ungido.
Alguém
pode fazer uma pergunta legítima: "Por que as nações se levantariam contra
o Senhor?" O apóstolo Paulo responde: "Ora, o aparecimento do iníquo
é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da
mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o
amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda
a operação do erro, para darem crédito à mentira" (2 Ts 2.9-11).
Eles
optarão entre "sinais, e prodígios da mentira" e "o amor da
verdade". Essa é a obra do pai da mentira que engana as nações. As massas
humanas o seguirão voluntariamente, de maneira que no final os dez líderes
mundiais eleitos entregarão sua autoridade e seu poder ao anticristo.
Em
contraste, a intenção de Deus está claramente revelada em João 3.16:
"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". A
rejeição intencional da oferta da salvação é o motivo pelo qual Deus "lhes
manda a operação do erro".
Quero
salientar que: pelas aparências, o mundo imagina que segue a justiça. Os
líderes políticos e religiosos pretendem estabelecer a verdade e a prosperidade
na terra através da imposição pacífica da democracia em toda parte. Pouco se
pode dizer contra os surpreendentes progressos alcançados no que se refere ao
nosso padrão de vida – em especial no Ocidente. Que o digam as classes
inferiores da sociedade! Poucos sonhavam, há 50, 60, ou 70 anos atrás, adquirir
tanto com seus salários. O conforto com que contamos hoje era inconcebível há
algumas décadas. Quem, no início deste século, imaginaria possuir telefone,
geladeira, ar-condicionado, e um automóvel deslizando suavemente pelas
rodovias? Quem alguma vez pensou que teríamos acesso a qualquer tipo de alimento
fresco no mercado 24 horas por dia? Estes avanços tornaram-se tão abundantes,
graças à unificação dos países. O Estado norte-americano da Carolina do Sul,
por exemplo, testemunhou a triplicação da economia num período de apenas duas
décadas. Mas, apesar de todo este progresso em benefício da humanidade, o homem
continua insatisfeito; há um vazio em seu íntimo.
Calendários
Em
minha visita ao Parlamento Europeu em Bruxelas, na Bélgica, um professor
enfatizava entusiasticamente, numa conferência de duas horas, que o sucesso e a
riqueza da Europa são apenas o começo. Mais de 30.000 funcionários em inúmeros
escritórios trabalham com os 626 representantes eleitos do Parlamento,
comunicando-se em 11 idiomas com a ajuda de 7.500 tradutores profissionais. O conferencista
enfatizou de forma clara a pretensão da União Européia em assumir as
responsabilidades dos países-membros soberanos. "Precisamos de mais
europeização", enfatizou o orador. "Identidades nacionais",
continuou, "são prioridades secundárias". Tornar-se membro da União
Européia é extremamente difícil, mas é impossível retirar-se dela. A
constituição não prevê o desligamento de membros. "Isso é para
sempre!", disse o orador.
O
espírito de unificação é irresistível e infindáveis são as possibilidades. No
passado se perguntava: Quem são estes dez reis? Referem-se a dez nações
européias? Em 1967 o Dr. Wim Malgo, fundador da "Obra Missionária Chamada
da Meia-Noite", escreveu: "Não procuremos por dez países-membros do
Mercado Comum Europeu como sendo o cumprimento de Apocalipse 17.12. Ao invés
disto, procuremos as dez estruturas de poder que se desenvolverão por
iniciativa européia, mas serão de alcance mundial."
Vemos
a globalização não só na política e na economia mas também na religião. A
maioria dos conflitos militares, tanto no passado como no presente, têm sido
basicamente em torno de questões religiosas. No Sudão, os muçulmanos estão
assassinando cristãos, mas na antiga Iugoslávia os maometanos foram dizimados
por "cristãos" sérvios mais fortes. O conflito entre a Índia e o
Paquistão, na verdade, é uma questão religiosa entre muçulmanos e hindus.
Desta
forma, a unificação é o próximo passo para a Nova Ordem Mundial globalmente
democrática que prosperará pacificamente. Por isso, não fico surpreso ao ver o
grande sucesso de movimentos que têm por objetivo unir as denominações. Depois
de conseguido isto, o anelo dos homens se voltará para um líder que, de acordo
com muitos estudiosos da Bíblia, só espera a hora de se manifestar. Um rei
terrível, de "feroz catadura" (Dn 8.23), a besta, o anticristo, está
por vir!
À luz
de todos estes fatos, como crentes no Senhor Jesus Cristo, o que devemos fazer?
A resposta está em 2 Tessalonicenses 2.15-17: "Assim, pois, irmãos,
permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por
palavra, seja por epístola nossa. Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus,
o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela
graça, consolem o vosso coração e vos confirmem em toda boa obra e boa
palavra."
Quando Jesus Voltará?
Tempos finais: a hora de Deus ou coisa de
malucos?
[Acontecimentos
impressionantes resultam num] caos de "profecias" e previsões sobre a
aproximação do tempo do fim. Cristãos também participam dessas especulações,
apesar da Bíblia proibi-las: "Por isso, ficai também vós apercebidos;
porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá" (Mt 24.44). Ele
virá "como ladrão"; é o que está escrito no último livro das Sagradas
Escrituras (Ap 3.3). Mas o bom-senso e a razão nos aconselham a pensar no
perigo de "um apocalipse encenado por mãos humanas contra a vontade de
Deus".
Esse
perigo é hoje maior do que no tempo da Guerra Fria, onde o instinto de
sobrevivência dos poderosos deste mundo ajudou a evitar um confronto nuclear.
Mas esse instinto de autopreservação normalmente não existe para os terroristas
religiosamente motivados. Por isso, especialistas em Genebra, Nova Iorque e
Haia, em escritórios da ONU e sedes de outras organizações internacionais,
acham muito provável que esses fanáticos tentarão tornar realidade o tempo do
fim por "se sentirem chamados por Deus".
Longe de
ser fantasia
Provavelmente
não exista outra preocupação maior do governo dos Estados Unidos e de outros
países do que o temor de terroristas virem a apoderar-se de armas químicas ou
biológicas de destruição em massa para usá-las contra a população civil, para
castigar "a sociedade corrompida" ou para pressionar as autoridades
forçando algum tipo de concessão.
"Essa
probabilidade cresce a cada dia...", disse um embaixador credenciado na
"Organização Para a Proibição de Armas Químicas" (OPCW) em Haia.
"Nos tempos da Guerra Fria questionávamos se essas armas seriam utilizadas
algum dia. Hoje só nos perguntamos quando isto acontecerá."
Em
linguagem clara, isso poderia acontecer da seguinte maneira: em um dia calmo de
verão, sem vento, alguém poderia espalhar uma grande quantidade de gás
paralisante no horário de maior movimento, em meio a um engarrafamento em Nova
Iorque ou em Frankfurt, levando dezenas de milhares de pessoas à morte. Ou,
pior ainda: durante a noite um terrorista sobrevoa Washington e despeja cem
quilos de "Anthrax" sobre a cidade; seus bacilos multiplicam-se
rapidamente nos corpos de pessoas e animais e provocam hemorragias internas
mortais em um milhão de pessoas.
Esse
cenário não é uma fantasia. Ele é resultado de um estudo do governo dos Estados
Unidos. No início de 1999 a revista "Foreign Affairs", o periódico
sobre política externa mais conceituado do mundo, trouxe informações a respeito
desse assunto. O professor Richard K. Betts, diretor do Instituto para Pesquisa
de Guerra e Paz da Universidade de Colúmbia em Nova Iorque, salientou que um
acontecimento desses mudaria radicalmente a sociedade livre: "Imaginemos
que uma seita islâmica secreta matasse 100.000 pessoas com uma bomba biológica
e ameaçasse repetir o ato até o governo atender suas exigências. Uma reação de
pânico do nosso sistema judiciário seria bem plausível em um caso desses. Todos
os americanos de origem árabe poderiam ser presos em campos de concentração,
como aconteceu depois do início da Segunda Guerra Mundial com os cidadãos
americanos de origem japonesa." (Abendland)
Na
verdade ninguém, a não ser Deus, sabe quando acontecerá a volta de Jesus. O
Senhor enfatizou em Atos 1.7: "Não vos compete conhecer tempos ou épocas
que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade."
Precisamos
distinguir claramente entre fatos, suposições e especulações. É fato que Jesus
voltará. A suposição é que Ele virá muito em breve. Mas seria especulação
tentar marcar a data da Sua volta.
Em nosso
século e em outras épocas muitos já tentaram calcular a data da volta de Jesus.
Foram estabelecidas datas bem exatas nas quais deveria acontecer o arrebatamento,
mas sem exceção todas as previsões falharam.
Mas
apesar de todos estes cálculos errados do passado, muitos cristãos sinceros e
estudiosos da Bíblia – sem pretenderem marcar uma determinada data – estão de
pleno acordo que nuvens de tempestades se ajuntam no horizonte da história da
humanidade. Vivemos hoje em uma sociedade que não pode ser comparada a nenhuma
outra anterior à nossa. Em nosso mundo acontecem coisas que apontam de maneira
extremamente clara para a iminente volta de Jesus. Ninguém sabe dizer se isto
acontecerá hoje, amanhã ou somente daqui a alguns anos. Mas todos os sinais
apontam para o último grande alvo da história da humanidade.
Nova
Chamada
O povo
judeu está novamente em sua própria terra, onde irá receber primeiramente o
anticristo, sendo depois levado ao encontro do Senhor que está voltando. Assim,
profecias milenares aguardam seu cumprimento final (Jr 24.6-7). A situação no
Oriente Médio se agrava de maneira dramática. Mas o clamor por paz e segurança
não se limita apenas ao Oriente Médio, abrangendo o mundo todo (1 Ts 5.3).
Vivemos numa época em que é possível destruir o mundo inteiro em apenas uma
hora. O cenário apocalíptico em todas as áreas se delineia de maneira cada vez
mais evidente e torna-se cada vez mais provável. Está sendo construído um
sistema econômico global, uma verdadeira teia, da qual ninguém mais pode
escapar, e é possível que esse sistema desabe de uma hora para outra.
Atualmente uma crise em qualquer lugar do globo já abala o mundo inteiro (comp.
Ap 18.10ss). As catástrofes naturais alcançaram dimensões e freqüências
assustadoras, são cada vez mais dramáticas e se sucedem a intervalos sempre
menores (Lc 21.25ss). O afastamento de Deus e o distanciamento das verdades
bíblicas é tão evidente e cada vez mais atrevido que fica difícil achar uma
situação que se compare a ela. Alguém observou: "As pessoas de hoje sabem
tão pouco das verdades bíblicas que vivem suas vidas como se Deus não
existisse" (comp. 2 Ts 2.3; 2 Tm 3.1ss). Na área do ocultismo, o diabo
está solto: nos meios de comunicação, no cinema e na televisão as pessoas são
literalmente afundadas no esoterismo e soterradas por filmes de ficção
científica. Alexander Soljenitzyn observou: "Os poderes do mal iniciaram
sua ofensiva decisiva" (comp. 2 Ts 2.9; 1 Tm 4.1). Ultimamente também o
mundo secular (desligado de Deus) tem chegado sempre mais à convicção de que
nos aproximamos do fim do mundo. Parece que os sinais dos tempos prenunciam a
chegada da noite, e o nosso mundo vê mais "o túnel no fim da luz" do
que o inverso. Mas os filhos de Deus não têm motivos para ficar resignados. Ao
contrário. Para eles, pela fé, aparece a luz no fim do túnel: Jesus voltará.
Lemos em 2 Tessalonicenses 1.10: "quando vier para ser glorificado nos
seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi
crido entre vós o nosso testemunho)." Até que chegue esse momento, devemos
remir o tempo e cumprir nossa tarefa para que mais pessoas sejam ganhas para o
Senhor Jesus e para que Sua Igreja seja preparada para quando Ele voltar. Acima
de tudo, temos a Palavra Profética, para a qual devemos atentar como uma luz
que brilha em lugar tenebroso (2 Pe 1.19).
O Preparo Para a
Tribulação
Ao
longo dos anos tem havido muitas argumentações contra o pré-tribulacionismo.
Algumas tentativas são exegéticas, outras são teológicas, e algumas são
práticas. Embora eu venha escutando este argumento prático específico (do
preparo para a Tribulação) desde o início dos anos 1970, eu o ouvi apresentado
com uma frequência muito maior no ano passado do que em todos os anos
anteriores juntos. A questão que levantam é a seguinte: “Se o Arrebatamento
pré-Tribulação não for verdadeiro, então a Igreja não estará preparada para
passar pela Tribulação e muitos se perderão no tempo da perseguição por causa
desse falso ensino”.
Não
Estarão Preparados?
O
trailer de um vídeo contra o pré-tribulacionismo pergunta:
E o
que acontecerá se a Igreja não for arrebatada aos céus antes da Grande
Tribulação como muitos estão ensinando? E o que acontecerá se a Igreja for
deixada com preparo insuficiente para encarar o Anticristo e a marca da besta?
