18 — Filhinhos, é já a última
hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito
anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora.19 — Saíram de nós, mas
não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para
que se manifestasse que não são todos de nós.20 — E vós tendes a unção do Santo
e sabeis tudo.21 — Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque
a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade.22 — Quem é o mentiroso,
senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? E o anticristo esse mesmo que nega
o Pai e o Filho.23 — Qualquer que nega o Filho também não tem o Pai; e aquele
que confessa o Filho tem também o Pai.24 — Portanto, o que desde o princípio
ouvistes permaneça em vós. Se em vós permanecer o que desde o princípio
ouvistes, também permanecereis no Filho e no Pai.25 — E esta é a promessa que
ele nos fez: a vida eterna.28 — E agora, filhinhos, permanecei nele, para que,
quando ele se manifestar, tenhamos confiança e não sejamos confundidos por ele
na sua vinda.
Os crentes nutrem um desejo profundo
para conhecer os eventos futuros. Contudo, quando em contato com as profecias
bíblicas encontram dificuldade para interpretá-las. Muitos por desconhecerem os
princípios de interpretação têm feito uso de métodos inadequados chegando a
formular teorias incorretas, trazendo, assim, prejuízo à sua vida cristã e à
Igreja. O estudo de escatologia, neste trimestre, conduzirá, sem dúvida, os
alunos de nossa Escola Dominical a uma compreensão clara das profecias
bíblicas.
Escatologia é um termo constituído
de duas palavras gregas: escathos e logos, que se traduzem por “últimas coisas”
e “tratado” ou “estudo”. É o estudo acerca de coisas e eventos futuros
profetizados na Bíblia. Nas primeiras palavras do texto de Ap 1.1 podemos
entender o sentido da escatologia para a Igreja: “Revelação de Jesus Cristo, a
qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem
acontecer”. Em resumo, significa para os cristãos “o estudo ou a doutrina das
últimas coisas”.
I. O CAMPO DA ESCATOLOGIA BÍBLICA
1. A escatologia tem sua base na
revelação divina. A Bíblia é a revelação da vontade de Deus à humanidade.
Inicialmente, Deus escolheu a semente de Abraão, ou seja, o povo de Israel,
para revelar a sua vontade. Mais tarde, Deus ampliou o campo da sua revelação e
formou um novo povo, a Igreja, constituída de judeus e gentios (Ef 2.11-19). A
partir de então, a Igreja é o alvo da revelação divina. Toda a revelação aponta
para o futuro e a Igreja caminha neste mundo com uma esperança, pois é
identificada como “peregrina e forasteira”, 1Pe 2.11. Ela existe por causa da
esperança (Rm 5.2; 8.24; Ef 4.4; 1Ts 4.13). A esperança indica uma meta; traça
planos para um futuro. O mundo pagão se fecha dentro de um fatalismo histórico,
sem expectativas, sem futuro, mas a Bíblia revela o futuro.
2. A escatologia pertence ao campo
da profecia. A preocupação principal do estudo da escatologia é interpretar os
textos proféticos das Escrituras. As verdades proféticas se tornam claras e
definidas quando se tem o cuidado de interpretá-las seguindo os princípios de
interpretação, observando o seu contexto histórico e doutrinário. O apóstolo
Pedro teve o cuidado de explicar essa questão quando escreveu: “E temos mui
firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma
luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva
apareça em vosso coração”, 2Pe 1.19. Na verdade, o apóstolo procura contrastar
as ideias humanas com a palavra da profecia escrita na Bíblia. Ele fortalece a
origem divina das Escrituras e da sua profecia. Não podemos duvidar nem admitir
falha na Palavra de Deus. Ela é inspirada pelo Espírito Santo (2Tm 3.16). A
inerrância das Escrituras tem sua base na infalibilidade da Palavra de Deus.
Outrossim, o mesmo autor declara que “nenhuma profecia da Escritura é de
particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de
homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito
Santo”, 2Pe 1.20,21.
II. MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DA
ESCATOLOGIA
Na história da Igreja têm sido
adotados vários métodos de interpretação no que concerne às escrituras
proféticas. Eles têm produzido explicações e posições que obrigam os cristãos a
serem cautelosos. Há idéias divergentes, por exemplo, com respeito ao
arrebatamento da Igreja. Alguns o admitem antes e outros crêem que se dará no
meio da Grande Tribulação. As teorias são várias, mas precisamos ser definidos
sobre o assunto. Para isso, dois métodos de interpretação devem merecer a nossa
atenção.
