Assistencia Social.
Artigo Mauricio Berwald
O diaconato foi instituído a partir de uma contingência. Tudo
aconteceu quando os crentes de expressão grega, inconformados por estarem suas
viúvas sendo preteridas na distribuição diária, puseram-se a murmurar contra os
hebreus. Buscando extinguir a dissensão, propuseram os apóstolos à “multidão
dos discípulos” a escolha de sete homens notáveis por sua reputação, para que
se encarregassem daquele “importante negócio”. Dessa forma, poderiam os
pastores da Igreja dedicar-se à oração e ao ministério da Palavra de Deus. O
que parecia um problema local redundou numa solução universal.
Se evangelizar e fazer discípulos são a incumbência primária da
Igreja Cristã, socorrer aos necessitados não lhe é tarefa secundária.
Aprendamos, pois, com os santos apóstolos a cumprir integralmente a missão que
nos confiou o Cristo de Deus. Tem você se ocupado com os mais carentes? Jesus
não os esqueceu. Ordena-nos o Senhor ainda hoje: “Dai-lhes vós de comer”.
AS DORES DO CRESCIMENTO
No Dia de Pentecostes, quase três mil almas converteram-se ao
Senhor (At 2.14-39). Apesar de um crescimento tão surpreendente, os discípulos
“perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e
nas orações” (At 2.42). O que isso evidencia? A completa dedicação da liderança
ao discipulado e à sã doutrina. Tem você se consagrado à evangelização e ao
ensino? Somente assim pode a sua igreja crescer. Esteja, contudo, preparado
para os incômodos e as dores que acompanham o crescimento. Foi o que
experimentou a Igreja em Jerusalém.
A urgência da assistência social.
Em
razão do crescente número de conversos, os apóstolos não mais tiveram condições
de atender devidamente às demandas sociais da Igreja (At 4.4; 6.1). Era
necessário organizar o ministério cotidiano. Se de início não havia necessitado
algum, agora já apareciam as queixas de um segmento muito importante da
irmandade: os gregos. Eram estes, segundo podemos depreender, israelitas
provenientes da Diáspora.
A Igreja em Jerusalém sentia, agora, as dores do crescimento.
Somente as igrejas que não crescem são poupadas de tais desconfortos.
Como está o trabalho de assistência social de sua igreja? Todos
estão sendo socorridos? O ideal é que, em nosso meio, ninguém seja esquecido
(At 4.34).
A murmuração dos gregos.
Os
crentes de expressão grega puseram-se a reclamar de que suas viúvas estavam
sendo preteridas na distribuição diária (At 6.1). Fez-se murmuração o que era
queixume. Para esvaziar aquele clima de insatisfação que já começava a
generalizar-se, os apóstolos foram divinamente orientados a instituir o
diaconato. Por que permitir que seja a discórdia espalhada entre os irmãos?
Busquemos a sabedoria do alto. E assim teremos condições de pacificar os ânimos
e manter a unidade do povo de Deus.
A INSTITUIÇÃO DO DIACONATO
Com a murmuração dos gregos a ressoar-lhes aos ouvidos, os apóstolos
reuniram a “multidão dos discípulos”, objetivando solucionar aquele problema.
Por que deixá-lo avolumar-se e enfermar toda a congregação?
A participação da Igreja nas decisões.
Os
apóstolos, convocada a Igreja, propuseram a escolha de sete varões, para se
encarregarem da assistência material e social aos santos. Requeria-se fossem os
candidatos homens de “boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria”
(At 6.3). Afinal, iriam eles lidar com o povo de Deus. Em sua Primeira Epístola
a Timóteo, Paulo destaca a importância desse ministério: “Porque os que
servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança
na fé que há em Cristo Jesus” (1 Tm 3.13).
O ministério diaconal.
Apesar de o
capítulo seis de Atos não mencionar uma única vez a palavra “diácono”, não
resta dúvida de que o ofício foi instituído naquela ocasião. É mister ressaltar
o destaque de dois daqueles obreiros: Estêvão e Filipe (At caps. 6, 7 e 8). Não
fossem os diáconos, como haveriam os apóstolos de se dedicarem à edificação do
corpo de Cristo?
Há que se mencionar o diácono Atanásio (295-373) que, na
História da Igreja Cristã, é honrado como o pai da ortodoxia.
