Escola Dominical - Lição 9
Compreendendo a Lei da
Semeadura
LIÇÃO 9 – 29 de novembro de 2015 – BETEL
Compreendendo
a Lei da Semeadura
TEXTO AUREO
“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque
tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” Gl 6.7
Comentarista: Pastor José Fernandes Correia Noleto
VERDADE APLICADA
A diferença entre pessoas de sucesso e as outras é a
percepção e a atitude que tomam diante daquilo que Deus coloca em suas mãos
para administrar.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
• Ensinar como as ações no mundo físico repercutem
no mundo espiritual;
• Mostrar a fonte de nossas bênçãos e o que Deus
observa no ato da oferta;
• Esclarecer os segredos da provisão divina e seu
crescimento, a correta motivação para uma semeadura e o que devemos semear.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
2Co 9.8 - E Deus é poderoso para fazer abundar em
vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência,
abundeis em toda a boa obra;
2Co 9.9 - Conforme está escrito: Espalhou, deu aos
pobres; A sua justiça permanece para sempre.
2Co 9.10 - Ora, aquele que dá a semente ao que
semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e
aumente os frutos da vossa justiça;
2Co 9.11 - Para que em tudo enriqueçais para toda a
beneficência, a qual faz que por nós se deem graças a Deus.
Introdução
Todas as nossas ações no mundo físico têm
repercussão no mundo espiritual. A lei do “dar” não está relacionada apenas com
o aspecto financeiro, ela se relaciona a todas as áreas da nossa vida (Mt 7.1,
2; Lc 6.37, 38).
1 Entendendo as leis do dar
Se desejarmos boas repercussões, devemos fazer boas
ações. É evidente que esse princípio tem uma aplicação muito mais ampla em
nossa vida, pois tudo o que fazemos é um investimento na carne ou no Espírito
(G1 6.7, 8). Trataremos agora em como o nosso dar se relaciona com a justiça de
Deus.
1.1. Comer ou plantar?
Tudo o que investimos no Reino de Deus é comparado a
uma semeadura e, muitas vezes, não semeamos porque não conhecemos a repercussão
espiritual de uma semeadura (Lc 12.21; Mt 19.21). Existem pessoas no Corpo de
Cristo que reagem de diferentes maneiras diante de um elemento que Deus lhes
dá. Alguns fazem a opção correta de plantar a semente, outros simplesmente a
comem. Lamentavelmente, a grande maioria de cristãos ao redor do mundo conhece
apenas a parte do cristianismo que destila provas e decepções por não saber
discernir e fazer bom uso das coisas que Deus coloca em suas mãos.
Pergunte aos alunos qual é o segredo dos vencedores.
Por que, não importa o que façam, parece que somente com sua presença as coisas
mais impossíveis se tomam realidade? Explique para eles que a diferença entre
pessoas de sucesso e gente medíocre e a percepção e a atitude que tomam diante
das coisas que Deus coloca em suas mãos para administrar. Merece ser destacado
que é preciso orar, interceder, mas é preciso também agir. Esdras deveria
chorar e lamentar pela situação do povo, mas deveria também agir (Ed 10.4).
Neemias orou bastante, mas também agiu (Ne 4.9, 16; 13.25). “Eu quero colher,
mas o que estou fazendo para que este sonho saia do mundo da abstração e concretize-se
no real?”
1.2. O dar como princípio de gratidão
O ato de dar se relaciona com um princípio de amor
que redunda como gratidão pela graça recebida (2Co 9.8). O dar como gratidão
funciona bem, mas precisamos anexar a esse sentimento mais duas formas, que
são: o dar como honra e o dar baseado na justiça de Deus (Pv 3.9, 10; 2Co 9.9,
10). A honra não busca receber nada. Ela compensa a gratidão recebida e a
justiça é o reconhecimento divino baseado em nossa atitude de crer naquilo que
somente Ele pode fazer. Ofertar não é algo que fazemos, mas algo que somos. É
um estilo de vida para o cristão que compreende a graça de Deus. Além disso, a
graça de Deus enriquece o servo do Senhor, moral e espiritualmente, de modo que
cresce em caráter cristão.
Explique para os alunos que, assim como temos leis
físicas que governam o universo, Deus estabeleceu leis espirituais para
governar as nossas vidas. Essas leis fazem com que todas as nossas ações no
mundo físico tenham repercussão no mundo espiritual. Ressalte para eles que a
lei do “dar” não está relacionada apenas com o aspecto financeiro, ela se
relaciona a todas as áreas da nossa vida (Mt 7.1, 2; Lc 6.37, 38).
