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quinta-feira, 3 de novembro de 2016

APOCALIPSE INAUGURAÇÃO DO MILENIO


                OMILENIO – O REINO DO MESSIAS

                             Apocalipse 20.1-6. 


                                  Professor Mauricio Berwald

As Escrituras afirmam que Deus é “Rei eterno” (Sl 10.16), “Rei da Glória” (Sl 24.8), “Rei sobre a terra” (Sl 47.2), e “Rei de Israel” (Is 44.6). O seu reino é atemporal (Sl 74.12) e domina sobre todas as coisas (Sl 103.19). Ele o “dá a quem quer” (Dn 4.25). Deus, como Rei, estabeleceu um reino teocrático com Adão, a quem deu o domínio sobre a criação (Gn 1.28), com o governo humano (Gn 9.1-7), com os reis de Israel (1 Sm 12.13), e com os gentios (Dn 4.17). Porém, esses monarcas falharam na execução da justiça e no reconhecimento da soberania de Deus sobre os reinos da terra (Dn 4). No entanto, Deus, através do herdeiro eterno do trono de Davi, Jesus (2 Sm 7.16; Hb 1.8), mostrará às nações, durante mil anos, a excelência de um governo regido com justiça e equidade (Hb 1.8) e orientado pela Palavra do Senhor (Is 2.3). 

O Século 21, aguardado ansiosamente como um novo recomeço para a humanidade, viu-se turbado pelos trágicos acontecimentos de 11 de setembro de 2001. Aquele atentado, que atingiu o coração da mais poderosa nação do planeta, haveria de desdobrar-se em guerras e desentendimentos. De repente, todo o sonho de paz desfazia-se em pesadelos, tornando inevitável a pergunta: O que nos reserva o futuro?
A Bíblia Sagrada mostra que, apesar de nossos temores, haverá uma era de tranquilidade e refrigério. Isto acontecerá quando o Senhor Jesus, logo após o Arrebatamento da Igreja e da Grande Tribulação, vier a este mundo instaurar o Milênio.
Nesta lição, veremos que o Milênio, ao contrário do que muitos alegam, têm sólidas bases bíblicas.


 O QUE É O MILÊNIO

O termo “Milênio” não consta do texto bíblico, mas a expressão correspondente (“mil anos”), sim. Não obstante, a doutrina do Milênio é essencialmente bíblica e consistentemente teológica.
 Definição. O Milênio é um período de mil anos durante o qual Cristo há de reinar plenamente sobre o mundo, de acordo com o que explicita João no Apocalipse (20.1-5).
Trata-se de um reino literal, cujo principal objetivo é a exaltação de Jesus não somente como o Messias de Israel, mas como o Desejado de todas as nações (Ag 2.7).

 O Milênio e o Reino de Deus. 

O Milênio pode ser considerado ainda a manifestação plena do Reino de Deus na terra. E isto nada tem a ver com a doutrina de algumas seitas que, renegando as verdades bíblicas acerca do arrebatamento da Igreja, ensinam que este mundo haverá de melhorar, pouco a pouco, até transformar-se num paraíso.

 QUANDO SERÁ O MILÊNIO

O Milênio terá início logo após a Grande Tribulação, quando Nosso Senhor Jesus Cristo, na companhia de todos os seus santos, houver aniquilado o dragão, o falso profeta e a besta (Ap 19.11-21). O Milênio, por conseguinte, dar-se-á, logicamente, depois do arrebatamento da Igreja.
Neste período, Satanás estará amarrado até que se completem os mil anos. Em seguida, importa que ele seja solto por um pouco de tempo, até que seja definitivamente lançado no lago de fogo (Ap 20.2,7,10). Ver também Mt 25.41.


 QUEM ESTARÁ NA TERRA DURANTE O MILÊNIO

Estarão na terra, durante o Milênio, o povo de Israel e os gentios que houverem sobrevivido à Grande Tribulação e ao juízo das nações (Mt 25.31-41). A Igreja, como já o dissemos, estará, juntamente com Cristo, regendo o mundo. Afinal, dele recebemos esta promessa (Ap 2.26,27).
Não sabemos exatamente em que lugar encontrar-se-á a Igreja durante o Milênio: se no céu ou se entre a terra e o céu. De uma coisa temos absoluta certeza: com os nossos corpos já glorificados, estaremos reinando juntamente com Jesus. Aleluia! Onde estará o rei, aí também estará o seu reino e os seus súditos. Os maravilhosos detalhes desse evento encontram-se de posse do Rei dos reis.

 OBJETIVOS DO MILÊNIO

O Milênio será implantado, tendo vários objetivos bem definidos:

 Exaltar a Cristo. Todos os povos, principalmente Israel, terão de se curvar ante Jesus Cristo, cujo nome será sublime e soberanamente exaltado como o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Fp 2.5-11; Ap 19.16). Ler também 1 Co 15.24-26.

 Manifestar o Reino de Deus na sua plenitude. Na Oração Dominical, o Senhor Jesus ensinou-nos a orar: “Venha o teu reino” (Mt 6.10). Esta petição será plenamente respondida quando vier o Senhor Jesus, juntamente com a sua Igreja, inaugurar o Milênio — a exposição mais visível do Reino de Deus na terra.

