ESCOLA DOMINICAL
Conteúdo da Lição 6
Revista da Betel
O Cristão Vence o Mal Usando a Armadura de Deus
08 de novembro de 2015
Texto Áureo
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais,
mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas.”2 Co 10.4
Verdade Aplicada
Para vencer a batalha no mundo espiritual é preciso
conhecer o inimigo e as suas artimanhas.
Textos de Referência.
Ef 6.10-13
10 No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor
e na força do seu poder.
11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que
possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
12 Porque não temos que lutar contra carne e o
sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os
príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos
lugares celestiais.
13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que
possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
Introdução
Ser um Crente salvo em Jesus Cristo é estar em
constante guerra contra Satanás e seus adeptos. Uma vez salvo, nos tornamos soldados
importantes na peleja entre o poder de Deus (luz) e as forças de Satanás
(trevas).
1. Conhecendo os poderes das trevas.
Existe uma batalha travada no mundo espiritual, onde
forças opostas à verdade de Cristo farão de tudo para desarticular a fé daqueles
que hão de herdar a salvação. Para isso, devemos estar revestidos, alicerçados
e de posse das armas de nossa milícia, as quais são poderosas em Deus para
destruir as fortalezas do inimigo (2Co 10.4).
1.1. As astutas ciladas.
Escrevendo aos Efésios, Paulo falou acerca das
“ciladas” (Ef 6.10, 11). Ele diz que devemos nos fortalecer no Senhor e nos
revestir de toda a armadura. Fala da necessidade de estarmos preparados para a
guerra e explica o porquê de tal preparo: “as astutas ciladas do diabo”. Ele dia
“ciladas” e prossegue dizendo que nossa luta não é contra seres humanos: “carne
e sangue”, e sim contra as hostes espirituais da maldade. E conclui revelando
onde se encontram esses poderes do mal: “nos lugares celestiais”.
1.2. O poder do mal.
A função de Satanás é matar, roubar e destruir (Jo
10.10). Se olharmos bem para os acontecimentos que estão à nossa volta, iremos
identificar o trabalho do maligno em todas as camadas da sociedade. Filhos
matando os pais por ganância; pai assassinando filha e jogando pela janela;
jovens matando a pauladas mendigos de rua; outros incendiando pessoas vivas;
marginais que mutilam pelo simples prazer de matar; fraudes nas camadas sociais
do governo; mentiras; depravação moral e sexual. Ignorar que o mal existe é
permitir que ele destrua não somente a nós, mas também a todos aqueles a quem
amamos. Temos duas opções: ser livres pela verdade ou escravos pela ignorância
(Jo 8.32).
1.3. Conhecendo as fortalezas.
A mensagem do Evangelho apresenta dois reinos: o
Reino de Deus, e o reino das trevas. O Reino de Deus é santo; o das trevas é um
reino de engano, de uma falsa felicidade e de perversão dos bons costumes (1Co
10.23; 15.33). O Senhor não somente nos chama para combater o mal, mas para
estar preparados contra toda investida de Satanás e suas hostes. O que vai
determinar nossa vitória é a maneira como preparamos nosso espírito para a
batalha. Não há como vencer na carne. Não lutamos contra pessoas, mas sim,
contra o que lhes domina (Gl 5.16-18). O mundo é governado por ideias errôneas
acerca de Deus, de Seu Reino e de Seu poder. E só se pode vencer uma boa ideia
com outra ideia melhor (1Jo 3.8b).
2. Conhecendo os segredos do dia mau.
Paulo o nos fala acerca de um dia mau e inevitável
em nossas vidas. Revela-nos a batalha que estamos travando e nos instrui a
estar preparados e revestidos com toda a proteção (armadura) divina para que
nesse dia possamos sair vitoriosos e permanecer firmes (Ef 6.13).
2.1. A manifestação de “poneros”.
Esse dia Paulo se refere como “dia mau” não deve ser
interpretado como um dia de vinte e quatro horas (Ef 6.13). Mas como uma época
em que os poderes malignos provocarão uma série de males sobre a vida das
pessoas. O termo usado para “dia mau” é “poneros”, cujo significado é:
“maldade, lascivo, daninho, e implicitamente perversão”. “Poneros” fala de
prostituir a mente ou fazer a mente fornicar. É a mesma palavra usada em
Apocalipse 17.5. O dia mau representa um período onde se libera a opressão da
tentação com o espírito da maldade para que se experimente os efeitos da
depravação.
