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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Estudos do apocalipse introdução

         

                 1 .A importância da Escatologia Bíblica

                                  1 João2.18-25,28.


                          Professor Mauricio Berwald

18 — Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora.19 — Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.20 — E vós tendes a unção do Santo e sabeis tudo.21 — Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade.22 — Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? E o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho.23 — Qualquer que nega o Filho também não tem o Pai; e aquele que confessa o Filho tem também o Pai.24 — Portanto, o que desde o princípio ouvistes permaneça em vós. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis no Filho e no Pai.25 — E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.28 — E agora, filhinhos, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e não sejamos confundidos por ele na sua vinda.

Os crentes nutrem um desejo profundo para conhecer os eventos futuros. Contudo, quando em contato com as profecias bíblicas encontram dificuldade para interpretá-las. Muitos por desconhecerem os princípios de interpretação têm feito uso de métodos inadequados chegando a formular teorias incorretas, trazendo, assim, prejuízo à sua vida cristã e à Igreja. O estudo de escatologia, neste trimestre, conduzirá, sem dúvida, os alunos de nossa Escola Dominical a uma compreensão clara das profecias bíblicas. 

Escatologia é um termo constituído de duas palavras gregas: escathos e logos, que se traduzem por “últimas coisas” e “tratado” ou “estudo”. É o estudo acerca de coisas e eventos futuros profetizados na Bíblia. Nas primeiras palavras do texto de Ap 1.1 podemos entender o sentido da escatologia para a Igreja: “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer”. Em resumo, significa para os cristãos “o estudo ou a doutrina das últimas coisas”.


                             I. O CAMPO DA ESCATOLOGIA BÍBLICA

1. A escatologia tem sua base na revelação divina. A Bíblia é a revelação da vontade de Deus à humanidade. Inicialmente, Deus escolheu a semente de Abraão, ou seja, o povo de Israel, para revelar a sua vontade. Mais tarde, Deus ampliou o campo da sua revelação e formou um novo povo, a Igreja, constituída de judeus e gentios (Ef 2.11-19). A partir de então, a Igreja é o alvo da revelação divina. Toda a revelação aponta para o futuro e a Igreja caminha neste mundo com uma esperança, pois é identificada como “peregrina e forasteira”, 1Pe 2.11. Ela existe por causa da esperança (Rm 5.2; 8.24; Ef 4.4; 1Ts 4.13). A esperança indica uma meta; traça planos para um futuro. O mundo pagão se fecha dentro de um fatalismo histórico, sem expectativas, sem futuro, mas a Bíblia revela o futuro.

2. A escatologia pertence ao campo da profecia. A preocupação principal do estudo da escatologia é interpretar os textos proféticos das Escrituras. As verdades proféticas se tornam claras e definidas quando se tem o cuidado de interpretá-las seguindo os princípios de interpretação, observando o seu contexto histórico e doutrinário. O apóstolo Pedro teve o cuidado de explicar essa questão quando escreveu: “E temos mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração”, 2Pe 1.19. Na verdade, o apóstolo procura contrastar as ideias humanas com a palavra da profecia escrita na Bíblia. Ele fortalece a origem divina das Escrituras e da sua profecia. Não podemos duvidar nem admitir falha na Palavra de Deus. Ela é inspirada pelo Espírito Santo (2Tm 3.16). A inerrância das Escrituras tem sua base na infalibilidade da Palavra de Deus. Outrossim, o mesmo autor declara que “nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”, 2Pe 1.20,21.


               II. MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DA ESCATOLOGIA

Na história da Igreja têm sido adotados vários métodos de interpretação no que concerne às escrituras proféticas. Eles têm produzido explicações e posições que obrigam os cristãos a serem cautelosos. Há idéias divergentes, por exemplo, com respeito ao arrebatamento da Igreja. Alguns o admitem antes e outros crêem que se dará no meio da Grande Tribulação. As teorias são várias, mas precisamos ser definidos sobre o assunto. Para isso, dois métodos de interpretação devem merecer a nossa atenção.

