O QUE É A GRANDE TRIBULAÇÃO
Artigo Mauricio Berwald
O sentido da
palavra “tribulação” na Bíblia. Na língua grega do Novo
Testamento, tribulação aparece como thilipsisque significa “colocar
uma carga sobre o espírito das pessoas”. Na tradução Vulgata Latina, a palavra
é tribulum e se refere a uma espécie de grade para debulhar o
trigo. Ou seja: instrumento que o lavrador usa para separar o trigo da sua
palha. A idéia figurada, aqui, é a de afligir, pressionar.
Analisada à luz do contexto bíblico,
a palavra pode referir-se tão-somente a um tipo de pressão, aflição ou angústia
que se passa na vida cotidiana. Outras vezes, tem o sentido escatológico.
O sentido da
expressão Grande Tribulação. A expressão é essencialmente
escatológica. No Antigo Testamento é identificada por outros nomes tais como “o
dia do Senhor” (Sf 1.14-18; Zc 14.1-4); “a angústia de Jacó” (Jr 30.7); “a
grande angústia” (Dn 12.1); “o dia da vingança” (Is 63.1-4); “o dia da ira de
nosso Deus”. No Novo Testamento, a expressão ganha maior sentido com o próprio Senhor
Jesus ao identificar aquele tempo como período de “grande aflição” (Mt
24.21), depois em Ap 7.14, como Grande Tribulação.
Estará a
Igreja na Grande Tribulação? Existem duas linhas de
entendimento acerca desse assunto: uma acredita que a Igreja não estará no
primeiro período da Grande Tribulação; outra afirma que a Igreja sofrerá no
primeiro período da Grande Tribulação. Os partidários do arrebatamento da
Igreja depois da Grande Tribulação insistem que os rigores da tribulação são
exclusivamente para Israel. Porém, entendemos que o arrebatamento dos santos em
Cristo se dará, nem na metade nem depois da tribulação, mas exatamente antes
dela, para livrar a Igreja desse inigualável tempo de sofrimento (1 Ts 1.10;
3.10).
Podemos perceber que os juízos catastróficos
de Deus sobre Israel e o mundo naqueles dias só terão início depois que a
Igreja for retirada da Terra. Até o capítulo 5 de Apocalipse se fala da Igreja,
mas no capítulo 6, quando se iniciam os juízos, a Igreja não mais aparece,
senão no capítulo 19.
Os partidários da idéia de que a
Igreja estará na primeira metade da Grande Tribulação confundem essa metade,
que será de uma falsa paz negociada entre Israel e o Anticristo (Dn 9.27). Não
cremos que a Igreja necessite da paz do Anticristo bem como não podemos
interpretar o cavaleiro do cavalo branco de Ap 6.2 como sendo Cristo, uma vez
que na seqüência do texto os outros cavalos e seus cavaleiros são demonstrações
dos juízos divinos (Ap 6.2-8).
PROPÓSITOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Dois principais propósitos se
destacam: o primeiro é levar Israel a receber o seu Messias; e o segundo é
trazer juízo sobre todo o mundo, especialmente, sobre as nações incrédulas.
Levar Israel
a receber o Messias. O profeta Jeremias profetizou que esse tempo seria identificado
como “o tempo da angústia de Jacó” (Jr 30.7). Revela que será um tempo
especialmente para os filhos de Jacó, isto é, Israel. Todos os eventos desse
período são indicados na Bíblia, como “o povo de Daniel”, “a fuga no sábado”,
“o templo e o lugar santo”, “o santuário”, “o sacrifício”, e outras mais. São
expressões típicas da experiência política e religiosa de Israel. Portanto,
antes de qualquer outra coisa, esse período é especialmente para o povo judeu.
Outrossim, o propósito de Deus para
com Israel na tribulação é o de trazer conversão a esse povo, porque parte dele
se converterá e entrará com o Messias no reino milenial (Ml 4.5,6).
Quando o Messias surgir, não só os
judeus povoarão a Terra, mas uma multidão de gentios se converterá pela
pregação do remanescente judeu (Mt 25.31-46; Ap 7.9), e entrará no reino
milenial de Cristo.