Que o Senhor nos dirija na escolha de homens íntegros, sábios e
cheios do Espírito Santo, para que nos auxiliem no exercício do
pastorado.
ASSISTÊNCIA
SOCIAL
Era imperioso aos apóstolos devotarem-se à oração e ao ensino da
Palavra de Deus. Doutra forma, como haveriam de edificar a Igreja na sã
doutrina? Todavia, estavam eles mais do que cientes: as obras de misericórdia
são também importantes. Que os crentes, pois, sobressaiamos igualmente pelas
boas obras (Mt 5.16; At 9.36; Ef 2.10). Não alerta Tiago que a fé sem as obras
é morta? (Tg 2.17). A assistência social na Igreja Cristã não será
menosprezada.
O “importante negócio”.
O trabalho
assistencial foi considerado pelos apóstolos um “importante negócio” (At 6.3).
Por isso houveram-se eles com diligência na escolha dos melhores homens para
exercê-lo. Na Igreja de Cristo, o socorro aos necessitados também é visto como
prioridade.
Havendo incumbido os diáconos de zelar pelo socorro aos pobres,
a Igreja Primitiva demonstra ser possível exercer o serviço cristão em sua
plenitude. Em sua despensa havia tanto o pão que desce do céu como o pão que
brota da terra. Que exemplo às igrejas de hoje! A ordem do Senhor não será
esquecida: “Dai-Ihes, vós mesmos, de comer” (Mt 14.16).
Servindo à Igreja de Cristo.
Tanto
os doze apóstolos como os sete diáconos porfiaram em servir à Igreja. Os
primeiros com a oração e a Palavra; os segundos, com o ministério cotidiano. Um
não pode subsistir sem o outro. Sanada a dificuldade com a assistência às
viúvas gregas, informa-nos Lucas: “Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém,
se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes
obedeciam à fé” (At 6.7 — ARA).
“A Comunhão Quebrad.
Os crentes se dedicam a formar
uma comunidade de comunhão (At 2.42), que acha expressão em compartilhar as
possessões com os necessitados. Como exemplo positivo de comunhão, Lucas chamou
atenção a Barnabé (At 4.36,37); em contraste, Ananias e sua esposa são exemplos
negativos (At 5.1-11). No capítulo 6, Lucas informa um desarranjo na comunhão
causado pela negligência da comunidade para com suas viúvas gregas. No meio de
tremendo progresso da Igreja, este problema coloca a unidade eclesiástica em
sério perigo. Nesta época, a comunidade cristã consiste em dois grupos: os
judeus gregos (hellenistai,
‘crentes de fala grega’) e os judeus hebreus (hebreaioi, ‘crentes de fala aramaica’).
Os
judeus gregos de Atos 6 são crentes que foram fortemente influenciados pela
cultura grega. [...] Os cristãos de fala aramaica são mais fortes nas tradições
religiosas palestinas e mostram mais restrição em atitude para com a lei
judaica e o templo. Sendo mais agressivos na abordagem, os judeus helenísticos
provocavam raiva. Em pelo menos uma ocasião a pregação agressiva de um crente
de fala grega na sinagoga helenista em Jerusalém termina em apedrejamento. Os
judeus helenistas apresentavam o evangelho com tal zelo que eventualmente os
oponentes os compelem a fugir de Jerusalém para salvar a própria vida (At
8.1-3)”. (notas Comentário
Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. RJ: CPAD, 2004,
p.657).
O Descontentamento Social
Afirma
o eminente teólogo da Universidade de Salamanca Lorenzo Turrado: ‘A queixa dos
helenistas, a julgar pela iniciativa tomada pelos apóstolos, parece que tinha
sério fundamento’. A situação que se desenhava deixou os apóstolos mui
preocupados. Como israelitas, sabiam eles que a injustiça e a desigualdade
sociais eram intoleráveis aos olhos de Deus (Dt 15.7,11). Não foi por causa da
opressão que o Senhor desterrara a Israel? A palavra de Ezequiel não tolera
dúvidas: ‘O povo da terra tem usado de opressão, e andado roubando e fazendo
violência ao pobre e ao necessitado, e tem oprimido injustamente ao
estrangeiro’ (Ez 22.29). Infelizmente, a questão social continua a ser
descurada por muitos ministros do Evangelho. Acham eles que a desigualdade
social é um problema que cabe apenas ao governo resolver. Mas a Bíblia não
ensina assim. Embora a Igreja de Cristo seja um organismo espiritual e desfrute
da cidadania celeste, ela é vista como uma comunidade administradora de uma
justiça que tem de exceder a do mundo (Mt 5.20).