E o que acontecerá se as afirmativas de Tim LaHaye sobre o Arrebatamento
pré-Tribulação forem falsas? Então, a bendita esperança se tornará a infeliz
esperança para milhões de pré-tribulacionistas? E o que acontecerá se os
milhões que foram conduzidos ao erro pelo ensino pré-tribulacionista se
tornarem parte da grande apostasia que Jesus advertiu que iria acontecer
naquela hora?[1]
A
questão do Arrebatamento pré-Tribulação versus o Arrebatamento pós-Tribulação é
uma das questões pastorais mais importantes dos nossos dias. Se você é um
pastor que neste momento não está preparando seu povo para enfrentar
potencialmente o Anticristo e a Grande Tribulação, simplesmente porque sua
denominação ensina isso, ou por outro motivo qualquer, acho pessoalmente que
você está fracassando em seu papel como pastor.
De acordo
com essa maneira de pensar, aparentemente, há algum ensinamento especial ou
algum preparo especial em que os pastores devem estar engajados para que possam
preparar seu povo para os rigores de enfrentar a Tribulação. Certamente, a
Tribulação será como Jesus disse que seria: “Porque nesse tempo haverá grande
tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem
haverá jamais” (Mt 24.21). Mas, esta visão (da necessidade de preparo para a
Tribulação) pressupõe, incorretamente, que o Novo Testamento não ensina o
Arrebatamento da Igreja antes da Tribulação. Durante os últimos vinte e cinco
anos tenho apresentado o ensino do Novo Testamento apoiando o
pré-tribulacionismo. Contudo, mesmo que eu pressupusesse, para fins de
argumentação, que a Igreja iria enfrentar a Tribulação, seria verdade que os
pastores pré-tribulacionistas não teriam preparado seus rebanhos para
suportarem aquele momento? A resposta é “não”!
Preparo
Para a Perseguição
A
chave para todo cristão sobre como tratar com a perseguição de qualquer tipo
não é algum conhecimento especial de que tal perseguição está chegando; em vez
disso, a chave depende do nível de maturidade do indivíduo que está passando
pelas dificuldades. Na noite antes de ser crucificado, Jesus disse aos Seus
discípulos no Cenáculo: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós
outros, me odiou a mim.?Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu;
como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o
mundo vos odeia” (Jo 15.18-19). Todas as instruções do Discurso do Cenáculo
(João 13-16) são instruções especiais finais aos Seus discípulos que logo se
tornariam os fundadores, juntamente com Cristo, da nova era que chamamos de
Igreja. A mensagem de Jesus foi que o mundo O odiava e também odiaria e
perseguiria Seus seguidores. O versículo final do Discurso do Cenáculo foi
projetado para encorajar aqueles que estavam destinados a se tornarem parte da
Igreja. Disse Jesus naquele momento: “Estas coisas vos tenho dito para que
tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu
venci o mundo” (Jo 16.33).
Deserto
O
apóstolo Paulo ressoa a advertência de Jesus sobre a perseguição durante a Era
da Igreja quando declara: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em
Cristo Jesus serão perseguidos” (2Tm 3.12). Os crentes que realmente viverem a
vida cristã são aqueles que sofrerão perseguição, seja a perseguição mais
branda da mera rejeição social, ou a perseguição severa que leva à morte. O
motivo para tal perseguição foi revelado por Cristo no Discurso do Cenáculo,
quando Ele observou que o mundo O odeia e também odiará aqueles que viverem
como Jesus. Esta verdade é ilustrada em todo o Livro de Atos à medida que a
igreja primitiva divulgava o Evangelho por todo o mundo antigo. A perseguição é
frequentemente a razão pela qual um escritor do Novo Testamento foi inspirado
pelo Espírito Santo a escrever uma epístola a muitas das recém-formadas igrejas
do primeiro século. O fato é que as dificuldades, as tribulações e a
perseguição são coisas que vêm acontecendo desde a fundação da Igreja do Novo
Testamento, quase dois mil anos atrás. Então, como os crentes da era presente
devem tratar com essa questão?
Maturidade
Cristã
O que
tem preparado os crentes de qualquer época para tratarem com as dificuldades e
a tribulação? Pode-se afirmar simplesmente que é a maturidade na fé. Os crentes
que são amadurecidos na fé conseguem lidar com qualquer tipo de teste que Deus
permita acontecer em suas vidas. Portanto, um pastor é responsável por
alimentar seu rebanho com a Palavra de Deus, a qual capacita os crentes a
suportarem as dificuldades que possam encontrar em seu caminho, seja dentro ou
fora da Tribulação. Não fui capaz de encontrar, tampouco alguém foi capaz de me
mostrar, passagens bíblicas especiais que tenham o objetivo de capacitar uma
pessoa a passar pela Tribulação. Como disse Paulo aos anciãos de Éfeso em seu
encontro de despedida: “Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à palavra da sua
graça, que tem poder para vos edificar e dar herança entre todos os que são
santificados” (At 20.32). É o ensinamento da Palavra de Deus, sob a supervisão
de Deus Pai, através do poder do Espírito Santo, que é capaz de edificar os
crentes individualmente, preparando-os para suportarem qualquer que seja a
circunstância.
Durante
dois mil anos de história da Igreja, tem havido dezenas de milhões de crentes
que já suportaram tremenda perseguição imposta a eles por aqueles que odeiam
nosso Senhor e Salvador, sim, há dezenas de milhões que deram suas vidas por
amor a Cristo. Como eles foram capazes de perseverar? Eles perseveraram porque
eram sólidos na fé. Assim também será depois do Arrebatamento: aqueles que
vierem à fé em Cristo perseverarão ao passarem por semelhantes perseguições,
confiando no Senhor. Se a Igreja estiver “despreparada”, como os críticos do
pré-tribulacionismo afirmam que acontecerá por causa do pré-tribulacionismo,
será, na verdade, porque seus membros não cresceram adequadamente na fé.
É
verdade que há muitíssimos crentes professos hoje, tanto pré-tribulacionistas
quanto não pré-tribulacionistas, que não estão crescendo na fé como deveriam.
Mas isto não acontece porque tenham uma determinada visão do momento do
Arrebatamento. Em vez disso, é porque não amadureceram na fé como deveriam ter
amadurecido. Vemos isto refletido por Paulo em sua primeira carta aos
coríntios: “Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim
como a carnais, como a crianças em Cristo.?Leite vos dei a beber, não vos dei alimento
sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque
ainda sois carnais. Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é
assim que sois carnais e andais segundo o homem?” (1Co 3.1-3). Esses crentes
tinham tido tempo para superar a infância espiritual e se tornarem crentes
amadurecidos, mas escolheram não crescer. Existem muitos cristãos assim na
igreja de hoje. O objetivo de muitíssimas igrejas hoje é aumentar em número e
entreter o rebanho, não é ver os crentes amadurecerem e se tornarem adultos na
fé.
Espalhando
Mitos
Lembro-me
de assistir, no início dos anos 1970, a Pat Robertson em seu programa de
televisão chamado “O Clube 700”. Robertson sempre foi um pós-tribulacionista
fervoroso e, portanto, um anti-pré-tribulacionista militante. Assisti a um
programa no qual Corrie ten Boom era a convidada. Ela juntou-se a Robertson na
crítica ao pré-tribulacionismo e contou sua tão frequentemente repetida
história sobre como, na China, o Arrebatamento pré-Tribulação era ensinado aos
crentes e, portanto, estes não estavam adequadamente preparados quando os
comunistas tomaram o poder e impuseram uma severa perseguição aos cristãos.
Recentemente, um pós-tribulacionista enviou-me um e-mail com a seguinte
citação, supostamente de ten Boom a respeito desse assunto: “Fracassamos.
Deveríamos ter feito com que o povo ficasse mais forte para a perseguição, em
vez de dizer-lhe que Jesus voltaria primeiro. Digam ao povo como ser forte em
tempos de perseguição, como permanecer firme quando a tribulação vier, como
perseverar e não desanimar”. Ela disse em muitas ocasiões que os cristãos
chineses não estavam preparados para a perseguição que lhes sobreveio em 1949,
quando os comunistas tomaram o controle da China, porque eles estavam esperando
ser arrebatados. Este simplesmente não é o caso!
O
trabalho missionário evangélico teve início na China no começo dos anos 1800, e
estima-se comumente que houvesse cerca de 750.000 crentes na China quando os
missionários foram expulsos de lá no começo dos anos 1950. Nos anos 1970,
quando foi restabelecido o contato da China com o mundo exterior, diz-se que
havia dezenas de milhões de chineses cristãos lá. Hoje, estima-se que haja
algumas centenas de milhões. Se a Igreja na China foi derrotada por causa do pré-tribulacionismo,
então como é possível que o Evangelho tenha se espalhado e se multiplicado tão
tremendamente quando lá não havia missionários de fora? Seja o que for que
tenha acontecido nesses vinte e cinco anos depois que os missionários partiram
de lá, o que vemos não é o resultado de uma igreja derrotada, despreparada,
como a Corrie ten Boom sempre afirmou.
Desta
forma, é falsa a noção de que, se o pré-tribulacionismo estiver errado – e
tenho certeza de que não está errado – os crentes não estarão adequadamente
equipados para a perseguição que acontecerá na Tribulação. Tal visão não é
verdadeira, uma vez que a habilidade para lidar com provações e tribulações
está relacionada com a maturidade espiritual das pessoas, e não simplesmente
por serem avisadas que terão que passar pela tribulação. Isto é demonstrado na
história pelos muitos pré-tribulacionistas que têm sido capazes de permanecer
fortes em meio à perseguição durante nossa atual Era da Igreja. Maranata! (fonte Chamada ).
O Anticristo
O
anticristo é a manifestação visível e encarnada de Satanás na Terra. O ser
humano criará uma imagem que será adorada por todos os povos. “Filhinhos, já é
a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos
anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora. Eles saíram
de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos
nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse
manifesto que nenhum deles é dos nossos” (1 João 2.18-19).
O
apóstolo João é o único escritor que faz uso da palavra “anticristo” na Bíblia.
O versículo anterior diz o seguinte: “Ora, o mundo passa, bem como a sua
concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente”
(v. 17). Portanto, neste ponto trataremos de duas coisas: aquilo que é temporal
e aquilo que é eterno. Embora tenha escrito há cerca de 2000 anos atrás, João
afirmou: “já é a última hora”. É preciso que tenhamos em mente que ele escrevia
tais palavras por uma perspectiva espiritual. Tudo o que percebemos com nossos
cinco sentidos pertence a este mundo físico, que é temporal, mas aquilo que
conhecemos através das Escrituras é eterno.
O
anticristo e o espírito do anticristo sabem, muito bem, que pouco tempo lhes
resta; logo, é preciso que a humanidade seja levada rapidamente a se sujeitar a
ele. Esse processo de sujeição não se dá por meio de armas de guerra. Pelo
contrário, cumpre-se de maneira moderna e elegante de modo que as pessoas
venham a se submeter voluntariamente aos desejos criados por uma mídia
inspirada por Satanás.
Não
precisamos culpar a mídia jornalística, a indústria do entretenimento, os
liberais, os humanistas, os esquerdistas, nem qualquer outro grupo. Os magnatas
da indústria do entretenimento seguem as tendências de quem assiste o que é
produzido. Eles realmente apresentam aquilo que as pessoas querem ver. Nós já
discutimos o papel da mídia no declínio moral das nações. Porém, não devemos
desconsiderar o fato de que, por exemplo, quando a indústria do entretenimento
perverte a moralidade de seus espectadores, ela só o faz porque sabe que as
pessoas gostam do que assistem, criando, assim, um ciclo vicioso. A mídia exibe
mais filmes e programas de televisão que contêm violência e imoralidade porque
é exatamente o que mais vende, é o que as pessoas querem ver. Em todo e
qualquer negócio, o mais importante é que as pessoas fiquem encantadas e
obcecadas com o produto oferecido. O sucesso de uma empresa ou de um produto se
baseia nesse nível de alcance e resposta do público-alvo.
Embora
já esperemos esse tipo de abordagem no mundo em que vivemos, devíamos ficar
absolutamente perplexos quando se constata a mesma prática na Igreja. No
entanto, um “outro Jesus” tem sido apresentado na mensagem de “outro
evangelho”, pelo poder de um falso espírito em muitas igrejas e através destas;
o pior é que as pessoas gostam disso. O apóstolo Paulo escreveu sobre esse
Jesus substituto ou impostor na sua Carta aos Coríntios: “Mas receio que, assim
como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a
vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo [...] Porque
os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em
apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma
em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se
transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras”
(2 Coríntios 11.3,13-15).
A
Bendita Separação
O
principal acontecimento nesse cenário do fim dos tempos é a separação daqueles
que não nasceram de novo pela fé em Cristo. O apóstolo João declara que “eles
saíram de nosso meio” porque “não eram dos nossos” (cf. 1 João 2.19). Essa pode
ser considerada a primeira iniciativa não-ecumênica daqueles que não podiam
mais se identificar com a verdadeira Igreja. Eles não foram expulsos; pelo
contrário, “saíram de nosso meio”.