1. O método alegórico ou figurado.
Alguns teólogos definem a alegoria “como qualquer declaração de fatos supostos
que admite a interpretação literal, mas que requer, também, uma interpretação
moral ou figurada”. Quando interpretamos uma profecia bíblica, sem atentarmos
para o seu sentido real, figurado ou literal, negamos o seu valor histórico,
dando uma interpretação de somenos importância. Corremos o risco de anular a
revelação de Deus naquela profecia. Daí, as palavras e os eventos proféticos
perderem o significado para alguns cristãos.
Quando o sentido de uma profecia é
literal e se interpreta alegoricamente, se está, de fato, pervertendo o
verdadeiro sentido da Escrituras, com o pretexto de se buscar um sentido mais
profundo ou espiritual. Por exemplo, há os que interpretam o Milênio
alegoricamente. Não acreditam num Milênio literal. Por esse modo, além de
mutilarem o sentido real e literal da profecia, anulam a esperança da Igreja.
Tenhamos cuidado com
interpretações feitas superficialmente ao bel-prazer das especulações do
intérprete, com idéias próprias ou ao que lhe parece razoável. Declarações
como: “eu penso que é isso”, “eu sinto que é isso”, são típicas de
interpretações vaidosas, irresponsáveis e vazias de temor a Deus. Portanto, o
método alegórico deve ser utilizado corretamente. Paulo utilizou-o em Gálatas
4.21-31. Ele tomou as figuras ilustradas no texto com fatos literais da antiga
dispensação, mas apresentou-os como sombras de eventos futuros.
2. O método literal e textual.
Esse é o método gramático-histórico. Isto é: se preocupa em dar um sentido
literal às palavras da profecia, interpretando-as conforme o significado
ordinário, de uso normal. A preocupação básica é interpretar o texto sagrado
consoante a natureza da inspiração da profecia. Uma vez que cremos na
inspiração plena das Escrituras através do Espírito Santo, devemos atentar para
o fato de que há textos que têm apenas um sentido espiritual, sem que exija,
obrigatoriamente, uma interpretação literal ou figurada.
Ambos os métodos são válidos, mas
devem ser utilizados com cuidado e precisão. Há uma perfeita relação entre as
verdades literais e a linguagem figurada. Temos o exemplo bíblico da
apresentação de João Batista no texto de João 1.6, que diz: “Houve um homem
enviado de Deus, cujo nome era João”. Notemos que o texto está falando
literalmente de um homem, cujo nome, de fato, era João. Os termos empregados
referem-se literalmente a alguém fisicamente. Mais tarde, João Batista, ao
identificar Jesus, usou uma linguagem figurada, quando diz: “Eis aí o Cordeiro
de Deus”, Jo 1.29. Na verdade, Jesus era um homem real e literal, mas João usou
a forma figurada para denotar o sentido literal da pessoa de Jesus.
III. A PROFECIA NA PERSPECTIVA
ESCATOLÓGICA
Não entenderemos a profecia bíblica
se a confundirmos com “o dom da profecia”. A profecia bíblica tem um caráter
inerrável, porque ela está nas Escrituras inspiradas pelo Espírito Santo. A
profecia, como dom do Espírito, tem a sua importância no contexto da Igreja de
Cristo na Terra, pois depende de quem a transmite e, por isso, sujeita a erro e
julgamento (1Co 14.29), e não pode ter validade se a mesma choca-se com o
ensino geral das Escrituras.
1. A profecia cumprida e a futura.
Para que a profecia bíblica tenha o crédito que merece, devemos estudá-la no
que concerne ao que já foi cumprido e, também, referente ao futuro. Uma grande
parte dos livros da Bíblia contém predições. Quando estudamos as profecias
cumpridas podemos enxergar o seu caráter divino, e fazer distinção com as
profecias não cumpridas. Jesus, em seu discurso aos discípulos no aposento
alto, falou do ministério do Espírito Santo após sua ascensão aos céus, e
disse: “Ele vos ensinará e vos anunciará as coisas que hão de vir”, Jo 16.13.
2. A profecia e o ministério da
Palavra. Toda declaração bíblica sobre profecia é tão crível quanto àquelas
declarações históricas. Certo autor de teologia declarou que “a história da
raça humana é a história da comunicação de Deus com o homem”. Deus mesmo
recorre à sua Palavra, não como uma simples evidência da verdade declarada, mas
como a única forma pela qual nós podemos obter uma perfeita e completa visão do
propósito divino em relação à salvação. Por isso, precisamos observar a
história do passado, presente e futuro. Devemos ter confiança de que assim como
teve cumprimento a Palavra de Deus no passado e o tem no presente, o mesmo
acontecerá com as profecias relacionadas ao futuro.
As Escrituras Sagradas apresentam
um só sistema de verdade. Não importa o que dizem as várias escolas de interpretação.