Mostrar que este mundo pode ser administrado com justiça e equidade. Em consequência da corrupção e dos desmandos administrativos dos governantes, a população da terra é assolada pela fome, pela falta de habitação e por muitas outras necessidades básicas. Todavia, quando Cristo instaurar o seu governo, mostrará que todos esses problemas podem ser rápida e perfeitamente solucionados.

Deixar bem claro que os reinos deste mundo pertencem a Cristo. No deserto, Satanás tentou a Cristo, alegando serem dele todos os reinos deste mundo. Na verdade, tudo pertence a Jesus: “Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15). Desta forma, cumprir-se-á a aliança que Deus estabeleceu com a casa de Davi, da qual veio, legalmente, o Senhor Jesus (Is 9.7; Dn 7.14).


 COMO SERÁ O MILÊNIO

O Milênio será um reino não somente de bênçãos espirituais, como também materiais, conforme o explicitam as Sagradas Escrituras. Por conseguinte, o Milênio:

 Terá início com um grande derramamento do Espírito Santo. Profetiza Zacarias que, quando os israelitas se virem cercados pelas nações da terra, para destruí-los, clamarão angustiados pelo socorro divino. Nessa ocasião crucial, Jesus haverá de se manifestar com grande poder e majestade sobre Jerusalém e, juntamente com sua Igreja glorificada, livrará Israel de certeira destruição. Israel pranteará, humilhado e arrependido, aceitando o Senhor Jesus, a quem rejeitaram na sua primeira vinda (Zc 12.9,10; 13.1; 14.2-9; Ap 1.7; Is 66.15,16). Neste exato momento, experimentarão uma grande efusão do Espírito Santo: “E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram: e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito” (Zc 12.10).

 Será um período de grande conhecimento da Palavra de Deus. “E virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR” (Is 2.3). Diz ainda Isaías: “Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar” (Is 11.9).
Jerusalém será não somente a sede do governo messiânico como também o centro de adoração divina (Zc 14.16).

 Será um tempo de paz universal. “E julgará entre muitos povos e castigará poderosas nações até mui longe; e converterão as suas espadas em enxadas e as suas lanças em foices; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra” (Mq 4.3).

 Será uma era de abundante saúde física e mental. “Confortai as mãos fracas e fortalecei os joelhos trementes. Dizei aos turbados de coração: Esforçai-vos e não temais; eis que o vosso Deus virá com vingança, com recompensa de Deus: ele virá. e vos salvará. Então, os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão. Então, os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará, porque águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo” (Is 35.3-6).

 Será uma era de prosperidade, segurança e vida longa. “Não edificarão para que outros habitem, não plantarão para que outros comam, porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice” (Is 65.22).

Será um período de plena recuperação ecológica da terra. “O deserto e os lugares secos se alegrarão com isso; e o ermo exultará e florescerá como a rosa. Abundantemente florescerá e também regorgitará de alegria e exultará; a glória do Líbano se lhe deu, bem como a excelência do Carmelo e de Sarom; eles verão a glória do SENHOR, a excelência do nosso Deus” (Is 35.1,2).

Israel habitará seguro, e estará de posse de todo o território que o Senhor prometera a Abraão. O capítulo 48 de Ezequiel descreve, em detalhes, os termos que as doze tribos de Israel ocuparão no período do Milênio. Será um território muito maior e muito mais amplo em relação ao ocupado hoje pelo Estado de Israel. 
Ora, se o Milênio é tão maravilhoso, o que não diremos da Nova Jerusalém? O primeiro, apesar de suas realizações, será imperfeito e temporário; o segundo não, pelo contrário, há de ser eterno e perfeitíssimo. Já pensou quando entrarmos naquela cidade, cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus? Como descrever a formosa cidade?
Senhor Jesus, ajuda-nos a cumprir nossa carreira neste mundo, para que possamos adentrar na Jerusalém Celeste. Queremos a tua companhia; desejamos ver o teu rosto. Sê conosco, meigo Salvador. 
 “Apocalipse 20.1-3 e vv.7-10 tratam da condenação de Satanás. Ficará preso no abismo durante mil anos. O abismo permanecerá trancado e lacrado acima dele, de modo que não terá nenhuma atividade na terra durante aquele período. Depois, será solto por um pouco de tempo, antes de seu castigo eterno no lago de fogo.
Entre esses dois eventos, a Bíblia fala, em Apocalipse 20.4-6, daqueles que são sacerdotes de Deus e de Cristo, e que reinarão com Ele durante mil anos.

Apocalipse 20.4 trata de dois grupos de pessoas: O primeiro se assentará em tronos para julgar (isto é: governar). A mensagem a todas as igrejas (Ap 3.21,22) indica que são os crentes oriundos da Era da Igreja que permaneceram fiéis, sendo vencedores (Ap 2.26,27; 3.21; 1 Jo 5.4). Entre eles, conforme a promessa de Jesus, estarão os doze apóstolos julgando (governando) as doze tribos de Israel (Lc 22.30). Isso porque Israel, restaurado, purificado, com a plenitude do Espírito Santo de Deus, ocupará sem dúvida a totalidade da terra prometida a Abraão (Gn 15.18)” (HORTON, S. M.: As últimas coisas. In HORTON, S. M. (ed.) Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.638-9).



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