Sem
dúvida isso aconteceu no tempo em que João escreveu tais palavras e é a razão
pela qual ele fez um apelo extremamente pessoal aos “filhinhos”. Não se trata
de um pronunciamento profético que se cumpriria 2000 anos mais tarde, mas já
estava ocorrendo nos dias de João e naquela realidade, conforme se pode ler:
“também, agora, muitos anticristos têm surgido” (v. 18).
O
apóstolo João expressa seu cuidado em favor dos genuínos crentes em Cristo, os
quais, pelo que parece, estavam confusos quanto à situação daqueles que tinham
abandonado a comunhão. Mas estes últimos não eram, de fato, crentes em Cristo;
eram, porém, o fruto enganoso do espírito do anticristo. Por esse
pronunciamento das Escrituras fica claro que o espírito de separação estava
presente na Igreja, o que implica que os farsantes não conseguiram permanecer,
por muito mais tempo, na presença da verdade ensinada e vivida pelos genuínos
crentes na Igreja.
Em
Lugar de Cristo
Neste
ponto talvez seja necessário explicar que o termo anticristo significa “em
lugar de Cristo”. O anticristo é um substituto para o legítimo Cristo. Aqueles
que nos dias do apóstolo João criam num Cristo substituto foram os primeiros
anticristãos. Ainda que eles usassem o nome de Cristo, se denominassem cristãos
e dessem a impressão de seguir as doutrinas da Bíblia, os tais, na verdade,
nunca pertenceram a Cristo.
Quando
fazemos referência à preparação para a Marca da Besta, temos de ter em mente
que não se trata de um fenômeno novo. O anticristo, a Marca da Besta e as
coisas de natureza apocalíptica eram tão reais nos primórdios da Igreja como o
são na atualidade.
Ezequiel
Nem o
anticristo, muito menos a Marca da Besta, foram, até agora, manifestos. É
preciso dizer novamente que nosso desejo não é o de fazer especulações sobre a
identidade do anticristo, nem sobre o tipo de tecnologia que será utilizada na
implementação da Marca da Besta. Todas essas declarações referentes ao
anticristo e à Marca da Besta constituem um único pacote; seu conteúdo se
aplicava à Igreja nos seus primórdios e se aplica à Igreja nas últimas etapas
do fim dos tempos.
O
Espírito Santo Desmascara o Anticristo
Fora
o que mencionamos, o apóstolo João não oferece nenhuma outra informação sobre o
anticristo, exceto o que consta em 1 João 2.20: “E vós possuís unção que vem do
Santo e todos tendes conhecimento”. Essa é, obviamente, a chave que nos
possibilita reconhecer e distinguir a verdade e a mentira, a luz e as trevas,
Cristo e o anticristo. O Espírito Santo nos ensina todas as coisas: “Quanto a
vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes
necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a
respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele,
como também ela vos ensinou” (1 João 2.27). O Espírito Santo permanece em nós para
sempre; temos de permanecer no ensino do Espírito Santo.
As
afirmações “todos tendes conhecimento [...] e não tendes necessidade de que
alguém vos ensine” (v. 20,27), talvez requeiram uma pequena explicação. Não
quer dizer que nenhum de nós precise de instrução e ensino, antes, significa
que o Espírito de Deus nos leva a distinguir entre a verdade e as mentiras.
João
não revelou detalhes no que diz respeito ao tempo, contudo, o filho espiritual
de Deus visualiza o início e a conclusão: o mesmo Espírito, a mesma doutrina e,
não é surpresa nenhum, o mesmo inimigo.
Ao
tratarmos da preparação para a Marca da Besta, temos de lidar com a questão de
modo uniforme. Aqueles que estavam vivos na época de João e que saíram da
Igreja, não receberam literalmente a Marca da Besta, todavia, em termos
espirituais, eles já tinham sido marcados, porque não eram da verdade. Eles se
encantaram com uma ilusão, um falso Cristo, uma imitação impostora, o
anticristo.
A
Advertência
Diante
dos perigos do engano, a Igreja dos tempos de João e a Igreja de nossos dias
deviam prestar muita atenção a esta advertência: “Permaneça em vós o que
ouvistes desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o princípio
ouvistes, também permanecereis vós no Filho e no Pai. E esta é a promessa que
ele mesmo nos fez, a vida eterna. Isto que vos acabo de escrever é acerca dos
que vos procuram enganar” (1 João 2.24-26).
Repare
nas palavras “permaneça”, “princípio” e “permanecereis”. Temos de permanecer
desde o princípio – a saber, desde o momento em que nascemos de novo da parte
do Espírito Santo e nos tornamos seres eternamente vivos. Desde então, devemos
permanecer na fé. Por quê? Respondo com uma palavra: engano, conforme está
escrito: “acerca dos que vos procuram enganar” (v. 26). Esse é o espírito do
anticristo, que estava bem vivo e ativo nos dias do apóstolo João e está bem
vivo e ativo nos dias atuais.
Como
é que podemos resistir ao engano? O versículo 27 responde: “Quanto a vós
outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade
de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas
as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos
ensinou”. Percebemos de novo o verbo “permanecer”. O Espírito Santo permanece em
nós; Ele nos ensina a distinguir entre a verdade e as mentiras, entre o genuíno
e o falsificado.
Meu
caro amigo, você já agradeceu ao Pai celeste pelo dom do Espírito Santo? Sem o
Espírito Santo seríamos filhos deste mundo os quais não têm esperança nem
futuro com Deus; estaríamos em trevas. Porém, ao permanecermos nAquele que
permanece em nós, o entendimento da preciosa Palavra se torna límpido e claro;
não precisamos de sinais e prodígios, nem de eventos espetaculares ou milagres.
Cremos simplesmente no fato que Ele é, e isso basta.
A
Espera de Jesus
Será
que o apóstolo João esperava pela volta de Jesus? O versículo 28 responde:
“Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar,
tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda”.
Observe que João se inclui nas implicações desse texto, ao dizer: “tenhamos
confiança”. Ele certamente cria na iminência da volta de Jesus Cristo já
naqueles dias.
Por
essa razão, a esperança da Segunda Vinda de Cristo nos distingue daqueles que
esperam uma vida melhor neste mundo, um tempo melhor, menos criminalidade, mais
liberdade, mais justiça e muitas outras coisas que são aqui da Terra. Em outras
palavras, se você não está à espera da volta de Jesus, então, já está à espera da
manifestação do anticristo. Você está em processo de preparação para receber a
Marca da Besta.
Quem
é o Anticristo?
O
anticristo é a obra-prima de Satanás. Ele é a imitação quase-perfeita de Jesus
Cristo. Ele é o governante mundial ao qual as Escrituras se referem como “o
filho da perdição”, “o homem da iniqüidade” (João 17.12; 2 Tessalonicenses
2.3); “o iníquo” (2 Tessalonicenses 2.8); o “rei de feroz catadura” (Daniel
8.23); além de ser um negociador brilhante que proporcionará paz ao mundo.
O
livro de Daniel nos oferece uma compreensão mais clara sobre o anticristo e seu
reino: “Então, ele disse: O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual
será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés,
e a fará em pedaços” (Daniel 7.23). O termo “diferente” se repete por várias
vezes nesse capítulo de Daniel. Notamos ainda que esse quarto animal não ficará
restrito a apenas um lugar, pois “devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e
a fará em pedaços”. Como ele conseguirá fazer isso?
“Grande
é o seu poder, mas não por sua própria força; causará estupendas destruições,
prosperará e fará o que lhe aprouver; destruirá os poderosos e o povo santo.
Por sua astúcia nos seus empreendimentos, fará prosperar o engano, no seu
coração se engrandecerá e destruirá a muitos que vivem despreocupadamente;
levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes, mas será quebrado sem esforço de
mãos humanas” (Daniel 8.24-25).
Repare
nestas expressões: “causará estupendas destruições”; “fará prosperar o engano”;
“no seu coração se engrandecerá”; “destruirá a muitos que vivem
despreocupadamente”. Ele é o líder máximo deste mundo; é o retrato vivo da
história de sucesso do novo mundo globalizado. Observe também as palavras
“caladamente”, “intrigas”, no capítulo 11.21-24: “Depois, se levantará em seu
lugar um homem vil, ao qual não tinham dado a dignidade real; mas ele virá
caladamente e tomará o reino, com intrigas. As forças inundantes serão
arrasadas de diante dele; serão quebrantadas, como também o príncipe da
aliança. Apesar da aliança com ele, usará de engano; subirá e se tornará forte
com pouca gente. Virá também caladamente aos lugares mais férteis da província
e fará o que nunca fizeram seus pais, nem os pais de seus pais: repartirá entre
eles a presa, os despojos e os bens; e maquinará os seus projetos contra as
fortalezas, mas por certo tempo”.
A
palavra “intrigas” (ou “lisonjas”) ainda ocorre nos versículos 32 e 34. O
versículo 36 testifica de que ele “será próspero”.
A
Bíblia não identifica o anticristo pelo seu nome, nem diz que devamos
investigar sua identidade. Mas uma coisa é certa: ele será o homem mais bem
sucedido na face da Terra. Os comunistas chineses, os muçulmanos árabes e o
“igrejismo” mundial aclamarão o anticristo como o messias do mundo, o grande
salvador, um operador de milagres e o homem mais benevolente da história.
O
livro de Apocalipse acrescenta estas outras informações: “Então, vi uma de suas
cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a
terra se maravilhou, seguindo a besta; e adoraram o dragão porque deu a sua
autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à
besta? Quem pode pelejar contra ela?” (Apocalipse 13.3-4).
O
versículo 8 desse mesmo capítulo afirma: “E adorá-la-ão todos os que habitam
sobre a terra”. É bom que sejamos bastante cuidadosos em perceber que tal homem
e seu sistema são globais, ou seja, não se restringem a um determinado país,
povo ou etnia. Com ele, o mundo, finalmente, terá alcançado a paz e a segurança
almejadas, porém conhecemos esta advertência predita na Bíblia: “Quando andarem
dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição” (1
Tessalonicenses 5.3).
Para
aqueles que continuam suas tentativas de identificar o anticristo, minha
sugestão é a de que procurem um sujeito legal, uma pessoa que todos vão amar,
um líder político sem igual, que promete e cumpre o que prometeu, o qual,
conseqüentemente, merecerá não somente a reverência, mas, até mesmo, a adoração
do mundo todo. (fonte Chamada).
O Anticristo Será um Muçulmano?
Joel
Richardson e alguns outros autores têm afirmado pela última década que o
Anticristo que está por vir será muçulmano. Ele escreveu uma série de livros
advogando esta visão. Sua última contribuição é The Islamic Antichrist [O
Anticristo Islâmico].[1] Os seus principais argumentos baseiam-se na comparação
da escatologia cristã com a islâmica, das quais ele retira uma determinada
conclusão. Depois ele vai, em segundo plano, para a Bíblia em um esforço para
tratar das passagens que contradizem sua conclusão. Este é um exemplo clássico
de exegese de jornal em que um indivíduo vê algo acontecendo no mundo, depois
vai à Bíblia e tenta fazer aquilo se encaixar no programa profético das
Escrituras. Penso que Richardson e aqueles que concordam com ele estão absolutamente
errados sobre esta questão, uma vez que o livro de Daniel afirma claramente que
o Anticristo virá de Roma, não de uma nação islâmica.
Exegese
de Jornal
Hoje,
muitos mestres populares de profecias bíblicas empregam a exegese de jornal em
suas análises de eventos atuais em relação às profecias. Richardson é um dos
exemplos mais extremos disso em nossos dias. A abordagem adequada que todos os
estudantes de profecia bíblica deveriam empregar é primeiramente estudar a
Bíblia indutivamente para ver o que ela diz, não levando em consideração nenhum
dos acontecimentos correntes. Deve-se primeiro verificar, a partir de uma
interpretação adequada das Escrituras, o que é que o Senhor afirma sobre
profecias bíblicas futuras. Uma vez que a pessoa verificou o que a Bíblia
afirma, então será capaz de montar uma estrutura do plano de Deus para o
futuro. Nosso Senhor não nos falou todos os detalhes; todavia, há muita
informação que Ele nos forneceu. Portanto, somos capazes de construir um esboço
bastante amplo sobre como será o período da Tribulação.
Assim
que tiver manuseado adequadamente as Escrituras desta maneira, a pessoa pode,
então, olhar os acontecimentos atuais e verificar determinadas tendências que
podem estar se desenvolvendo e movimentando na direção que a Bíblia prediz. Por
exemplo, a Bíblia tem dezenas de profecias sobre Israel ser uma nação em sua
própria terra durante a Tribulação. Já vimos o retorno de milhões de judeus
para sua terra natal e o estabelecimento da nação de Israel para acontecimentos
que ocorrerão durante a Tribulação. Centenas de anos antes que isto ocorresse,
muitos cristãos tomaram conhecimento, através da Bíblia, de que isso
aconteceria e escreveram dezenas de livros explicando tal visão. Isto não seria
exegese de jornal. Entretanto, Richardson teve a idéia de um Anticristo
muçulmano lendo primeiro as notícias dos eventos atuais e passou a especular
sobre sua idéia. Esta é uma abordagem errada à profecia bíblica.