Suas interpretações podem variar e até estar equivocadas. E, nem a Bíblia se
presta a dar apoio a qualquer sistema de interpretação. O futuro é uma parte do
plano de Deus, e só Ele conhece tudo o que encerra a profecia. As opiniões
humanas têm valor enquanto estiverem em conformidade com as Escrituras.
Além de ser um dos capítulos da dogmática
cristã, ou seja, o estudo sistemático e lógico das doutrinas concernentes às
últimas coisas, há quatro outros tipos de escatologia, segundo nos apresenta o
Dicionário Teológico (CPAD):
“Escatologia consistente. Termo
nascido com Albert Schweitzer, segundo o qual as ações e a doutrina de Cristo
tinham um caráter essencialmente escatológico. Não resta dúvida, pois, de que o
Senhor Jesus haja se preocupado em ensinar aos discípulos as doutrinas das
últimas coisas. Todavia, sua preocupação básica era a salvação do ser humano.
Ele também jamais deixou de se referir à vida prática e sofrida do homem.
Seus ensinos, por conseguinte, não
foram deformados por qualquer ênfase exagerada. Nele, cada conselho de Deus
teve o seu devido lugar”.
“Escatologia idealista. Corrente
doutrinária que relaciona a escatologia bíblica à verdades infinitas. Os que
defendem tal posicionamento, alegam que a doutrina das últimas coisas não terá
qualquer efeito prático sobre a história da humanidade. Relegam-na, pois, à
condição de mera utopia.
Mas, o que dirão eles, por
exemplo, acerca das profecias já cumpridas? Será que estas não referendam as
que estão por se cumprirem? Não nos esqueçamos, pois, ser a profecia a essência
da Bíblia. Se descrermos daquela, não poderemos crer nesta”.“Escatologia individual. Estudo
das últimas coisas que dizem respeito exclusivamente ao indivíduo, tratando de
sua morte, estado intermediário, ressurreição e destino eterno. Neste contexto,
nenhuma abordagem é feita, quer a Israel, quer a Igreja”.
“Escatologia realizada. Ponto de
vista defendido por C. H. Dodd, segundo o qual as previsões escatológicas das
Sagradas Escrituras foram todas cumpridas nos tempos bíblicos. Atualmente,
portanto, já não nos resta nenhuma expectativa profética, de acordo com o que
ensina Dodd.
A escatologia tem profunda relação
com a profecia. Não podemos evitar nem negligenciar a profecia. Se trouxermos o
estudo da Bíblia apenas para a esfera presente, como trataremos das profecias
que nos estimulam a vigiar acerca da vinda de Cristo? Há um outro fator
importante nessa relação entre a escatologia e a profecia que é o seu
cumprimento passado. São profecias que foram faladas ou registradas bem antes
dos eventos profetizados, principalmente, aquelas relativas a Cristo. As
profecias quanto à sua primeira vinda se tomaram históricas pelo seu
cumprimento literal (Is 7.14; Mq 5.2; Is 11.2; Zc 9.9; Sl 41.9; Zc 11.12; Sl
50.6; Sl 34.20; Is 53.4-6). Portanto, a relação da escatologia com a profecia
não é teórica, porque tem o testemunho das Escrituras.
Compreender a linguagem da
mensagem profética no estudo da escatologia é de fundamental importância. Toda
e qualquer declaração profética depende da linguagem. Expressões simples do
conhecimento humano foram usadas e inspiradas pelo Espírito Santo aos profetas,
para que, na apresentação da mensagem profética, não houvesse confusão na sua
compreensão. A linguagem da profecia bíblica é singela e clara, mesmo quando
ela vem em forma alegórica. Seu objetivo primordial é apresentar as verdades
divinas. Todo aquele que ministra a Bíblia é chamado por Deus para declarar
“todo o conselho de Deus” (At 20.27). Não há como escapar da responsabilidade
de conhecer e interpretar corretamente os textos bíblicos proféticos.
2. O ESTUDO DA ESCATOLOGIA
1. Definição. A palavra
escatologia tem origem em dois termos gregos: escathos, “último”, e logos,
“estudo”, “mensagem”, “palavra”. O termo grego cognato é , que significa
“últimas coisas”. Daí vem à expressão “estudo”, ou “doutrina” das “últimas
coisas”. Portanto, escatologia é o estudo sistemático das coisas que
acontecerão nos últimos dias ou a “doutrina das últimas coisas”. A escatologia
estuda os seguintes temas: Estado Intermediário, Arrebatamento da Igreja,
Grande Tribulação, Milênio, Julgamento Final e o Estado Perfeito Eterno.
2. A escatologia e a volta de
Jesus. O estudo da escatologia bíblica mostra que o crente tem de estar sempre
alerta, vigilante, pois a volta de Jesus pode acontecer a qualquer momento:
“Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora
que não imaginais” (Lc 12.40). Muitos desprezam e desdenham das verdades
bíblicas, mas Deus vela pela sua Palavra e em breve Jesus voltará e julgará a
todos aqueles que amam a prática do pecado.A Escatologia Bíblica tem como
objetivo estudar os assuntos relacionados às últimas coisas.