1. O método alegórico ou figurado. Alguns teólogos definem a alegoria “como qualquer declaração de fatos supostos que admite a interpretação literal, mas que requer, também, uma interpretação moral ou figurada”. Quando interpretamos uma profecia bíblica, sem atentarmos para o seu sentido real, figurado ou literal, negamos o seu valor histórico, dando uma interpretação de somenos importância. Corremos o risco de anular a revelação de Deus naquela profecia. Daí, as palavras e os eventos proféticos perderem o significado para alguns cristãos.
Quando o sentido de uma profecia é literal e se interpreta alegoricamente, se está, de fato, pervertendo o verdadeiro sentido da Escrituras, com o pretexto de se buscar um sentido mais profundo ou espiritual. Por exemplo, há os que interpretam o Milênio alegoricamente. Não acreditam num Milênio literal. Por esse modo, além de mutilarem o sentido real e literal da profecia, anulam a esperança da Igreja.
Tenhamos cuidado com interpretações feitas superficialmente ao bel-prazer das especulações do intérprete, com idéias próprias ou ao que lhe parece razoável. Declarações como: “eu penso que é isso”, “eu sinto que é isso”, são típicas de interpretações vaidosas, irresponsáveis e vazias de temor a Deus. Portanto, o método alegórico deve ser utilizado corretamente. Paulo utilizou-o em Gálatas 4.21-31. Ele tomou as figuras ilustradas no texto com fatos literais da antiga dispensação, mas apresentou-os como sombras de eventos futuros.

2. O método literal e textual. Esse é o método gramático-histórico. Isto é: se preocupa em dar um sentido literal às palavras da profecia, interpretando-as conforme o significado ordinário, de uso normal. A preocupação básica é interpretar o texto sagrado consoante a natureza da inspiração da profecia. Uma vez que cremos na inspiração plena das Escrituras através do Espírito Santo, devemos atentar para o fato de que há textos que têm apenas um sentido espiritual, sem que exija, obrigatoriamente, uma interpretação literal ou figurada.

Ambos os métodos são válidos, mas devem ser utilizados com cuidado e precisão. Há uma perfeita relação entre as verdades literais e a linguagem figurada. Temos o exemplo bíblico da apresentação de João Batista no texto de João 1.6, que diz: “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João”. Notemos que o texto está falando literalmente de um homem, cujo nome, de fato, era João. Os termos empregados referem-se literalmente a alguém fisicamente. Mais tarde, João Batista, ao identificar Jesus, usou uma linguagem figurada, quando diz: “Eis aí o Cordeiro de Deus”, Jo 1.29. Na verdade, Jesus era um homem real e literal, mas João usou a forma figurada para denotar o sentido literal da pessoa de Jesus.


                   III. A PROFECIA NA PERSPECTIVA ESCATOLÓGICA

Não entenderemos a profecia bíblica se a confundirmos com “o dom da profecia”. A profecia bíblica tem um caráter inerrável, porque ela está nas Escrituras inspiradas pelo Espírito Santo. A profecia, como dom do Espírito, tem a sua importância no contexto da Igreja de Cristo na Terra, pois depende de quem a transmite e, por isso, sujeita a erro e julgamento (1Co 14.29), e não pode ter validade se a mesma choca-se com o ensino geral das Escrituras.

1. A profecia cumprida e a futura. Para que a profecia bíblica tenha o crédito que merece, devemos estudá-la no que concerne ao que já foi cumprido e, também, referente ao futuro. Uma grande parte dos livros da Bíblia contém predições. Quando estudamos as profecias cumpridas podemos enxergar o seu caráter divino, e fazer distinção com as profecias não cumpridas. Jesus, em seu discurso aos discípulos no aposento alto, falou do ministério do Espírito Santo após sua ascensão aos céus, e disse: “Ele vos ensinará e vos anunciará as coisas que hão de vir”, Jo 16.13.

2. A profecia e o ministério da Palavra. Toda declaração bíblica sobre profecia é tão crível quanto àquelas declarações históricas. Certo autor de teologia declarou que “a história da raça humana é a história da comunicação de Deus com o homem”. Deus mesmo recorre à sua Palavra, não como uma simples evidência da verdade declarada, mas como a única forma pela qual nós podemos obter uma perfeita e completa visão do propósito divino em relação à salvação. Por isso, precisamos observar a história do passado, presente e futuro. Devemos ter confiança de que assim como teve cumprimento a Palavra de Deus no passado e o tem no presente, o mesmo acontecerá com as profecias relacionadas ao futuro.

