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domingo, 20 de novembro de 2016

Subsidio jardim de infancia o perdão n.9






                                       Salmo51.1-13.

                                   Professor Mauricio Berwald

1 - Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.
2 - Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado.
3 - Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.
4 - Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares.
5 - Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.
6 - Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.
7 - Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve.
8 - Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.
9 - Esconde a tua face dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades.
10 - Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto.
11 - Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo.
12 - Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário.
13 - Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão.


Davi foi um homem que certamente amava a Palavra de Deus e a oração, porém ele não era imune à tentação e ao pecado. No auge do seu reinado transgrediu a Lei do Senhor cometendo um adultério e um assassinato. Todavia, depois de ser advertido pelo profeta Natã reconheceu a sua iniquidade e transgressão: “Pequei contra o Senhor” (2 Sm 2.13). Davi trilhou o caminho que todo pecador deve percorrer para ser restaurado: arrependimento, confissão do pecado e abandono da prática.

“‘Portanto és indesculpável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas’.
Quando o apóstolo Paulo fez esta declaração, estava na verdade, acusando os judeus que se consideravam inculpáveis. Paulo coloca o judeu e o gentio na mesma condição espiritual diante de Deus: Culpados! O escritor condena os moralistas que julgavam os erros dos gentios, pois julgavam erros que eram cometidos por eles mesmos. Os judeus julgavam que pelo fato de Deus ter mostrado graça e favor especial à sua raça, os livraria da condenação. Imaginavam que, pelo simples fato de serem israelitas de sangue, estariam salvos. Entretanto, era um conceito comodista e falso. Lucas escreveu a mensagem de João Batista que colocava cada judeu na mesma condição dos demais seres humanos. Se não se arrependessem, de nada valeria serem filhos de Abraão, pois dizia: ‘Porque eu os afirmo que mesmo destas pedras Deus pode Suscitar filhos a Abraão’ — (Lc 3.3-9) (Compare João 8.31-47: Romanos 9.1-13).
Entendemos então que, diante de Deus, tanto judeus como gentios são pecadores e estão debaixo da ira divina. São dois tipos de pecadores, que se protegem atrás de sua ‘própria moralidade’ para se justificarem diante de Deus. O judeu justificava-se na sua ‘religião’ e o gentio na sua moralidade. Porém, a Bíblia responde a ambos e diz: ‘O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará’ (Pv 28.13). ‘És indesculpável quando julgas, ó homem’ (2.1). Esta expressão anula a pretensão do pecador de querer julgar. Na verdade, ele não está em condições de julgar, porque Deus é quem julga. Ele é o Supremo Juiz! Quando Ele sentencia, não há apelação, pois seu julgamento é justo e nele não há possibilidade de erro” (Carta aos Romanos, CPAD).

Jesus disse em Mt 5.20: “Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus”. O que Jesus pretendia dizer com essas palavras é respondido em Mt 5.21-48. A verdade é que o pecado está no coração dos homens e que as suas intenções são más. A natureza humana é má, ainda que o homem não cometa o ato de pecado. Esta verdade pode ser exemplificada na vida dos próprios judeus. Eles não matavam, mas muitas vezes estavam cheios de ódio; não cometiam adultério, mas permitiam que um homem olhasse para uma mulher com desejos lascivos; exigiam justiça (“olho por olho”), mas não se dispunham a perdoar uns aos outros; amavam aos que os amavam, mas odiavam os inimigos. Que nenhum crente tenha o mesmo pensamento que os judeus, principalmente, os escribas e fariseus — achavam que a sua religiosidade exterior os tomariam salvos diante de Deus. Mas tinham coração cheio de ira, de lascívia, de mentira, de vingança, e de preconceito.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, divida a classe em 3: grupos. Depois que os grupos já estiverem formados, entregue a cada um deles uma das questões abaixo. As questões devem ser respondidas tendo como base o Salmo 51. Cada grupo terá, no máximo, três minutos para discutir seu tema e dois minutos para expor sua opinião à classe.