“Embora lide com eventos futuros,
a escatologia tem suas raízes tanto na vida, morte e ressurreição históricas de
Cristo como em seu futuro retorno. Como afirma Berkouwer: ‘Não é o
desconhecimento do futuro, mas sim seu conhecimento que é fundamental na
reflexão escatológica’. A verdadeira questão é ‘se as expectativas bíblicas são
certas ou incertas, duvidosas ou inevitáveis’.
Eis uma verdade com a qual quase
todos os teólogos evangélicos concordam: Jesus voltará. Os cristãos fundamentam
sua esperança nesta promessa, que foi claramente firmada por Cristo (Mt
24.27-31). Nas parábolas dos dois servos (Mt 24.45-51), das dez virgens (Mt
25.1-13) e dos talentos (Mt 25.14-30), Jesus assegurou que voltaria. Ele virá
sobre as nuvens (Mt 26.64; Ap 1.7), à vista de todos (Mt 24.30), chegará ao
mesmo lugar do qual partiu (Zc 14.4; At 1.11) e em um momento que apenas o Pai
conhece (Mc 13.32).
Embora os estudiosos normalmente
concordem que Jesus voltará, existem diferentes opiniões sobre os detalhes das
circunstâncias que levarão ou se seguirão ao retorno de Cristo. Estas
diferentes opiniões estão relacionadas à sequência dos eventos do fim, à Grande
Tribulação, ao Milênio e ao futuro de Israel” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia
Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.168).
II. A PREOCUPAÇÃO COM OS FINS DOS
TEMPOS
1. Os discípulos de Jesus. Certa
vez, os discípulos de Jesus fizeram a seguinte indagação ao Mestre: “[...]
Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do
mundo?” (Mt 24.3). Tanto os discípulos quanto os cristãos do primeiro século
desejavam saber a respeito do fim dos tempos, pois este é um assunto que chama
a atenção de crentes e não crentes. Já no primeiro século algumas pessoas não
acreditavam mais na segunda vinda de Jesus, pois Pedro fala sobre os
“escarnecedores” que dizem: “Onde está a promessa da sua vinda?”. Infelizmente,
hoje muitos também continuam achando que a Palavra de Deus não se cumprirá e
que o fim não virá (2Pe 3.3,4).
2. As previsões falsas sobre o
futuro. O homem sempre se preocupou com o fim dos tempos, por isso, o grande
número de falsos profetas e falsas previsões quanto ao futuro da humanidade.
São inúmeras seitas e falsos profetas que já marcaram a data da segunda vinda
de Jesus e o fim de todas as coisas, pois todos erram.
3. Falsos profetas. Certo pastor
marcou o arrebatamento da Igreja para o ano de 1993 e o início da Grande
Tribulação, considerando que o ano 2000 seria o fim do sexto milênio. Outro
“profeta”, baseado em cálculos matemáticos, somando ou subtraindo referências
bíblicas e utilizando a contagem bíblica dos tempos, assegurou que o Anticristo
seria revelado em 13 de novembro de 1986 às 17 horas em Jerusalém! Marcou o
“fim do mundo” para março de 1987. Mais um falso profeta foi desmoralizado.Os
discípulos de Jesus sempre se preocuparam com os fins dos tempos.
“Marcos 13.32 assinala que apenas
o Pai conhece o momento do retorno de Cristo. Mateus 24.42 alerta: ‘Vigiai,
pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor”. Paulo escreve:
‘porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de
noite’ (1Ts 5.2). Estas passagens indicam que Jesus pode retornar a qualquer
momento advertindo-nos para estarmos prontos.
Já outras passagens trazem sinais
que precederão a volta de Cristo. O próprio Jesus mencionou sinais que marcariam
o fim dos tempos como lemos em Mateus 24.1-14” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia
Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.169).
III. INTERPRETAÇÕES ESCATOLÓGICAS
Existem diferentes interpretações
escatológicas a respeito do fim. Não podemos estudar todas em uma única lição,
porém estudaremos algumas:
1. Futurista. Essa interpretação
considera que a maior parte das profecias ainda vai se cumprir, começando com o
arrebatamento da Igreja e demais fatos subsequentes. Sem dúvida, é a mais
adequada à realidade das profecias sobre os últimos tempos. Essa corrente,
porém, subdivide-se em:
a) Pré-tribulacionista.
Esta corrente afirma que o Senhor Jesus
arrebatará sua Igreja antes da Tribulação de sete anos (Jo 14.1-3; 1Ts 4-5).