As Escrituras Sagradas apresentam um só sistema de verdade. Não importa o que dizem as várias escolas de interpretação. Suas interpretações podem variar e até estar equivocadas. E, nem a Bíblia se presta a dar apoio a qualquer sistema de interpretação. O futuro é uma parte do plano de Deus, e só Ele conhece tudo o que encerra a profecia. As opiniões humanas têm valor enquanto estiverem em conformidade com as Escrituras.
 Além de ser um dos capítulos da dogmática cristã, ou seja, o estudo sistemático e lógico das doutrinas concernentes às últimas coisas, há quatro outros tipos de escatologia, segundo nos apresenta o Dicionário Teológico (CPAD):
“Escatologia consistente. Termo nascido com Albert Schweitzer, segundo o qual as ações e a doutrina de Cristo tinham um caráter essencialmente escatológico. Não resta dúvida, pois, de que o Senhor Jesus haja se preocupado em ensinar aos discípulos as doutrinas das últimas coisas. Todavia, sua preocupação básica era a salvação do ser humano. Ele também jamais deixou de se referir à vida prática e sofrida do homem.
Seus ensinos, por conseguinte, não foram deformados por qualquer ênfase exagerada. Nele, cada conselho de Deus teve o seu devido lugar”.
“Escatologia idealista. Corrente doutrinária que relaciona a escatologia bíblica à verdades infinitas. Os que defendem tal posicionamento, alegam que a doutrina das últimas coisas não terá qualquer efeito prático sobre a história da humanidade. Relegam-na, pois, à condição de mera utopia.
Mas, o que dirão eles, por exemplo, acerca das profecias já cumpridas? Será que estas não referendam as que estão por se cumprirem? Não nos esqueçamos, pois, ser a profecia a essência da Bíblia. Se descrermos daquela, não poderemos crer nesta”.“Escatologia individual. Estudo das últimas coisas que dizem respeito exclusivamente ao indivíduo, tratando de sua morte, estado intermediário, ressurreição e destino eterno. Neste contexto, nenhuma abordagem é feita, quer a Israel, quer a Igreja”.
“Escatologia realizada. Ponto de vista defendido por C. H. Dodd, segundo o qual as previsões escatológicas das Sagradas Escrituras foram todas cumpridas nos tempos bíblicos. Atualmente, portanto, já não nos resta nenhuma expectativa profética, de acordo com o que ensina Dodd.

A escatologia tem profunda relação com a profecia. Não podemos evitar nem negligenciar a profecia. Se trouxermos o estudo da Bíblia apenas para a esfera presente, como trataremos das profecias que nos estimulam a vigiar acerca da vinda de Cristo? Há um outro fator importante nessa relação entre a escatologia e a profecia que é o seu cumprimento passado. São profecias que foram faladas ou registradas bem antes dos eventos profetizados, principalmente, aquelas relativas a Cristo. As profecias quanto à sua primeira vinda se tomaram históricas pelo seu cumprimento literal (Is 7.14; Mq 5.2; Is 11.2; Zc 9.9; Sl 41.9; Zc 11.12; Sl 50.6; Sl 34.20; Is 53.4-6). Portanto, a relação da escatologia com a profecia não é teórica, porque tem o testemunho das Escrituras.

Compreender a linguagem da mensagem profética no estudo da escatologia é de fundamental importância. Toda e qualquer declaração profética depende da linguagem. Expressões simples do conhecimento humano foram usadas e inspiradas pelo Espírito Santo aos profetas, para que, na apresentação da mensagem profética, não houvesse confusão na sua compreensão. A linguagem da profecia bíblica é singela e clara, mesmo quando ela vem em forma alegórica. Seu objetivo primordial é apresentar as verdades divinas. Todo aquele que ministra a Bíblia é chamado por Deus para declarar “todo o conselho de Deus” (At 20.27). Não há como escapar da responsabilidade de conhecer e interpretar corretamente os textos bíblicos proféticos.



                         2. O ESTUDO DA ESCATOLOGIA


1. Definição. A palavra escatologia tem origem em dois termos gregos: escathos, “último”, e logos, “estudo”, “mensagem”, “palavra”. O termo grego cognato é , que significa “últimas coisas”. Daí vem à expressão “estudo”, ou “doutrina” das “últimas coisas”. Portanto, escatologia é o estudo sistemático das coisas que acontecerão nos últimos dias ou a “doutrina das últimas coisas”. A escatologia estuda os seguintes temas: Estado Intermediário, Arrebatamento da Igreja, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento Final e o Estado Perfeito Eterno.
2. A escatologia e a volta de Jesus. O estudo da escatologia bíblica mostra que o crente tem de estar sempre alerta, vigilante, pois a volta de Jesus pode acontecer a qualquer momento: “Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora que não imaginais” (Lc 12.40). Muitos desprezam e desdenham das verdades bíblicas, mas Deus vela pela sua Palavra e em breve Jesus voltará e julgará a todos aqueles que amam a prática do pecado.A Escatologia Bíblica tem como objetivo estudar os assuntos relacionados às últimas coisas.

