João 14
13 - E tudo quanto pedirdes em meu
nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
14 - Se pedirdes alguma coisa em meu
nome, eu o farei.
15 - Se me amardes, guardareis os
meus mandamentos.
16 - E eu rogarei ao Pai, e ele vos
dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,
17 - o Espírito da verdade, que o
mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis,
porque habita convosco e estará em vós.
João 15
7 - Se vós estiverdes em mim, e as
minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será
feito.
1 João 5
14 - E esta é a confiança que temos
nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.
15 - E, se sabemos que nos ouve em
tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos.
Professor, qual a vontade de Deus
para sua vida? Você tem consciência do que Deus espera de você? Muitos correm
de um lado para o outro, procurando profetas para ouvira voz de Deus e
descobrir sua vontade. Todavia, para descobrir a vontade do Senhor para nossas
vidas, basta cultivarmos uma vida de íntima comunhão com o Pai, mediante a
leitura da Palavra e a oração. Através da lição desse domingo, veremos que à
medida que conhecemos o Senhor, sua vontade vai se tornando mais evidente.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir a aula,
solicite que algum aluno partilhe com a turma uma experiência pessoal a
respeito de como discerniu a vontade de Deus para sua vida em determinada
ocasião. Após esse relato, apresente aos alunos alguns princípios que podem
ajudá-los a conhecer a vontade divina. A vontade de Deus:
1. Sempre está em harmonia com as
Sagradas Escrituras;
2. Pode ser conhecida por meio da
oração;
3. Pode ser revelada pelas
circunstâncias;
4. É testificada pelo Espírito Santo
no interior do crente.
5. Traz consigo paz ao coração do
crente.
Palavra
Chave
Vontade
Divina: [Do lat. voluntade]. Amorosa disposição que Deus, com base em seus
decretos e desígnios, manifesta em relação ao ser humano.
Todo crente deseja ter uma vida de
oração eficaz, ou seja, de súplicas atendidas pelo Senhor. Contudo, muitos não
têm sido eficientes nesse assunto por desconhecerem completamente a vontade de
Deus para os homens em geral e para sua própria vida. Nesta lição, você
aprenderá que conhecer o Senhor e, por conseguinte, a vontade dEle para o seu
viver, é imprescindível para obter respostas aos seus clamores.
I. A ORAÇÃO E A VONTADE DE DEUS
1. O caráter de Deus. É fundamental
que o suplicante conheça profundamente a quem Ele dirige suas orações, a fim de
que possa ser atendido. A Bíblia nos revela que Deus é amor, misericórdia,
longanimidade, bondade, fidelidade e justiça. Portanto, o conhecimento de tais
atributos divinos é imprescindível para orarmos a Deus com entendimento e
sermos respondidos em nossas súplicas. Quanto mais conhecermos a Deus, melhor
compreenderemos, aceitaremos e identificaremos a sua vontade para nós.
2. A vontade de Deus e as Sagradas
Escrituras. Jesus declarou que as orações de seus discípulos seriam atendidas
se eles guardassem e praticassem a sua Palavra (Jo 15.7; 1 Jo 3.22).
A vontade geral de Deus está
expressa na Bíblia, portanto, é indispensável que manejemos bem a Palavra da
Verdade, a fim de sabermos como orar de acordo com a vontade dEle. Muitas vezes
não é necessário perguntar se algo é da vontade do Senhor, porque as Escrituras
explicitam claramente que tal pedido está completamente fora dos propósitos
divinos para seus filhos. Tiago e João tiveram essa experiência, quando
insensatamente pediram algo a Jesus Cristo em conflito com sua natureza e
vontade, e foram repreendidos pelo Senhor (Lc 9.54-56).