Segundo Tim Lahaye, aqueles que “interpretam a Bíblia literalmente encontram
razões fortes para crer que o arrebatamento será pré-tribulacional”. O ensino a
respeito do arrebatamento é uma doutrina fundamental, porém, o povo de Deus não
precisa estar dividido quanto a tal assunto. O importante é que Jesus voltará
para buscar a sua Igreja.
É importante ressaltar que a
corrente pré-tribulacionista está mais de acordo com o livro de Apocalipse (Ap
4.1-2). Para os pré-tribulacionistas os crentes serão guardados da Tribulação.
Segundo esta corrente o propósito da Tribulação não é preparar a Igreja para
estar com Cristo, mas, preparar Israel para a restauração do plano de Deus.
b) Pré-milenista.
Essa corrente conclui que a Vinda de Cristo
ocorrerá antes do milênio, quando Cristo virá reinar sobre a Terra.
Grande parte dos cristãos do
primeiro século, eram pré-milenistas. Segundo o pastor Claudionor de Andrade
“tal posicionamento foi duramente combatido por Orígenes que, influenciado pela
filosofia grega, passou a ensinar que o Milênio nada mais era que uma
referência alegórica à ação do Evangelho na vida das nações”.
c) Midi-tribulacionistas.
Os midi-tribulacionistas entendem que a Igreja
será arrebatada no meio da Tribulação.
d) Pós-tribulacionistas.
Os pós-tribulacionistas pregam que a Igreja
vai passar pela Grande Tribulação. No entanto, esse ensino não tem base sólida
na Palavra de Deus. Jesus disse à igreja de Filadélfia, que representa a igreja
fiel, que iria guardá-la “da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo,
para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10). A Igreja não estará mais na
Terra quando começar a Grande Tribulação. Paulo ensina que devemos “[...]
esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus,
que nos livra da ira futura” (1Ts 1.10).
2. Histórica. Considera que o
Apocalipse é um livro histórico, cujos fatos já se cumpriram na sua maior parte.
Mas tal entendimento não corresponde à realidade bíblica.
3. Preterista.
Os preteristas entendem que o
Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a
destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C. Entretanto, as profecias bíblicas sobre
os fins dos tempos indicam que diversos eventos escatológicos ainda não se
cumpriram, como o Arrebatamento da Igreja (1Ts 4.17), a Grande Tribulação ou “a
hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo” (Ap 3.10), a Vinda de Cristo
em glória (Mt 16.27) e o milênio (Ap 20.2-5).
4. Simbolista. É também chamada de
interpretação idealista ou espiritualista. Tudo é “espiritualizado”, simbólico;
nada é histórico, mas apenas uma alegoria da luta entre o bem e o mal. Nessa
linha de pensamento, há o ensino amilenista, segundo o qual não haverá um
período literal de mil anos para o reinado de Cristo. Ensinam que a Igreja está
vivendo um milênio simbólico, mas as referências que indicam que o milênio será
literal são muitas (Ap 20.2-5; Hc 2.14). Há os pós-milenistas que pregam que
Jesus só voltará depois do milênio. Os textos bíblicos, porém, indicam uma
ordem diferente dos acontecimentos escatológicos. A ressurreição dos mortos
salvos ocorrerá na vinda de Cristo (1Ts 4.13-17). A volta de Jesus é tão literal
quanto o foi a sua Ascensão (cf. At 1.9,11).Existem várias interpretações
escatológicas a respeito do fim.
“Os termos pré-milenismo,
amilenialismo e pós-milenialismo existem porque Apocalipse 20 fala sobre um
reinado milenial de Cristo, que terá lugar logo após o seu retorno (retratado
em Apocalipse 19). Uma teologia sólida deve ser desenvolvida a partir da
própria Bíblia e as Escrituras ensinam apenas um ponto de vista. O
amilenialismo e o pós-milenialismo não são encontrados em nenhuma parte, mas o
pré-milenialismo é percebido ao longo de toda a Bíblia. A força do
pré-milenialismo está no texto das Escrituras.
O pré-milenialismo é a opinião
escatológica de que Jesus Cristo voltará literalmente para estabelecer o seu
reino na terra por mil anos. Isso ocorrerá após o período da Tribulação e antes
do estabelecimento de um novo céu e uma nova terra (Ap 20).
Ryrie observa: ‘Todas as formas de
pré-milenialismo entendem que o Milênio segue à segunda vinda de Cristo. A sua
duração será de mil anos; a sua localização será na terra; o seu governo será
teocrático com a presença pessoal de Cristo reinando como Rei’.
