John Knox
Artigo Maurcio Berwald
Fonte Wikipédia
Nascimento 1514
East Lothian
Morte 24 de novembro de 1572 (58 anos)
Edimburgo
Nacionalidade Escócia escocês
Ocupação Líder e reformador
John Knox (Haddington, East Lothian, 1514 — Edimburgo, 24 de novembro de
1572) foi um religioso reformador escocês que liderou uma reforma religiosa na
Escócia segundo a linha calvinista. Ele foi educado na Universidade de St
Andrews ou possivelmente a Universidade de Glasgow e foi ordenado para o
sacerdócio católico em 1536. Influenciado pelos reformadores da igreja
primitiva, como George Wishart, ele se juntou ao movimento para reformar a
igreja escocesa. Ele foi pego nos eventos eclesiásticos e políticos que
envolveram o assassinato do cardeal Beaton em 1546 e a intervenção da regente
da Escócia Maria de Guise. Ele foi preso por forças francesas no ano seguinte e
exilado para a Inglaterra em seu libertação em 1549.Seu lugar e data de nascimento continuam a ser debatidos, sendo Gifford
Gate, nas proximidades da cidade de Haddington (20 quilômetros a leste de
Edimburgo) o mais provável local.
John Knox nasceu entre 1505 e 1515, na região das Terras Baixas, Escócia,
em ou perto de Haddington, cidade do condado de East Lothian. Seu pai William
Knox, de boa família, sem ser especialmente distinta, tinha combatido na
Batalha de Flodden e era natural do condado de Haddington. A mãe chamava-se
Sinclair.
Recebeu influências de um espírito liberal, no que toca à educação, que
animaram a igreja escocêsa mesmo antes da Reforma Religiosa Protestante. Apesar
de alguns estudiosos fazerem referência a ele como semi-analfalbeto, Knox
prosseguiu os seus estudos na Universidade de Glasgow, onde o nome "John
Knox" figura entre os matriculados em 1522 ou em St. Andrews, onde se
afirma que tenha sido aluno do celebrado John Major, nativo como Knox da região
escocesa de East Lothian, e um dos maiores académicos dos seu tempo. Major
esteve em Glasgow em 1522 e em St. Andrews em 1531. Quanto tempo permaneceu na
universidade é incerto. Nunca teve aspirações a ser um académico celebrado como
seus contemporâneos George Buchanan e Alesius.
Não há sequer provas de que se tenha graduado. Parece ser um facto que
dominava o latim e cultivava o estudo, o que está bem atestado com a seu
conhecimento dos textos de São Agostinho e de São Jerónimo. Aprendeu grego e
hebreu num período posterior, como indicado na sua escrita. Foi ordenado padre
antes de 1540, quando seu estatuto de padre foi mencionado pela primeira vez.
Até 1543 Knox ainda se mantinha sob o comando de Roma. Até esta altura, no entanto,
ele parece ter dado aulas privadas em vez de ter obrigações paroquiais.
Na altura em que assinou
oficialmente como padre, já teria estado empregue (um cargo que ocupou por
vários anos) como tutor da família de Hugh Douglas em Longniddry, em East
Lothian, educando também o filho de um nobre da vizinhança, John Cockburn, de
Ormiston. Ambos os nobres tinham, tal como Knox, já neste tempo uma inclinação
positiva em relação às novas doutrinas da igreja. Um documento assinado a 27 de
Março desse ano, guardado no castelo de Tyninghame, prova-o.
Conversão ao Protestantismo
Knox professou pela primeira vez a fé protestante em finais de 1545.
Antes disso já tinha mostrado sinais de simpatia por essas ideias, sem o ter
declarado explicitamente. De acordo com Thomas Guillaume Calderwood, nativo de
East Lothian, a Ordem de Blackfriars em 1543, foi a primeira a "dar ao Sr.
Knox um cheirinho da verdade". A sua mudança de opinião original tem sido
atribuída ao seu estudo de Agostinho e Jerónimo, na sua juventude, como
referido.
Na verdade, dos primeiros 30 anos de sua vida pouco se sabe. Muito
influenciado por George Wishart, começou a ser seu seguidor em 1546, ano em que
Wishart foi queimado como herege. Este erudito foi provavelmente o instrumento
imediato da sua conversão pois havia retornado, após um período de expulsão, em
1544, e morreu no cadafalso, vítima última e ilustre do cardeal Beaton. Entre
outros lugares onde pregou as doutrinas reformadoras protestantistas, Wishart
havia estado em East Lothian em Dezembro de 1545, e aí Knox deve tê-lo
conhecido. Pode-se dizer que o entusiasmo quase juvenil de Knox pela doutrina o
teria comovido. Knox seguiu-o incansavelmente como guarda-costas, e carregaria
uma espada, disposto a usar para defender Wishart dos emissários do cardeal que
atentassem contra sua vida. Na noite em que prederam Wishart, Knox foi impedido
de partilhar com ele a captividade, e assim, muito provavelmente, o mesmo
destino.
