O fato de
a palavra anjo ocorrer mais de 70 vezes no
Apocalipse prova a preeminência do ministério angélico no desenrolar dos
propósitos finais de Deus para o mundo. Seus anjos são os executantes de suas
multíplices operações. Nós, na presente era da Igreja, não dependemos
dos anjos (uma vez que o Espírito Santo é o administrador dos assuntos da
Igreja e age como executivo da Divindade, o verdadeiro Vigário de Cristo), mas
depois do arrebatamento da Igreja novamente os anjos fazem-se conspícuos na
execução dos
éditos divinos. “As coisas que desejam contemplar” serão totalmente compreendidas
por eles ao executarem a missão que lhes foi confiada pelo céu entre os homens.
Quanto mais lemos o Apocalipse, mais nos impressionamos e nos espantamos com a
obediência, dignidade e autoridade desses seres angelicais mencionados mais no
Apocalipse que em qualquer outro livro da Bíblia.
No grego,
“anjo” significa mensageiro e usa-se tanto para os arautos humanos como para os
celestes. As sete estrelas (1:20) são usadas para simbolizar os anjos das sete
igrejas, e estes anjos descrevem não a natureza mas
o ofício dos líderes espirituais
das igrejas, responsáveis por manter a luz do glorioso Evangelho durante a
noite escura da história da Igreja.
O
contexto da palavra “anjo” determina sua aplicação a seres humanos ou celestes.
Veja Lucas 7:24; 9:52; 2 Coríntios 12:7; Tiago 2:25. Nestas
passagens a palavra “mensageiro”—a mesma que o original grego registra
para “anjo”—é usada com respeito aos que são enviados em missões de várias
espécies. Quando se usa o termo especificamente com relação a seres celestiais,
também implica a grande característica do serviço (Salmo 103:20, 21;
Hebreus 1:13, 14). Há outras referências nas quais a palavra “anjos”
contém a ideia de “representações” ou “guardiães”, como na afirmativa de nosso
Senhor a respeito dos pequeninos terem seus anjos no céu que velam por eles.
“Seu anjo” em Atos 12:15 e Apocalipse 1:1 era um ser celestial
proeminente na hierarquia do céu, representando, em seu ministério, o Senhor
dos anjos.
Nesta era
do Evangelho os anjos são espíritos ministradores, enviados a fim de assistir
os que hão de herdar a salvação (Hebreus 1:13, 14). No Apocalipse,
particularmente na maior parte do livro que lida com a preparação e execução da
autoridade judicial de Cristo, quase toda frase tem seu anjo ou anjos, como nos
mostra este breve resumo:
Um anjo é
o intermediário entre Cristo e João na entrega do livro do Apocalipse (1:1-4).
Os anjos
são os representantes morais das sete igrejas (1:20; capítulos 2 e 3).
Um anjo
desafia o universo a apresentar alguém que tenha competência para cumprir os
justos conselhos de Deus relacionados com o mundo (5:2).
Anjos, em
multidões incontáveis, adoram e dão louvor a Cristo como o Cordeiro que foi
morto (5:11, 12).
Aos anjos
é dado poder para controlar os elementos naturais (7:1).
Anjos têm
autoridade para selar os verdadeiros servos de Deus (7:2, 3).
Anjos são
tocadores de trombetas; cada uma das sete trombetas tem seu próprio
anjo (capítulo 8).
Os anjos
são identificados com as sete taças da ira divina (capítulo 16).
Os anjos
são aliados de Deus na guerra celestial contra as forças infernais (capítulo
12).
Um anjo
proclama o Evangelho eterno (14:16).
Um anjo
anuncia as horríveis novas da queda de Babilônia (14:8).
Um anjo troveja
o terrível destino dos adoradores da besta (14:9).
Um anjo
sai do templo (14:15), e outro, do altar (14:18).
Um anjo é
o guardião das águas—símbolo dos povos da terra,
controlados pelo anjo sob a mão governadora de Deus (17:15), e que concorda com
o julgamento divino.
O termo
“outro anjo” é usado três vezes no Apocalipse (8:3; 10:1; 18:1) e merece
atenção especial em nosso tratamento destas referências.