Dentro do pré-milenialismo, em
geral, existe uma variedade de pontos de vista acerca do arrebatamento da
Igreja, os quais incluem o pré-milenialismo pré-tribulacional, e
pós-tribulacional. Em outras palavras, os pré-milenialistas estão divididos
quanto as suas opiniões de quando o arrebatamento ocorrerá em relação à
Tribulação e ao Milênio” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia
Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.348).
Defendemos a interpretação
futurista, que se revela como a que melhor ajusta-se à boa hermenêutica
sagrada, segundo a qual a Bíblia interpreta-se a si mesma.Nos livros
escatológicos, podemos identificar algumas profecias que já se cumpriram e
também entendemos que há linguagem simbólica nos livros escatológicos. Mas, em
relação aos fins dos tempos, face à volta de Jesus, cremos que esta se dará
antes da Grande Tribulação.
Escatologia, o estudo
das Últimas Coisas
Esperança: o fundamento da
Escatologia Bíblica.
“O único motivo por que a promessa
da nossa ressurreição, do nosso corpo glorificado, do nosso reinar com Cristo,
e do nosso futuro eterno é chamada ‘esperança’ é porque ainda não os alcançamos
(Rm 8.24,25)” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. CPAD, p.610).
De fato, não alcançamos a plena redenção do nosso corpo; a nova realidade de
uma transformação radical nos termos que o apóstolo Paulo escreveu em 1
Tessalonicenses: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz
de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente
com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre
com o Senhor” (4.16,17). Ao anunciar esta promessa, o apóstolo conclui:
“Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (v.18).
A sentença acima, pronunciada pelo
apóstolo dos gentios, demonstra que a “esperança” é o grande tema da verdadeira
Escatologia Bíblica. E que, por isso, devemos reforçar tal esperança consolando
uns aos outros com a memória dessa promessa. A razão de aguardarmos algo que
ainda não ocorreu é porque “anelamos e esperamos a realidade última da
manifestação do Reino de Deus no mundo”. Por isso, essa esperança se inicia e
permanece em nós por intermédio de Jesus Cristo (Ef 2.12). Éramos um povo sem
esperança, já condenado como filhos da ira, com uma natureza essencialmente
alienada de Deus e do seu plano de salvação. Mas, “estando nós ainda mortos em
nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)”
(Ef 2.5). Aqui, está a razão da nossa esperança! Se o Pai, por intermédio de
Jesus, o seu Filho, nos vivificou em Cristo, significa que Ele completará essa
boa obra iniciada em nós. Por isso, a “esperança” é o fundamento primeiro da
Escatologia Bíblica.
Enfatize a esperança cristã
Ao iniciar a primeira lição deste
trimestre, antes de abordar o conceito da Escatologia, a preocupação com os
fins dos tempos e as linhas de interpretações do livro de Apocalipse, dê ênfase
ao tema da "esperança". A doutrina das últimas coisas não pode ser
ensinada com o objetivo de trazer medo às pessoas. À luz da Palavra de Deus,
sempre que os autores bíblicos trataram do assunto, eles tinham como alvo de
consolar, confortar e animar o povo de Deus.
2 Pedro 3.1-14.
1 - Amados, escrevo-vos, agora,
esta segunda carta, em ambas as quais desperto com exortação o vosso ânimo
sincero,2 - para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas
pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante os vossos
apóstolos,3 - sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores,
andando segundo as suas próprias concupiscências4 - e dizendo: Onde está a
promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas
permanecem como desde o princípio da criação.5 - Eles voluntariamente ignoram
isto: que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a
terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste;
6 - pelas quais coisas pereceu o
mundo de então, coberto com as águas do dilúvio.7 - Mas os céus e a terra que
agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro e se guardam para o
fogo, até o Dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios.8 - Mas, amados, não
ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como
um dia.9 - O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por
tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão
que todos venham a arrepender-se.10 - Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de
noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo,
se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão.11 - Havendo, pois,
de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e
piedade,12 - aguardando e apressando-vos para a vinda do Dia de Deus, em que os
céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?13 - Mas nós,
segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a
justiça.14 - Pelo que, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele
sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.
O estudo deste tema se justifica por três
razões: é uma doutrina bíblica, acumula evidências históricas que a confirmam,
e consola o cristão (1 Ts 4.17). Essa tríade, doutrina, evidência e consolo,
resume os objetivos das treze lições. Portanto, caríssimo mestre, sua
responsabilidade perante os alunos consiste em ensinar-lhes a escatologia,
apresentar-lhes os sinais, e encorajá-los à perseverança.