Trazer juízo
sobre o mundo. Ap 3.10 revela esse propósito quando fala a igreja de Filadélfia:
“também eu te guardarei da hora da angústia que há de vir sobre o mundo
inteiro”. A mensagem é para a Igreja e dá a garantia de que será guardada
daquele tempo. Mais uma vez compreende-se que a Igreja não passará pela Grande
Tribulação. Entendemos que esse período alcançará a todas as nações da Terra (Jr
25.32,33; Is 26.21; 2 Ts 2.11,12), e Deus estará julgando-as por sua impiedade.
Diz a Bíblia que as nações da Terra terão sido enganadas pelo ensino da grande
meretriz religiosa, chamada Babilônia (Ap 14.8), e seguido ao Falso Profeta na
adoração a Besta (Ap 13.11-18). Esses juízos virão para purificar a Terra e,
quando o Messias assumir o comando mundial de governo, haverá paz e justiça.
O
TEMPO DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Não há texto bíblico mais explícito
quanto ao tempo da Grande Tribulação do que a profecia de Daniel 9.24-27 acerca
das setenta semanas determinadas por Deus para a manifestação dos juízos de
Deus sobre Israel e sobre o mundo.
O que são as
setenta semanas. A identificação começa com Dn 9.24: “Setenta semanas estão
determinadas”. A palavra semana interpreta-se como semana de dias. O número
sete indica a quantidade de dias da referida semana. Porém, a palavra dia
interpreta-se como ano. Cada dia equivale a um ano e, sete dias multiplicados
por setenta (70 x 7) dá o total de 490 anos.
Os três
períodos das 70 semanas. O primeiro período de sete semanas,
equivalente a 49 anos, teve o seu início no reinado de Artaxerxes através de
Neemias, copeiro-mor (Ne 2.1,5,8), quando pediu ao rei para voltar à sua terra
e reedificar a cidade e os seus muros. Ocorreu em 445 a.C. quando foi dada a
ordem “para restaurar e reedificar Jerusalém” (Dn 9.25).
O segundo período de 62 semanas,
equivalente a 434 anos, refere-se ao tempo do fim do Antigo Testamento até a
chegada do Ungido, o Messias. Nesse período, o Ungido seria rejeitado e
ultrajado pelo seu povo, e morto (Dn 9.26). Cumpriu-se esse segundo período até
o ano 32 d.C, quando Cristo, o Ungido, foi rejeitado e morto pelos judeus. Até
então, 69 semanas (ou 483 anos) se cumpriram.
O terceiro período abrange “uma
semana” (7 anos) conforme está no texto de Dn 9.27. Misteriosamente, acontece
um intervalo profético na seqüência natural das 70 semanas identificado como os
tempos dos gentios (o nosso tempo), no qual se destaca, especialmente, a Igreja
constituída de um povo remido por Jesus e que está em evidência até o seu
arrebatamento para o céu. Terá início, em seguida, a última semana, a 70ª.
A última
semana profética. No texto de Dn 9.26 surge “um povo e um príncipe” que virão para
assolar e destruir Israel sob “as asas das abominações”. Esse príncipe não é
outro senão “o assolador”, o “Anticristo”, “o homem do pecado” e “o príncipe
que há de vir” (Dn 9.26). Ele fará uma aliança com Israel “por uma semana” (Dn
9.27). Virá com astúcia e inteligência. Sua capacidade de persuasão será enorme
e, na aliança que fará com Israel, não terá a plena aprovação desse povo. Sua
tentativa será a de restabelecer a paz, sobretudo no Oriente Médio oferecendo
um tratado. O mundo todo o honrará e o admirará naqueles dias. Ele se levantará
de uma força política mundial, uma confederação européia, que, na linguagem
figurada da profecia, aparece como “um chifre pequeno” que surge do meio de
“dez chifres” do “animal terrível e espantoso”, conforme Dn 7.8. Esse “animal
terrível e espantoso” pode ser identificado como o sistema europeu, equivalente
ao antigo Império Romano.