Há dois
grupos distintos de sete anjos a quem João chama
de sete anjos; no texto original, dá-se
ênfase ao artigo, o que implica sua posição elevada e de honra perante e trono
de Deus. Há os sete anjos associados com os juízos da trombeta (capítulos 8 a
14) e os sete anjos relacionados com a ira ou últimas pragas divinas (15:1;
16:1). Uma vez que não se dá aos anjos das pragas o artigo definido,
provavelmente não sejam da mesma ordem que os anjos das trombetas e que têm a
honra de estar na presença de Deus (8:2). Dois outros grupos de anjos
enumerados são: quatro anjos (7:1) e doze anjos (21:12).
Os Sete
Anjos das Trombetas
Embora
seja verdade que uma hoste incontável de anjos serve o trono de Deus (“Milhares
de milhares o serviam, e miríades e miríades assistiam diante
dele”—Daniel 7:10), parece que os sete anjos das trombetas são anjos da presença, ou “o anjo da sua presença” (Isaías 63:9) e
portanto, de uma ordem exaltada. Gabriel descreve sua posição como estando na
presença de Deus, em Lucas 1:19. Será que todos estes sete anjos são arcanjos?
O
número sete significa que estes
seres angelicais de hierarquia elevada representam o poder completo de Deus nos
assuntos judiciais, e que são os executantes de sua vontade no que diz respeito
ao juízo. Apoiando seus pronunciamentos e ações está a autoridade do
trono perante cujo ocupante divino se encontram. Paulo, em Efésios 6:12,
indica que há distinções entre as hostes angelicais. Embora haja ordens várias
e diferentes hierarquias distribuídas entre os anjos de Deus, nenhum deles
jamais lhe usurpa a posição, mas conjuntamente oferecem a Deus obediência e
atividade em serviço inquestionáveis.
As Sete
Trombetas
As sete
trombetas, de chifres de carneiro, tocadas pelos sete sacerdotes em sete dias
consecutivos anunciaram e acarretaram a queda de Jericó (Josué 6). Os sete
sacerdotes tocaram as trombetas em conjunto, os sete anjos, porém, não as
tocam em uníssono, mas uma a uma. Assim, parece que cada anjo equivale a sete
sacerdotes e portanto “maior em poder e força”, como diz Pedro.
As
trombetas serviam para muitos propósitos nos dias do Antigo Testamento, e eram
usadas para viagens, alarmes, e preparação do exército divino contra seus
inimigos (Números 10:1-9; Jeremias 1:14- 18; 4:19; Joel 2:1; Mateus
24:31). Afirma Walter Scott: “As setetrombetas
significam um anúncio completo e total. Não se deve confundir as
trombetas místicas do Apocalipse com as
trombetas literais dos tempos do Antigo Testamento.” Uma vez que os homens
ouçam o som destas trombetas, não haverá confusão quanto ao seu significado e
mensagem horríveis. Não há algo majestoso e no entanto solene a
respeito destes tocadores de trombetas angelicais enquanto se preparam para
tocar? Lá estão eles em fila, trombeta na mão, esperando para proclamar seus
respectivos juízos (8:6).
Do
silêncio impressionante do sétimo selo, emergem as sete trombetas com sua
missão de caráter judicial, e as séries de sete aumentam em severidade. Os
sete selos, as sete trombetas e as sete taças, não são
juízos idênticos executados ao mesmo tempo. Apresentam três séries diferentes de juízos experimentados durante a grande
Tribulação, ou a septuagésima semana de Daniel. Os juízos dos selos, trombetas
e taças não são contemporâneos, mas sucessivos.
As
primeiras quatro trombetas descrevem a condição civil e eclesiástica do
império romano do Ocidente renovado; a quinta trombeta do primeiro ai
relaciona-se com o Judaísmo apóstata; a sexta trombeta ou segundo ai associa-se
com os habitantes culpados e sem Deus do mundo romano; a sétima trombeta ou
terceiro ai sugere os efeitos universais dos juízos de Deus.