3. A vontade de Deus para cada
indivíduo. Outro fator que deve ser considerado ao dirigirmos nossos pedidos a
Deus é a sua soberana vontade para cada um de nós. Para descobri-la, é
necessário que o servo de Deus cultive uma vida de íntima comunhão com Deus. À
medida que conhecemos o Senhor, sua vontade vai se tornando mais evidente para
nós. Além disso, um crente fiel, que busca agradar ao Senhor através de uma
vida santa e dedicada ao seu Reino, naturalmente desfrutará da vontade de Deus,
pois é impossível que alguém possa ser tão íntimo dEle e estar fora da sua
vontade. A resposta divina às nossas orações está profundamente relacionada à
sua vontade para os seus filhos, como veremos nos tópicos a seguir.A vontade
geral de Deus para o homem está descrita na Bíblia, e a particular pode ser
conhecida mediante um relacionamento íntimo com o Senhor.
II. ORAÇÕES NÃO RESPONDIDAS POR DEUS
1. Orações egoístas (Tg 4.3). O
apóstolo Tiago afirma que pedidos egoístas, que visam interesses próprios, não
são respondidos pelo Senhor. Eles estão fora da vontade divina, pois contrariam
o desejo dEle de que seus filhos sejam altruístas. Na verdade, tais pedidos
refletem uma natureza ainda não regenerada, pois o coração daquele que foi
transformado por Deus pensa primeiro no próximo. Após conhecer o Senhor mais
profundamente, Jó intercedeu por seus amigos (Jo 42.10). Experimente orar mais
pelos outros do que por si mesmo.
2. Orações por posição social (Mt
20.17-28). Muitos oram a Deus buscando reconhecimento humano, honras, glórias,
poder, dinheiro, enfim, coisas que satisfaçam sua natureza humana pecaminosa. A
mãe dos filhos de Zebedeu pediu a Jesus um lugar de destaque para seus filhos,
mas o Mestre explicou que não competia a Ele outorgar essa posição, mas ao Pai
(Mt 20.21,22). Ela não tinha consciência de que não existe posição melhor do
que ser um servo de Deus, que foi transportado do reino das trevas para o Reino
do Filho do seu amor (Cl 1.13), e agora vive não mais para si mesmo, mas em e
por Cristo (Gl 2.19,20). A vontade de Deus é que pensemos e busquemos as coisas
celestiais, incorruptíveis (1 Co 9.25).
3. Orações hipócritas (Mt 6.5,6).
Algumas pessoas pensam que podem enganar a Deus com uma aparência de piedade,
fingindo ser espiritual, um “homem” ou “mulher de oração”. Esquecem-se de que
Deus é o maior conhecedor das motivações humanas. Jesus por diversas vezes
reprovou o comportamento hipócrita e mentiroso. O Senhor ama a verdade e a
sinceridade. É melhor ser sincero como um publicano, carente da misericórdia de
Deus, do que um fariseu, cheio de justiça própria, pois aquele teve sua oração
atendida e este não (Lc 18.9-14).As orações egoístas, hipócritas e que visam
status social não são atendidas pelo Senhor.
III. ORAÇÕES ATENDIDAS POR DEUS
Na Bíblia temos muitos exemplos de
orações respondidas, uma vez que estavam em harmonia com a vontade de Deus.
1. A oração do rei Salomão (2 Cr
1.7-10). Há quem faça longas orações, mas inconvenientes, impróprias,
insensatas, irreverentes. Salomão fez uma oração curta, porém, sábia. Ele tinha
consigo um “cheque em branco” da parte de Deus (v.7). No entanto, não teve
desejos egoístas, pensou em seu reino e no povo, orando com sabedoria, e Deus
lhe respondeu sem demora (vv.11,12). Por conseguinte, tornou-se o homem mais
sábio e rico do mundo de sua época (1 Rs 4.29-34). Você não deseja ter essa
sabedoria? Peça a Deus! A Bíblia garante que o Senhor a dá a todos
liberalmente, ou seja, a resposta é certa (Tg 1.5).