A
Falsa Visão de Richardson
Richardson
acredita que há muitas semelhanças entre a escatologia cristã e a escatologia
islâmica. Deve haver mesmo algumas semelhanças, pois muitas das crenças do
islamismo se desenvolveram a partir de fontes cristãs e judaicas. Na época em
que Maomé viveu, 50% dos habitantes da Arábia eram cristãos. Havia também uma
forte presença de judeus na Arábia; sendo que os cristãos e judeus eram
praticamente os únicos habitantes alfabetizados. Diz-se que um escriba judeu
foi quem fez os principais registros do Corão. Além disso, o Hadith, que é uma
coleção de cerca de 400.000 ditados, supostamente expressos por Maomé e
escritos durante um período de mais de 200 anos depois de Maomé, contém muitas
visões contraditórias sobre o futuro. Portanto, não surpreende que algumas
idéias cristãs e judaicas tenham sido tomadas emprestado e trazidas para dentro
do islamismo.
Dave
Reagan, em uma palestra feita em uma Conferência de Grupos de Estudo Sobre
Pré-Tribulacionismo, observou:
De
acordo com o cenário do final dos tempos de Richardson, o Mahdi e o Jesus muçulmano
(o Falso Profeta) unirão todo o mundo islâmico, reavivando o Império Otomano.
Eles conquistarão Israel e estabelecerão o quartel-general de um Califado em
Jerusalém. Seu governo chegará ao fim com a batalha de Gogue e Magogue, que
está retratada em Ezequiel 38 e 39, e que acontecerá no final da Tribulação,
quando o Senhor Jesus Cristo retornar. E, novamente, quando Jesus retornar, o
mundo islâmico verá o verdadeiro Jesus como o Daijal, ou o Anticristo islâmico.
Um problema evidente com este cenário é que a escatologia islâmica afirma que o
Daijal, o Anticristo, virá primeiro, e seu surgimento será o sinal de que o
Mahdi está para chegar. O cenário de Richardson coloca o aparecimento do Daijal
islâmico no final da Tribulação, em vez de ser no início. Portanto, pergunto:
Se alguém entra em cena afirmando ser o Mahdi antes do surgimento do Daijal,
por que esse alguém seria aceito pelos muçulmanos?[2]
Sete
Cartas
O
Anticristo Será Romano
Na
passagem das 70 semanas de Daniel, Gabriel diz a Daniel que o Anticristo virá
do mesmo povo que destruiria Jerusalém e o Templo, o que aconteceu no ano 70
d.C. Todos concordam que foram os romanos que realizaram essa destruição. A
passagem se refere ao “príncipe que há de vir” (Dn 9.26). “Ele”, no versículo
27, se refere também ao “príncipe que há de vir” e é uma referência ao futuro
Anticristo durante a Tribulação. Assim, esta passagem diz claramente que o
Anticristo virá do Império Romano reavivado.
“Depois
de sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um
príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim virá num
dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas. Ele fará
firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o
sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o
assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele”
(Dn 9.26-27).
Alto-relevo no Arco de Tito, em Roma: Cena do
desfile com os despojos do templo judaico destruído em 70 d.C.
Daniel
7 fala da quarta besta (Dn 7.7), que é Roma. Isto se confirma no livro do
Apocalipse, que fala sobre os mesmos impérios e diz:
“As
sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete
reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando
chegar, tem de durar pouco. E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo
rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição” (Ap 17.9-11). Os sete
montes não se referem a Roma, pois o versículo seguinte diz tratar-se de sete
reis. A quem eles se referem? Trata-se dos sete reis na história que
perseguiram o povo judeu. O primeiro é o Egito, que escravizou Israel. O
segundo são aos assírios, que levaram o Reino do Norte ao cativeiro. O livro de
Daniel fala sobre o terceiro rei, que foi Nabucodonosor [Império Babilônio],
que escravizou o Reino do Sul. O número quatro é o Império Medo-Persa, durante
o qual ocorreu o que está relatado no livro de Ester e o povo judeu foi
libertado. O quinto se refere aos gregos, à sua tentativa de helenizar os
judeus e a perseguição que ocorreu no reinado de Antíoco Epifânio. O sexto se
refere a Roma e à destruição de Jerusalém e do Templo sob o domínio do governo
romano. Este é o império sobre o qual Apocalipse 17.10 diz “um existe”, uma vez
que o Apocalipse foi escrito durante o tempo do Império Romano. Assim, o sétimo
rei se refere ao Anticristo, que surgirá do Império Romano reavivado no futuro.
O sétimo rei se refere ao Anticristo na primeira metade da Tribulação, enquanto
que o oitavo é o Anticristo que foi morto no meio da Tribulação, depois é
ressuscitado e provavelmente habitado pelo próprio Satanás.
O
islamismo só foi fundado no Século VII d.C.; por isso, não pode fazer parte do
Império Romano reavivado, especialmente porque Roma jamais fez parte do
islamismo. Não há uma maneira pela qual Richardson consiga torcer a história o
suficiente para tentar encaixar, mesmo que de modo espremido, suas idéias
desviantes a ponto de incluir o islamismo nessa estrutura bíblica do passado ou
do futuro. A Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, apóia a noção
de que o Anticristo virá de alguma reforma do Império Romano. A atual União
Européia (UE) também não é o cumprimento dessas profecias. Pode ser que a UE
esteja estabelecendo o palco ou preparando o caminho para um futuro cumprimento
de alguma forma do Império Romano reavivado.
Conclusão
Há
muitas outras razões pelas quais o Anticristo não será um muçulmano, mas deverá
ser do Império Romano reavivado. O espaço não me permite examinar tais razões
aqui. Richardson também tenta dizer que Gogue, em Ezequiel 38 e 39, é o
Anticristo que vem da atual Turquia. Ele também coloca o tempo desse
acontecimento na Segunda Vinda. Esta visão é, da mesma forma, impossível porque
a profecia diz que Gogue vem do lado do Norte (Ez 38.6). As mais distantes
partes que estão ao norte de Israel só podem se referir à Rússia. O Anticristo
certamente não virá da Rússia. Quando se estudam as passagens que falam sobre o
lugar de onde virá o Anticristo, nos livros de Daniel e do Apocalipse, não há
nada que defenda a falsa noção de que ele será islâmico. O islamismo não
existia quando a Bíblia foi escrita, portanto, não é mencionado por ela. Parece
que não há nada na Bíblia que antecipe especificamente o surgimento do
islamismo. Como não há base bíblica para tal visão, então não importa o que
alguém possa pensar sobre os acontecimentos atuais ou para onde as tendências
parecem pender em relação ao islamismo, essa visão não é absolutamente
mencionada na profecia bíblica e, especialmente, a Bíblia não menciona um
Anticristo islâmico. Os muçulmanos serão como o restante do mundo incrédulo,
que seguirá após o Anticristo romano reavivado, a menos que eles venham a
confiar em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador durante os anos da
Tribulação. Maranata! (Thomas Ice - Pre-Trib Perspectives - Chamada.com.br)
Notas:
Joel
Richardson, (Washington, D.C.: World Net Daily Books, 2015).
Dave
Reagan, “An Evaluation of the Muslim Antichrist Theory” (Uma Avaliação da Teoria
do Anticristo Muçulmano), Este trabalho
é uma excelente refutação da visão do Anticristo islâmico que eu recomendo
sinceramente, exceto por seus comentários no final a respeito do Salmo 83.
A Marca da Besta
Dentre
todos os tópicos da Bíblia, talvez a marca da besta seja o que mais tem
suscitado especulações e argumentações ridículas e bombásticas. Cristãos e
não-cristãos debatem o significado de seu valor numérico. Mas o que diz,
realmente, o texto bíblico?
O
Número 666: Marca Registrada da Tribulação?
A
questão central da Tribulação é: Quem tem o direito de governar, Deus ou
Satanás?Deus vai provar que é Ele quem tem esse direito. Pela primeira e única
vez na história, as pessoas terão uma data limite para aceitarem o Evangelho.
Por enquanto, todos podem aceitar ou rejeitar essa mensagem em diferentes
momentos da vida; alguns o fazem na infância, outros no início da fase adulta,
outros na meia-idade, e alguns até na velhice. Mas, quando vier a Tribulação,
as pessoas terão que tomar essa decisão de forma imediata ou compulsória por
causa da marca da besta, de modo que toda a humanidade será deliberadamente
dividida em dois segmentos. O elemento polarizador será precisamente a marca da
besta.
A
Bíblia ensina que o líder da campanha em defesa da marca da besta será o falso
profeta, que está ligado à falsa religião (Ap 13.11-18). Apocalipse 13.15 deixa
claro que o ponto-chave em tudo isso é adorar "a imagem da besta". A
marca da besta é simplesmente um meio de forçar as pessoas a declararem do lado
de quem estão: do Anticristo ou de Jesus Cristo. Todos terão que escolher um
dos lados. Será impossível manter uma posição neutra ou ficar indeciso com
relação a esse assunto. A Escritura é muito clara ao afirmar que os que não
aceitarem a marca serão mortos.
Toda
a humanidade será forçada a escolher um dos lados: "...todos, os pequenos
e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos" (Ap 13.16). O
Dr. Robert Thomas comenta que essa construção retórica "abrange todas as
pessoas, de todas as classes sociais, [...] ordenadas segundo sua condição
financeira, [...] abrangendo todas as categorias culturais [...]. As três
expressões são um recurso estilístico que traduz universalidade".[1] A
Escritura é muito específica. O falso profeta vai exigir uma "marca"
em sinal de lealdade e devoção à besta, e essa marca será "sobre a mão
direita" – não a esquerda – "ou sobre a fronte" (Ap 13.16).
A
palavra "marca" aparece em muitas passagens da Bíblia. Por exemplo,
ela é usada várias vezes em Levítico, referindo-se a um sinal que torna o
indivíduo cerimonialmente impuro, e está geralmente relacionada à lepra. É
interessante notar que o modo como Ezequiel 9.4 usa a idéia de
"marca" é semelhante ao de Apocalipse: "E lhe disse: Passa pelo
meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal a testa dos homens
que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio
dela". Nessa passagem, o sinal serve para preservação, assim como o sangue
espalhado nas ombreiras das portas livrou os hebreus durante a passagem do anjo
da morte, como relata o Livro do Êxodo. Em Ezequiel, a marca é colocada na
fronte, semelhantemente à do Apocalipse. Todas as sete ocorrências da palavra
"marca" ou "sinal" (gr. charagma) no Novo Testamento em
grego, encontram-se no Livro do Apocalipse, e todas se referem à "marca da
besta" (Ap 13.16,17; 14.9,11; 16.2; 19.20; 20.4). O Dr. Thomas explica o
significado desse termo na Antigüidade:
A
marca deve ser algum tipo de tatuagem ou estigma, semelhante às que recebiam os
soldados, escravos e devotos dos templos na época de João. Na Ásia Menor, os
seguidores das religiões pagãs tinham prazer em exibir essas tatuagens para
mostrar que serviam a um determinado deus. No Egito, Ptolomeu IV Filopátor
(221-203 a.C.) marcava com o desenho de uma folha de trevo os judeus que se
submetiam ao cadastramento, simbolizando a servidão ao deus Dionísio (cf. 3
Macabeus 2.29). Esse significado lembra a antiga prática de usar marcas para
tornar pública a fé religiosa do seu portador (cf. Isaías 44.5), e também a
prática de marcar os escravos a fogo com o nome ou símbolo de seu proprietário
(cf. Gl 6.17). O termo charagma ("marca") também era usado para
designar as imagens ou nomes dos imperadores, cunhadas nas moedas romanas e,
portanto, poderia muito bem aplicar-se ao emblema da besta colocado sobre as
pessoas.[2]
Alguns
se perguntam por que foi usado um termo tão específico para designar a marca do
Anticristo. Essa marca parece ser uma paródia do plano de Deus, principalmente
no que se refere aos 144.000 "selados" de Apocalipse 7. O selo de
Deus sobre Suas testemunhas muito provavelmente é invisível e tem o propósito
de protegê-las do Anticristo. Por outro lado, o Anticristo oferece proteção
contra a ira de Deus – uma promessa que ele não tem condições de cumprir – e
sua marca é visível e externa. Como os que receberem a marca da besta o farão
voluntariamente, é de supor que as pessoas sentirão um certo orgulho de terem,
em essência, a Satanás como seu dono. O Dr. Thomas afirma: "A marca será
visível e identificará todos os que se sujeitarem à besta".[3]
Uma
Identificação Traiçoeira
Além
de servir como indicador visível da devoção ao Anticristo, a marca será a
identificação obrigatória em qualquer transação comercial na última metade da
Tribulação (Ap 13.17). Este sempre foi o sonho de todos os tiranos da história
– exercer um controle tão absoluto sobre seus vassalos a ponto de decidir quem
pode comprar e quem pode vender. O historiador Sir William Ramsay comenta que
Domiciano, imperador romano no primeiro século, "levou a teoria da
divindade Imperial ao extremo e encorajou ao máximo a ‘delação’; [...] de modo
que, de uma forma ou de outra, cada habitante das províncias da Ásia precisava
demonstrar sua lealdade de modo claro e visível, ou então era imediatamente
denunciado e ficava impossibilitado de participar da vida social e de exercer
seu ofício".[4] No futuro, o Anticristo aperfeiçoará esse sistema com o
auxílio da moderna tecnologia.