Antes de examinarmos
com mais detalhes os anúncios dos sete anjos, devemos identificar o anjo
separado—“outro anjo”—que aparece em sua companhia (8:3-5). É ele simplesmente
outro anjo ou é alguém especial? Sempre que se usa a frase outro anjo, no Apocalipse,usa-se a
palavra- grega allos—outro da mesma
espécie. Muitos
expositores acreditam que a expressão “anjo do Senhor”, sempre que ocorre,
implica a presença da Divindade em forma angélica e, às vezes, até mesmo em
forma humana (Gênesis 18:1-14, etc.) Referem-se a estas como aparições teofânicas de Cristo antes de sua encarnação.
Quanto ao seu ser celestial e espiritual, Cristo é como os anjos, mas também é
infinitamente melhor do que eles por ser o Filho de Deus e Senhor dos anjos,
que, a fim de salvar a humanidade perdida, foi feito um pouco menor do que os
anjos.
Alguns
expositores do Apocalipse afirmam que o anjo especial que serve no altar é
apenas um dentre a hoste angelical, e não o Senhor Jesus Cristo. Sustentam ser
ele o Cordeiro que abre o selo e dirige os processos do juízo, e que sua missão
na Tribulação não é interceder, mas condenar. Explica-se ainda que o incenso
mencionado é dado a este preeminente anjo, e que não haveria
necessidade de ninguém entregar a Cristo o incensário.
Mas
estamos convencidos de que anjo algum, qualquer que seja sua posição, tenha
qualificações para estar na presença do altar celeste perante Deus em benefício
do homem, nem recebe o exercício de funções sacerdotais.
Como há
somente um mediador entre Deus e os homens—o Homem Cristo Jesus que se deu em
resgate de todos—estamos convencidos de que este anjo-sacerdote, cuja ação nos
altares tem caráter mediatório, é Cristo, nosso grande
Sumo Sacerdote.
A glória
do anjo de Jeová que desce do céu é vista de três maneiras:
Como o
anjo-sacerdote, por amor de seu remanescente sofredor (capítulo 8).
Como o
anjo-redentor, para tomar posse de sua herança (capítulo 10).
Como
anjo-vingador de seu povo, tomando vingança da Babilônia (capítulo 18).
Prova-se
que a descrição do anjo-redentor não é de um anjo comum, pelo fato de
referir-se ele aos dois profetas martirizados como “minhas duas testemunhas”
(11:13), o que não poderia ser escrito de qualquer anjo. Além disso, o arco-íris jamais é usado na Bíblia a não ser com
referência a Deus. Portanto, o anjo aqui deve ser o Filho de Deus (10:1). A
descrição “como o rugir de um leão” fala dele como “o Leão da tribo de Judá”
(5:5).
Este
anjo-sacerdote certamente deve ser o Mediador, Jesus Cristo, pois ninguém mais
pode acrescentar eficácia às orações dos santos. Na cena celestial que João
recebeu e registrou, feições discerníveis aparecem sob imagens da
língua judaica. Por exemplo, apenas sacerdotes serviram tanto nos altares
de cobre como de ouro. A linguagem que João usa lembra o altar da oferta queimada,
no pátio do tabernáculo.
As
orações dos santos inspiradas pelo Espírito jamais são esquecidas. Se essas
orações não forem respondidas durante a vida dos que as oferecem,
frequentemente o são depois de os intercessores terem ido para o céu. O Senhor
jamais se esquece de nenhum dos seus. Eles são sempre lembrados em sua
presença.
Incenso representa a vida e as
obras do Salvador. Seu cheiro suave é o incenso, e sua morte e ressurreição
eficaz dão aceitação divina às nossas orações inspiradas pelo Espírito. O altar
é o local da propiciação substituinte, e o fogo fala do juízo divino sobre o
pecado (e o juízo sobre a terra é o que os anjos das trombetas anunciam—8:5,
6). Deve-se notar que os anjos apenas anunciam o
juízo; eles não o executam nem o dispensam. Mas o anjo-sacerdote distribui o juízo (8:5).