“Embora lide com eventos futuros, a escatologia tem suas raízes tanto na vida, morte e ressurreição históricas de Cristo como em seu futuro retorno. Como afirma Berkouwer: ‘Não é o desconhecimento do futuro, mas sim seu conhecimento que é fundamental na reflexão escatológica’. A verdadeira questão é ‘se as expectativas bíblicas são certas ou incertas, duvidosas ou inevitáveis’.
Eis uma verdade com a qual quase todos os teólogos evangélicos concordam: Jesus voltará. Os cristãos fundamentam sua esperança nesta promessa, que foi claramente firmada por Cristo (Mt 24.27-31). Nas parábolas dos dois servos (Mt 24.45-51), das dez virgens (Mt 25.1-13) e dos talentos (Mt 25.14-30), Jesus assegurou que voltaria. Ele virá sobre as nuvens (Mt 26.64; Ap 1.7), à vista de todos (Mt 24.30), chegará ao mesmo lugar do qual partiu (Zc 14.4; At 1.11) e em um momento que apenas o Pai conhece (Mc 13.32).
Embora os estudiosos normalmente concordem que Jesus voltará, existem diferentes opiniões sobre os detalhes das circunstâncias que levarão ou se seguirão ao retorno de Cristo. Estas diferentes opiniões estão relacionadas à sequência dos eventos do fim, à Grande Tribulação, ao Milênio e ao futuro de Israel” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.168).



II. A PREOCUPAÇÃO COM OS FINS DOS TEMPOS

1. Os discípulos de Jesus. Certa vez, os discípulos de Jesus fizeram a seguinte indagação ao Mestre: “[...] Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mt 24.3). Tanto os discípulos quanto os cristãos do primeiro século desejavam saber a respeito do fim dos tempos, pois este é um assunto que chama a atenção de crentes e não crentes. Já no primeiro século algumas pessoas não acreditavam mais na segunda vinda de Jesus, pois Pedro fala sobre os “escarnecedores” que dizem: “Onde está a promessa da sua vinda?”. Infelizmente, hoje muitos também continuam achando que a Palavra de Deus não se cumprirá e que o fim não virá (2Pe 3.3,4).
2. As previsões falsas sobre o futuro. O homem sempre se preocupou com o fim dos tempos, por isso, o grande número de falsos profetas e falsas previsões quanto ao futuro da humanidade. São inúmeras seitas e falsos profetas que já marcaram a data da segunda vinda de Jesus e o fim de todas as coisas, pois todos erram.
3. Falsos profetas. Certo pastor marcou o arrebatamento da Igreja para o ano de 1993 e o início da Grande Tribulação, considerando que o ano 2000 seria o fim do sexto milênio. Outro “profeta”, baseado em cálculos matemáticos, somando ou subtraindo referências bíblicas e utilizando a contagem bíblica dos tempos, assegurou que o Anticristo seria revelado em 13 de novembro de 1986 às 17 horas em Jerusalém! Marcou o “fim do mundo” para março de 1987. Mais um falso profeta foi desmoralizado.Os discípulos de Jesus sempre se preocuparam com os fins dos tempos.

“Marcos 13.32 assinala que apenas o Pai conhece o momento do retorno de Cristo. Mateus 24.42 alerta: ‘Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor”. Paulo escreve: ‘porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite’ (1Ts 5.2). Estas passagens indicam que Jesus pode retornar a qualquer momento advertindo-nos para estarmos prontos.
Já outras passagens trazem sinais que precederão a volta de Cristo. O próprio Jesus mencionou sinais que marcariam o fim dos tempos como lemos em Mateus 24.1-14” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.169).


III. INTERPRETAÇÕES ESCATOLÓGICAS

Existem diferentes interpretações escatológicas a respeito do fim. Não podemos estudar todas em uma única lição, porém estudaremos algumas:
1. Futurista. Essa interpretação considera que a maior parte das profecias ainda vai se cumprir, começando com o arrebatamento da Igreja e demais fatos subsequentes. Sem dúvida, é a mais adequada à realidade das profecias sobre os últimos tempos. Essa corrente, porém, subdivide-se em:

a) Pré-tribulacionista.