Ao
longo da história, muitos têm tentado marcar certos grupos de pessoas para o
extermínio, mas sempre houve alguns que conseguiram achar um meio de escapar.
Porém, à medida que a tecnologia avança, parece haver uma possibilidade cada
vez maior de bloquear praticamente todas as saídas. Essa hipótese é reforçada
pelo emprego da palavra grega dunétai – "possa" (Ap 13.17), que é
usada para transmitir a idéia do que "pode" ou "não pode"
ser feito. O Anticristo não permitirá que alguém compre ou venda se não tiver a
marca, e o que possibilitará a implantação desta política será o fato da
sociedade do futuro não usar mais o dinheiro vivo como meio de troca. O
controle da economia, ao nível individual, através da marca, encaixa-se
perfeitamente no que a Bíblia diz a respeito do controle do comércio global
pelo Anticristo, delineado em Apocalipse 17 e 18.
A
segunda metade de Apocalipse 13.17 descreve a marca como "o nome da besta
ou o número do seu nome". Isso significa que "o número do nome da
besta é absolutamente equivalente ao nome, [...]. Essa equivalência indica que,
como nome, ele é escrito com letras; mas, como número, é o análogo do nome
escrito com algarismos".[5] O nome do Anticristo será expresso
numericamente como "666".
Calculando
o Número
Nesse
ponto da profecia (Ap 13.18), o apóstolo João interrompe momentaneamente a
narrativa da visão profética e passa a ensinar a seus leitores a maneira
correta de interpretar o que havia dito. Uma leitura do Apocalipse demonstra
claramente que os maus não entenderão o significado, porque rejeitaram a Jesus
Cristo como Senhor e Salvador. Por outro lado, os demais que estiverem
atravessando a Tribulação receberão sabedoria e entendimento para que possam
discernir quem é o Anticristo e recusar a sua marca. A Bíblia deixa claro que
aqueles que receberem a marca da besta não poderão ser salvos (Ap 14.9-11;
16.2; 19.20; 20.4) e passarão a eternidade no lago de fogo. O fato de João usar
essa passagem crucial para transmitir sabedoria e entendimento aos crentes, com
relação a um assunto de conseqüências eternas, mostra que Deus proverá o
conhecimento necessário para que o Seu povo possa segui-lO fielmente.
Mas o
que essa sabedoria e esse conhecimento permitem que os crentes façam? A
passagem diz que podemos "calcular". Calcular o quê? Podemos calcular
o número da besta.
O
principal propósito de alertar os crentes sobre a marca é permitir que eles
saibam que, quando em forma de número, o "nome" da besta será 666.
Assim, os crentes que estiverem passando pela Tribulação, quando lhes for
sugerido que recebam o número 666 na fronte ou na mão direita, deverão
rejeitá-lo, mesmo que isso signifique a morte. Outra conclusão que podemos
tirar é que qualquer marca ou dispositivo oferecido antes dessa época não é a
marca da besta que deve ser evitada.
Portanto,
não há motivo para os cristãos de hoje encararem o número 666 de forma
supersticiosa. Se o nosso endereço, número de telefone ou código postal incluem
esse número, não precisamos ter medo de que algum poder satânico ou místico nos
atingirá. Por outro lado, temos que reconhecer que muitos ocultistas e
satanistas são atraídos por esse número por sua conexão com a futura
manifestação do mal. Porém, o número em si não tem poderes sobrenaturais.
Quando um crente acredita nisso, já caiu na armadilha da superstição. A Bíblia
ensina que não há nenhum motivo para atribuir poderes místicos ao número 666.
A
Carroça na Frente dos Bois
Muitos
têm tentado descobrir a identidade do Anticristo através de cálculos numéricos.
Isso é pura perda de tempo. A lista telefônica está cheia de nomes que poderiam
ser a solução do enigma, mas a sabedoria para "calcular" o nome não é
para ser aplicada agora, pois isso seria colocar a carroça adiante dos bois.
Esse conhecimento é para ser usado pelos crentes durante a Tribulação.
Em 2
Tessalonicenses 2, Paulo ensina que, durante a presente era da Igreja, o
Anticristo está sendo detido. Ele será "revelado somente em ocasião
própria" (v.6). Ao escolher a palavra "revelado", o Espírito
Santo quis indicar que a identidade do Anticristo estará oculta até a hora de
sua revelação, que ocorrerá em algum momento após o Arrebatamento da Igreja.
Portanto, não é possível saber quem é o Anticristo antes da "ocasião
própria". O Apocalipse deixa bem claro que os crentes saberão na hora
certa quem é o Anticristo.
Encontro
da Igreja
Como
apontamos acima, o Apocalipse não deixa dúvida de que durante a Tribulação
todos os crentes saberão que receber a marca da besta será o mesmo que rejeitar
a Cristo. Durante a Tribulação, todos os cristãos terão plena consciência disso
onde quer que estejam. Nenhuma das hipóteses levantadas no passado, ou que
venham a ser propostas antes da Tribulação, merece crédito.
Apocalipse
13.17-18 diz claramente que o número 666 será a marca que as pessoas terão que
usar na fronte ou na mão direita. Em toda a história, ninguém jamais propôs a
utilização desse número em condições semelhantes às da Tribulação, de modo que
todas as hipóteses já levantadas a respeito da identidade do Anticristo podem
ser descartadas.
O
mais importante nessa passagem é que podemos nos alegrar em saber que a
identificação do futuro falso Cristo ainda não é possível, mas o será quando
ele ascender ao trono. Com certeza, aquele a quem o número 666 se aplica é
alguém que pertence a uma época posterior ao período em que João viveu, pois
ele deixa claro que alguém iria reconhecer esse número. Se nem a geração de
João nem a seguinte foi capaz de discerni-lo, isso significa que a geração que
poderá identificar o Anticristo forçosamente estava (e ainda está) no futuro.
No passado, houve várias figuras políticas que tipificaram características e
ações desse futuro personagem, mas nenhum dos anticristos anteriores se encaixa
perfeitamente no retrato e no contexto do Anticristo do final dos tempos.[6]
A
Relação entre Tecnologia e a Marca da Besta
Muitos
têm feito as mais variadas hipóteses sobre a marca da besta. Alguns dizem que
ela será como o código de barras utilizado para identificação universal de
produtos. Outros imaginam que seja um chip implantado sob a pele, ou uma marca
invisível que possa ser lida por um scanner. Contudo, essas conjeturas não
estão de acordo com o que a Bíblia diz.
A
marca da besta – 666 – não é a tecnologia do dinheiro virtual nem um
dispositivo de biometria. A Bíblia afirma de forma precisa que ela será:
a
marca do Anticristo, identificada com sua pessoa
o
número 666, não uma representação
uma
marca, como uma tatuagem
visível
a olho nu
sobre
a pele, e não dentro da pele
facilmente
reconhecível, e não duvidosa
recebida
de forma voluntária; portanto, as pessoas não serão ludibriadas para recebê-la
involuntariamente
usada
após o Arrebatamento, e não antes
usada
na segunda metade da Tribulação
necessária
para comprar e vender
recebida
universalmente por todos os não-cristãos, mas rejeitada pelos cristãos
uma
demonstração de adoração e lealdade ao Anticristo
promovida
pelo falso profeta
uma
opção que selará o destino de todos os que a receberem, levando-os ao castigo
eterno no lago de fogo.
Talvez
na história ou na Bíblia nenhum outro número tenha atraído tanto a atenção de
cristãos e não-cristãos quanto o "666". Até mesmo os que ignoram
totalmente os planos de Deus para o futuro, conforme a revelação bíblica, sabem
que esse número tem um significado importante. Escritores religiosos ou
seculares, cineastas, artistas e críticos de arte fazem menção, exibem ou
discorrem a respeito dele. Ele tem sido usado e abusado por evangélicos e por
membros de todos os credos, tendo sido objeto de muita especulação inútil.
Freqüentemente, pessoas que se dedicam com sinceridade ao estudo da profecia
bíblica associam esse número à tecnologia disponível em sua época, com o
intuito de demonstrar a relevância de sua interpretação. Mas, fazer isso é
colocar "a carroça na frente dos bois", pois a profecia e a Bíblia
não ganham credibilidade ou legitimidade em função da cultura ou da tecnologia.
Conclusão
O
fato da sociedade do futuro não utilizar mais o dinheiro vivo será usado pelo
Anticristo. Entretanto, seja qual for o meio de troca substituto, ele não será
a marca do 666. A tecnologia disponível na época da ascensão do Anticristo será
aplicada com propósitos malignos. Ela será empregada, juntamente com a marca,
para controlar o comércio (como afirma Apocalipse 13.17). Sendo assim, é possível
que se usem implantes de chips, tecnologias de escaneamento de imagens e
biometria para implementar a sociedade amonetária do Anticristo, como um meio
de implantar a política que impedirá qualquer pessoa de comprar ou vender se
não tiver a marca da besta. O avanço da tecnologia é mais um dos aspectos que
mostram que o cenário para a ascensão do Anticristo está sendo preparado. Maranata!(notasRobert L.
Thomas, Revelation 8-22: An Exegetical Commentary (Chicago: Moody Press, 1995),
pp. 179-80.
Thomas, Revelation
8-22, p. 181.
Thomas,
Revelation 8-22, p. 181.
Sir William
Ramsay, The Letters to the Seven Churches (New York: A. C. Armstrong & Son,
1904), p. 107.
Thomas,
Revelation 8-22, p. 182.
Thomas,
Revelation 8-22, p. 185.
A Verdade Sobre Armagedom
No
decorrer da história inúmeras batalhas, campanhas e guerras foram travadas por
toda a terra. Algumas foram limitadas em abrangência, outras foram globais.
Exércitos lutaram por causa de terra e líderes, amor e lealdade, por causas que
foram justas e, na maioria das vezes, injustas. A dor, o sofrimento e a morte
causados por estes conflitos e pelos que vivenciamos hoje não podem ser
calculados.
A
Bíblia nos diz que o futuro também será cheio de guerras. Existe um grande
conflito profético que tem chamado a atenção de crentes e incrédulos no
decorrer dos séculos – Armagedom. Esta batalha é profetizada como o
acontecimento mais catastrófico e devastador da história humana. Quer as
pessoas acreditem que acontecerá ou não, elas logo se identificam com a
magnitude do seu simbolismo. Isso é comentado direta e indiretamente na
literatura, no cinema, na propaganda, nos debates políticos, sermões e
comentários culturais. Parece que todo mundo tem alguma noção ou idéia a
respeito. Algumas das idéias são bíblicas, muitas não.
Só há
um lugar onde se pode encontrar informações precisas sobre Armagedom – a
Bíblia. Nas suas páginas proféticas lemos não só sobre Armagedom, mas também
sobre os eventos que antecedem e seguem essa guerra final da história humana.
Apesar de não termos todos os detalhes de Armagedom, recebemos um panorama
geral dos planos de Deus para o futuro.
Por
que a Bíblia fala de Armagedom? Porque essa batalha afirma a soberania de Deus
sobre a história e nos lembra que há um propósito e plano divino que não será
frustrado. Um dia Deus acertará todas as contas, julgará todo mal e
estabelecerá um reino universal de justiça. A esperança dos crentes no decorrer
dos séculos será realizada com a Segunda Vinda de Jesus Cristo e a derrota daqueles
que se opuseram a Ele em Armagedom. É por causa dessa esperança que estudamos
as profecias, esperando o cumprimento das promessas de Deus.
O Que
a Bíblia Diz Sobre Armagedom?
Lemos
sobre Armagedom em Daniel 11.40-45; Joel 3.9-17; Zacarias 14.1-3; Apocalipse
16.14-16. Essa grande batalha acontecerá nos últimos dias da Tribulação. João
nos fala que os reis do mundo se reunirão "...para a peleja do grande dia
do Deus Todo-Poderoso. ...no lugar que em hebraico se chama Armagedom"
(Apocalipse 16.14,16). O local da reunião dos exércitos é a planície de
Esdraelom, ao redor da colina chamada Megido, que fica no norte de Israel, a
cerca de 32 quilômetros a sudeste de Haifa.
Segundo
a Bíblia, grandes exércitos do Oriente e do Ocidente se reunirão nessa
planície. O Anticristo reagirá a ameaças ao seu poder provenientes do sul. Ele
também tentará destruir a Babilônia restabelecida no leste antes de finalmente
voltar suas forças contra Jerusalém. (Durante centenas de anos a Babilônia,
localizada no atual Iraque, foi uma das cidades mais importantes do mundo.