2. A oração do profeta Elias (1 Rs
18.36-39). A oração que glorifica e exalta a Deus será respondida. Um exemplo
desta oração é a do profeta Elias. Ele lançara um desafio aos falsos profetas
de Baal. Aquele que respondesse enviando fogo do céu para consumir os
sacrifícios oferecidos seria o verdadeiro Deus. O único desejo de Elias era que
o nome do Senhor fosse reconhecido e aclamado no meio daquele povo, como fica
claro em suas palavras (v.37). Um pedido que busque única e exclusivamente a
glória do Senhor e o reconhecimento de seu poderio será prontamente atendido
por Ele (Jo 14.13).
3. A oração de Davi (Sl 51.1-17).
Esta súplica por perdão, misericórdia e restauração provém de um coração
sincero, arrependido e consciente de seus erros. E tal coração, afirma a
Bíblia, não despreza o Senhor (v.17). Davi reconhece a gravidade de seus erros
e, principalmente, que havia pecado contra o seu Deus. Em seguida, arrepende-se
profundamente e busca com lágrimas o perdão e a restauração divina. É
importante ressaltar que o relacionamento íntimo que o rei cultivava com o seu
Soberano foi decisivo para que ele tomasse essa atitude. Uma vez que Davi
conhecia o caráter do Deus a quem servia, tinha certeza de que alcançaria
misericórdia de sua parte se o buscasse com um coração sincero.As orações de
Salomão, Davi e Elias foram respondidas pelo Senhor porque estavam de acordo
com sua vontade.
O segredo para uma vida de oração
eficaz, ou seja, de pedidos realizados conforme a vontade de Deus, é cultivar
um relacionamento íntimo e sincero com o Senhor. Você deseja ter suas orações
atendidas? Ore de acordo com a vontade de Deus! Você quer saber a vontade de
Deus para a sua vida? Então, cultive um profundo relacionamento com Ele.
A vontade de Deus e a vontade
do Homem
“Um dos mistérios com relação à
doutrina da vontade de Deus está centrado no ensino bíblico no que diz respeito
à soberania de Deus e a responsabilidade do homem. A liberdade do homem
condiciona e impõe limites sobre a vontade de Deus? Ou todas as ações dos
homens são determinadas no sentido de que eles tornam-se meros robôs? Além
disso, a solução está além da mente finita, assim como o homem é incapaz de
entender a natureza do conhecimento divino e sua compreensão das leis que
governam a conduta humana. O homem é incapaz de compreender como uma ação que
parece ser livre pode, entretanto, ser a operação da vontade de Deus e assim
ser determinada. Nenhum homem pode entender totalmente a vontade e os caminhos
de Deus (Jó 9.10). No entanto, o problema de relacionar a liberdade que o homem
pensa experimentar com a soberania de Deus, torna-se menos exato se esta
liberdade for entendida como a habilidade para fazer o que se deseja, ao invés
do poder de escolha contrária ou arbitrária”.(Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ:
CPAD, 2009, p.2026).Orar em nome de Jesus“[...] O que significa orar em nome de
Jesus? Embora tudo ou alguma coisa pareça incluir todas as coisas, estas
palavras não são a garantia de que todas as nossas orações serão atendidas. O
grande qualificador é a expressão ‘em meu nome’. Isto só se refere ao que está
dentro da vontade de Deus. Barclay escreve: A oração em que no final se diz
‘seja feita a tua vontade’ é sempre respondida” (Comentário Bíblico Beacon.
Vol.7. RJ: CPAD, 2006, p.124).
“Orar em ‘nome de Jesus’ é orar em
união com a pessoa e o propósito de Jesus, porque o ‘nome’ de uma pessoa
simbolizava a sua essência e destino. Nestes versículos temos a promessa da
resposta de nossas orações, desde que entendamos adequadamente o contexto do
último discurso de Jesus. Jesus prometeu aos discípulos que seus pedidos com
relação a dar frutos seriam respondidos porque isto glorificaria a Deus (veja Jo
4.41; 7.18; 8.50,54). Os capítulos seguintes esclarecem isto (Jo 15.7,8,16; Jo
16.23,24).
