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domingo, 20 de novembro de 2016

Subsidio Betel oração e adoração n.9






                     João 14,13-17; 15.7; 1João 5.14,15.

                         Professor Mauricio Berwald

João 14

13 - E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
14 - Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.
15 - Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.
16 - E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,
17 - o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.

João 15

7 - Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.
1 João 5
14 - E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.
15 - E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos.


Professor, qual a vontade de Deus para sua vida? Você tem consciência do que Deus espera de você? Muitos correm de um lado para o outro, procurando profetas para ouvira voz de Deus e descobrir sua vontade. Todavia, para descobrir a vontade do Senhor para nossas vidas, basta cultivarmos uma vida de íntima comunhão com o Pai, mediante a leitura da Palavra e a oração. Através da lição desse domingo, veremos que à medida que conhecemos o Senhor, sua vontade vai se tornando mais evidente.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para introduzir a aula, solicite que algum aluno partilhe com a turma uma experiência pessoal a respeito de como discerniu a vontade de Deus para sua vida em determinada ocasião. Após esse relato, apresente aos alunos alguns princípios que podem ajudá-los a conhecer a vontade divina. A vontade de Deus:
1. Sempre está em harmonia com as Sagradas Escrituras;
2. Pode ser conhecida por meio da oração;
3. Pode ser revelada pelas circunstâncias;
4. É testificada pelo Espírito Santo no interior do crente.
5. Traz consigo paz ao coração do crente.


Palavra Chave
Vontade Divina: [Do lat. voluntade]. Amorosa disposição que Deus, com base em seus decretos e desígnios, manifesta em relação ao ser humano.

Todo crente deseja ter uma vida de oração eficaz, ou seja, de súplicas atendidas pelo Senhor. Contudo, muitos não têm sido eficientes nesse assunto por desconhecerem completamente a vontade de Deus para os homens em geral e para sua própria vida. Nesta lição, você aprenderá que conhecer o Senhor e, por conseguinte, a vontade dEle para o seu viver, é imprescindível para obter respostas aos seus clamores.

I. A ORAÇÃO E A VONTADE DE DEUS

1. O caráter de Deus. É fundamental que o suplicante conheça profundamente a quem Ele dirige suas orações, a fim de que possa ser atendido. A Bíblia nos revela que Deus é amor, misericórdia, longanimidade, bondade, fidelidade e justiça. Portanto, o conhecimento de tais atributos divinos é imprescindível para orarmos a Deus com entendimento e sermos respondidos em nossas súplicas. Quanto mais conhecermos a Deus, melhor compreenderemos, aceitaremos e identificaremos a sua vontade para nós.
2. A vontade de Deus e as Sagradas Escrituras. Jesus declarou que as orações de seus discípulos seriam atendidas se eles guardassem e praticassem a sua Palavra (Jo 15.7; 1 Jo 3.22).
A vontade geral de Deus está expressa na Bíblia, portanto, é indispensável que manejemos bem a Palavra da Verdade, a fim de sabermos como orar de acordo com a vontade dEle. Muitas vezes não é necessário perguntar se algo é da vontade do Senhor, porque as Escrituras explicitam claramente que tal pedido está completamente fora dos propósitos divinos para seus filhos. Tiago e João tiveram essa experiência, quando insensatamente pediram algo a Jesus Cristo em conflito com sua natureza e vontade, e foram repreendidos pelo Senhor (Lc 9.54-56).
3. A vontade de Deus para cada indivíduo. Outro fator que deve ser considerado ao dirigirmos nossos pedidos a Deus é a sua soberana vontade para cada um de nós. Para descobri-la, é necessário que o servo de Deus cultive uma vida de íntima comunhão com Deus. À medida que conhecemos o Senhor, sua vontade vai se tornando mais evidente para nós. Além disso, um crente fiel, que busca agradar ao Senhor através de uma vida santa e dedicada ao seu Reino, naturalmente desfrutará da vontade de Deus, pois é impossível que alguém possa ser tão íntimo dEle e estar fora da sua vontade. A resposta divina às nossas orações está profundamente relacionada à sua vontade para os seus filhos, como veremos nos tópicos a seguir.A vontade geral de Deus para o homem está descrita na Bíblia, e a particular pode ser conhecida mediante um relacionamento íntimo com o Senhor.