A Segunda Epístola de Pedro foi
escrita no início dos anos 60 d.C. para uma comunidade cristã dispersa em cinco
províncias romanas (1 Pe 1.1). O texto da Leitura Bíblica em Classe apresenta
dois propósitos pelos quais o Apóstolo escreveu a referida carta: exortá-los a
permanecerem firmes na esperança vindoura (vv.1-2; 8-14); e adverti-los contra
os zombadores que escarneciam da promessa da vinda de Cristo (vv.3-6). A fim de
autenticar sua admoestação, Pedro usa dois fortes argumentos: o seu apostolado
(2 Pe 1.16; 3.2b), e a mensagem dos profetas (2 Pe 3.2a; 1.21). No primeiro,
ele fala acerca do que viu, e no segundo, do que ouviu. A doutrina da vinda de
Cristo, aqui ensinada por Pedro, contraria os falsos mestres que fundamentam
seus ensinos em fábulas (2 Pe 1.16). O termo grego para fábulas é mytos que tem
o sentido de “ideia falsa ou fantasiosa”. A diferença entre o ensino falso e o
verdadeiro é que, o primeiro, é desnecessário e conturba o coração dos fiéis.
E, o último, necessário e confortador.
Ao contrário do que muita gente
pensa, a Doutrina das Últimas Coisas não constitui um emaranhado de enigmas, ou
um quebra-cabeças. Ela é um conjunto de verdades cristalinas e bem
estabelecidas a respeito do que Deus está para fazer nestes últimos dias.Tendo
em vista a urgência desta hora, passaremos a estudar, a partir de hoje, os
fatos que compõem a Escatologia Bíblica. Desde já, em profundo espírito de
oração, preparemo-nos para as verdades que, aceitas com amor e humildade, nos
proporcionarão inexprimível conforto e grande alegria no Espírito Santo.
Aleluia!
I. O QUE É A DOUTRINA DAS ÚLTIMAS
COISAS
Afirmou o apóstolo Paulo: “Se
esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens”
(1 Co 15.19). Mas como esperaremos em Cristo também na outra vida, se
ignorarmos o plano de Deus para o final dos tempos? Daí a necessidade e a
urgência de se compreender a Doutrina das Últimas Coisas.
1. Definição. A Doutrina das
Últimas Coisas, por conseguinte, são as verdades da Bíblia Sagrada referentes
aos derradeiros dias da história humana. Em Teologia Sistemática, recebe ela o
nome de Escatologia que, em grego, significa, literalmente, estudo das últimas
coisas.
2. No Antigo Testamento. A
Escatologia do Antigo Testamento tem como pilares os seguintes pontos: a) A
salvação e a restauração completa do remanescente fiel do povo judeu (Ez
36.17-38; Sf 3.13); b) O aparecimento glorioso e visível do Messias, que levará
Israel à conversão nacional (Zc 12.10); c) O Dia do Senhor e o julgamento das
nações (Jr 46.10; Ez 30.3; Ob v.15); d) O estabelecimento do Reino de Deus na
terra (Is 11.1-16); e) A ressurreição e o Juízo Final (Dn 12.2); f) e: O
aparecimento dos novos céus e da nova terra (Is 65.17).
3. No Novo Testamento. A
Escatologia do Novo Testamento trata, basicamente, dos seguintes assuntos: a) O
arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.13-17); b) O aparecimento do Anticristo (2 Ts
2.1-12); c) A grande tribulação (Mt 24.15-28); d) O reino milenial de Cristo
(Ap 20.1-6); e) O julgamento final (Ap 20.11-15); f) e: A inauguração do
perfeito e eterno estado, tendo a Nova e Celeste Jerusalém como capital (Ap
21.1-27).
II. O OBJETIVO DA DOUTRINA DAS
ÚLTIMAS COISAS
Sumamente necessária e
confortadora, a Doutrina das Últimas Coisas tem como objetivos:
1. Mostrar o que está prestes a
acontecer. Assim o evangelista João encerra o Apocalipse: “Estas palavras são
fiéis e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos santos profetas, enviou o seu anjo,
para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer” (Ap
22.6).
2. Preparar o crente para
encontrar-se com Deus. “E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si
mesmo, como também ele é puro” (1 Jo 3.3).
3. Tranquilizar o povo de Deus
quanto aos últimos acontecimentos. “Não se turbe o vosso coração; credes em
Deus, crede também em mim. Na casa de meu pai há muitas moradas: se não fosse
assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar” (Jo 14.1,2).
4. Alertar a todos que o noivo
está chegando. “E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E
quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida. Aquele que
testifica estas coisas diz: Certamente, cedo venho. Amém! Ora, vem, Senhor
Jesus!” (Ap 22.17,20).
III. AS FONTES DA DOUTRINA DAS
ÚLTIMAS COISAS
Eis as principais fontes da
Doutrina das Últimas Coisas:
1. A Bíblia Sagrada. Como a
inspirada, inerrante, infalível e completa Palavra de Deus, é a Bíblia Sagrada
a principal fonte da Escatologia Bíblica. É o tribunal supremo onde são
julgados todos os enunciados teológicos (Is 8.20; 46.10; Ap 22.18,19). Sua
autoridade é inquestionável.