O comentário é de Broadman:
‘Os cristãos têm infligido quase tantas feridas à comunhão quanto os
perseguidores externos, abrigando em si preconceitos raciais, religiosos e de
classe. Esse preconceito leva à discriminação, e a discriminação destrói a
unidade dos crentes. Estas distinções não deviam ter entrado na Igreja, naquela
época, e não devem entrar hoje’”. (notas ANDRADE, C. Manual do Diácono. 1.ed.
RJ: CPAD, 1999, pp.17,18).
As implicações de Atos 6
“Paternalismo. Talvez
a primeira lição que deva ser aprendida é a de que a liderança espiritual da
igreja precisa evitar o paternalismo. A maneira de se desenvolver uma igreja
amadurecida não é impor soluções ‘de cima para baixo’, mas envolver a
congregação na solução do problema, e confiar aos membros um papel
significativo na tomada de decisões.
Confiança. Teria sido tão fácil tornar-se
defensivo e argumentar em quem se deveria ou não colocar a culpa. Em lugar
disso, a congregação concentrou-se no problema e os cristãos de fala aramaica
demonstraram confiança em seus irmãos, ao fazer os cristãos de fala grega
responsáveis pela distribuição a todos.
Prioridades. Os líderes espirituais da
igreja precisam concentrar sua atenção ‘na oração e no ministério da palavra‘
(6.4). Mas as preocupações materiais dos crentes também precisam de atenção. E
aqueles que lidam com as ‘coisas práticas’ precisam ser pessoas ‘cheias de fé e
do Espírito Santo’.
Flexibilidade. Precisamos estar prontos
para reagir às necessidades. Frequentemente, nossas igrejas estão encerradas em
antigos programas ou antigos cargos. Em lugar de procurar com criatividade
satisfazer as necessidades à medida que elas surgem, nós lutamos para manter o
mecanismo da igreja. Este incidente na vida da Igreja Primitiva nos lembra de
que as pessoas são
mais importantes do que as constituições de
nossa igreja, e que a inovação não é uma palavra feia”. (notas RICHARDS, L. O. Comentário Histórico Cultural do Novo
Testamento. 1.ed. RJ: CPAD, 2007, pp.263-64).
Quando a Igreja de Cristo é perseguida
Veremos que os crentes da Igreja Primitiva enfrentaram forte
oposição por parte das autoridades, todavia, aqueles irmãos não deixaram de
testemunhar e proclamar o evangelho de Cristo. Eles não tinham suas vidas por
preciosas, por isso, não temiam testemunhar de Jesus. Os crentes demonstravam,
por intermédio do testemunho pessoal, o que Jesus havia feito em suas vidas.
Não podemos nos esquecer de que fomos chamados para sermos testemunhas de
Cristo. Muitas são as oportunidades que o Senhor tem nos dado para proclamarmos
sua Palavra. Que não venhamos a ficar intimidados, deixando de testemunhar de
Cristo, mesmo diante das críticas, maus exemplos de alguns ou
qualquer tipo de perseguição. Sigamos de perto a postura dos
primeiros crentes.
CONSEQUÊNCIAS DO MARTÍRIO DE ESTÊVÃO
• Jornada evangelística de
Filipe (8.4-40); • A conversão de Saulo
(9.1-30);
• A viagem missionária de
Pedro (9.32—11.18);
• A fundação da Igreja em
Antioquia da Síria (11.19).
Semeado em Jerusalém, o sangue de Estêvão frutifica a vocação
universal da Igreja de Cristo. O que parecia mais uma seita judaica extrapola
as fronteiras de Israel como Reino para conquistar o império. Nesse processo,
Saulo de Tarso antagoniza um importante papel. Perseguindo, espalha a chama do
evangelho. Mais tarde, já converso e perseguido, leva esta mesma flama até aos
extremos da terra.
O martírio de Estêvão não foi em vão. Mais tarde, testemunharia
Tertuliano (155-222), um dos mais importantes apologetas eclesiásticos: “Quanto
mais nos esmagardes, tanto mais cresceremos, que é semente o sangue dos
cristãos”.