II. ORAÇÕES NÃO RESPONDIDAS POR DEUS

1. Orações egoístas (Tg 4.3). O apóstolo Tiago afirma que pedidos egoístas, que visam interesses próprios, não são respondidos pelo Senhor. Eles estão fora da vontade divina, pois contrariam o desejo dEle de que seus filhos sejam altruístas. Na verdade, tais pedidos refletem uma natureza ainda não regenerada, pois o coração daquele que foi transformado por Deus pensa primeiro no próximo. Após conhecer o Senhor mais profundamente, Jó intercedeu por seus amigos (Jo 42.10). Experimente orar mais pelos outros do que por si mesmo.
2. Orações por posição social (Mt 20.17-28). Muitos oram a Deus buscando reconhecimento humano, honras, glórias, poder, dinheiro, enfim, coisas que satisfaçam sua natureza humana pecaminosa. A mãe dos filhos de Zebedeu pediu a Jesus um lugar de destaque para seus filhos, mas o Mestre explicou que não competia a Ele outorgar essa posição, mas ao Pai (Mt 20.21,22). Ela não tinha consciência de que não existe posição melhor do que ser um servo de Deus, que foi transportado do reino das trevas para o Reino do Filho do seu amor (Cl 1.13), e agora vive não mais para si mesmo, mas em e por Cristo (Gl 2.19,20). A vontade de Deus é que pensemos e busquemos as coisas celestiais, incorruptíveis (1 Co 9.25).
3. Orações hipócritas (Mt 6.5,6). Algumas pessoas pensam que podem enganar a Deus com uma aparência de piedade, fingindo ser espiritual, um “homem” ou “mulher de oração”. Esquecem-se de que Deus é o maior conhecedor das motivações humanas. Jesus por diversas vezes reprovou o comportamento hipócrita e mentiroso. O Senhor ama a verdade e a sinceridade. É melhor ser sincero como um publicano, carente da misericórdia de Deus, do que um fariseu, cheio de justiça própria, pois aquele teve sua oração atendida e este não (Lc 18.9-14).As orações egoístas, hipócritas e que visam status social não são atendidas pelo Senhor.



III. ORAÇÕES ATENDIDAS POR DEUS

Na Bíblia temos muitos exemplos de orações respondidas, uma vez que estavam em harmonia com a vontade de Deus.
1. A oração do rei Salomão (2 Cr 1.7-10). Há quem faça longas orações, mas inconvenientes, impróprias, insensatas, irreverentes. Salomão fez uma oração curta, porém, sábia. Ele tinha consigo um “cheque em branco” da parte de Deus (v.7). No entanto, não teve desejos egoístas, pensou em seu reino e no povo, orando com sabedoria, e Deus lhe respondeu sem demora (vv.11,12). Por conseguinte, tornou-se o homem mais sábio e rico do mundo de sua época (1 Rs 4.29-34). Você não deseja ter essa sabedoria? Peça a Deus! A Bíblia garante que o Senhor a dá a todos liberalmente, ou seja, a resposta é certa (Tg 1.5).
2. A oração do profeta Elias (1 Rs 18.36-39). A oração que glorifica e exalta a Deus será respondida. Um exemplo desta oração é a do profeta Elias. Ele lançara um desafio aos falsos profetas de Baal. Aquele que respondesse enviando fogo do céu para consumir os sacrifícios oferecidos seria o verdadeiro Deus. O único desejo de Elias era que o nome do Senhor fosse reconhecido e aclamado no meio daquele povo, como fica claro em suas palavras (v.37). Um pedido que busque única e exclusivamente a glória do Senhor e o reconhecimento de seu poderio será prontamente atendido por Ele (Jo 14.13).
3. A oração de Davi (Sl 51.1-17). Esta súplica por perdão, misericórdia e restauração provém de um coração sincero, arrependido e consciente de seus erros. E tal coração, afirma a Bíblia, não despreza o Senhor (v.17). Davi reconhece a gravidade de seus erros e, principalmente, que havia pecado contra o seu Deus. Em seguida, arrepende-se profundamente e busca com lágrimas o perdão e a restauração divina. É importante ressaltar que o relacionamento íntimo que o rei cultivava com o seu Soberano foi decisivo para que ele tomasse essa atitude. Uma vez que Davi conhecia o caráter do Deus a quem servia, tinha certeza de que alcançaria misericórdia de sua parte se o buscasse com um coração sincero.As orações de Salomão, Davi e Elias foram respondidas pelo Senhor porque estavam de acordo com sua vontade.

O segredo para uma vida de oração eficaz, ou seja, de pedidos realizados conforme a vontade de Deus, é cultivar um relacionamento íntimo e sincero com o Senhor. Você deseja ter suas orações atendidas? Ore de acordo com a vontade de Deus! Você quer saber a vontade de Deus para a sua vida? Então, cultive um profundo relacionamento com Ele.