Quando Jesus diz que podemos pedir
tudo, devemos nos lembrar de que os nossos pedidos devem ser em nome de Jesus —
isto é, de acordo com o caráter e a vontade de Deus. Deus não concederá pedidos
contrários à sua natureza ou à sua vontade, e não podemos usar o seu Nome como
uma fórmula mágica para satisfazer os nossos desejos egoístas. Se estivermos
sinceramente seguindo a Deus e buscando a sua vontade, então os nossos pedidos
estarão alinhados com a vontade do Senhor, e Ele nos atenderá (veja também Jo
15.16; 1 Jo 6.23)” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol.1. RJ:
CPAD, 2009, pp.571-2).
A certeza que a oração foi ouvida
“Todo aquele que ora pode ter a mais
absoluta certeza de que sempre que uma oração for feita de acordo com a vontade
divina, a audiência diante do trono da misericórdia está assegurada. Pedir é
uma das prerrogativas do crente. Às vezes, o crente não recebe simplesmente
porque não pede (Tg 4.2). Por outro lado, nossas petições só serão ouvidas se
forem compatíveis com o bom prazer do Ouvinte. Existe a petição motivada por
motivos errados (Tg 4.3).
[...] É tolice orar por qualquer
coisa que seja proibida pela Palavra de Deus. Por exemplo, orar pela aprovação
divina ao casamento de um crente com um incrédulo seria orar contra a vontade
de Deus (2 Co 6.14)” (BRANDT, R. I.; BICKET, Z. J. Teologia da Oração. 4.ed.
RJ: CPAD, 2007, p.415).
I. RECONHECENDO O VALOR DA ORAÇÃO
1. A oração estreita a comunhão com
Deus. Por meio da oração, o crente estabelece e desenvolve um relacionamento
mais profundo com Deus. O Senhor é onisciente! Todavia, o cristão deve ser
explícito e detalhado em suas orações: “[...] as vossas petições sejam em tudo
conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças” (Fp
4.6b). Através da oração, o crente coloca aos pés do Senhor suas fragilidades,
dores, tristezas e ansiedades. Saiba que Deus deseja ouvi-lo, a fim de agir em
seu favor (Sl 72.12).
2. A oração com ação de graças. A
ação de graças é uma forma de celebrarmos a bondade divina, que expressa
gratidão (Sl 69.30). Esta oração, segundo o exemplo de Jesus, agrada ao céu (Mt
11.25). Uma vida de constante oração associada ao conhecimento e à observância
das Santas Escrituras, conduz o crente a um viver de gozo, gratidão e
constantes descobertas das grandezas e riquezas de Deus (1 Ts 5.17,18; Rm
11.33-36).
3. Jesus destaca o valor da oração.
O valor da oração está em sua prática constante como elemento vital e
imprescindível à nossa vida espiritual. Lembremo-nos de que a oração “no
Espírito” é parte da armadura de Deus para o cristão na sua luta contra o Diabo
(Ef 6.11,12,18). O crente deve estar consciente da proximidade de um Deus, que
é pessoal e almeja se comunicar com os seus filhos. Às vésperas de sua morte no
Calvário, Jesus confortou e revigorou seus discípulos com a promessa de que
suas orações seriam respondidas se direcionadas ao Pai em seu nome (Jo 14.14).
O Senhor Jesus, em seu ministério terreno, tinha a necessidade de orar porque
reconhecia a importância da vida de oração. Os seus discípulos, ao verem tal
exemplo, sentiram a mesma necessidade: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lc 11.1).
Após a morte e ascensão de Cristo, os discípulos passariam a contar com a ajuda
do Espírito Santo (Jo 14.16,17) e poderiam desfrutar da doce e permanente paz
de Jesus (Jo 14.27). Essas são as bênçãos que se alcançam do Pai celestial
quando se chega a Ele em oração e com plena certeza de fé no Filho de Deus.O
valor da oração está em sua prática constante como elemento vital à nossa vida
espiritual.