Neste momento, a Igreja de Cristo é perseguida em todo o mundo.
Sim, perseguem-nos não apenas física, mas cultural e institucionalmente. À
semelhança dos cristãos primitivos, quanto mais tentam reprimir-nos localmente,
mais universalmente nos espalhamos.
OS EFEITOS DA MORTE DE ESTÊVÃO
O teólogo inglês Matthew Henry (1662-1714), um dos maiores
comentaristas das Sagradas Escrituras, escreve mui sábia e apropriadamente:
“Algumas vezes Deus levanta muitos ministros fiéis sobre as cinzas de um
deles”. Haja vista o martírio de Estêvão. Se aos olhos humanos era uma simples
execução, à vista divina aquela morte foi o caminho que conduziu muitos à vida,
inclusive um homem fero e irreconciliável como Saulo de Tarso. Somente a
história haveria de avaliar os efeitos do assassinato daquele justo.
Sobre Paulo. Como ouvir um discurso
como o de Estêvão e não curvar-se às evidências do evangelho? Embora teimasse
em não reconhecer a Jesus como o Messias de Israel, Saulo de Tarso não pôde
ficar indiferente às palavras e ao martírio daquele santo. É o que depreendemos
destas palavras do próprio Senhor: “Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura
coisa te é recalcitrar contra os aguilhões” (At 26.14). Aliás, o mesmo Saulo o
confessa: “E, quando o sangue de Estêvão, tua testemunha, se derramava, também
eu estava presente, e consentia na sua morte, e guardava as vestes dos que o
matavam” (At 22.20).
A evangelização de Saulo teve início com o sermão de Estêvão, em
Jerusalém, sendo complementada, em Damasco, por Ananias. Muito em breve o que
localmente perseguira a Igreja, universalmente haveria de expandi-la de
Antioquia a Roma.
Sobre a Igreja. Com os termos da Grande
Comissão a ecoar-lhes nos ouvidos, sabiam os santos apóstolos que a Igreja não
poderia circunscrever-se a Jerusalém (Mt 28.19,20). Mas quando sair à Judeia?
Quando alcançar Samaria? E quando atingir os mais distantes lugares da terra?
Estando ainda estas perguntas por se responder, eis que o martírio de Estêvão
precipita a dispersão da Igreja de Jerusalém.
Ao relatar o evento, escreve Lucas: “Mas os que andavam
dispersos iam por toda parte anunciando a palavra” (At 8.4). Por conseguinte,
quando aqueles piedosos varões puseram-se a sepultar o corpo de Estêvão, não
sabiam eles estarem, na verdade, semeando uma semente que, de
imediato, multiplicar-se-ia dentro e fora dos termos de Jacó. Não foi
exatamente isto o que ensinara o Senhor: “Na verdade, na verdade vos digo que,
se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer,
dá muito fruto” (Jo 12.24). Mais tarde, confirmaria o doutíssimo Tertuliano as
palavras do Cristo: “O sangue dos mártires é a semente da Igreja”.
As perseguições à Igreja não ficaram no passado. Este sistema,
que jaz no maligno, tudo faz por sufocar a Noiva do Cordeiro. Está você
preparado a defender a sua fé? Morreria por amor a Cristo? Não podemos fugir a
essa pergunta. Que a nossa confissão seja tão firme quanto à de Jan Hus
(1369-1415), reformador protestante da antiga Boémia: “Com a maior alegria
confirmarei com meu sangue a verdade que tenho escrito e pregado”.
QUANDO A IGREJA É PERSEGUIDA
Quem ainda não leu o excelente livro Torturado por Amor a Cristo?
Escrito pelo pastor romeno Richard Wurmbrand (1909-2001), mostra-nos o quanto a
Igreja de Cristo sofreu nos países comunistas. Atrás da cortina de ferro, eram
os cristãos perseguidos física, cultural e institucionalmente.
Perseguição física. Neste exato
momento, muitos são os missionários, pastores e leigos que, torturados e até
mortos por causa da santíssima fé, fazem boa e ousada confissão ante o verdugo (1
Tm 6.13). Se pudéssemos ouvir-lhes o clamor! Oremos por nossos irmãos na China,
na Coreia do Norte, em Cuba e nos países muçulmanos. Em cada uma dessas nações,
há uma igreja de Esmirna (Ap 2.8-11). Deixemos, pois, o conforto de Laodiceia e
saíamos a espalhar a boa semente do Evangelho.