                 A vontade de Deus e a vontade do Homem

“Um dos mistérios com relação à doutrina da vontade de Deus está centrado no ensino bíblico no que diz respeito à soberania de Deus e a responsabilidade do homem. A liberdade do homem condiciona e impõe limites sobre a vontade de Deus? Ou todas as ações dos homens são determinadas no sentido de que eles tornam-se meros robôs? Além disso, a solução está além da mente finita, assim como o homem é incapaz de entender a natureza do conhecimento divino e sua compreensão das leis que governam a conduta humana. O homem é incapaz de compreender como uma ação que parece ser livre pode, entretanto, ser a operação da vontade de Deus e assim ser determinada. Nenhum homem pode entender totalmente a vontade e os caminhos de Deus (Jó 9.10). No entanto, o problema de relacionar a liberdade que o homem pensa experimentar com a soberania de Deus, torna-se menos exato se esta liberdade for entendida como a habilidade para fazer o que se deseja, ao invés do poder de escolha contrária ou arbitrária”.(Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2009, p.2026).Orar em nome de Jesus“[...] O que significa orar em nome de Jesus? Embora tudo ou alguma coisa pareça incluir todas as coisas, estas palavras não são a garantia de que todas as nossas orações serão atendidas. O grande qualificador é a expressão ‘em meu nome’. Isto só se refere ao que está dentro da vontade de Deus. Barclay escreve: A oração em que no final se diz ‘seja feita a tua vontade’ é sempre respondida” (Comentário Bíblico Beacon. Vol.7. RJ: CPAD, 2006, p.124).

“Orar em ‘nome de Jesus’ é orar em união com a pessoa e o propósito de Jesus, porque o ‘nome’ de uma pessoa simbolizava a sua essência e destino. Nestes versículos temos a promessa da resposta de nossas orações, desde que entendamos adequadamente o contexto do último discurso de Jesus. Jesus prometeu aos discípulos que seus pedidos com relação a dar frutos seriam respondidos porque isto glorificaria a Deus (veja Jo 4.41; 7.18; 8.50,54). Os capítulos seguintes esclarecem isto (Jo 15.7,8,16; Jo 16.23,24).
Quando Jesus diz que podemos pedir tudo, devemos nos lembrar de que os nossos pedidos devem ser em nome de Jesus — isto é, de acordo com o caráter e a vontade de Deus. Deus não concederá pedidos contrários à sua natureza ou à sua vontade, e não podemos usar o seu Nome como uma fórmula mágica para satisfazer os nossos desejos egoístas. Se estivermos sinceramente seguindo a Deus e buscando a sua vontade, então os nossos pedidos estarão alinhados com a vontade do Senhor, e Ele nos atenderá (veja também Jo 15.16; 1 Jo 6.23)” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol.1. RJ: CPAD, 2009, pp.571-2).

A certeza que a oração foi ouvida
“Todo aquele que ora pode ter a mais absoluta certeza de que sempre que uma oração for feita de acordo com a vontade divina, a audiência diante do trono da misericórdia está assegurada. Pedir é uma das prerrogativas do crente. Às vezes, o crente não recebe simplesmente porque não pede (Tg 4.2). Por outro lado, nossas petições só serão ouvidas se forem compatíveis com o bom prazer do Ouvinte. Existe a petição motivada por motivos errados (Tg 4.3).
[...] É tolice orar por qualquer coisa que seja proibida pela Palavra de Deus. Por exemplo, orar pela aprovação divina ao casamento de um crente com um incrédulo seria orar contra a vontade de Deus (2 Co 6.14)” (BRANDT, R. I.; BICKET, Z. J. Teologia da Oração. 4.ed. RJ: CPAD, 2007, p.415).