2. Os credos e as declarações
doutrinárias da igreja. Serão estes aceitos desde que estejam em conformidade
absoluta com a Bíblia Sagrada. Caso contrário: que sejam enérgica e
vigorosamente rejeitados.
3. A teologia. Se bíblica,
conservadora e ortodoxa, haverá de ser acatada como fonte auxiliar da Doutrina das
Últimas Coisas. Mas, se especulativa, humanista e liberal, que seja rechaçada;
nada tem a dizer-nos.
4. A história. Comandada por Deus,
mostra-nos a história, de forma clara e concludente, que Deus encaminha todas
as coisas, visando o estabelecimento pleno de seu Reino. Deus está no controle
de todos os fatos históricos e cotidianos.
5. O testemunho do Espírito Santo.
O Espírito Santo atesta-nos que o Senhor Jesus está prestes a vir buscar a sua
Igreja: “E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem
sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida” (Ap 22.17). Estejamos
vigilantes para não ficarmos envergonhados naquele grande dia (1 Jo 2.28).
IV. COMO ESTUDAR A DOUTRINA DAS
ÚLTIMAS COISAS
A fim de estudarmos com proveito a
Doutrina das Últimas Coisas, observemos alguns procedimentos importantíssimos:
1. Recorrendo primeiro à Bíblia.
Em perseverante oração a Deus, busque prioritariamente as respostas de que você
necessita nas Sagradas Escrituras. Que a sua preocupação não seja um mero
exercício de futurologia; que seja a de preparar-se melhor para a vinda do
Senhor Jesus (Am 4.12).
2. Orando constantemente em
profunda reverência. Enquanto estiver estudando a Doutrina das Últimas Coisas,
permaneça em atitude de oração e de profunda humildade diante do Senhor.
Somente assim, mostrar-lhe-á o Senhor as maravilhas da sua Palavra (Dn
9.20-27).
3. Evitando as especulações e as
vãs sutilezas da falsa hermenêutica. Cuidado com as especulações e as sutilezas
da falsa hermenêutica! Lembre-se! Há um severíssimo castigo àqueles que,
desprezando a Palavra de Deus, torcem-na e entregam-se às apostasias (Ap
22.18,19). Atente também para a observação em Tg 3.1.
A regra de ouro da verdadeira
interpretação bíblica é: a Palavra de Deus interpreta-se a si mesma.
4. Esperando com alegria a
manifestação do Senhor da glória. Acima de tudo, atenhamo-nos à Doutrina das
Últimas Coisas com indizível alegria, aguardando a chegada do Noivo Amado. O
Senhor acha-se às portas
A partir de agora, portanto,
dedique-se à Escatologia Bíblica, não para satisfazer a sua curiosidade acerca
do porvir; mas a fim de preparar-se melhor para a chegada do Rei. Você está
preparado? Já nasceu de novo? Não perca esta oportunidade. “...Aquele que não
nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.3).
Senhor Jesus, ajuda-nos a estudar,
com santa reverência, os fatos concernentes à tua vinda. Ó Cristo Amado, não
tardes em vir buscar a tua Igreja. Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!
“1. Dúvidas e confusão em
escatologia. Por quê? Pelo fato de muitas pessoas não saberem distinguir os
eventos bíblicos que ocorrerão no fim da presente era bíblica, que se iniciará
com a vinda de Jesus, resultam muitas dúvidas, confusões e interpretações
absurdas do texto bíblico. Algumas causas desses caos, são:
a. Falta de afinidade do crente
com o Espírito Santo. Daí a falta de introspecção espiritual. (Ler agora 1
Coríntios 2.10,14).
b. Falsa aplicação do texto
bíblico nos seus variados aspectos. Falsa aplicação quanto a povos bíblicos, quanto
a tempo; quanto a lugar, quanto aos sentidos do texto; quanto à mensagem do
texto; e quanto à procedência da mensagem do texto.
c. Conhecimento bíblico
desordenado. Há crentes, em nossas igrejas, portadores de um admirável saber
bíblico, mas infelizmente, por falta de um estudo sistemático desses assuntos,
o conhecimento deles é avulso, solto, sem sequência, desordenado.
d. Conhecimento especulativo. Este
conhecimento é apenas especulação do intelecto humano. (Ler 1 Coríntios 2.14).
Especular é querer saber apenas por saber, mas sem qualquer intenção de
glorificar a Deus, de consagrar a vida a Ele, e muito menos de obedecer à sua
vontade” (GILBERTO, A. O calendário da profecia. 16.ed., RJ: CPAD, 2003,
pp.8,9).
fonte CPAD
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