 Esta corrente afirma que o Senhor Jesus arrebatará sua Igreja antes da Tribulação de sete anos (Jo 14.1-3; 1Ts 4-5). Segundo Tim Lahaye, aqueles que “interpretam a Bíblia literalmente encontram razões fortes para crer que o arrebatamento será pré-tribulacional”. O ensino a respeito do arrebatamento é uma doutrina fundamental, porém, o povo de Deus não precisa estar dividido quanto a tal assunto. O importante é que Jesus voltará para buscar a sua Igreja.
É importante ressaltar que a corrente pré-tribulacionista está mais de acordo com o livro de Apocalipse (Ap 4.1-2). Para os pré-tribulacionistas os crentes serão guardados da Tribulação. Segundo esta corrente o propósito da Tribulação não é preparar a Igreja para estar com Cristo, mas, preparar Israel para a restauração do plano de Deus.

b) Pré-milenista.

 Essa corrente conclui que a Vinda de Cristo ocorrerá antes do milênio, quando Cristo virá reinar sobre a Terra.
Grande parte dos cristãos do primeiro século, eram pré-milenistas. Segundo o pastor Claudionor de Andrade “tal posicionamento foi duramente combatido por Orígenes que, influenciado pela filosofia grega, passou a ensinar que o Milênio nada mais era que uma referência alegórica à ação do Evangelho na vida das nações”.
c) Midi-tribulacionistas.

 Os midi-tribulacionistas entendem que a Igreja será arrebatada no meio da Tribulação.

d) Pós-tribulacionistas.

 Os pós-tribulacionistas pregam que a Igreja vai passar pela Grande Tribulação. No entanto, esse ensino não tem base sólida na Palavra de Deus. Jesus disse à igreja de Filadélfia, que representa a igreja fiel, que iria guardá-la “da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10). A Igreja não estará mais na Terra quando começar a Grande Tribulação. Paulo ensina que devemos “[...] esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1Ts 1.10).
2. Histórica. Considera que o Apocalipse é um livro histórico, cujos fatos já se cumpriram na sua maior parte. Mas tal entendimento não corresponde à realidade bíblica.

3. Preterista.

Os preteristas entendem que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C. Entretanto, as profecias bíblicas sobre os fins dos tempos indicam que diversos eventos escatológicos ainda não se cumpriram, como o Arrebatamento da Igreja (1Ts 4.17), a Grande Tribulação ou “a hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo” (Ap 3.10), a Vinda de Cristo em glória (Mt 16.27) e o milênio (Ap 20.2-5).
4. Simbolista. É também chamada de interpretação idealista ou espiritualista. Tudo é “espiritualizado”, simbólico; nada é histórico, mas apenas uma alegoria da luta entre o bem e o mal. Nessa linha de pensamento, há o ensino amilenista, segundo o qual não haverá um período literal de mil anos para o reinado de Cristo. Ensinam que a Igreja está vivendo um milênio simbólico, mas as referências que indicam que o milênio será literal são muitas (Ap 20.2-5; Hc 2.14). Há os pós-milenistas que pregam que Jesus só voltará depois do milênio. Os textos bíblicos, porém, indicam uma ordem diferente dos acontecimentos escatológicos. A ressurreição dos mortos salvos ocorrerá na vinda de Cristo (1Ts 4.13-17). A volta de Jesus é tão literal quanto o foi a sua Ascensão (cf. At 1.9,11).Existem várias interpretações escatológicas a respeito do fim.
 

Os termos pré-milenismo, amilenialismo e pós-milenialismo existem porque Apocalipse 20 fala sobre um reinado milenial de Cristo, que terá lugar logo após o seu retorno (retratado em Apocalipse 19). Uma teologia sólida deve ser desenvolvida a partir da própria Bíblia e as Escrituras ensinam apenas um ponto de vista. O amilenialismo e o pós-milenialismo não são encontrados em nenhuma parte, mas o pré-milenialismo é percebido ao longo de toda a Bíblia. A força do pré-milenialismo está no texto das Escrituras.
O pré-milenialismo é a opinião escatológica de que Jesus Cristo voltará literalmente para estabelecer o seu reino na terra por mil anos. Isso ocorrerá após o período da Tribulação e antes do estabelecimento de um novo céu e uma nova terra (Ap 20).
Ryrie observa: ‘Todas as formas de pré-milenialismo entendem que o Milênio segue à segunda vinda de Cristo. A sua duração será de mil anos; a sua localização será na terra; o seu governo será teocrático com a presença pessoal de Cristo reinando como Rei’.
Dentro do pré-milenialismo, em geral, existe uma variedade de pontos de vista acerca do arrebatamento da Igreja, os quais incluem o pré-milenialismo pré-tribulacional, e pós-tribulacional. Em outras palavras, os pré-milenialistas estão divididos quanto as suas opiniões de quando o arrebatamento ocorrerá em relação à Tribulação e ao Milênio” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.348).