Segundo Apocalipse 14.8; 16.9; e 17-18, ela será reconstruída novamente nos
últimos dias como uma cidade religiosa, social, política e economicamente
poderosa). Enquanto o Anticristo e seus exércitos atacarem Jerusalém, Deus
intervirá e Jesus Cristo voltará. O Senhor destruirá os exércitos, capturará o
Anticristo e o Falso Profeta e os lançará no lago de fogo (Apocalipse
19.11-21).
Nova
Chamada
Quando
o Senhor voltar, o poder e o governo do Anticristo terminarão. O Dr. Charles
Dyer escreve sobre esse evento:
Daniel,
Joel, Zacarias identificam Jerusalém como o local onde a batalha final entre o
Anticristo e Cristo acontecerá. Todos os três prevêem que Deus intervirá na
história para salvar Seu povo e destruir o exército do Anticristo em Jerusalém.
Zacarias prevê que a batalha terminará quando o Messias voltar à terra e Seus
pés tocarem o Monte das Oliveiras. Essa batalha termina com a Segunda Vinda de
Jesus à terra... A batalha termina antes mesmo de começar.*
A batalha
de Armagedom – na verdade em Jerusalém – será o combate mais anticlimático da
história. À medida em que João descreve os exércitos reunidos de ambos os
lados, esperamos testemunhar um conflito épico entre o bem e o mal. Mas não
importa quão poderoso alguém seja na terra, tal indivíduo não é páreo para o
poder de Deus.
O
conflito de Armagedom será uma batalha real?
A
profecia de Armagedom não é uma alegoria literária ou um mito. Armagedom será
um evento real de proporções trágicas para aqueles que desafiam a Deus. Será
uma reunião de forças militares reais no Oriente Médio, numa das terras mais
disputadas de todos os tempos – uma terra que nunca conheceu paz duradoura.
Armagedom será também uma batalha espiritual entre as forças do bem e as do
mal. Ela terá o seu desfecho com a intervenção divina e o retorno de Jesus
Cristo. (Thomas Ice e Timothy Demy)
Nota
* Chambers,
Joseph. A Palace for the Antichrist: Saddam Hussein’s Drive to Rebuild Babylon
and Its Place in Bible Prophecy. Green
Forest, AR: New Leaf Press, 1996.
Estamos Vivendo no Fim
dos Tempos?
Nunca
antes, no longínquo passado da História da Humanidade, houve uma época que de
fato correspondesse ao que a Bíblia descreve como o “fim dos tempos”.
Naturalmente, periodicamente houve épocas nas quais entusiastas e enganados
afirmavam que o fim dos tempos havia chegado. No entanto, em nenhuma daquelas
épocas foi possível comprovar, com seriedade, que as profecias acerca do fim
dos tempos das Escrituras Sagradas haviam se cumprido. Os argumentos eram
fracos e inconsistentes! Eles nunca corresponderam ao diagnóstico das
afirmações bíblicas sobre o fim dos tempos.
Catástrofes
e guerras já existiram desde sempre. Esses acontecimentos, por si próprios, não
servem de provas para o fim dos tempos. De acordo com a Bíblia, o fim dos
tempos é caracterizado basicamente pelo retorno dos judeus de sua diáspora mundial
à terra de seus antepassados e pela fundação do novo Estado de Israel, após uma
interrupção de quase 2.000 anos. Qualquer catástrofe ou guerra basicamente não
poderia ter relação com o fim dos tempos enquanto não coincidisse com o retorno
dos judeus e com os demais inúmeros eventos anunciados para tanto na Bíblia.
O
vínculo dos acontecimentos entre si é de grande importância! Quando de fato
ocorrem vários eventos específicos que, de acordo com a profecia deveriam
acontecer à mesma época, então, sob a ótica de um cálculo matemático de
probabilidades, um cumprimento ao acaso pode ser totalmente descartado!
O que
dizer sobre o tema “fim dos tempos” nos dias de hoje? Há inúmeros pregadores da
Bíblia ao redor do mundo enfatizando que, presentemente, estamos vivendo no fim
dos tempos. A questão que se faz é: Será de fato possível comprovar isso de
modo racional, de maneira que outros possam verificá-lo logicamente? Ou se
trata de repetições de fantasias muito frequentes em outras épocas?
Podemos
considerar isso claramente: a nossa época – refiro-me especialmente ao período
de 1882 até hoje – é singular nesse aspecto! Sim, há comprovações palpáveis de
que nossa época corresponde ao que a Bíblia descreve como a época da volta de
Jesus Cristo! Ninguém, até hoje, conseguiu objetivamente contestar os
argumentos para o fim dos tempos como são apresentados aqui.
No
livro Estamos Vivendo no Fim dos Tempos? tratamos de mais de 175 profecias
bíblicas que se referem ao “fim dos tempos”. Essas predições comprovadamente se
cumpriram na nossa era da História mundial, isto é, no período desde o início
da primeira onda de imigração judaica moderna para a terra de seus antepassados
(1882) até hoje. Com isso pode ser fornecida a prova clara de que realmente
estamos vivendo no “fim dos tempos”! Como já mencionamos, guerras cruéis e
catástrofes terríveis, por si só, não são nenhuma alusão ao fim dos tempos. Se,
no entanto, estiverem vinculados ao cumprimento de inúmeras profecias muito
precisas sobre outros acontecimentos específicos do fim dos tempos, então essa
situação naturalmente sofre uma mudança radical!
Pretendo,
a seguir, mostrar que a época em que vivemos hoje corresponde exatamente àquilo
que os antigos profetas bíblicos descreveram em suas previsões como o “fim dos
tempos”. Com isso chegamos obrigatoriamente à conclusão: Jesus Cristo voltará
em breve!
Essas
mais de 175 profecias cumpridas sobre o fim dos tempos nos ajudam a avaliar os
sinais dos tempos clara e objetivamente (ver Mt 16.1-3; Lc 12.54-56).
Qual
é o significado de “fim dos tempos”?
Antes
da falarmos detalhadamente sobre o fim dos tempos, deveríamos entender
claramente o que a expressão bíblica “fim dos tempos” de fato significa.Essa
expressão é encontrada na forma de inúmeros sinônimos na Bíblia. A seguir,
coloco uma seleção deles:
Ezequiel
38.8: “fim dos anos”
Daniel
8.17: “ao tempo do fim” [1]
Daniel
8.19: “último tempo da ira”
Daniel
12.13: “fim”
Oséias
3.5: “últimos dias”
Joel
3.1: “naqueles dias e naquele tempo”
Isaías
19.18: “ Naquele dia” [2]
Jeremias
30.3: “eis que vêm dias”
Jeremias
3.17: “naquele tempo”
Ezequiel
35.5: “tempo da calamidade e do castigo final” [3]
Mateus
24.3: “consumação do século”
2
Timóteo 3.1: “últimos dias”
1
João 2.18: “a última hora”
Judas
18: “último tempo”
Quando
estudamos os capítulos da Bíblia que tratam do tema “fim dos tempos”,
constatamos – talvez com admiração – que, ao contrário da imaginação popular,
não se trata de um iminente “fim do mundo”. O conceito bíblico “fim dos tempos”
indica, mera e simplesmente, uma época em que o Messias deve vir e,
principalmente, quando ele aparecerá como o “Rei dos Reis”, para governar a
Terra em paz e justiça (ver Ap 19.11-20.11). [4]
O
Messias sofredor e o Messias soberano
Agora
utilizei uma palavra-chave importante e central da Profecia bíblica: “o
Messias”. Quem é o Messias? No Antigo Testamento, nos escritos bíblicos
originados no período entre 1606 até próx. a 420 a.C.,[5] foi anunciada a vinda
de um Redentor para Israel e também para todos os povos do mundo. Nesse contexto,
devemos observar esse fato importante: Os profetas hebreus falaram sobre o
Messias de duas maneiras bem diferentes.Muitas passagens do Antigo Testamento
tratam do “Messias sofredor” que deveria vir para resolver o problema de nossa
culpa diante de Deus, ao morrer como sacrifício em nosso lugar, o Justo
morrendo por nós, os injustos, para nos conduzir a Deus (comparar Is 53, Sl 22,
Dn 9.25).
Por
outro lado, os profetas apresentam um quadro de um “Messias soberano” aos
nossos olhos. Ele virá para ser o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores e
estabelecer um reino mundial de paz e justiça aqui na Terra (ver Is 11, Dn
7.13-14,18,22,27, Zc 14).
Como
conseguimos unificar essas duas representações tão diferentes entre si? Muito
simples! Essas duas descrições diferenciadas tratam de duas aparições distintas
do mesmo Messias. Primeiramente Ele deveria vir para solucionar o problema de
nossa culpa pessoal, através do Seu sacrifício na cruz. O Messias virá pela
segunda vez, no futuro, para eliminar todos os problemas políticos, sociais e
econômicos do mundo.Há uma significativa chave de interpretação que poderá
ajudar a distinguir as duas fases diferentes da vinda do Messias: os profetas
afirmaram que o “Messias sofredor” seria rejeitado por Seu povo. Por essa
rejeição, o povo judeu seria arrancado da terra de Israel e seria espalhado
entre as nações do mundo. Vinculado à vinda do “Messias soberano”, os profetas
predisseram que, na época imediatamente anterior, o povo judeu seria conduzido
de volta à terra de seus pais, desde a dispersão entre os povos do mundo.
No
período após a primeira Vinda do Messias, o povo judeu seria espalhado através
do mundo. No período antes da segunda Vinda do Messias, pelo contrário, o povo
judeu seria conduzido de volta à terra de seus antepassados, trazidos de todo o
mundo.
Consequências
da rejeição ao Messias
Com a
Sua vinda, há mais de 2.000 anos, Jesus Cristo cumpriu a profecia a respeito do
“Messias sofredor”. Assim, temos condições de provar[6] que Jesus Cristo é o
Messias. No passado, já se cumpriram mais de 300 profecias referentes ao
Redentor prometido![7]A consequência da rejeição ao Messias, pela maioria do
Seu próprio povo, seria uma catástrofe nacional. Foi o que previram os profetas
do Antigo Testamento. Pretendo mostrar essa correlação diretamente no texto
bíblico de tal maneira que cada leitor possa compreender esse fato. É possível
fazê-lo claramente, por exemplo, à luz de Isaías 8.14-15:9
“14
Ele [o Messias] ...será pedra de tropeço
e
rocha de ofensa...,
laço
e armadilha aos moradores de Jerusalém.
15
Muitos dentre eles tropeçarão e cairão,
serão
quebrantados, enlaçados e presos”
A
maioria do povo judeu rejeitou a Jesus de Nazaré, o Messias. Eles O
consideravam uma pedra de tropeço. No ano 70 d.C. – poucos anos após a
crucificação de Jesus – os romanos moveram uma guerra cruel e sangrenta durante
a qual destruíram Jerusalém, a capital dos judeus, juntamente com o maravilhoso
Templo, no Monte de Sião. Com isso os judeus encerraram as solenidades de
sacrifícios. Após as duas revoltas dos judeus contra Roma terem sido dominadas
(66-73 e 132-135 d.C.), aconteceu o colapso definitivo do antigo Estado judeu.
A maravilhosa terra de Israel, na qual manava leite e mel (Dt 6.3), degradou,
durante um processo que durou vários séculos, tornando-se um horrível deserto.
Essa evolução alcançou o seu ápice no Século 19. O povo judeu, durante um período
igualmente de vários séculos, foi espalhado pelos cinco continentes do mundo.
Durante dois milênios, os judeus foram odiados, rejeitados, caluniados,
proscritos, perseguidos e assassinados. O saldo a lamentar por esse povo
sofrido, desde o ano 70 d.C. até o Século 20, abrange em torno de 13 milhões de
mortos. Moisés já havia profetizado essa situação, com absoluta precisão, por
volta de 1606 a.C. Através dele, Deus havia anunciado (Lv 26.31-33):
“31
Reduzirei as vossas cidades a deserto, e assolarei os vossos santuários, e não
aspirarei o vosso aroma agradável. 32 Assolarei a terra, e se espantarão disso
os vossos inimigos que nela morarem. 33 Espalhar-vos-ei por entre as nações e
desembainharei a espada atrás de vós; a vossa terra será assolada, e as vossas
cidades serão desertas”.
Por
volta de 1566 a.C., em seu discurso de despedida, Moisés profetizou:“64 O
Senhor vos espalhará entre todos os povos, de uma até à outra extremidade da
terra. Servirás ali a outros deuses que não conheceste, nem tu, nem teus pais;
servirás à madeira e à pedra. 65 Nem ainda entre estas nações descansarás, nem
a planta de teu pé terá repouso, porquanto o Senhor ali te dará coração
tremente, olhos mortiços e desmaio de alma. 66 A tua vida estará suspensa como
por um fio diante de ti; terás pavor de noite e de dia e não crerás na tua
vida. 67 Pela manhã dirás: Ah! Quem me dera ver a noite! E, à noitinha, dirás:
Ah! Quem me dera ver a manhã! Isso pelo pavor que sentirás no coração e pelo
espetáculo que terás diante dos olhos” (Dt 28.64-67).