           I. RECONHECENDO O VALOR DA ORAÇÃO

1. A oração estreita a comunhão com Deus. Por meio da oração, o crente estabelece e desenvolve um relacionamento mais profundo com Deus. O Senhor é onisciente! Todavia, o cristão deve ser explícito e detalhado em suas orações: “[...] as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças” (Fp 4.6b). Através da oração, o crente coloca aos pés do Senhor suas fragilidades, dores, tristezas e ansiedades. Saiba que Deus deseja ouvi-lo, a fim de agir em seu favor (Sl 72.12).
2. A oração com ação de graças. A ação de graças é uma forma de celebrarmos a bondade divina, que expressa gratidão (Sl 69.30). Esta oração, segundo o exemplo de Jesus, agrada ao céu (Mt 11.25). Uma vida de constante oração associada ao conhecimento e à observância das Santas Escrituras, conduz o crente a um viver de gozo, gratidão e constantes descobertas das grandezas e riquezas de Deus (1 Ts 5.17,18; Rm 11.33-36).
3. Jesus destaca o valor da oração. O valor da oração está em sua prática constante como elemento vital e imprescindível à nossa vida espiritual. Lembremo-nos de que a oração “no Espírito” é parte da armadura de Deus para o cristão na sua luta contra o Diabo (Ef 6.11,12,18). O crente deve estar consciente da proximidade de um Deus, que é pessoal e almeja se comunicar com os seus filhos. Às vésperas de sua morte no Calvário, Jesus confortou e revigorou seus discípulos com a promessa de que suas orações seriam respondidas se direcionadas ao Pai em seu nome (Jo 14.14). O Senhor Jesus, em seu ministério terreno, tinha a necessidade de orar porque reconhecia a importância da vida de oração. Os seus discípulos, ao verem tal exemplo, sentiram a mesma necessidade: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lc 11.1). Após a morte e ascensão de Cristo, os discípulos passariam a contar com a ajuda do Espírito Santo (Jo 14.16,17) e poderiam desfrutar da doce e permanente paz de Jesus (Jo 14.27). Essas são as bênçãos que se alcançam do Pai celestial quando se chega a Ele em oração e com plena certeza de fé no Filho de Deus.O valor da oração está em sua prática constante como elemento vital à nossa vida espiritual.



II. A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA ORAÇÃO DO CRENTE

1. O Espírito Santo é intercessor. O filho de Deus nunca está sozinho quando ora. Há alguém nomeado pelo Senhor para ajudá-lo: O Espírito Santo (Jo 14.16). A maior segurança que o crente possui, é saber que a sua oração é orientada na dependência do Santo Espírito. O Divino Consolador nos ajuda a orar!
2. O Espírito Santo nos socorre na oração. Ele junta-se a nós em nossas intercessões, a fim de moldar a oração que não pode ser compreendida pelo entendimento humano. Da mesma maneira que Jesus Cristo intercede por nós no céu (Rm 8.34), o Espírito Santo, que conhece todas as nossas necessidades, intercede ao Senhor pelos salvos (Rm 8.27).
3. O Espírito Santo habita no crente. Ser habitação do Espírito significa que Deus está presente na vida do cristão, mantendo uma relação pessoal com ele. Nós somos o templo do seu Espírito Santo (1 Co 6.19)! Nesse sentido, o Consolador torna a oração adequada à vontade de Deus. Ele conhece todas as nossas necessidades, anseios, pensamentos, falhas, sentimentos, desejos, frustrações e intenções. O Espírito Santo geme pelo crente com gemidos inexprimíveis diante de Deus (Rm 8.26,27).Intercessão, socorro e habitação caracterizam a ação do Espírito Santo na vida do crente.



III. COMO DEVE O CRENTE CHEGAR SE A DEUS EM ORAÇÃO

1. Reverentemente. É necessário o crente dirigir-se a Deus de modo respeitoso, agraciado, confiante e obediente. Só Deus é digno de toda a honra, glória e louvor. Ele é Único, Eterno, Supremo, Majestoso, Todo-Poderoso, Santo, Justo e Amoroso. A reverência voluntária a Deus e o seu santo temor em nós sufocam o orgulho, que é tão comum no homem e muitas vezes encontra-se disfarçado externamente nele, mas latente em seu interior.
2. Honestamente. Quando o crente, convicto pelo Espírito Santo e segundo a Palavra de Deus, arrependido confessa seus pecados, erros, faltas e fraquezas, os impedimentos são removidos para Deus agir em seu favor. Ele torna-se alvo das misericórdias divinas (Pv 28.13).
O crente deve fazer constantes avaliações em sua obediência à vontade de Deus. Dessa atitude, dependem as respostas de suas orações (1 Jo 3.19-22; Jo 15.7; Sl 139.24).
3. Confiantemente. Todo crente necessita aproximar-se com fé do altar da oração e crer que Deus é galardoador dos que O buscam (Hb 11.6). Orar com fé consiste em apresentar suas necessidades ao Pai celestial e descansar em suas promessas. Assim, demonstramos estar convictos do que Jesus disse quanto ao que pedimos ao Pai em Seu nome: “Se pedires alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.14). Entretanto, todo crente deve ter em mente que Deus é soberano e age como quer, concedendo ou não o que Lhe pedimos. Ele conhece os seus filhos e sabe o que é melhor para nós (Jo 10.14,15).O crente deve chegar-se a Deus em oração: reverentemente, honestamente e confiantemente.