2.2 “Poneros”, o espírito dos últimos dias.
“Poneros” representa uma entidade de cabeça de uma
estrutura que, unida a outros espíritos, faz sinergia com a intenção de
sequestrar o cérebro (2Co 4.4; Ef 4.14-18; Fp 4.8). “Poneros” age na mente
humana. È o espírito que tem operado em muita gente nesse século. Sua esfera é
agir intensamente na vida do crente nesse tempo final. Esse já não é um
problema dos de fora. Existem pessoas dentro da Igreja que estão trabalhando
intensamente contra esse espírito. Por fora é fácil identifica-lo. Porém,
identificar uma pessoa que está imersa nesse mundo dentro da Igreja é mais
complicado, principalmente porque confessar pode ser vergonhoso.
2.3. Resistindo a “poneros”.
Muitas pessoas que sofrem a tentação de “poneros”
não buscam ajuda porque tem medo de se expor e de serem julgadas pelas pessoas
(Sl 32.3, 6). Desse modo, enfrentam a batalha de maneira solitária, sem alguém
que possa ao menos lhes aconselhar e, quando o conselheiro é a si mesmo em
batalhas privadas, o resultado é a escravidão (Pv 19.20). O sequestro tem a
intenção de perverter a mente e perversão. É o mau uso ou a má representação de
um desenho original (Rm 1.21, 22). Não podemos permitir que a escravidão se
torne um hábito. É comum ver esse hábito na sociedade. Para as pessoas, a
imoralidade, o pecado e a desonestidade são coisas normais (Rm 1.32). Por isso,
Paulo nos alerta a estar revestidos, a nos vestir de toda a armadura de Deus
para enfrentar esse período e continuar firme (Ef 6.10-13).
3. Vencendo com as armas corretas.
Uma grande batalha não se vence somente com a força
ou potência das armas, se vence também com uma boa estratégia. Para combater o
inimigo com eficácia, devemos não somente conhecer suas estratégias, mas também
estar empenhados em conhecer nossas limitações e nossa esfera de poder.
3.1. Inimigos das trevas.
Talvez não sejamos capazes de compreender
profundamente o enorme conflito que se ergue no reino espiritual. Tampouco
perceber quão determinado o inimigo está em aniquilar aqueles que reconhecem a
Jesus como seu Senhor e dono. Precisamos ter em mente que a nossa decisão de
seguir a Cristo nos colocou definitivamente na condição de inimigos de todos os
poderes das trevas (Ef 5.8, 11). No momento que entramos em uma vida de
obediência e dependência em Cristo, todos os alarmes do inferno foram
disparados e nos tornamos alvo de todas as forças e potestades (2Sm 22.6).
3.2. Firmes e constantes.
O propósito divino é nos trazer de volta à perfeição
em Sua Presença (Lc 19.10; Ef 4.13; 1Co 15.49). Todavia, o reino das trevas
produzirá laços e armadilhas para nos enredar e nos sacar fora da presença de
Deus enquanto estivermos nesse corpo mortal. Nossa vitória está em manter uma
vida produtiva, comprometida com a verdade, sem dar brechas para que o inimigo
possa nos derrotar. Mais que isso, devemos ter a coragem de ser parte do plano
de Deus para a destruição do projeto de Satanás e suas fortalezas (2Co 10.4).
3.3. Destruindo fortalezas.
Precisamos entender bem esse assunto porque não é
somente o inimigo que possui fortalezas (2Co 10.4, 5). A fortaleza é um lugar
impenetrável, que representa Segurança. Temos fortalezas boas e más. Uma boa
fortaleza pode ser nossa segurança perante o inimigo, mas uma fortaleza má pode
nos impedir de viver uma vida saudável e vitoriosa em Cristo. Não se contaminar
antes do casamento, ser honesto, não mentir, são boas fortalezas contra o
inimigo. Porém, o hábito de não orar, jejuar e ler a palavra de Deus são
péssimas fortalezas contra nós mesmos.
Conclusão
O Evangelho possui armas que nenhum argumento ou
ação humana podem resistir. No entanto, nós, muitas vezes, preferimos confiar
nos métodos carnais e não nos valemos desse arsenal invencível. A guerra
existe, o inimigo é real, façamos a nossa parte (Ef 6.10-13).
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