A Primeira
Trombeta (8:7)
Os
dias da Tribulação verão repetirem-se as pragas do Egito sofridas por
Faraó e sua corte. Agências destruidoras estão prestes a dominar a terra, e o
que acontece depois de soar a primeira trombeta corresponde à sétima
praga do tempo de Israel (Êxodo 9:18-26). A Bíblia não se cala com respeito ao
significado simbólico das figuras usadas. A. T. Robertson, profundo conhecedor
da língua grega escreveu: “Nas visões e por todo o Apocalipse há o uso
constante de símbolos. Os primeiros leitores do livro compreendiam os símbolos,
embora para nós o seu segredo esteja perdido.” A despeito de toda a
consideração que nos merece este erudito expositor, a chave não nos está
perdida, pois a Escritura interpreta a Escritura.
Saraiva, descendo dos altos,
prova ser Deus o executor de juízo severo numa calamidade repentina, forte e
avassaladora. (Ver Josué10:11; Isaías 28:2, 17; 30:30; Ezequiel 13:13, etc.)
Fogo, símbolo que Deus usa
para Cristo e para o Espírito Santo, muitas vezes é empregado como expressão da
ira de Deus sobre o homem por causa de seu pecado. (Ver
Deuteronômio 32:22; Isaías 33:14; Mateus 25:41.) Indica também a
influência purificadora da Palavra de Deus. (Ver Jeremias 23:29; Malaquias
3:2.)
Sangue representa o morticínio
terrível, a vida tolhida pelo pecado mas reclamada por um Deus santo,
e a apostasia completa de Deus e da verdade. (Ver Levítico 3:17; 17:10-14;
Apocalipse 14:20; 16:3.)
Saraiva e fogo misturados com sangue apresentam uma combinação horrorosa. Tal
trindade expressa a manifestação terrível da ira divina sobre a terra
e seus habitantes. Quanto aos juízos das sete trombetas, os primeiros quatro
são sobre lugares, coisas materiais e acessórios da vida. Os três últimos,
são sobre pessoas e sobre a própria vida.
No
primeiro juízo, a terça parte das árvores é queimada. Diferentes partes do
mundo têm experimentado incêndios florestais devastadores, mas a história não
registra nenhum acontecimento que diz ter sido destruída pelo fogo a terça
parte das árvores do mundo. Portanto, uma interpretação histórica do Apocalipse
não cabe aqui. A repetição por 12 vezes da frase terça parte é impressionante. Como usada por João é
equivalente ao poder revivificado de Roma. Afirma Walter Scott: “A parte
ocidental da terra profética é aqui designada como a terça parte.” Não devemos esquecer-nos de
que a sombra de Roma, passada e futura, é lançada sobre o livro do Apocalipse.
As 12 terças partes podem representar a vingança
de Deus sobre Roma, pois 12 é o número governamental de Deus referente à parte
mais culpada da terra.
Árvores simbolizam a grandeza e
o orgulho humano. (Ver Ezequiel 31; Daniel 4; Apocalipse 8:7.) Nosso Deus justo
odeia o orgulho do homem e dominará os orgulhosos e poderosos da terra com o
juízo.
Erva verde, símbolo da prosperidade
de caráter temporário (bem como da fragilidade humana) aqui descreve a
desolação de tanta gente, embora possuíssem uma condição próspera como da “erva
verde”. (Veja Isaías 40:6, 7; Tiago 1:10; 1 Pedro 1:24; Apocalipse 8:7.)
A Segunda
Trombeta (8:8, 9)
Comparando
Escritura com Escritura, descobrimos que o mar é
usado como a inquietação da natureza humana, e também dos povos em estado de
anarquia e confusão (Isaías 57:20; Apocalipse 8:8; 13:1).
Navios representam viagem e
comércio (Gênesis 49:13; Apocalipse 8:9; 18:19).
Frases
denotando comparação (como,
com a aparência de) são
usadas com frequência no livro do Apocalipse e indicam a linguagem simbólica.
(Ver Jeremias 51:25, onde monte é
símbolo de um reino. Veja também Salmo 46:2 e Zacarias 4:7.) Todo o mundo
gentio há de sofrer a justa vingança de Deus.