1.3. A justiça compensatória de Deus
A justiça de Deus é simbolizada por uma balança onde
as nossas obras são pesadas (Dn 5.27). A balança tem dois lados. De um lado
estão as nossas obras, do outro, o que Deus coloca para nos abençoar. Se
colocarmos bastante de um lado, Deus se vê obrigado a colocar bastante do outro
lado por causa da Sua justiça (2Co 9.10). Se colocarmos muito na balança das
obras, Deus também não faz por menos (2Co 9.6). Quem planta pouco colhe pouco.
Nossas ações determinam a quantidade da colheita.
Esclareça para os alunos que a agricultor que planta
muitas sementes terá maior probabilidade de colher uma safra abundante. Comente
com eles que o investidor que coloca uma grande soma de dinheiro no banco, sem
dúvida, recebera mais dividendos. Reforce para eles que, quanto mais
investirmos na obra do Senhor, mais frutos teremos (Fp 4.10-20).
2 Princípios da contribuição financeira
A contribuição financeira é um ato tão espiritual
quanto pregar ou distribuir folhetos. Se semearmos de acordo com os princípios
da graça, a semente se multiplicará e suprirá nossas necessidades. Analisemos a
fonte de nossas bênçãos, o que Deus observa no ato da oferta e o princípio pelo
qual Deus nos enriquece.
2.1. Deus, o doador por excelência
No ato de “dar” ninguém ganha de Deus. Paulo afirma
que Ele é quem dá semente ao que semeia (2Co 9.6). Ele mesmo disse a Jó: “Quem
primeiro me deu, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de
todos os céus é meu” (Jó 41.11). Davi também sabia muito bem quem era a nossa
fonte: “Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos” (lCr 29.13b). Deus nunca
precisou de oferta alguma de nossa parte, pelo contrário, Ele é quem primeiro
semeia em nossas vidas para termos o que dar a Ele mesmo. E por que faz isso?
Porque Seu desejo é que sejamos supridos em todas as nossas necessidades e,
tendo em abundância, outros sejam abençoados através de nossas vidas (2Co
9.6-12).
Mostre para os alunos que o texto bíblico de Êxodo
25. 1-7 apresenta um modelo de oferta voluntária. Porém, olhando atentamente,
veremos que no deserto o povo tinha o que dar ao Senhor. E por que tinham?
Porque primeiro o Senhor lhes deu e depois pediu para que pudesse
multiplicá-los.
2.2. Quantidade e qualidade
Deus estabeleceu o percentual da investidura em Seu
Reino (2Co 9.6). Deus trabalha com quantidade, mas também exige qualidade.
Muito se fala a respeito da oferta de Caim e Abel, mas, se observarmos bem,
existem duas coisas que se destacaram na hora da entrega de ambos: Caim saiu em
desvantagem porque ofereceu o fruto de uma terra amaldiçoada ao Senhor (Gn
3.17; 4.3). No entanto, o quesito principal observado por Deus no ato da oferta
foi a pureza do coração dos ofertantes (Gn 4.4, 5; lJo 3.12).
Informe para os alunos que a qualidade do adorador
pode anular a quantidade da oferta. Merece ser destacado para eles que esse é
um princípio da justiça divina. Esclareça que o horizonte que o servo de Deus
contempla vai bem adiante da sua aposentadoria.
O cristão que tem sabedoria olha para a eternidade e
trabalha pacientemente para colher nela os frutos do que tem semeado agora:
“Sede pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera
o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva
temporã e serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações;
porque já a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5.7, 8).
2.3. Enriquecendo em tudo
Na passagem de 2 Coríntios 9.11, o termo grego usado
para expressar “tudo” está na voz passiva. Significa que não atuamos, recebemos
uma ação. Ou seja, não enriquecemos, somos enriquecidos. Esse é um princípio de
justiça, porque se damos, Deus nos enriquece, e, em “tudo”. Isso não é teologia
da prosperidade. É a Bíblia que está dizendo que Deus nos enriquece tanto no
espiritual, quanto no material. Não há motivos para queixas. A resposta é que
enquanto uns semeiam, outros comem a semente! Na casa de Deus existem esses
dois tipos de pessoas e a pergunta é: qual deles somos nós?
Comente com os alunos que, sempre que somos tentados
a nos esquecer desse princípio, devemos nos recordar de que Deus demonstrou
para conosco generosidade suprema. “Aquele que não poupou o seu próprio Filho,
antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele
todas as coisas?” (Rm 8.32). Explique para eles que, tanto em Sua natureza
quanto em Sua graça, Deus é um doador generoso. Reforce que deve seguir o
exemplo divino aquele desejoso de ser piedoso.