   1. Davi estava verdadeiramente arrependido por ter transgredido a Lei divina? Como ele demonstrou isso?
   2. Qual o caminho a ser percorrido, segundo o Salmo 51, pelo pecador arrependido?
   3. Davi foi totalmente restaurado diante de Deus?

Conclua explicando que Davi trilhou o caminho que todo pecador deve percorrer para ser restaurado: arrependimento, confissão do pecado e abandono da prática.


Palavra Chave.Perdão: [Do gr. aphesis]. “Perdoar ou remir os pecados de alguém”.

A oração é o modo pelo qual o homem fala com Deus e coloca diante dEle suas alegrias, tristezas, necessidades, anseios, enfim, tudo o que aflige sua alma. Quando se peca, é através da oração que se chega a Deus para confessar as culpas e pedir-lhe o seu perdão. A oração que Davi fez, logo após ser confrontado pelo profeta Natã a respeito de seu adultério (com Bate-Seba) seguido de assassinato (de Urias), é um exemplo do que se deve fazer ao pecar, a fim de alcançar misericórdia diante de Deus.

I. O PECADO NOS AFASTA DE DEUS

1. O pecado afronta a Deus. Pecado é a transgressão deliberada e consciente das leis estabelecidas por Deus. O pecado afronta o caráter de Deus e a sua santidade. Esta falta de conformidade com a lei moral de Deus é rebelião; quem usa dessa prática se distancia da comunhão com Deus, que, por hipótese alguma, comunga com o pecado ou com alguém que permanece nesse estado. Davi pecou gravemente e permaneceu em pecado até que, advertido peio profeta, se arrependeu e suplicou ao Senhor o perdão.
2. As consequências do pecado. Os relatos do rei Davi evidenciam que o pecado entristece o Espírito Santo e causa separação entre Deus e o homem (Is 59.2). Foi esse afastamento de Deus que Davi viveu. A única maneira de o crente manter comunhão com Deus, por meio do seu Espírito Santo, é andar segundo a sua vontade (Rm 8.1,2,8,9,13,14).
3. Consciência do pecado. A expressão que Davi usou para rogar a Deus a sua purificação, revela o reconhecimento do seu estado de impureza moral, pois havia cometido delitos contra a santidade de Deus e à sua Lei. Ao pedir a Deus que o limpasse com hissopo (v.7), ele revela que se havia contaminado tal qual um leproso ou alguém que havia tocado em um morto; símbolos de impureza máxima em sua época (Lv 14; Nm 19.16-19). O pecado destrói a paz com Deus, e a falta dessa paz, como decorrência do pecado, é como um sinal vermelho, a fim de que o crente pare imediatamente e volte-se para Deus em oração. É preciso que se arrependa, confesse o seu pecado e abandone-o, e pela fé em Cristo, e por Ele, receba o perdão de Deus (1 Jo 1.7-9).O pecado afronta a Deus, entristece o Espírito Santo e causa separação entre Deus e o homem.



II. CONFISSÃO E PERDÃO

1. Reconhecer e confessar o pecado. Ao pecar, Davi não considerou as consequências de seus atos. No entanto, assim que caiu em si como pecador, reconheceu a gravidade dos seus pecados cometidos e a necessidade de confessá-los, para, em seguida, pedir perdão. Todo ser humano deve saber que aquele que “encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13). O rei sabia que seu pecado era, em primeiro lugar, contra o próprio Deus (v.4). No Salmo 32, Davi mostra o dever e a necessidade de reconhecer e de confessar o pecado a Deus (Sl 32.1-5) e expressa a certeza do perdão do Senhor (v.5).
2. Conhecendo o caráter de Deus (vv.6,16). Davi conhecia a Deus e sabia que só homens limpos de mãos e puros de coração entram no santuário (Sl 24.3,4). Seus salmos revelam que ele conhecia a Deus pessoalmente e tinha um relacionamento íntimo com o Senhor.
3. O afastamento de Deus. Como todo o crente que desobedece às ordenanças divinas, Davi estava sentindo a angústia resultante da falta de comunhão com Deus. O pecado era como um muro, que o impedia de ver e sentir a presença de Deus. Para um homem acostumado à comunhão com o Criador, o vazio provocado pela falta desta doía como um corpo com os ossos quebrados (v.8); a tristeza havia tomado conta de seu ser.Para receber o perdão divino, o pecador deve reconhecer, confessar e abandonar o pecado.



