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sábado, 7 de novembro de 2015

Reconstrução do templo de Salomão (ESCATOLOGIA)



        RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO DE    SALOMÃO


                      O QUE É O SANTO TEMPLO
                                           Artigo Mauricio Berwald


O Santo Templo construído por Salomão não pode ser visto apenas como um assombro arquitetônico; é a concretização de um ideal que, tendo início com os patriarcas, fez-se realidade com o suntuoso edifício que o filho de Davi ergueu em Jerusalém (Gn 28.10-17; 1 Rs 5-8).

Definição. O Santo Templo, por conseguinte, é o santuário por excelência do povo israelita, onde não somente este, como também os gentios, deveriam adorar e buscar ao Deus Único e Verdadeiro em espírito e verdade (Mc 11.17).

 Conceito teológico. Edificado em Jerusalém, possuía o Santo Templo uma função teologicamente missionária: atrair os gentios ao Deus de Abraão (2 Cr 6.32,33; Mt 12.42), fazendo com que estes, juntamente com os judeus, viessem a constituir-se num só povo em Cristo Jesus.

Infelizmente, o Santo Templo foi transformado, por reis infiéis e apóstatas, num centro ecumênico, onde cada povo tinha ali um altar para o seu deus (1 Rs 11.1-13). Dessa forma, Israel perdeu a sua maior oportunidade de expandir o Reino de Deus até aos confins da terra.


                                             O TEMPLO DE SALOMÃO

A construção do Santo Templo teve início por volta do ano 966 a.C. O autor sagrado dedica a este empreendimento três capítulos do 1º Livro dos Reis. Terminada a obra, que consumiu os sete primeiros anos do glorioso reinado de Salomão, e que mobilizou todo o Israel e os países vizinhos, assim testemunha o cronista com respeito à glória do Senhor que sobreveio àquele santuário:

 A glória do Senhor enche o templo. “A casa se encheu de uma nuvem, a saber, a Casa do Senhor; e não podiam os sacerdotes ter-se em pé, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor encheu a Casa de Deus” (2 Cr 5.13.14).

A glória do Senhor deixa o templo. Salomão, que tão bem começara o seu reinado, desvia-se do Senhor para seguir os deuses de suas muitas mulheres gentias (1 Rs 11.1-13). E, assim, induz Israel à apostasia. Em consequência, o Senhor decide destruir Jerusalém e, com esta, o Santo Templo (Jr 7.1-16).

Antes, porém, que viessem os exércitos babilônicos, retira Ele a sua glória do lugar santíssimo (Ez 11.23). Como haviam predito os profetas, a Casa de Deus é posta em desolação por 70 anos (Dn 9.2).


                                 A RECONSTRUÇÃO DO SANTO TEMPLO

O templo de Zorobabel. Terminados os 70 anos de exílio, suscita o Senhor o espírito de Zorobabel, a fim de que reconstrua o Santo Templo (Ed 3.1-13). Passados quase cinco séculos, eis que Herodes põe-se a reformá-lo, objetivando transformá-lo numa das mais notáveis edificações do Império Romano. Neste empreendimento, o perverso monarca compromete quarenta e seis anos de seu governo (Jo 2.20). A construção era sobremodo majestosa, servindo inclusive de introdução ao Sermão Profético de Nosso Senhor (Mc 13.1).

No ano 70, os exércitos romanos, sob o comando de Tito, destroem completamente o Santo Templo, conforme antecipara o Senhor Jesus (Mt 24.2). Desde então, os judeus, privados de seu santuário, não mais puderam oferecer a Deus os sacrifícios prescritos no Antigo Testamento. Mas, com muito anelo, aguardam a reconstrução do Santo Templo em Jerusalém.

O templo da 70ª Semana. Eis as profecias que fazem referência à reconstrução do templo da 70ª Semana.

a) Daniel (Dn 9.27); b) Jesus (Mt 24.15); c) Paulo (2 Ts 2.3-9).

O templo do Milênio. Este templo, por suas características descritas por Ezequiel, difere do templo da 70ª Semana pois será edificado sobre um monte localizado na parte central do território sagrado dos sacerdotes (Ez 40.2). Os seus átrios serão murados para se evitar a sua profanação (Ez 48.8-22). Neste templo, a glória de Deus haverá de manifestar-se a Israel e ao mundo. E sobre ambos os povos estará governando o Cristo de Deus como o Rei dos reis e Senhor dos senhores. 

Apesar da importância profética do Santo Templo, nós, que recebemos a Cristo Jesus como o nosso Salvador e Redentor, devemos ter sempre em mente as palavras de Cristo àquela samaritana que se achava mui preocupada com o verdadeiro lugar de adoração: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.23,24).A reconstrução do Santo Templo, entretanto, deve ser encarada como um dos mais fortes sinais da volta de Cristo Jesus. Não sabemos quando se dará este fato: antes ou depois do arrebatamento? O que realmente sabemos é que Cristo em breve virá buscar a sua Igreja.

Querido Jesus, os sinais tornam-se cada vez mais fortes e extraordinários. Não permitas que os teus filhos adormeçam na incredulidade. Ajuda-nos a ser mais precavidos. Em teu nome. Amém! 

 “O Templo que será erguido e que certamente será profanado pelo Anticristo tem sido bastante discutido pelos judeus de todo o mundo. Quando Israel conquistou a parte velha da cidade de Jerusalém com as ruínas do Templo, em 1967, o velho historiador judeu Israel Eldad, segundo citação da ‘Revista Time’, teria dito: ‘Agora estamos no mesmo ponto em que Davi estava, quando libertou Jerusalém das mãos dos jebuseus’. E acrescentou: ‘Daquele dia até o momento em que Salomão construiu o Templo passou-se apenas uma geração. Assim também acontecerá conosco’.

Recentemente declarou um rabino judeu: ‘Estamos prestes a ver o grande Templo reconstruído’, isto é, o Templo da Grande Tribulação. E, sendo indagado por um Jornal bastante badalado: ‘Quem o reconstruirá: os judeus ou o Anticristo?’ Ele respondeu: ‘O Templo é chamado de ‘...o Templo de Deus’ (Dn 8.11,14; Mt 24.15; 2 Ts 2.4; Ap 11.1) e, evidentemente só os judeus (ou através deles) serão autorizados por Deus para sua construção’.

[...] É sabido hoje que já há projeto em Israel para a construção do Novo Templo. Os judeus políticos dizem: A construção do Templo será um ato político de primeira categoria, pois somente assim a anexação de Jerusalém se tornará uma realidade política. Além disso, também motivos religiosos forçam a construção do Templo”. 
NOTAS (SILVA, S. P. Escatologia: doutrina das últimas coisas. 12.ed., RJ: CPAD, 2000, pp.79-80).


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