II. A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA
ORAÇÃO DO CRENTE
1. O Espírito Santo é intercessor. O
filho de Deus nunca está sozinho quando ora. Há alguém nomeado pelo Senhor para
ajudá-lo: O Espírito Santo (Jo 14.16). A maior segurança que o crente possui, é
saber que a sua oração é orientada na dependência do Santo Espírito. O Divino
Consolador nos ajuda a orar!
2. O Espírito Santo nos socorre na
oração. Ele junta-se a nós em nossas intercessões, a fim de moldar a oração que
não pode ser compreendida pelo entendimento humano. Da mesma maneira que Jesus
Cristo intercede por nós no céu (Rm 8.34), o Espírito Santo, que conhece todas
as nossas necessidades, intercede ao Senhor pelos salvos (Rm 8.27).
3. O Espírito Santo habita no
crente. Ser habitação do Espírito significa que Deus está presente na vida do
cristão, mantendo uma relação pessoal com ele. Nós somos o templo do seu
Espírito Santo (1 Co 6.19)! Nesse sentido, o Consolador torna a oração adequada
à vontade de Deus. Ele conhece todas as nossas necessidades, anseios,
pensamentos, falhas, sentimentos, desejos, frustrações e intenções. O Espírito
Santo geme pelo crente com gemidos inexprimíveis diante de Deus (Rm 8.26,27).Intercessão,
socorro e habitação caracterizam a ação do Espírito Santo na vida do crente.
III. COMO DEVE O CRENTE CHEGAR SE A
DEUS EM ORAÇÃO
1. Reverentemente. É necessário o
crente dirigir-se a Deus de modo respeitoso, agraciado, confiante e obediente.
Só Deus é digno de toda a honra, glória e louvor. Ele é Único, Eterno, Supremo,
Majestoso, Todo-Poderoso, Santo, Justo e Amoroso. A reverência voluntária a
Deus e o seu santo temor em nós sufocam o orgulho, que é tão comum no homem e
muitas vezes encontra-se disfarçado externamente nele, mas latente em seu
interior.
2. Honestamente. Quando o crente,
convicto pelo Espírito Santo e segundo a Palavra de Deus, arrependido confessa
seus pecados, erros, faltas e fraquezas, os impedimentos são removidos para
Deus agir em seu favor. Ele torna-se alvo das misericórdias divinas (Pv 28.13).
O crente deve fazer constantes
avaliações em sua obediência à vontade de Deus. Dessa atitude, dependem as
respostas de suas orações (1 Jo 3.19-22; Jo 15.7; Sl 139.24).
3. Confiantemente. Todo crente
necessita aproximar-se com fé do altar da oração e crer que Deus é galardoador
dos que O buscam (Hb 11.6). Orar com fé consiste em apresentar suas
necessidades ao Pai celestial e descansar em suas promessas. Assim, demonstramos
estar convictos do que Jesus disse quanto ao que pedimos ao Pai em Seu nome:
“Se pedires alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.14). Entretanto, todo
crente deve ter em mente que Deus é soberano e age como quer, concedendo ou não
o que Lhe pedimos. Ele conhece os seus filhos e sabe o que é melhor para nós
(Jo 10.14,15).O crente deve chegar-se a Deus em oração: reverentemente,
honestamente e confiantemente.