A
grande chance para os povos não judeus
Qual
é o significado desse longo período entre a primeira e a segunda vinda do
Messias? Essa pergunta foi respondida no livro do profeta Isaías (por volta de
700 a.C.). Em Isaías 49.6, Deus fala que a missão do Seu Messias não seria
restrita a Israel e que Ele deveria levar Sua bênção também aos povos não
judeus:
“6
Sim, diz ele: ...também te dei como luz para os gentios,
para
seres a minha salvação
até à
extremidade da terra.”
Essa
profecia se cumpriu de maneira impressionante: Nos últimos 2.000 anos, as Boas
Novas sobre o Messias sofredor foram transmitidas pelos cinco continentes, até
entre os esquimós, na Terra do Fogo, entre os aborígenes da Tasmânia e entre os
Maoris da Nova Zelândia, no “limite do mundo”, isto é, nas áreas mais distantes
da Terra, vistas a partir de Jerusalém. Esta Jerusalém foi o ponto geográfico
de partida para as missões mundiais (At 1.18). No decorrer da história da
Igreja, milhões de não judeus reconheceram, em Jesus de Nazaré, o Redentor
enviado por Deus e O aceitaram como Senhor em suas vidas (Jo 1.12). Eles
reconheceram em oração, arrependidos, sua culpa pessoal diante de Deus (1 Jo
1.9) e tomaram para si o sacrifício vicário de Jesus na cruz (Rm 3.23-26).
Assim, milhões de pessoas alcançaram a paz com Deus (Rm 5.1).
O
longo período sem pátria
Durante
essa mesma época, em que o Evangelho de Jesus Cristo foi propagado através dos
cinco continentes, os judeus estavam espalhados pelo mundo como um povo sem
pátria.
Esse
período sem pátria já havia sido desenhado há muito tempo, no livro de Oséias
(Séc. 8 a.C.). O povo de Israel ficaria um longo período “sem rei, sem
príncipe”:“4 Porque os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem rei, sem
príncipe, sem sacrifício, sem coluna, sem estola sacerdotal ou ídolos do lar. 5
Depois, tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao Senhor, seu Deus, e a Davi,
seu rei; e, nos últimos dias, tremendo, se aproximarão do Senhor e da sua
bondade” (Os 3.4-5).
Observemos
mais alguns detalhes de Oseias 3.4: O período sem pátria dos judeus também
seria caracterizado pela ausência de sacrifícios. De acordo com o mandamento de
Deus, em Deuteronômio 12.13-14, o povo judeu estava autorizado a trazer
sacrifícios somente no Templo, em Jerusalém. No ano 70 d.C., no entanto, os
romanos destruíram o Templo. O monte em que se encontrava esse santuário foi
tirado do povo de Israel. Assim, naquela ocasião, o sacrifício trazido pelos
judeus teve um fim. Essa situação permaneceu assim até hoje. O povo judeu novamente
tomou posse do Monte do Templo somente em 1967 na sequência da Guerra dos Seis
Dias. Desde então, diversas organizações se puseram a restabelecer os
utensílios para Templo e a preparar uma futura cerimônia de sacrifício. Como
consequência da reivindicação da militância islâmica sobre os 144.000 m2 da
área do Templo, até hoje não foi possível introduzir esses sacrifícios
novamente pelos judeus.
Simultaneamente
com o desaparecimento do Templo, no ano 70 d.C., também desapareceu a função do
Sumo sacerdote. Durante todos esses séculos, o povo judeu não teve mais as
vestes sacerdotais, as quais eram ornamentadas com 12 pedras preciosas no
peitoral da estola sacerdotal (ver Êx 28). No passado recente, também essa peça
foi reconstituída pela primeira vez, no valor de US$ 1,5 milhão. O autor dessas
linhas viu essa vestimenta com os próprios olhos em Jerusalém, juntamente com a
estola sacerdotal.[8]
A
partir da saída do Egito, a história de Israel no Antigo Testamento é
tragicamente assinalada pelas suas reiteradas recaídas para a idolatria. A
religião dos sumérios, egípcios, cananeus, babilônios e assírios foi um
constante e tremendo desafio para o povo escolhido. Nesse contexto, os
postes-ídolos (p.ex. em honra a Baal ou Asera) e as imagens de escultura
(hebraico: teraphim) desempenhavam um triste papel, pois, apenas através deles,
os dois primeiros mandamentos da Torá (Êx 20.1-6) eram transgredidos de maneira
grave e constante. Numa época em que o povo de Israel havia se tornado culpado
seriamente por causa da idolatria, no entanto, Oséias profetizou que o longo
período sem pátria (que viria em consequência da rejeição ao Messias) seria
caracterizado pela ausência dessa idolatria. Isso se cumpriu exatamente dessa
maneira. Apesar do povo judeu ter rejeitado o Messias (Jesus Cristo) durante os
últimos 2.000 anos, este povo não decaiu mais para o culto aos postes-ídolos e
às imagens de escultura, bem em contraste ao Cristianismo confesso de adoração
a imagens e estátuas, juntamente com o culto a Maria e aos santos.
O
retorno dos judeus e a volta do Messias
O
período sem pátria dos judeus não duraria eternamente, conforme Oséias 3.4-5,
mas sim por um longo período, por “muitos dias”. Após esse longo período sem
pátria, haveria uma mudança e esta aconteceria no fim dos tempos (“fim dos
dias”). O povo judeu então voltaria à terra dos antepassados e, finalmente,
buscaria ao Messias rejeitado. Na literatura rabínica básica, a expressão
“Davi, seu rei” se refere ao Messias.[9]
Temos
aqui uma profecia impressionante. No ano de 135 d.C., ou seja, quase 1.000 anos
antes do ocaso total do antigo Estado de Israel, foi profetizado esse longo
período sem pátria para o povo judeu como também o posterior retorno, para a
nova fundação do Estado (v.5: “Depois, tornarão os filhos de Israel...). De
fato, foram “muitos dias” abrangidos por esse período do ano 135 até 1948.
Após
ter ficado claro que o povo judeu seria espalhado como consequência de sua
rejeição ao Messias, desejo comprovar, a partir do texto bíblico, que o Messias
aparecerá à época do retorno do povo judeu, vindo da dispersão.
Ezequiel
38 trata de um inimigo, vindo do extremo Norte,[10] que atacará Israel no fim
dos tempos, no período em que o Messias voltará como Rei. O Messias Soberano é
descrito em Ezequiel 37.24-28. Na passagem de Ezequiel 38.8:
“8
Depois de muitos dias, serás visitado; no fim dos anos, virás à terra que se
recuperou da espada, ao povo que se congregou dentre muitos povos sobre os
montes de Israel, que sempre estavam desolados; este povo foi tirado de entre
os povos...”.
Como
já mostramos acima, a expressão “no fim dos anos” é uma das muitas que
significam “fim dos tempos”. Praticamente, somente com esse versículo podemos
documentar que o retorno do povo judeu à terra de seus pais aconteceria no fim
dos tempos bíblicos. Além disso, na combinação dos capítulos 37 e 38 de
Ezequiel, fica claro que esse período corresponde ao da volta do Messias
Soberano.
Adicionalmente
menciono mais um argumento. Em Joel 3.1-2 (Séc. 8 a.C.) pode-se ouvir a voz do
Messias:
“1
Eis que, naqueles dias e naquele tempo,
em
que mudarei a sorte de Judá e de Jerusalém,
2
congregarei todas as nações
e as
farei descer ao vale de Josafá;
e ali
entrarei em juízo contra elas por causa
do
meu povo e da minha herança, Israel,
a
quem elas espalharam por entre os povos...”.
Já
expliquei que, no caso dessa mudança “naqueles dias e naquele tempo”, se trata
de uma designação técnica que aponta para o fim dos tempos. Justamente nesta
época, de acordo com Joel 3.2, o Messias estará aqui na Terra, no vale de
Josafá (este nome é uma outra denominação para vale de Cedrom, que se localiza
entre o Monte das Oliveiras e o Monte do Templo, em Jerusalém).[11] Ali o
Messias efetuará o julgamento dos povos e trará à pauta aquilo que eles
causaram a Israel, no passado. Joel 3.1-2 ressalta, ainda, que o fim dos tempos
é um período no qual o destino dos judeus e da cidade de Jerusalém teria uma
mudança positiva.
Depois
que não parecia haver esperança no destino do povo judeu sem pátria, entre o
Século 1 e 19, em 1882 aconteceu uma mudança decisiva. Naquela ocasião
tornou-se real a primeira onda de imigração judaica na terra dos antepassados.
Sob a pressão da perseguição, promovida pelos últimos czares da Rússia,
milhares de judeus emigraram da Rússia para a “palestina” entre 1882 e 1904.
Depois seguiu-se uma onda após a outra, de maneira que, até hoje, milhões de
judeus retornaram à terra dos antepassados, vindos dos cinco continentes.
O fim
dos tempos e o início dos tempos
Sendo
o fim dos tempos o período em que os judeus retornariam à terra de Israel,
podemos afirmar, com inteira razão, que este período já abrange 130 anos. O
que, porém, são esses 130 anos em comparação aos 2.000 passados? Esses 130
anos, assim, podem ser simplesmente considerados a fase preliminar para a vinda
do Messias.
No contexto
da primeira vinda do Messias, também houve um período messiânico semelhante,
que perdurou um total de 135 anos e que se destaca do período subsequente de
vários séculos de dispersão e sem pátria dos judeus: Na mudança das eras, há um
pouco mais de 2.000 anos, Jesus Cristo nasceu em Belém. Por volta de 32 d.C.,
os romanos crucificaram a Jesus. No ano 70 d.C., o Templo e a cidade de
Jerusalém foram destruídos. Após ter sido sufocada a revolta judaica contra
Roma (132-135 d.C.), o Estado judeu foi definitivamente exterminado. No total,
o período entre a vinda do Messias sofredor até o ocaso total do Estado de
Israel, foi de 135 anos. Esse período pode ser considerado como “início dos
tempos” em contrapartida ao “fim dos tempos”.[12]
O
princípio da era do fim dos tempos foi marcado pela intensa imigração de judeus
na terra de seus pais (1882). O fim dos tempos é um período, uma fase que se
desenvolve continuamente para, ao final, conduzir à volta de Jesus, o Messias,
que então estabelecerá o Seu Reino mundial de paz e justiça aqui na Terra.
O
destino dos judeus na dispersão, sem pátria, começou a mudar a partir de 1882,
com a primeira onda moderna de imigração. Assim, o período de 1882 até hoje
pertence ao que a Bíblia classifica como “fim dos tempos”.
No
estudo dos textos proféticos da Bíblia, é muito importante observar que o
conceito “fim dos tempos” se refere a uma época e não a um evento pontual. O
fim dos tempos é a época da mudança do destino judeu (Am 9.14, Jl 3.1). É um
processo durante o qual Israel será completamente restaurado. O decurso dessa
evolução, de acordo com a visão de Ezequiel 37.1-14, deverá ocorrer em várias
fases e alcançará o término e consumação quando o Messias surgir como Rei do
mundo. Determinadas passagens proféticas da Bíblia falam sobre certos eventos
pontuais que ocorrerão durante esse período e outras passagens descrevem o todo
dando uma visão de conjunto. Nos lugares em que se encontra uma dessas visões
de conjunto, pode-se constatar como talvez um determinado evento ou a maior
parte de algum deles se cumpriu, porém, sem ainda ver o todo. Pode-se falar do
cumprimento pleno somente quando o Messias estiver aqui. Segue um exemplo para
esse caso:
“8
Eis que os trarei da terra do Norte
e os
congregarei das extremidades da terra;
e,
entre eles, também os cegos e aleijados,
as
mulheres grávidas e as de parto;
em
grande congregação, voltarão para aqui.
9
Virão com choro,
e com
súplicas os levarei;
guiá-los-ei
aos ribeiros de águas, por caminho reto
em
que não tropeçarão;
porque
sou pai para Israel,
e
Efraim é o meu primogênito.
10
Ouvi a palavra do Senhor, ó nações,
e
anunciai nas terras longínquas do mar, e dizei:
Aquele
que espalhou a Israel o congregará
e o
guardará, como o pastor, ao seu rebanho” (Jr 31.8-10).
Hoje,
a volta dos judeus das terras do Norte “em grande congregação” (v.8) está
praticamente cumprida porque retornaram mais de 1 milhão de judeus da Rússia e
das regiões da antiga União Soviética para Israel. Também o versículo 10a pode
ser identificado: fala-se em todo o mundo sobre a dispersão do povo judeu
através das nações, mas que, em nossa época, teve um extraordinário retorno e
foi congregado na terra de seus pais. A afirmação de que o Messias os guardará
(v.10b) e guiará (v.9) poderá ser cumprida somente depois que o Messias estiver
de volta. Devemos manter claramente diante dos olhos: Estamos vivendo no fim
dos tempos, mas ainda não chegamos ao fim. Ainda não é “o fim” (ver Mt 24.6).
