A NOVA JERUSALEM
Artigo Mauricio Berwald
Os textos que descrevem a Cidade
Santa não terminam em Ap 21.27, mas prolongam-se até 22.5. A linguagem lembra
um antigo cortejo nupcial, portanto, valoriza as qualidades da nubente. Nestes
textos, encontramos agudo contraste com a Babilônia, a meretriz do capítulo 17.
Enquanto esta é prostituta e imunda, aquela é a noiva e santa; uma é a cidade
dominada por Satanás; a outra, por Deus. Devemos também observar a relação
entre a Nova Jerusalém e o Templo de Ezequiel: a glória do Senhor (Ez 43.5; Ap
21.11) as portas e o nome das doze tribos (Ez 48.31,32; Ap 21.12,13).
Quanto ao local, a Nova Jerusalém vem
do céu; quanto à origem, de Deus (Ap 21.2); quanto à identidade, é a Cidade
Santa, a Nova Jerusalém, o Tabernáculo de Deus, a Esposa do Cordeiro (Ap
21.2,9).
Emílio Conde, num momento de
raríssima inspiração, assim cantou a esperança do crente em relação à Nova
Jerusalém:
“Quão glorioso, cristão, é pensares /
Na cidade que não tem igual / Onde os muros são de puro jaspe / E as ruas de
ouro e cristal / Pensa como será glorioso / Ver-se a triunfal multidão / Que
cantando, aguarda a chegada / Dos que vencem a tribulação” (Harpa Cristã, 26).
O anseio demonstrado pelo irmão
Conde, que já dorme no Senhor, é também o nosso. Não podemos depositar a nossa
esperança num mundo que jaz no maligno, e que não poupa esforços por destruir a
santíssima fé que recebemos de Cristo Jesus. Embora estejamos ainda aqui, o
nosso coração acha-se ligado àquela ditosa cidade, cujo arquiteto e artífice é
o próprio Deus. Na Jerusalém Celeste, passaremos a eternidade na companhia de
Cristo Jesus — o Imaculado Cordeiro que se entregou a si mesmo, redimindo-nos
de nossas iniquidades.
A REALIDADE
DA NOVA JERUSALÉM
A crença na Jerusalém Celeste não é
uma ficção futurística, nem um devaneio inconsequente. Trata-se de uma doutrina
sólida, cujas raízes podem ser descobertas já no alvorecer da História Sagrada.
Haja vista o sonho de Jacó. O patriarca viu uma escada unindo a terra ao céu, e
por esta desciam e subiam os anjos de Deus (Gn 28.10-17). Na consagração do
Santo Templo, o rei Salomão confessa a sua fé na imensidade do Todo-Poderoso,
afirmando que o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos humanas (2 Cr
6.18). Referia-se ele à excelsa habitação do Senhor. Mais adiante, nos Salmos,
pergunta o poeta: “Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu
santo monte?” (Sl 15.1).
No livro de Isaías, deparamo-nos com
explícitas referências aos novos céus e à nova terra: “Porque eis que eu crio
céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais
se recordarão” (Is 65.17). Embora haja abundantes referências e muitas
inferências sobre a futura morada dos santos, as passagens citadas são mais do
que suficientes para mostrar-nos que a crença no porvir não é uma fantasia; é
uma doutrina digna de todo o crédito.
A GRANDE E BENDITA
ESPERANÇA DO POVO DE DEUS
O verdadeiro crente tem a sua
esperança centrada em Deus. Sabe que, neste mundo, não passa de um peregrino
que, orando e chorando, encaminha-se para a Jerusalém Celeste. Concentremo-nos,
pois, no exemplo de Abraão, nosso pai na fé.
A experiência
de Abraão. Apesar de Abraão haver recebido a terra de Canaã por herdade
perpétua, sua esperança achava-se voltada para os céus, conforme escreve o
autor da Epístola aos Hebreus: “Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo
para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.
Pela fé, habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas
com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a
cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus” (Hb
11.8-10).
Ora, se a herança temporal e terrena
do patriarca era algo inaudito, o que não dizer da promessa de uma cidade
arquitetada e construída pelo próprio Deus? Abraão, olhando além do horizonte
material, visualizou a Jerusalém Celeste.
Pensando nas coisas
que são de cima. No capítulo 12 de sua Segunda Epístola aos Coríntios, o apóstolo
Paulo, descrevendo suas experiências, revela que, certa vez, foi arrebatado ao
terceiro céu, onde ouviu palavras inefáveis que o comum dos mortais não poderia
escutar. Teria ele visto a Jerusalém Celeste? Eis porque exorta-nos a pensar
nas coisas que são de cima: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai
as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai
nas coisas que são de cima e não nas que são da terra” (Cl 3.1,2).