A gratidão, a segurança, a firmeza,
a sabedoria e a confiança do crente aumentam à medida que este estabelece uma
vida de constante oração. Qualquer aspecto ou expressão da vida cristã que não
passe pelo altar da oração, requer providência do crente. Tudo na vida do
crente deve estar sob o controle e providência de Deus. Cheguemos, então, com
confiança ao trono da graça (Hb 4.16). “Quando vemos a iniqüidade se
multiplicando ao nosso redor, sentimos uma profunda depressão; oposição e a
perseguição podem nos desencorajar. Davi foi tentado a se entregar a tais
sentimentos, porém, a oração capacitou a levantar vôo acima da violência e da
descrença dos homens, aproximando-se do céu. Nada voa tão bem como a oração,
pois ela ergue a alma humana com grande velocidade para uma posição muito acima
dos perigos e até dos prazeres existentes neste mundo. Assim como o avião voa
acima das nuvens de tempestade, assim nós, nas asas da oração, podemos voar
acima das decepções. Ajoelhemo-nos em fraqueza, e depois nos levantemos
revestidos de poder. Fazemos a maior violência contra nós mesmos quando nos
privamos desse meio de graça”.(PEARLMAN, M. Salmos. Adorando com os Filhos de
Israel. 1.ed. RJ: CPAD, p.21)
Subsídio Teológico
A Esperança da Glória: Presente no
Sofrimento (Romanos 8.18-27)
“Experimentamos a fraqueza que
pertence aos que vivem nesta era. Este fato faz o Espírito gemer em intercessão
(vv.26,27). O Espírito que habita em nós não é somente a garantia de nossa vida
futura; Ele também é participante em nossa vida presente. Descrever a oração
pelo raro termo gemido é adequado a um contexto onde o gemido dos crentes e da
criação é o tema da discussão. O Espírito nos ajuda na intercessão a nosso
favor por causa de nossa fraqueza. O contexto, com a ênfase no sofrimento e no
gemido que surge em nosso espírito em antecipação ao que vêm em seguida,
leva-nos a pensar que esta fraqueza descreve nossa atual condição neste período
de antecipação.
Assim, o problema não é que não
saibamos orar, mas que nossas circunstâncias são tais que não sabemos pelo que
orar. Há certa confusão que acompanha a vida simultânea em dois reinos. Pelo
que vamos pedir quando as condições do presente tempo, ao qual já não
pertencemos, parecem mais reais e prementes do que as condições do mundo que podemos
experimentar hoje apenas parcialmente? Embora estejamos seguros da libertação
da morte e livramento da tentação na ressurreição, como vamos orar neste tempo
quando o pecado e a morte ainda nos confrontam? Temos a garantia de que o
Espírito está orando por nós ‘segundo [a vontade] Deus’. Além disso, ainda que
não compreendamos o que o Espírito está pedindo, Deus compreende, porque Ele
‘sabe qual é a intenção do Espírito’ (v.27).
Agora nos dedicaremos à questão
sobre como o Espírito nos ajuda em oração. Paulo está dizendo que oramos com a
ajuda do Espírito, ou que o Espírito Santo ora por nós? Ou Paulo tem em mente a
combinação das duas idéias? Quer dizer, o fenômeno descrito aqui é o que
conhecemos por orar em línguas (o qual, em 1 Co 14.14,15, Paulo chama orar com
o Espírito), nas quais o Espírito Santo ora pelo indivíduo?
Há duas semelhanças sobre o que
sabemos sobre o gemido do Espírito e a oração no Espírito: são expressões em
oração que a mente não pode compreender (1 Co 14.2,6,11,13-19), e é o Espírito
que ora. Em 1 Coríntios 14.2, Paulo fala de mistérios pronunciados ‘em
espírito’. Ambos os textos descrevem o Espírito orando pelo crente enquanto
este ora em línguas. Finalmente, Romanos 8.26,27 é comentário sobre a
declaração em 1 Coríntios 14.4 de que ‘o que fala língua estranha edifica-se a
si mesmo’. Somos ajudados em nossa fraqueza, ou seja, somos edificados, à
medida que o Espírito intercede por nós de acordo com a vontade de Deus. A
natureza da vontade de Deus por nós é o assunto ao qual o apóstolo se dedica
nos versículos 28 e 29”.(Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1.ed.
RJ: CPAD, 2004, pp.872-73)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.