Estamos acompanhando o desenrolar desse tempo em seu processo rumo ao alvo, mas
este alvo final ainda não foi alcançado.
Como
já comentamos, estaremos visualizando (no livro Estamos Vivendo no Fim dos
Tempos?) mais de 175 profecias da Bíblia que se cumpriram no decorrer dos anos
e décadas entre 1882 e 2011 e que se referem ao “fim dos tempos”. Assim será
comprovado, clara e incontestavelmente, que de fato estamos vivendo no período
do fim dos tempos e que Jesus Cristo voltará em breve! (fonte Chamada).
O fim
dos tempos é o período abrangido desde a primeira onda de imigração judaica até
o Reino do Messias. Nessa época, deveriam acontecer inúmeros eventos do fim dos
tempos. Mais de 175 profecias já se cumpriram comprovadamente. Os traços
indicam os eventos isolados que deveriam acontecer no decorrer do fim dos
tempos.Também
o “tempo do início” é um período que abrange desde a vinda do Messias, como
menino em Belém (nascimento de Jesus), até o ocaso total do antigo Estado
judeu, no ano 135. Os traços indicam os acontecimentos individuais, anunciados
no Antigo Testamento, que se cumpriram no decorrer desse “tempo do início”.
Notas
Dn
8.19; 11.35,40; 12.4,.9.
A
expressão hebraica bayom hahu’ significa “naquele tempo” ou “naquela época”.
Ela não leva em conta o dia de 24 horas, assim como a expressão “hoje em dia”
não tem a ver com o dia do calendário, mas se refere a um determinado período
que o autor quer destacar como, por exemplo, acontece várias vezes em Zacarias
12-14.
Ez
21.25-29.
Às
vezes se afirma que os Tempos do Fim iniciaram há 2.000 anos, com a vinda de
Cristo à Terra. Não é correto afirmar isso sem que haja um esclarecimento
complementar. Em Hebreus 1.1 lemos: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas
vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos
falou pelo Filho...”. Aqui também é aplicado o conceito de “últimos dias”. O
sentido da sua aplicação, no entanto, é diferente da expressão “últimos dias”
no contexto da Vinda do Messias como o Juiz do mundo. A vinda do Messias à
Terra foi o encerramento da longa espera pelo Redentor, prometida no Antigo
Testamento. A Sua chegada assinalou o fim desses dias de espera. Na maioria dos
casos, porém, o conceito “Fim dos Tempos” não é empregado para indicar o
término da época do Antigo Testamento, mas para o término do “tempo dos
gentios” (Lc 21.24).
Uma
cronologia rigorosa da História da Bíblia, na qual todas as datas indicadas são
unificadas em um sistema fechado em si mesmo, resulta em uma data muito remota
para o Êxodo. Essa cronologia coincide de forma marcante com os fatos
arqueológicos do Egito e Canaã/Israel.
Ver
At 9.22; 18.28.
Já na
antiguidade, tanto para os rabinos como para os mestres do Judaísmo, essa
passagem apontava para o Messias (ver TALMUDE BABILÔNICO, Sanhedrin 38a). No
Novo Testamento, essa passagem indica Jesus Cristo (1 Pe 2.8).
Ver
Metzudath David, Oséias 3.5, in: BAR ILAN’S JUDAIC LIBRARY, Bar Ilan
University, Responsa Project, CD-Rom, Version 5; ou em: MIQRA’OTH GEDOLOTH,
Vol. I - VIII, jerushalajim 1972 (Bíblia hebraica dos rabinos com tradução
aramaica – Targumim – com comentários e orações da Idade Média).
Vistos
a partir de Israel.
Em
Gênesis 14.17, esse vale é chamado também de “vale do Rei” e “vale de Savé” .
A
época da vinda de Cristo, há 2.000 anos, é considerada em 1 Jo 1.1, como o
“princípio”. (Ver ainda: 1 Jo 2.7,13-14,24; 3.11; 2 Jo 1.5-6; Hb 6.1).
A Preparação Para o Terceiro Templo
O
Arrebatamento da Igreja é o próximo evento importante na cronologia de Deus
relacionada às atividades proféticas. Já não há mais profecias a serem
cumpridas antes que ocorra o Arrebatamento. Ele é iminente, isto é, pode
acontecer a qualquer momento. Na verdade, não existe nada, a não ser a graça
longânima e a misericórdia de Deus, que possa impedi-lo de ocorrer imediatamente.
No
entanto, embora não existam sinais para o Arrebatamento, há pelo menos um
importante indicador de que ele está próximo, às portas. Esse indicador é a
situação em que se encontram os preparativos para o próximo Templo Judeu a ser
construído no monte do Templo, em Jerusalém.O
rabino Nachman Kahane, um rabino líder em Jerusalém, nascido em 1937, crê que
um Templo será construído no monte do Templo enquanto ele ainda estiver vivo; e
ele diz que tudo está pronto para que o Templo seja construído ainda hoje.
O
mundo conheceu apenas dois Templos Judeus: o Primeiro, construído no monte do
Templo pelo rei Salomão, durou 390 anos, antes que os babilônios o destruíssem
no ano 586 a.C. O Segundo, construído depois do Cativeiro na Babilônia, no
mesmo local (Ed 2.68; Ed 6.7), permaneceu durante 585 anos, antes de ser
destruído pelos romanos no ano 70 d.C. O cenário dos tempos do fim na Palavra
Profética de Deus anuncia que haverá um Templo Judeu quando o Anticristo reinar
sobre o mundo.
O
rabino Kahane treinou todos aqueles que estão na liderança desse esforço para a
reconstrução; e foram seus alunos que deram início ao Instituto do Templo, em
1987, no bairro judeu na Cidade Velha de Jerusalém. O Instituto tem treinado
homens para o serviço no Templo e acumulado todos os implementos necessários
para o Templo, inclusive a mesa da proposição, o altar do incenso, e a menorá
de ouro. A menorá, atualmente em exposição em frente à praça do Muro Ocidental
em Jerusalém, é recoberta com aproximadamente 45 quilos de puro ouro e seu
valor é de cerca de 2 milhões de dólares americanos.
Muitos
acham que a menorá original, um candelabro com sete hastes, foi levada para
Roma depois que o Segundo Templo foi destruído, porque um alto-relevo no Arco
de Tito em Roma parece retratar exatamente isso. A menorá original pode ainda
estar em Roma. O Instituto do Templo a reconstruiu meticulosamente.
Além
disso, o Instituto do Templo também crê saber a localização da Arca da Aliança,
que foi vista pela última vez no Templo de Salomão. Dois rabinos e um ativista
judeu, todos trabalhando em atividades da reconstrução do Terceiro Templo,
dizem já ter estado no local.
Outras
atividades
O?rabino
Yehuda Glick, presidente da Temple Mount Heritage Foundation (Fundação da
Herança do Monte do Templo), guia excursões de judeus ao monte do Templo para
aumentar a familiaridade com este que é o mais sagrado de todos os sítios
judeus, antes que o próximo Templo seja construído. Há alguns anos, ele levou a
uma excursão educativa um grupo de 10 soldados pára-quedistas das Forças de
Defesa de Israel (FDI). Este foi um marco, por se tratar da primeira vez que
tropas da FDI uniformizadas estiveram no monte do Templo em uma década.
Os
pára-quedistas, disse o rabino Glick, têm um “relacionamento especial” com o
monte do Templo. Eles tomaram aquela elevação para Israel na Guerra dos Seis
Dias, em 1967, o que levou à reunificação de Jerusalém.
Embora
o monte do Templo seja o mais sagrado sítio do judaísmo, o povo judeu não tem
permissão para orar ali, nem para subir nele em grandes grupos, porque ele é
controlado pelo Waqf muçulmano. Israel deu ao Waqf o controle como um gesto de
boa vontade depois da reunificação da cidade em 1967.O
Instituto tem treinado homens para o serviço no Templo e acumulado todos os
implementos necessários para o Templo, inclusive a mesa da proposição, o altar
do incenso, e a menorá de ouro (na foto).
O
rabino Glick está convocando o povo judeu para se unir e fazer todo esforço
possível para visitar esse local sagrado e se concentrar em reconstruir o
Templo. Durante vários anos, ele dirigiu os esforços do Instituto do Templo no
sentido de se prepararem para a reconstrução.
Os
Fiéis do Monte de Templo, de Gershon Salomon, têm uma pedra fundamental pronta
para quando for dado início à construção. Diz-se que ela foi consagrada com
água do poço bíblico de Siloé e cortada com diamantes.
Perto
de Jericó, no vale do rio Jordão, um centro de treinamento educa homens, que
crêem ser da tribo de Levi e da família sacerdotal, sobre como servir no
próximo Templo. Nos últimos 25 anos esse centro já treinou milhares vindos de
todas as partes do mundo. Muitas das vestes sacerdotais estão preparadas e
guardadas. O rabino Kahane, que recebeu o primeiro conjunto de vestes
sacerdotais, o guarda em seu armário, pronto para ser vestido imediatamente.
Foram anos de pesquisa para se confeccionarem essas vestes:
Fibras
de linho especiais foram importadas da Índia e muitas viagens ao exterior foram
necessárias para se obter as cores corretas para as roupas. Emissários chegaram
a ir a Istambul, para comprar os casulos das montanhas, dos quais se extrai o
correto tom de carmesim. O segredo do tom certo de azul ficou perdido desde a
destruição do Segundo Templo, até que a organização não-lucrativa Ptil Tekhelet
o identificou como sendo o?murex trunculus, ou hexaplex trunculus, o molusco
corante listrado que se encontra nas proximidades do mar Mediterrâneo.[1]
Além
disso, as 4.000 harpas necessárias para os levitas tocarem as músicas do
Templo, como foi requerido pelo rei Davi em 2 Crônicas 23.5, estão perto de
serem completadas pelos artífices da Casa de Harrari.
O
rabino Yoel Keren acredita que o Terceiro Templo será construído seguindo os
detalhes descritos em Ezequiel 40-46; mas primeiro o povo judeu construirá uma
estrutura menos extravagante, como fez quando o Segundo Templo foi edificado
2.500 anos atrás.
Deserto
O que
está por vir
O
cenário do final dos tempos na Palavra de Deus exige que um Templo Judeu esteja
erigido quando o Anticristo governar o mundo. Ele o profanará e o povo judeu
será forçado novamente a deixar o Templo porque se manterá fiel a Deus e se
recusará a adorar o Anticristo (Dn 9.27).
Em
Seu Sermão no monte das Oliveiras (Mt 24-25), Jesus confirmou a profecia de
Daniel. Ele chamou a profanação de “o abominável da desolação” e disse que ela
ainda não havia acontecido (Mt 24.15).
Algum
dia, o Messias, Jesus, voltará para Jerusalém e construirá Seu Templo nesse
pedaço de terra (Zc 1.16; Zc 6.12); e, a partir desse Templo do Milênio, Ele governará
o mundo (Zc 6.13). Esse templo é descrito em detalhes vívidos e precisos em
Ezequiel 40-46. Nada que tenha sido construído até agora se encaixa na
descrição de Ezequiel. Nem o Tabernáculo, nem o Primeiro Templo edificado pelo
rei Salomão, nem mesmo o Segundo Templo que foi dedicado por Zorobabel e
magnificamente restaurado por Herodes o Grande. Sequer a estrutura desenhada na
prancha de projetos de hoje será aquele Templo; essa estrutura será o Templo da
Tribulação; que deverá estar em funcionamento na metade do período de sete anos
que se denomina “tempo de angústia para Jacó” (Jr 30.7).
Existe
um obstáculo principal para a construção do Terceiro Templo: a edificação
muçulmana cuja cúpula é coberta de ouro, o Domo da Rocha, que ocupa o monte do
Templo. Não é uma mesquita, mas um edifício islâmico.
Algumas
pessoas sugerem que um Templo Judeu poderia existir ao lado do Domo da Rocha,
ambos partilhando do monte do Templo. Mas, falei com muitos líderes do
movimento para a reconstrução que crêem que o Domo da Rocha terá que ser
removido. Quando lhes perguntei como eles planejam fazer isso acontecer,
disseram que não planejam. Eles pensam deixar esse detalhe para o Messias, mas
querem estar prontos para começar a construção quando Ele abrir o caminho.
Você
está preparado para o Arrebatamento da Igreja? Se está, viva pura e
produtivamente para estar cheio de alegria quando ouvir o glorioso som da
trombeta de Deus nos chamando para casa (1Ts 4.15-17). Acordo todas as manhãs
com a expectativa de que este será o dia. À luz de tudo o que está acontecendo
para a preparação de um Templo Judeu no monte do Templo, faríamos o certo se
mantivéssemos nossos ouvidos bem abertos para o brado do Senhor, a voz do
arcanjo e o chamado da trombeta de Deus.
(Jimmy De Young - Israel My Glory - fonteChamada).
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PAZ DO SENHOR
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