A gratidão, a segurança, a firmeza, a sabedoria e a confiança do crente aumentam à medida que este estabelece uma vida de constante oração. Qualquer aspecto ou expressão da vida cristã que não passe pelo altar da oração, requer providência do crente. Tudo na vida do crente deve estar sob o controle e providência de Deus. Cheguemos, então, com confiança ao trono da graça (Hb 4.16). “Quando vemos a iniqüidade se multiplicando ao nosso redor, sentimos uma profunda depressão; oposição e a perseguição podem nos desencorajar. Davi foi tentado a se entregar a tais sentimentos, porém, a oração capacitou a levantar vôo acima da violência e da descrença dos homens, aproximando-se do céu. Nada voa tão bem como a oração, pois ela ergue a alma humana com grande velocidade para uma posição muito acima dos perigos e até dos prazeres existentes neste mundo. Assim como o avião voa acima das nuvens de tempestade, assim nós, nas asas da oração, podemos voar acima das decepções. Ajoelhemo-nos em fraqueza, e depois nos levantemos revestidos de poder. Fazemos a maior violência contra nós mesmos quando nos privamos desse meio de graça”.(PEARLMAN, M. Salmos. Adorando com os Filhos de Israel. 1.ed. RJ: CPAD, p.21)

Subsídio Teológico

A Esperança da Glória: Presente no Sofrimento (Romanos 8.18-27)
“Experimentamos a fraqueza que pertence aos que vivem nesta era. Este fato faz o Espírito gemer em intercessão (vv.26,27). O Espírito que habita em nós não é somente a garantia de nossa vida futura; Ele também é participante em nossa vida presente. Descrever a oração pelo raro termo gemido é adequado a um contexto onde o gemido dos crentes e da criação é o tema da discussão. O Espírito nos ajuda na intercessão a nosso favor por causa de nossa fraqueza. O contexto, com a ênfase no sofrimento e no gemido que surge em nosso espírito em antecipação ao que vêm em seguida, leva-nos a pensar que esta fraqueza descreve nossa atual condição neste período de antecipação.
Assim, o problema não é que não saibamos orar, mas que nossas circunstâncias são tais que não sabemos pelo que orar. Há certa confusão que acompanha a vida simultânea em dois reinos. Pelo que vamos pedir quando as condições do presente tempo, ao qual já não pertencemos, parecem mais reais e prementes do que as condições do mundo que podemos experimentar hoje apenas parcialmente? Embora estejamos seguros da libertação da morte e livramento da tentação na ressurreição, como vamos orar neste tempo quando o pecado e a morte ainda nos confrontam? Temos a garantia de que o Espírito está orando por nós ‘segundo [a vontade] Deus’. Além disso, ainda que não compreendamos o que o Espírito está pedindo, Deus compreende, porque Ele ‘sabe qual é a intenção do Espírito’ (v.27).
Agora nos dedicaremos à questão sobre como o Espírito nos ajuda em oração. Paulo está dizendo que oramos com a ajuda do Espírito, ou que o Espírito Santo ora por nós? Ou Paulo tem em mente a combinação das duas idéias? Quer dizer, o fenômeno descrito aqui é o que conhecemos por orar em línguas (o qual, em 1 Co 14.14,15, Paulo chama orar com o Espírito), nas quais o Espírito Santo ora pelo indivíduo?

Há duas semelhanças sobre o que sabemos sobre o gemido do Espírito e a oração no Espírito: são expressões em oração que a mente não pode compreender (1 Co 14.2,6,11,13-19), e é o Espírito que ora. Em 1 Coríntios 14.2, Paulo fala de mistérios pronunciados ‘em espírito’. Ambos os textos descrevem o Espírito orando pelo crente enquanto este ora em línguas. Finalmente, Romanos 8.26,27 é comentário sobre a declaração em 1 Coríntios 14.4 de que ‘o que fala língua estranha edifica-se a si mesmo’. Somos ajudados em nossa fraqueza, ou seja, somos edificados, à medida que o Espírito intercede por nós de acordo com a vontade de Deus. A natureza da vontade de Deus por nós é o assunto ao qual o apóstolo se dedica nos versículos 28 e 29”.(Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1.ed. RJ: CPAD, 2004, pp.872-73)

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