Num breve espaço, “metade da semana”
(três anos e meio), esse líder alcançará o apogeu do seu domínio mundial e
então haverá uma falsa paz. Nesse momento se dará o rompimento da aliança com
Israel. O príncipe, embriagado pelo poder político, entrará em Israel e então
se iniciará “a grande angústia de Israel” (2 Ts 2.4; Ap 13.8-15), a Grande
Tribulação.
ISRAEL NA GRANDE
TRIBULAÇÃO
É o povo de Israel a razão mais
evidente da Grande Tribulação. Ele é o alvo principal por causa das suas
relações com o plano redentor de Deus para com a humanidade. Israel foi
escolhido para representar os interesses divinos na Terra. Mas,
lamentavelmente, não foi fiel aos pactos e, por isso, houve a mudança no plano
divino. Sua desobediência, prevaricação e idolatria serão castigadas nesse
período. No entanto, o propósito de Deus não é só o de castigar Israel, mas
também o de mostrar sua fidelidade e amor para com o Seu povo.
A MULHER VESTIDA
DE SOL (Ap 12.1,2)
Depois dos vários eventos
catastróficos efetivados pela abertura dos sete selos e das sete trombetas,
surge um intervalo com uma série de visões e, então, haverá o derramamento das
sete taças de pragas sobre a Terra.Três personagens são destacados no capítulo
12 de Apocalipse: a mulher vestida de sol, o grande dragão vermelho e o filho
varão.
Quem é a
mulher vestida de sol? Há várias interpretações acerca dessa mulher
e o que ela representa. Segundo a linha de interpretação que adotamos
entendemos que ela não representa a Igreja de Cristo, uma vez que esta estará
no céu com Cristo. Também a mulher não representa a Igreja do Antigo
Testamento, nem tampouco representa Maria, a mãe humana de Jesus.
Indiscutivelmente, representa o povo de Israel.
Os símbolos
da mulher. Os símbolos que estão em torno da mulher — o sol, a lua e 12
estrelas — estão associados aos filhos de Israel (Gn 37.9; Jr 31.35,36; Js
10.12-14; Jz 5.20; Sl 89.35-37).
O GRANDE DRAGÃO VERMELHO
(Ap 12.3,4)
Quem é o
grande dragão vermelho. Representa Satanás (Ap 12.9). Essa criatura
animalesca e vermelha é a figura do poder do mal e da destruição que virá sobre
a nação israelita naqueles dias. O vermelho indica o seu poder sanguinário
objetivando matar especialmente a mulher e seu filho.
O poder do
dragão. Um detalhe especial desse dragão são as sete cabeças e dez chifres,
além de sete coroas sobre essas cabeças (Ap 12.3). As mesmas características
desse dragão aparecem sobre a Besta nos capítulos 13 e 17 de Apocalipse. Os
poderes que a Besta (Anticristo) demonstrará nos dias da Grande Tribulação
serão advindos de Satanás. As sete cabeças e os diademas sobre elas simbolizam
os grandes reinos e os poderes desses reinos. Satanás usará de toda a sua força
para destruir Israel naqueles dias. Ele é o dragão vermelho que se lançará
contra o povo de Deus representado pela mulher.
Que
representam as estrelas do céu? (Ap 12). Alguns intérpretes afirmam que
serão homens proeminentes do mundo que se levantarão contra Israel para
destruí-lo da face da Terra. Porém, a interpretação mais aceitável indica que
se trata de demônios sob a égide de Satanás, os quais, lançados sobre o mundo,
promoverão grande desordem moral, social e espiritual no seio da humanidade.
O FILHO VARÃO (Ap 12.5)
Quem é o
filho varão. Os intérpretes divergem aqui. Há os que afirmam se tratar da
Igreja, equivocadamente. Outros entendem que se trata dos mártires da Grande
Tribulação, e outros afirmam que esse filho varão representa o remanescente
judeu de então.
Jesus, o mais
evidente. A interpretação mais aceitável diz que esse filho varão representa
Jesus, uma vez que somente Ele, o Messias, “regerá as nações com vara de
ferro”. O Salmo 2 é messiânico e se constitui num rico contexto profético no
cumprimento da profecia de Apocalipse 12.5. Israel representa a mulher, e o
filho varão representa Jesus. Ele nasceu de mulher israelita. Por isso, quando
o texto diz que a mulher (Israel) deu à luz um filho varão, está, na realidade,
falando do nascimento humano de Jesus. Quando fala que o “filho foi arrebatado
para Deus e para o seu trono”, refere-se à ascensão vitoriosa de Cristo depois
da Sua ressurreição.