A
transformação do mar em sangue corresponde à praga que invadiu o rio
Nilo (Êxodo 7:17-21). Assim como o mar sempre agitado representa as
multidões da terra em rebelião por falta de mão forte que as dirija, o mar que
se parece com o sangue descreve a terrível destruição que lhes há de sobrevir.
Impeça-se a passagem pelo mar e o principal meio de comércio mundial está
bloqueado. Mas os usos e os produtos do mar estão indelevelmente selados com o
sinal da morte. O símbolo de uma montanha ardente sendo lançada ao mar denota
que a destruição não é causada por nada que esteja dentro das forças humanas,
mas provém diretamente de Deus como uma advertência de juízo.
A
destruição da terça parte dos navios revela que o comércio e a comunicação
também sentirão o peso do juízo divino. Exportações e importações serão
diminuídas drasticamente. Na Segunda Guerra Mundial houve uma série colossal de
afundamentos; cerca de um terço de todos os navios de todas as nações
envolvidas com a guerra foi parar no fundo do mar! Um tremendo programa de
construção naval substituiu esta perda enorme de navios afundados. Nos dias da
Tribulação, entretanto, com os homens e materiais destruídos, essa reposição de
perdas não será possível.
A Terceira
Trombeta (8:10, 11)
Rios e
fontes de águas sugerem fontes de prazer lucrativo, ou de nações agindo debaixo
de influências turbulentas (Apocalipse 16:4, 5;17:15; Jeremias 2:13; Joel
3:18). Quando o terceiro anjo toca, o chamado sai por todas as fontes
produtoras de prazeres da terra a fim de que declarem guerra contra o homem. O
meteoro, com seus vapores gasosos cobrindo o suprimento de água
potável, será absorvidopor um terço das águas, rios e fontes e lembra o
que aconteceu na praga egípcia.
Neste
juízo de terrível severidade uma grande estrela cai
do céu simbolizando o instrumento do poder de Deus. Não se deve confundir esta
estrela com a estrela cadente sob a quinta trombeta (9:1). Estas duas
estrelas distintas são dirigentes espirituais, entretanto, e são vistos como
caídos moralmente de suas posições. Céu é o
centro e a fonte de autoridade divina (“O céu reina”—Daniel 4:26), e os
dirigentes distintos e apóstatas estão sujeitos a esse reinado. Não se nos diz
que é o de posição exaltada. (Mas veja Isaías 14:12.)
A
palavra Absinto não se refere tanto a
uma pessoa como descreve sua influência maligna. Alguns escritores identificam
a grande estrela com Satanás ou o anticristo. Absinto relaciona-se com artemísia e é a fonte
de um óleo indispensável obtido das folhas secas e da parte superior da planta.
Como tal simboliza amargura (Deuteronômio 29:18;
Jeremias 23:15). O uso contínuo desta bebida produz deterioração mental e até
mesmo a morte (Lamentações 3:15, 19). Salomão fala do fim da mulher
licenciosa como sendo “amargoso como o absinto” (Provérbios 5:4).
A terra
deve colher os frutos amargos do pecado pois os suprimentos
essenciais são contaminados por esta planta. No tempo da guerra, as nações
experimentam o grave problema de ter seu suprimento de água natural e
comunitário poluído ou cortado. Na expressão de Sir William Ramsey: “Olhando-se
para os ingredientes amargos diluídos na água pela queda desta grande estrela,
maravilhamo-nos não de que muitos tenham morrido e, sim, de que alguns tenham
sobrevivido.”
Todo
prazer terreno tem em si o sabor amargo do “absinto” e na Tribulação uma terça
parte da terra, em vez de encontrar vida nas fontes das águas vivificantes, encontra
a morte. Da mesma forma, Deus pode transformar águas amargas em doces
(Êxodo 15:25-27). A área geográfica afetada pelo castigo da amargura é
a terça parte, sugerindo que “os passos de
Deus desde a misericórdia para o juízo são sempre lentos, relutantes e
medidos”.
(notas comentario biblico Normam R. Champlin do apocalipse).
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PAZ DO SENHOR
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