3 Os segredos de uma boa colheita
A leitura correta de uma oferta a Deus não é à base
de troca, mas a alegria de levar ao altar do Senhor o reconhecimento por tudo o
que Ele representa em nossas vidas. Observaremos agora três fatores importantes
para uma boa semeadura: os segredos da provisão divina e seu crescimento, a
correta motivação para uma semeadura e o que devemos semear.
3.1. O segredo da provisão e do crescimento
Quando um israelita consagrava suas primícias, isto
é, os primeiros frutos do ventre de suas mulheres, do ventre de seus animais e
também dos frutos da terra, tudo o que vinha depois estava santificado pelo
Senhor. Paulo cita o exemplo da raiz, nos dando a entender que, se ela for
santificada, seus ramos e tudo o que dela surgir também o serão (Rm 11.16). Foi
essa a leitura que os judeus receberam da Lei de Moisés. Eles entendiam que, ao
santificar ao Senhor as primícias de sua renda, todo o restante da renda que
ficava em suas mãos estava também santificado (Pv 3.9).
“Porque a administração deste serviço, não so supre
as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças, que se dão
a Deus” (2Co 9.12). Comente com os alunos que o termo usado aqui se refere ao
“serviço sacerdotal. Ressalte para eles que, neste ponto, Paulo eleva a prática
de ofertar ao nível mais alto possível. Ele considera a coleta um “sacrifício
espiritual” apresentado a Deus, da mesma forma que um sacerdote apresentava um
sacrifício no altar.
3.2. Semear com a motivação correta
Em qualquer atividade que façamos, a motivação é um
fator de importância vital. Um agricultor planta porque sabe que seguindo as
condições corretas ele vai colher o que plantou. Paulo fala que nossa
contribuição deve ser motivada pela alegria, com desprendimento, de coração
livre. Não como contribuintes “tristes”, que dão de má vontade ou que dão
porque precisam. Ele afirma que o verdadeiro juízo de uma boa obra não é o que
a Igreja ou o mundo possa pensar dela, mas sim, a estima em que Deus a tem.
Merece ser especialmente ressaltado para os alunos
que “Deus”, conforme afirma o apóstolo Paulo, “ama ao que dá com alegria”.
Ressalte para eles que esse é o ponto (Pv 22.9; 2Co 9.6). Paulo queria que o
presente fosse um ato de generosidade pelo lado dos coríntios, não um ato de
cobiça ou avareza de seu lado, ande ele de alguma forma exortaria o presente
deles através da culpa ou de outra forma manipuladora (2Co 9.1-5). Em contraste
com muitos pregadores atualmente, Paulo não usou da culpa para conseguir a
bênção. A bênção não é a única coisa que é importante. E igualmente importante
saber como a doação é dada. Comente com eles que usar a culpa para motivar as
pessoas doarem está errado. O único motivador válido é o desejo do coração para
doar.
3.3. O que devemos semear?
Não existe uma maneira de se saber com exatidão
sobre como e quando iremos colher, mas uma coisa é certa, tudo o que plantamos
iremos colher (Gl 6.7). Devemos sempre semear boas sementes, não confiados não
em nós mesmos, mas no Senhor, certos de que essas sementes vão produzir a seu
tempo bons frutos para nossa alegria. Uma má escolha poderá acarretar sérios
transtornos mais adiante. Por esta razão, devemos pensar no futuro e tomar
sábias decisões, porque a colheita pode até tardar, mas não falhará. Se o
passado não foi bom conosco, não devemos ficar estagnados com relação ao
futuro, devemos seguir o conselho de Salomão, lançar sementes, semear em todo
tempo e, com certeza, Deus nos abençoará (Ec 11.1-6).
Comunique aos alunos que esse é um princípio fácil
de entender. Entregando a Deus o que lhe pertence, tudo o que nos restar, além
de abençoado, será acrescido ainda mais. Ressalte para eles que, infelizmente,
por não entendê-lo, muitas pessoas criam desculpas para não semear. Explique
para eles que as leis da semeadura nos ajudam a compreender muitas coisas em
nossas vidas. O porquê de muitas coisas pode ser explicado através deste
ensino, pois “quem ceifa já está recebendo recompensa e ajuntando fruto para a
vida eterna; para que o que semeia e o que ceifa juntamente se regozijem” (Jo
4.36).
Conclusão
Mais do que nunca, é preciso que tomemos as mesmas
atitudes de um agricultor. Devemos arregaçar as mangas e lançar as boas
sementes. É bem verdade que estamos diante de um mundo cheio de escolhas. Sendo
assim, tudo o que temos de fazer é escolher as melhores sementes e lançá-las.
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PAZ DO SENHOR
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