Há um paralelo entre Ap 12 e Miquéias
5, que identifica a mulher como a nação israelita. Mq 5.2 fala sobre o
nascimento dAquele que seria o Senhor em Israel, o Messias. Entretanto, por
causa da rejeição deste governante (o Messias) na Sua primeira vinda, a nação
foi posta de lado. O texto de Mq 5.3 declara assim: “os entregará até ao tempo
em que a que está de parto tiver dado à luz”, indicando que a nação estará com
dores de parto até ao tempo de dar à luz o filho. Também, em Rm 9.4,5
o apóstolo Paulo fala dos israelitas e declara que Cristo veio de Israel,
segundo a carne.
A tentativa inútil
do grande dragão contra o filho varão. Satanás, o grande dragão
vermelho não conseguirá alcançar o filho varão porque ele foi arrebatado para o
seu trono. O filho varão de Israel, arrebatado do poder de Satanás, um dia
descerá em grande pompa sobre o monte das Oliveiras (Zc 14.1-9) e, então,
tomará as rédeas do governo mundial sob o poder do Diabo, o Anticristo e o
Falso Profeta.
Na vinda poderosa do filho, o
Anticristo e o Falso Profeta serão lançados no Lago de Fogo (Ap 19.19,20). No
mesmo ímpeto da gloriosa vinda do filho varão, o grande dragão, que é Satanás,
será amarrado e lançado no Poço do Abismo (Ap 12.7-9; 20.1-3).
A FUGA DA MULHER PARA O DESERTO (Ap 12.6)
O deserto (Ap
12.6). Não se refere aqui especificamente a um lugar geográfico, mas
metafórico. Nas terras do Oriente Médio o deserto é o lugar mais apropriado
para fugitivos. A mulher representa a nação de Israel, depois de perseguida
pelo grande dragão vermelho, que foge para um lugar de refúgio no deserto, para
escapar à fúria do dragão, o Diabo.
O período do
refúgio (Ap 12.6). As pressões sobre Israel serão enormes naquele período, mas o
grupo fiel encontrará refúgio por 1.260 dias. No calendário judaico de 360
dias, os 1.260 dias equivalem à metade da semana profética de Daniel 9.27, ou
seja, três anos e meio. Essa mesma cifra de 1.260 dias equivale a outras cifras
tais como quarenta e dois meses, ou “um tempo, tempos e a metade de um tempo”.
Essa diferença de linguagem não muda o sentido real da profecia, porque a cifra
é a mesma. E exatamente o período mais terrível que sobrevirá sobre Israel na
sua terra.
O remanescente
judeu (Ap 12.17). No período final da Grande Tribulação, o remanescente judeu,
constituído de israelitas fiéis ao antigo pacto, não se submeterá ao sistema do
Anticristo, que é a Besta que subiu do mar de Ap 13.1,2, e terá de fugir para o
deserto (Ap 12.17). É, sem dúvida, o remanescente judeu salvo na Grande
Tribulação.
UMA BATALHA ANGELICAL NO CÉU (Ap 12.7-9)
O arcanjo
Miguel. Nessa batalha os anjos de Deus sob o comando do arcanjo Miguel, o
protetor dos filhos de Israel, abatem completamente os anjos caídos sob o
comando de Satanás, o grande dragão vermelho. É interessante notar que Miguel
está ligado ao destino do povo de Israel (Dn 12.1). Ele é o guardião dos
interesses divinos para com Israel, conforme vemos em Dn 10.13,21; Jd v.9.
Satanás, o dragão
vermelho. Nessa batalha vemos o esforço de Satanás para neutralizar o plano
vindicativo de Deus através dos anjos na história do mundo e, especialmente,
quanto a Israel. E um conflito entre o bem e o mal. Satanás é o grande dragão
vermelho que, mais uma vez investe contra o poder de Deus representado pelo
arcanjo Miguel e seus anjos. Mas o dragão é derrotado fragorosamente e expulso
do céu. Os seus domínios foram desfeitos.