Defendemos a interpretação futurista, que se revela como a que melhor ajusta-se à boa hermenêutica sagrada, segundo a qual a Bíblia interpreta-se a si mesma.Nos livros escatológicos, podemos identificar algumas profecias que já se cumpriram e também entendemos que há linguagem simbólica nos livros escatológicos. Mas, em relação aos fins dos tempos, face à volta de Jesus, cremos que esta se dará antes da Grande Tribulação.



                       Escatologia, o estudo das Últimas Coisas

                Esperança: o fundamento da Escatologia Bíblica.

“O único motivo por que a promessa da nossa ressurreição, do nosso corpo glorificado, do nosso reinar com Cristo, e do nosso futuro eterno é chamada ‘esperança’ é porque ainda não os alcançamos (Rm 8.24,25)” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. CPAD, p.610). De fato, não alcançamos a plena redenção do nosso corpo; a nova realidade de uma transformação radical nos termos que o apóstolo Paulo escreveu em 1 Tessalonicenses: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (4.16,17). Ao anunciar esta promessa, o apóstolo conclui: “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (v.18).
A sentença acima, pronunciada pelo apóstolo dos gentios, demonstra que a “esperança” é o grande tema da verdadeira Escatologia Bíblica. E que, por isso, devemos reforçar tal esperança consolando uns aos outros com a memória dessa promessa. A razão de aguardarmos algo que ainda não ocorreu é porque “anelamos e esperamos a realidade última da manifestação do Reino de Deus no mundo”. Por isso, essa esperança se inicia e permanece em nós por intermédio de Jesus Cristo (Ef 2.12). Éramos um povo sem esperança, já condenado como filhos da ira, com uma natureza essencialmente alienada de Deus e do seu plano de salvação. Mas, “estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2.5). Aqui, está a razão da nossa esperança! Se o Pai, por intermédio de Jesus, o seu Filho, nos vivificou em Cristo, significa que Ele completará essa boa obra iniciada em nós. Por isso, a “esperança” é o fundamento primeiro da Escatologia Bíblica.
Enfatize a esperança cristã
Ao iniciar a primeira lição deste trimestre, antes de abordar o conceito da Escatologia, a preocupação com os fins dos tempos e as linhas de interpretações do livro de Apocalipse, dê ênfase ao tema da "esperança". A doutrina das últimas coisas não pode ser ensinada com o objetivo de trazer medo às pessoas. À luz da Palavra de Deus, sempre que os autores bíblicos trataram do assunto, eles tinham como alvo de consolar, confortar e animar o povo de Deus.



2 Pedro 3.1-14.

1 - Amados, escrevo-vos, agora, esta segunda carta, em ambas as quais desperto com exortação o vosso ânimo sincero,2 - para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante os vossos apóstolos,3 - sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências4 - e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.5 - Eles voluntariamente ignoram isto: que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste;
6 - pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio.7 - Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro e se guardam para o fogo, até o Dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios.8 - Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia.9 - O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.10 - Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão.11 - Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade,12 - aguardando e apressando-vos para a vinda do Dia de Deus, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?13 - Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.14 - Pelo que, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.

 O estudo deste tema se justifica por três razões: é uma doutrina bíblica, acumula evidências históricas que a confirmam, e consola o cristão (1 Ts 4.17). Essa tríade, doutrina, evidência e consolo, resume os objetivos das treze lições. Portanto, caríssimo mestre, sua responsabilidade perante os alunos consiste em ensinar-lhes a escatologia, apresentar-lhes os sinais, e encorajá-los à perseverança.