III. A RESTAURAÇÃO DO PECADOR

1. Arrependimento e contrição. Davi tinha consciência do seu pecado. Porém, sabia que Deus está sempre disposto a perdoar todo homem que, com o coração arrependido, volta-se para Ele, confessando as suas culpas e rejeitando-as, por meio da oração espontânea e sincera (Pv 28.13). O perdão divino está à disposição de todos os pecadores que, arrependidos, confessam a Deus os seus pecados e aceitam a purificação provida pelo Senhor mediante o sangue de Jesus Cristo (Lc 24.46,47; 1 Jo 1.9). Todavia, é necessário que se rejeite totalmente a prática do pecado, pois o que alcança misericórdia é aquele que confessa e deixa (Pv 28.13).
2. Mudança de atitude. O verdadeiro arrependimento resulta em mudança de vida. Pode-se tomar como exemplo o Filho Pródigo. Ele, distante do pai, sem dinheiro ou condições dignas de, inclusive, se alimentar reconheceu seu pecado e resolveu voltar. Confessou suas transgressões ao pai e pediu-lhe perdão. O importante, porém, foi que a oração o levou à ação. Ele foi, fez tudo o que havia proposto e alcançou misericórdia (Lc 15.11-24). Davi também demonstrou com atos sinceros e profundos o arrependimento, vindo da alma.
3. Renovação interior. Na oração de Davi, pode-se ver que o Senhor já estava trabalhando em seu interior. Observe os desejos de Davi depois de confessar seus pecados e buscar o perdão de Deus:
a) Um espírito voluntário. O que demonstra seu desejo e sua disposição de servir a Deus (v.12).
b) Ensinar os caminhos do Senhor. Assim que se sente perdoado Davi se propõe a falar sobre o quanto Deus fora compassivo e misericordioso com ele, para que mais pecadores (como ele) se convertam de seus caminhos (v.13). Davi não se contenta em apenas desfrutar o seu perdão; ele também quer que o mundo conheça o Deus perdoador.
c) Louvar a Deus. Conhecendo o seu Senhor, Davi sabia que, na situação de pecado em que se encontrava, seus louvores não seriam aceitos. Era necessário que, antes de oferecer sacrifícios, ele se quebrantasse diante de Deus. Só então, estaria livre para louvá-Lo (vv.16,17). Deus recebe o louvor dos filhos obedientes, que procuram viver de acordo com a Palavra; a estes Ele denomina verdadeiros adoradores (Jo 4.23). O verdadeiro louvor ao Senhor não está em palavras ou canções, mas primeiramente na vida santa e consagrada e no testemunho do adorador.
d) Prontidão para agradar a Deus. Uma das características mais marcantes de um homem perdoado por Deus é o desejo profundo de agradá-Lo. O próprio Jesus fez alusão a este fato, quando estava em casa de Simão (Lc 7.36-50). A motivação maior do serviço do crente no Reino é o fato de ter sido perdoado, isto o constrange a fazer tudo e qualquer coisa para agradar ao Deus que o perdoou e o livrou da morte e do inferno. Por isso, um dos desejos expressos por Davi em sua oração foi o de ser um prestador de serviço para Deus com espírito voluntário.Deus restaura o pecador que verdadeiramente se arrepende e muda de atitude.A oração é um instrumento de comunhão com Deus, inclusive para aquele que a perdeu por causa do pecado. Depois que o homem reconhece que pecou, através da oração sincera, como a do publicano em Lucas 18.10-14, pode confessar seus pecados ao Senhor e pedir-lhe o seu perdão. O verdadeiro arrependimento, no entanto, implica na mudança de atitude e conduta daquele que pecou. A orientação amorosa do Senhor Jesus é: “vai-te e não peques mais” (Jo 8.11).