Que exortação! Se a nossa mente
estivesse sempre centralizada nas coisas que são de cima, jamais perderíamos
tempo com as coisas passageiras desta vida.
O QUE É A
NOVA JERUSALÉM
Ao contrário do que ensinam os
incrédulos, a Nova Jerusalém não é uma suposição nem algo imaginário; é real e
concreta. No Apocalipse, temos dela uma descrição rica e pormenorizada. Vejamos
o que é, de fato, a gloriosa cidade que, um dia, estaremos adentrando, a fim de
estarmos para sempre com Nosso Senhor Jesus Cristo.
Definição. A Nova
Jerusalém, também conhecida como a Jerusalém Celeste, é o lugar que nos
preparou o Senhor, para que, na consumação de todas as coisas, estejamos
eternamente com Ele. É descrita ainda, pelo próprio Senhor, como a casa de meu
Pai, onde há muitas moradas (Jo 14.1-4). Isto significa que há lugar para todos
os que vierem a recebê-lo como o seu único e suficiente Salvador.
A localização
da Nova Jerusalém. Acha-se esta cidade muito além do espaço sideral, num lugar jamais
imaginado pela mente humana. Neste exato momento, enquanto ansiamos pela
chegada do Cordeiro, a Nova Jerusalém, lindamente ataviada, aguarda a chegada
do Esposo que, juntamente com a Igreja, adentrará os seus limites, levando os
céus e a terra, conforme cantamos no hino três da Harpa Cristã, a ser a mesma
grei. É o que podemos adiantar, por enquanto, acerca da localização da Nova
Jerusalém. Quando lá estivermos; viremos a conhecê-la detalhadamente.
Suas dimensões.
A cidade
forma um cubo perfeito numa alusão ao Santo dos santos do Tabernáculo. Suas
dimensões chefiam a 12 mil estádios (Ap 21.16) que, de conformidade com as
medidas atuais, equivalem a 2.260 km². Isso, em medidas terrenas. As medidas
celestes estão do outro lado; não são aprendidas aqui. Concluímos que a cidade
toda formará um perfeito santuário, no qual o Senhor será sublime e eternamente
glorificado pelos redimidos de todas as eras da História Sagrada.
Seu aspecto.
A beleza da
cidade é singularmente indescritível. Utilizando-se da limitação e das
imperfeições da linguagem humana, embora inspirado por Deus, João assim descreve-nos
a Ditosa Cidade: “E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das
últimas sete pragas e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a
mulher do Cordeiro. E levou-me em espírito a um grande e alto monte e
mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. E
tinha a glória de Deus. A sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima,
como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente. E tinha um grande e alto
muro com doze portas, e, nas portas, doze anjos, e nomes escritos sobre elas,
que são os nomes das doze tribos de Israel. Da banda do levante, tinha três
portas; da banda do norte, três portas; da banda do sul, três portas; da banda
do poente, três portas. E o muro da cidade tinha doze fundamentos e, neles, os
nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. E aquele que falava comigo tinha uma cana
de ouro para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro” (Ap
21.9-15).
Quem entrará na Jerusalém Celeste?
Aquele, cujo nome encontra se no Livro da Vida do Cordeiro. Portanto, se você
ainda não recebeu a Jesus como o seu único e suficiente Salvador, aceite-o
neste momento, e siga-o fielmente ate o fim. E, assim, entrará você na Cidade,
e para sempre estará com o Senhor.Ressaltamos, porém, que o nosso maior prazer
não será propriamente estar na Jerusalém Celeste; e, sim, permanecer na
companhia de Nosso Senhor Jesus Cristo pelos séculos dos séculos.
“As cidades antigas eram modestas, se
não francamente sujas. Tinham paredes de pedra, construídas sobre leitos de
rochas ou montes de terra batida. Os portões eram feitos de madeira grossa e
suportados por barras de ferro. As estradas eram sujas, apenas pavimentadas com
pedras em casos excepcionais. Os melhores edifícios eram feitos de pedra, e os
menores com tijolo cozido ao sol. Sem nenhum sistema de saúde pública e de
remoção regular de lixo, a maioria delas estava assolada por moléstias e maus
odores.
A Nova Jerusalém será totalmente
diferente. Sua descrição nesse livro enfatiza sua pureza e perfeição. Os
limites da cidade formam um perfeito cubo, exatamente como o lugar santíssimo
do Tempo de Jerusalém. Suas dimensões são em números múltiplos de doze, um
número associado à perfeição desde as doze tribos de Israel. As fundações da
cidade são de pedras semipreciosas ao invés de barro, jaspe ao invés de rochas
em suas paredes e edifícios feitos de ouro, e não, de madeira ou pedras.