A Segunda Epístola de Pedro foi escrita no início dos anos 60 d.C. para uma comunidade cristã dispersa em cinco províncias romanas (1 Pe 1.1). O texto da Leitura Bíblica em Classe apresenta dois propósitos pelos quais o Apóstolo escreveu a referida carta: exortá-los a permanecerem firmes na esperança vindoura (vv.1-2; 8-14); e adverti-los contra os zombadores que escarneciam da promessa da vinda de Cristo (vv.3-6). A fim de autenticar sua admoestação, Pedro usa dois fortes argumentos: o seu apostolado (2 Pe 1.16; 3.2b), e a mensagem dos profetas (2 Pe 3.2a; 1.21). No primeiro, ele fala acerca do que viu, e no segundo, do que ouviu. A doutrina da vinda de Cristo, aqui ensinada por Pedro, contraria os falsos mestres que fundamentam seus ensinos em fábulas (2 Pe 1.16). O termo grego para fábulas é mytos que tem o sentido de “ideia falsa ou fantasiosa”. A diferença entre o ensino falso e o verdadeiro é que, o primeiro, é desnecessário e conturba o coração dos fiéis. E, o último, necessário e confortador.

Ao contrário do que muita gente pensa, a Doutrina das Últimas Coisas não constitui um emaranhado de enigmas, ou um quebra-cabeças. Ela é um conjunto de verdades cristalinas e bem estabelecidas a respeito do que Deus está para fazer nestes últimos dias.Tendo em vista a urgência desta hora, passaremos a estudar, a partir de hoje, os fatos que compõem a Escatologia Bíblica. Desde já, em profundo espírito de oração, preparemo-nos para as verdades que, aceitas com amor e humildade, nos proporcionarão inexprimível conforto e grande alegria no Espírito Santo. Aleluia!

I. O QUE É A DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS

Afirmou o apóstolo Paulo: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (1 Co 15.19). Mas como esperaremos em Cristo também na outra vida, se ignorarmos o plano de Deus para o final dos tempos? Daí a necessidade e a urgência de se compreender a Doutrina das Últimas Coisas.
1. Definição. A Doutrina das Últimas Coisas, por conseguinte, são as verdades da Bíblia Sagrada referentes aos derradeiros dias da história humana. Em Teologia Sistemática, recebe ela o nome de Escatologia que, em grego, significa, literalmente, estudo das últimas coisas.

2. No Antigo Testamento. A Escatologia do Antigo Testamento tem como pilares os seguintes pontos: a) A salvação e a restauração completa do remanescente fiel do povo judeu (Ez 36.17-38; Sf 3.13); b) O aparecimento glorioso e visível do Messias, que levará Israel à conversão nacional (Zc 12.10); c) O Dia do Senhor e o julgamento das nações (Jr 46.10; Ez 30.3; Ob v.15); d) O estabelecimento do Reino de Deus na terra (Is 11.1-16); e) A ressurreição e o Juízo Final (Dn 12.2); f) e: O aparecimento dos novos céus e da nova terra (Is 65.17).

3. No Novo Testamento. A Escatologia do Novo Testamento trata, basicamente, dos seguintes assuntos: a) O arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.13-17); b) O aparecimento do Anticristo (2 Ts 2.1-12); c) A grande tribulação (Mt 24.15-28); d) O reino milenial de Cristo (Ap 20.1-6); e) O julgamento final (Ap 20.11-15); f) e: A inauguração do perfeito e eterno estado, tendo a Nova e Celeste Jerusalém como capital (Ap 21.1-27).

II. O OBJETIVO DA DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS

Sumamente necessária e confortadora, a Doutrina das Últimas Coisas tem como objetivos:
1. Mostrar o que está prestes a acontecer. Assim o evangelista João encerra o Apocalipse: “Estas palavras são fiéis e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos santos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer” (Ap 22.6).
2. Preparar o crente para encontrar-se com Deus. “E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro” (1 Jo 3.3).
3. Tranquilizar o povo de Deus quanto aos últimos acontecimentos. “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu pai há muitas moradas: se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar” (Jo 14.1,2).
4. Alertar a todos que o noivo está chegando. “E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida. Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente, cedo venho. Amém! Ora, vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.17,20).