A seguinte frase de Wishart a seus amigos é bem conhecida: "Não,
regressem para as vossas crianças. Um é suficiente para o sacrifício" ou
seja ("Nay, return to your bairns [pupils]. One is sufficient for a
sacrifice.")
No ministério de St. Andrews
O perseguidor de Wishart, o cardeal Beaton, foi assassinado naquele mesmo
ano e Knox se uniu aos assassinos no castelo de Santo André, mas foi capturado
por franceses e forçado a servir em suas naves de galés. Depois de solto, em
1549, viajou para a Inglaterra protestante. Knox foi chamado pela primeira vez
ao ministério de St. Andrews, que durante toda a sua vida estaria ligado
intimamente à sua carreira. Parece não ter havido qualquer ordenação regular.
Obviamente, já tinha sido ordenado padre da Igreja de Roma.
No continente europeu 1554-1559
Ofereceram-lhe o bispado de Rochester mas declinou, sabendo que o reinado
de Eduardo VI seria curto, e haveria uma volta inevitável ao catolicismo com
Maria, sua irmã e herdeira. Escapou portanto quando ela subiu ao trono como
Maria I Tudor. Outros bispos não tiveram a mesma sorte. Depois de viajar para
Dieppe e Frankfurt, mudou-se para Genebra. Ali começou sua admiração pela
disciplina e pela teologia de João Calvino. Em 1554, em Genebra, aceitou, em
acordo com João Calvino, uma posição na Igreja Inglesa de Frankfurt.
Na Escócia
Numa curta viagem à Escócia, em 1555-1556 ajudou a preparar o novo
movimento que culminaria na rebelião contra a França e contra Roma. Assim que
Elizabeth subiu ao trono inglês, pediu licença para voltar, o que não foi
concedido, pois tinha perorado contra todas as mulheres no Governo em seu
libelo« First Blast of the Trumpet against the Monstrous Regiment of Women»!
Em 1559 estava de volta, e depois de um sermão que resultou na pilhagem
de casas religiosas, atribuiu as desordens à multidão de canalhas, não aos
«irmãos». Durante esse ano, entusiasmado, apoiou os «Lords of the Congregation»
em sua rebelião contra a Regente Maria de Guise. De agosto de 1559 até morrer,
foi o ministro da Alta Igreja de Edimburgo ou Santo Egídio (St. Giles, High
Kirk of Edinburgh) tendo importante papel em 1560 na introdução do
protestantismo pelo Parlamento reformista.
Os manifestos de 1560 têm maior
contribuição de Knox do que qualquer outro indivíduo e a Confissão foi muito
importante para a nova Igreja em sues declarações sobre a fé. O culto mudou
para sempre pela Liturgia de Knox, ou Livro da Ordem Comum (the Book of Common
Order) que ordenava serviços religiosos na língua local e colocar a Palavra
como ponto central de tudo. Instruções para a comunidade protestante foram
dadas no seu Livro de Disciplina (Book of Discipline) que incluía tópicos sobre
educação geral, providências para ajudar os pobres, idosos e doentes e mais
cooperação entre Igreja e Estado.
1561
Quando a Rainha Maria Stuart retornou à Escócia, teve numerosas
entrevistas com ela (apenas registradas por ele) que foram tempestuosas. Knox
concordou com o assassinato de Riccio mas quando os assassinos não conseguiram
tomar o poder, deixou Edimburgo para Ayrshire e foi passar alguns meses na
Inglaterra. Depois que a Rainha foi derrubada, voltou, popular com os regentes
do jovem rei Jaime VI, mas os partidários de Maria o obrigaram a retornar a Santo
André por algum tempo.
Em sua «History of the Reformation» Knox fornece, historicamente, o sabor
de tais tempos, e seus dados biográficos. Era menos sombrio do que é pintado e
mais anglófilo, pois sua primeira esposa foi inglesa e seus dois filhos foram
enviados à Inglaterra ser ali educados. Exagera sua importância nos
acontecimentos da Reforma, pois outras narrações contemporâneas não lhe
atribuem grande papel, mas sua «História» é mencionada entre as obras mais
importantes sobre a história da Igreja na Escócia.
Falecimento
Faleceu em 24 de novembro de 1572 em Edimburgo. Encontra-se sepultado na
Saint Giles Cathedral, Edimburgo na Escócia.
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