A descrição da Nova Jerusalém no
Apocalipse é semelhante à de Isaías 60. O profeta do Antigo Testamento
mencionou um extenso uso de metais e materiais preciosos (60.5-9,17), a luz
eterna vinda do Senhor (vv.1,2,20) — não do sol, lua ou estrelas (v.19,20) —,
os portões que nunca se fecham (v.11), a justiça de cada habitante (v.21) e os
reis das nações estrangeiras que vêm à cidade para adorar a Deus
(vv.11-14)”
(ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. RJ: CPAD, 2003, p.1923).
Estarás tu
vigiando, quando Jesus vier?
Os capítulos 24 e 25 do Evangelho de
Mateus constituem-se numa pérola escatológica. O capítulo 24, que pode ser
dividido em duas partes, trata de temas doutrinários (24.1-31) e exortativos
(24.32-25.1-46). A primeira parte fala da destruição do templo (1-2), dos
sinais proféticos (3-8), das perseguições (9-14), da Septuagésima Semana de
Daniel (15-22), dos falsos cristos e profetas (23-28), e da vinda do Filho do
Homem (29-31). A segunda, a partir do versículo 32, apresenta uma série de
admoestações proféticas que assinala a aproximação do fim: a parábola da figueira
(32-35), o sinal diluviano (36-42), a expectativa do patriarca (43-44), a
parábola dos dois servos (45-51), das dez virgens (25.1-13), dos dez talentos
(25.14-30), e por fim, da vida e castigo eterno (25.31-46).Os principais verbos
desta parte expressam uma ordem absoluta que deve ser obedecida
irrestritamente: “aprendei”, “vigiai”, “estai”, etc. Todos denotam a urgência
de se estar atento a fim de não ser surpreendido pela vinda repentina de Jesus.
Muitos serão surpreendidos pela vinda
do Senhor. Embriagados pelas ânsias desta vida, teimam em viver como se a vinda
de Jesus fosse a mais remota das hipóteses. À semelhança daqueles
escarnecedores referidos pelo apóstolo Pedro, perguntam: “Onde está a promessa
da sua vinda?” O que tais crentes não sabem é que já estamos em plena era
escatológica; vivemos os últimos dias desta dispensação.
Estarás tu vigiando, quando Jesus
voltar?
O QUE
SIGNIFICA VIGIAR
Vigiar é um dos verbos mais
conhecidos nos arraiais evangélicos. Leva-nos esta palavra a uma ordem expressa
e urgente de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia
nem a hora em que o Filho do Homem há de vir” (Mt 25.13). Tal mandamento,
deu-nos Ele pouco antes do início de sua paixão, morte e ressurreição. O que
significa, porém, vigiar?
Definição. Este vocábulo
significa: observar atentamente, tomar cuidado, estar acordado, velar com toda
atenção, postar-se como sentinela, precaver-se. É uma palavra rica em
significados. Quando Cristo a usou, sabia Ele perfeitamente que os seus servos,
nestes tempos difíceis e trabalhosos, teriam de munir-se de todos os cuidados
possíveis, a fim de não serem subvertidos pelos acontecimentos que haveriam de
preceder o soar da última trombeta.
Conceituação
teológica. “Vigiar, no original, é um verbo mui sugestivo; significa estar
sóbrio e manter a mente limpa. Nestes dias de intensa fúria das forças do mal,
conservemos nossas mentes em contínuo equilíbrio para que não percamos de vista
a vinda de Cristo. Como, porém, manter o equilíbrio em meio a tantas pressões?
Através da oração e súplica. Quanto mais buscarmos a face de Deus, mais aptos
estaremos para resistir ao período derradeiro da Igreja na terra” (Dicionário de Escatologia Bíblica, 1998, p.177, CPAD).
Diante do exposto, a pergunta não
pode ser ignorada: Estamos realmente vigiando? Ou, simplesmente, estamos a
brincar de crentes, como se este mundo, que jaz no maligno, fosse um imenso
parque de diversões? Irmão, não estamos num parque de diversões; encontramo-nos
num campo de batalha, onde nos defrontamos com um inimigo cruel e astuto. Mas
nós haveremos de vencê-lo através do sangue do Cordeiro. Aleluia!
OLHAI, VIGIAI
E ORAI
Ao transcrever o Sermão Profético de
Nosso Senhor, o evangelista Marcos registra uma ênfase que todos deveríamos
levar em consideração: “Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará
o tempo” (Mc 13.33). Vejamos, a seguir, o por quê da ênfase que Jesus empregou
nesta ordem escatológica.
Olhai. Este
imperativo leva o crente a olhar para todos os acontecimentos que, nestes
últimos dias, estão marcando a Igreja de Cristo e a História Universal.
Lembra-se do que estudamos nas primeiras lições deste trimestre? Na segunda
lição, vimos que a Igreja vem sendo atacada por uma onda inédita de heresias,
apostasias. Na terceira, realçamos os sinais mencionados pelo Senhor em seu
Sermão Profético.