III. AS FONTES DA DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS

Eis as principais fontes da Doutrina das Últimas Coisas:

1. A Bíblia Sagrada. Como a inspirada, inerrante, infalível e completa Palavra de Deus, é a Bíblia Sagrada a principal fonte da Escatologia Bíblica. É o tribunal supremo onde são julgados todos os enunciados teológicos (Is 8.20; 46.10; Ap 22.18,19). Sua autoridade é inquestionável.
2. Os credos e as declarações doutrinárias da igreja. Serão estes aceitos desde que estejam em conformidade absoluta com a Bíblia Sagrada. Caso contrário: que sejam enérgica e vigorosamente rejeitados.
3. A teologia. Se bíblica, conservadora e ortodoxa, haverá de ser acatada como fonte auxiliar da Doutrina das Últimas Coisas. Mas, se especulativa, humanista e liberal, que seja rechaçada; nada tem a dizer-nos.
4. A história. Comandada por Deus, mostra-nos a história, de forma clara e concludente, que Deus encaminha todas as coisas, visando o estabelecimento pleno de seu Reino. Deus está no controle de todos os fatos históricos e cotidianos.
5. O testemunho do Espírito Santo. O Espírito Santo atesta-nos que o Senhor Jesus está prestes a vir buscar a sua Igreja: “E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida” (Ap 22.17). Estejamos vigilantes para não ficarmos envergonhados naquele grande dia (1 Jo 2.28).


IV. COMO ESTUDAR A DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS

A fim de estudarmos com proveito a Doutrina das Últimas Coisas, observemos alguns procedimentos importantíssimos:
1. Recorrendo primeiro à Bíblia. Em perseverante oração a Deus, busque prioritariamente as respostas de que você necessita nas Sagradas Escrituras. Que a sua preocupação não seja um mero exercício de futurologia; que seja a de preparar-se melhor para a vinda do Senhor Jesus (Am 4.12).
2. Orando constantemente em profunda reverência. Enquanto estiver estudando a Doutrina das Últimas Coisas, permaneça em atitude de oração e de profunda humildade diante do Senhor. Somente assim, mostrar-lhe-á o Senhor as maravilhas da sua Palavra (Dn 9.20-27).
3. Evitando as especulações e as vãs sutilezas da falsa hermenêutica. Cuidado com as especulações e as sutilezas da falsa hermenêutica! Lembre-se! Há um severíssimo castigo àqueles que, desprezando a Palavra de Deus, torcem-na e entregam-se às apostasias (Ap 22.18,19). Atente também para a observação em Tg 3.1.
A regra de ouro da verdadeira interpretação bíblica é: a Palavra de Deus interpreta-se a si mesma.
4. Esperando com alegria a manifestação do Senhor da glória. Acima de tudo, atenhamo-nos à Doutrina das Últimas Coisas com indizível alegria, aguardando a chegada do Noivo Amado. O Senhor acha-se às portas

A partir de agora, portanto, dedique-se à Escatologia Bíblica, não para satisfazer a sua curiosidade acerca do porvir; mas a fim de preparar-se melhor para a chegada do Rei. Você está preparado? Já nasceu de novo? Não perca esta oportunidade. “...Aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.3).
Senhor Jesus, ajuda-nos a estudar, com santa reverência, os fatos concernentes à tua vinda. Ó Cristo Amado, não tardes em vir buscar a tua Igreja. Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!


“1. Dúvidas e confusão em escatologia. Por quê? Pelo fato de muitas pessoas não saberem distinguir os eventos bíblicos que ocorrerão no fim da presente era bíblica, que se iniciará com a vinda de Jesus, resultam muitas dúvidas, confusões e interpretações absurdas do texto bíblico. Algumas causas desses caos, são:
a. Falta de afinidade do crente com o Espírito Santo. Daí a falta de introspecção espiritual. (Ler agora 1 Coríntios 2.10,14).
b. Falsa aplicação do texto bíblico nos seus variados aspectos. Falsa aplicação quanto a povos bíblicos, quanto a tempo; quanto a lugar, quanto aos sentidos do texto; quanto à mensagem do texto; e quanto à procedência da mensagem do texto.
c. Conhecimento bíblico desordenado. Há crentes, em nossas igrejas, portadores de um admirável saber bíblico, mas infelizmente, por falta de um estudo sistemático desses assuntos, o conhecimento deles é avulso, solto, sem sequência, desordenado.
d. Conhecimento especulativo. Este conhecimento é apenas especulação do intelecto humano. (Ler 1 Coríntios 2.14). Especular é querer saber apenas por saber, mas sem qualquer intenção de glorificar a Deus, de consagrar a vida a Ele, e muito menos de obedecer à sua vontade” (GILBERTO, A. O calendário da profecia. 16.ed., RJ: CPAD, 2003, pp.8,9).
fonte CPAD

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