                            O Pecado e seu Domínio

“Infelizmente, para o questionamento do porquê de Davi ter pecado, a resposta é simples e, ao mesmo tempo, complexa: Ele pecou exatamente porque é um ser humano.
[...] Mesmo sendo o ‘homem segundo o coração de Deus’, ele não possuía uma natureza divina assim como Jesus Cristo que, apesar de ser chamado de ‘Filho de Davi’ — por sua ascendência ou natureza humana —, era Deus e, portanto, não sujeito a pecar (Hb 4.15; 1 Pe 2.21,22). Ser um ‘homem de Deus’ (2 Cr 8.14), como Davi o era, infelizmente não significa invulnerabilidade ou imunidade em relação ao pecado. Talvez nisso resida o problema de muitas pessoas que se espelham em outras. Quando seus referenciais fracassam, elas igualmente perdem a fé, pois caíram na ilusão de acreditar que existe alguém perfeito.
A doutrina do pecado ou hamartiologia é um dos grandes ensinos que precisa ser resgatado nos dias atuais. Saber que todos nós fomos afetados peia realidade do pecado, que por meio de um ato único entrou no mundo e, consequentemente, no seio da humanidade (Gn 3), é muito importante, pois mostra que a sua universalidade é algo que só pode ser resolvido com um único ato universal (Rm 5.18,19). O pecado é, por definição, um desvirtuamento do propósito original de Deus para o homem, pois o ‘sentido básico da palavra é o de errar um alvo ou um caminho’”.
(CARVALHO, C. M. Davi: As vitórias e as derrotas de um homem de Deus. 1.ed. RJ: CPAD, 2009, pp.147-8)


                                    O Perdão Pela Confissão

“Qual é a garantia de que a confissão é importante para Deus? A própria Palavra de Deus. Ela garante que a confissão é premiada com a misericórdia. ‘O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia’ (Pv 28.13).
Deus sabe que estamos sujeitos às leis deste mundo, mais exige que pautemos uma vida dentro dos padrões estabelecidos por Ele. E quando nos afastamos desse padrão, Ele espera que admitamos nossa falha e retornemos para Ele por meio da confissão. Todos nós conhecemos o texto áureo da confissão: ‘Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça’ (1 Jo 1.9).
Não podemos ter por hábito apenas dizer para Deus o que fizemos como se lêssemos para Deus uma lista de nossas infelizes decisões e atos. Mais que enumerar pecados, Deus espera que concordemos com Ele que erramos e que precisamos do seu perdão.
E Davi reconheceu o seu erro. Ele sabia que em Deus acharia a graça para a recuperação de seu pecado. Deus, por meio da confissão de Davi, não permitiu que ele permanecesse naquela situação: ‘Os passos de um homem bom são confirmados pelo Senhor, e ele deleita-se no seu caminho. Ainda que caia, não ficará prostrado, pois o Senhor o sustém com a sua mão’ (Sl 37.23,24). Como diz Richard D. Philips, ‘enquanto a verdade condena, a verdade e a graça juntas restauram o pecador’.
Não estamos imunes ao pecado em um mundo decaído. Não podemos dizer que jamais pecaremos, ou que ficaremos o tempo todo em vigilância. Mas podemos ter certeza de que Deus, em sua grande misericórdia, aceitará o pecador arrependido e o restaurará à comunhão perdida”.(COELHO, A. Davi: As vitórias e as derrotas de um homem de Deus. 1.ed. RJ: CPAD, 2009, pp.168-72)





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