Por conseguinte, “quando essas coisas
começarem a acontecer, olhai para cima e levantai a vossa cabeça, porque a
vossa redenção está próxima” (Lc 21.28). Contemplemos os sinais não com espanto
e medo; contemplemo-los com pleno regozijo; afinal, estão eles a assinalar-nos
de que breve Jesus voltará.
Vigiai. Como já vimos
acima, o vigiar diz respeito à nossa conduta e ao nosso andar como discípulos
de Cristo Jesus. Os que não vigiam, estão a agir como aqueles servos das
parábolas do Senhor. Um resolveu enterrar o talento outro pôs-se a espancar os
conservos; as néscias dormiram sem se aperceberem de azeite. E, assim, quando o
Senhor voltou, encontrou todos desprevenidos.
Está você vigiando? Ou acha que Jesus
nunca nos chamará a prestar contas?
Orai. Como viver
sem oração num mundo que, declaradamente, jaz no maligno? O apóstolo Paulo, ao
discorrer sobre estes dias aos irmãos de Tessalônica, exortou-os: “Orai sem
cessar” (1 Ts 5.17). Oremos, pois, em todo o tempo, a fim de que o Senhor nos
leve a viver de vitória em vitória.
VIGIAI EM SANTIDADE
A doutrina da santificação vem sendo
esquecida em muitos de nossos púlpitos. Na procura insana por aquilo que se
convencionou chamar de politicamente correto, substituiu-se a teologia da
santificação por um ensino de auto-ajuda e triunfalista. A grande proeza destes
dias selvagens não é o ser santo, mas o triunfar na profissão e prosperar
materialmente, como se estas fossem o parâmetro exigido por Deus para herdarmos
a vida eterna. Todavia, a Palavra de Deus não deixa qualquer dúvida quanto às
reivindicações divinas: “Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o
Senhor, vosso Deus” (Lv 20.7).
No Apocalipse, deixa-nos o
evangelista uma exortação que jamais deveria ser esquecida por aqueles que
lutam por viver a eternidade ao lado de Cristo: “Quem é injusto faça injustiça
ainda; e quem está sujo suje-se ainda: e quem é justo faça justiça ainda; e
quem é santo seja santificado ainda” (Ap 22.11).
É chegado o momento de os santos
mostrarem-se cada vez mais santos. Não há dúvida de que, nestes últimos dias,
presenciaremos o surgimento de uma geração que, amorosa e sacrificialmente,
tudo fará para honrar o Cordeiro de Deus através de uma vida irrepreensível e
piedosa: “Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face,
ó Deus de Jacó” (Sl 24.6). Infelizmente, o número dos abomináveis aumentará de
forma assustadora, e tudo farão para trazer o mundo para a Igreja.
Tem você vigiado em santidade? Tem
buscado ao Senhor de todo o seu coração? Sem a santificação, ninguém verá o
Senhor (Hb 12.14).
Querido irmão, breve Jesus voltará!
Busquemos, pois, ter uma vida irrepreensível diante daquEle que, em breve, virá
buscar-nos. Não podemos agir de maneira displicente como se fôssemos viver,
neste mundo, por alongados dias. Aqui não é a nossa pátria. Somos peregrinos!
E, assim, andando e chorando, caminhemos em direção da cidade, cujo arquiteto e
construtor é o Senhor.
“VIGIAR, gregoreõ (γρεγορέω), ‘vigiar’ e encontrado em 1 Ts 5.6,10, e em mais 21 outros lugares nos
quais ocorre no Novo Testamento (por exemplo, em 1 Pe 5.8). Não é usado no
sentido metafórico de ‘estar vivo’; aqui, é posto em contraste com o
verbo katheudõ, ‘dormir’, que nunca é usado pelo apóstolo Paulo com
o significado de ‘estar morto’ (só tem este significado no caso da filha de
Jairo). Por conseguinte, o significado aqui é a vigilância e a expectativa em
contraste com a falta de firmeza e a indiferença. Todos os crentes viverão
juntos com Cristo a partir do tempo do arrebatamento descrito em 1 Ts 4; todos
temos vida espiritual agora, embora a condição espiritual e a consecução de
cada um varie consideravelmente.
Aqueles que são negligentes e falham
em estar alertas sofrerão perda (por exemplo, 1 Co 3.15; 9.27; 2 Co 5.10), mas,
aqui, o apóstolo não está lidando com esse aspecto do assunto. Ele esclarece
que o arrebatamento dos crentes na segunda vinda de Cristo dependerá somente da
morte de Cristo por eles, e não da condição espiritual deles. O arrebatamento
não é questão de recompensa, mas de salvação” .
[VINE, W. E. (et.
al). Dicionário Vine: O significado exegético das palavras do Antigo e do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2002,
p.1059].
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.