Perseguição cultural. Embora vivamos num
contexto cultural, não podemos nos conformar, sob hipótese alguma, com a
cultura do presente século (Rm 12.1,2). Então, como devemos agir? Se, de fato,
somos o sal da terra e a luz do mundo, transformemos a cultura que nos busca
envolver através da proclamação da Palavra de Deus (Mt 5.13).
As manifestações culturais deste mundo apregoam sutil e quase
que, imperceptivelmente, o relativismo moral, a substituição dos valores
bíblicos por uma ética leniente e permissiva e a entronização do homem no lugar
que pertence exclusivamente a Deus. Como não podemos nos conformar com tais
coisas, somos alijados da vida cultural da sociedade. Não agiam assim os gregos
em relação ao Evangelho (1 Co 1.22-24). O que os inquisidores deste mundo não
sabem é que a loucura de Deus é mais sábia do que os homens (1 Co 1.25).
Perseguição institucional. Os
interesses do Reino de Deus jamais se coadunarão com os deste mundo. Por isso,
levantam-se alguns potentados, buscando amordaçar a Igreja de Cristo. Tentam
eles, sob o apanágio de um humanitarismo falso e aparatoso, impedi-la de
protestar, por exemplo, contra o homossexualismo. Outros buscam descriminalizar
práticas como o aborto e o uso de drogas. E outros ainda afadigam-se em varrer
das escolas qualquer vestígio do criacionismo bíblico.
Diante de todos esses ataques institucionais, lembremo-nos da
exortação do pastor batista norte-americano, William S. Plumer (1759-1850).
Alerta-nos ele: “Perseguição não é novidade... a ofensa da cruz jamais
cessará”.
COMO ENFRENTAR A PERSEGUIÇÃO
Assim devemos, portanto, enfrentar a perseguição:
Evangelizando e fazendo missões. Se
bem atentarmos, constataremos: a Igreja só começou a evangelizar e a fazer
missões depois da perseguição que lhe moveram as autoridades judaicas após a
morte de Estêvão (At 8.4,5; 13.1-3). O que estamos esperando? É hora de
atravessarmos as fronteiras com o Evangelho de Cristo.
Apresentando uma apologia de nossa fé. Contra
a perseguição cultural e institucional, a recomendação de Pedro é clara e
urgente: “Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando
sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança
que há em vós” (1 Pe 3.15 — ARA).
Conservando nossa identidade como povo de Deus. Somos
perseguidos, porque somos um povo especial, zeloso e de boas obras (Tt 2.14).
Enfim, representamos tudo o que o mundo odeia. Nós, luz; eles, ainda em trevas.
Porfiemos por uma vida santa e justa.
O Diabo tudo fez por matar a Igreja em seu nascedouro. O que ele
não sabia, ou fingiu esquecer, é que as portas do inferno jamais prevalecerão
contra a Igreja de Cristo. O Diabo não pôde emudecer a Filipe nem a Paulo. Como
diria o teólogo A. W. Tozer (1897-1963): “O fogo de Deus não pode ser apagado
pelas águas da perseguição dos homens”.
“Os escritos de Basílio sobre a perseguição de Deoclécio
dão uma ideia geral do que foram as crueldades e os horrores daqueles dias: ‘As
casas dos cristãos eram deixadas em ruínas; seus bens, pilhados. Seus corpos
caíam nas mãos dos ferozes lictores, que os dilaceravam como bestas selvagens,
e arrastavam as matronas pelos cabelos através das ruas, insensíveis às
súplicas por clemência, viessem elas dos idosos ou daqueles de tenra idade.
Os
inocentes eram submetidos a tormentos reservados apenas aos mais vis
criminosos; os calabouços eram lotados com habitantes dos lares cristãos, que
agora jaziam desolados; os desertos sem caminhos e as cavernas das florestas
enchiam-se de fugitivos, cujo único crime fora a adoração a Jesus Cristo’”
(REILLY, A. J. Os
Mártires do Coliseu. 1.ed. RJ: CPAD, 2005, p.38).
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