A vitória do
bem sobre o mal. Na visão de João, o dragão quis devorar o filho varão da mulher,
mas foi impedido por uma força maior, uma milícia superior a dele. Essa batalha
indica que os poderes de Satanás foram reduzidos, e o mundo começa a se
preparar para receber o Messias. Aprendemos aqui que o direito sempre terá de
triunfar sobre o erro, o bem sobre o mal, a verdade sobre a mentira. As
vantagens de Satanás foram anuladas para que a vitória do povo de Deus
prevalecesse no mundo. No texto de Ap 12.9, o dragão vermelho é definido como
“o acusador” (Diabo), a “antiga serpente”.
“Em sua perseguição para destruir os
judeus, a Besta conduzirá seus exércitos contra Jerusalém.“‘... E contra ela
(Jerusalém) se ajuntarão todas as nações da terra’ (Zc 12.3b); ‘Porque eu
ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será
tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; metade da cidade
sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será expulso da cidade’ (Zc
14.2).
“Nessa ocasião crítica, parte de
Israel refugiar-se-á nos montes e abrigos naturais de Edom, Moabe e Amom. (Ler
Isaías 16.1-5; Salmo 60.9; Ezequiel 20.35-38; Daniel 12.6,13,14.) Estas
passagens todas tratam disso. Esses antigos países bíblicos (Edom, Moabe e
Amom) constituem hoje em dia o centro-sul da Jordânia. Durante o Milênio eles
pertencerão a Israel (Nm 24.17,18; Sl 60.8,9; Is 11.14). Em Isaías 16.1 é
mencionada a capital de Edom — Selá (em grego: Petra), a elevada
cidade-fortaleza, plantada nas rochas. Isso fica a 96 km ao sul do mar Morto.
Edom, Moabe e Amom serão poupados por Deus durante a investida arrasadora do
Anticristo contra Israel, a fim de que para aí os judeus escapem. (Ler Daniel
11.41.) Já uma vez Israel refugiou-se aí, quando Babilônia os hostilizou (Jr
40.11,12).” (NOTAS O Calendário da Profecia, Antonio Gilberto
,1998,CPAD)
Apocalipse 12.2-4 trata sobre o
conflito dos séculos. “É a luta do Diabo, tudo fazendo para que o Messias não
viesse ao mundo. Esse conflito vemo-lo de Gênesis aos Evangelhos. Momentos
houve em que parecia que o inimigo tinha ganhado a batalha. As cinco piores
ocasiões na história de Israel foram: 1) na apostasia do bezerro de ouro,
quando apenas uma tribo ficou leal a Deus (a de Levi); 2) no caso da corrupção
moral de Israel, em Sitim, durante u peregrinação no deserto, por conselho de
Balaão; 3) no caso do pecado de Davi, com o qual Deus fizera aliança quanto ao
nascimento do futuro Messias; 4) no caso do livro de Ester, quando houve um
plano para exterminar todos os judeus: 5) no caso de Belém, quando o rei
Herodes decretou a matança dos inocentes, para naquele meio, Jesus ser morto.
Em todos esses momentos críticos o inimigo perdeu a batalha. Por fim, numa
noite, os anjos anunciaram o nascimento do Salvador, o qual caminhou resoluto
em direção ao Calvário, onde, por fim, bradou agonizante, mas triunfantemente:
‘Tudo está consumado!’ Aleluia!
“Versículo 3. O dragão com
sete cabeças. Isso fala de sua plenitude de astúcia. Sete chifres representam
seu imenso poderio. Sete diademas, seu domínio. O dragão era vermelho, que é a
cor do sangue e do fogo. Isso indica, como sabemos, que ele é o provocador de
mortes, guerras, intrigas, contendas e tensões individuais e coletivas, quentes
como o fogo e que terminam explodindo. (Ler Gênesis 4.5,8 comparando com 1 João
3.12.)
“Versículo 4. ‘a terça parte
das estrelas do céu’. Isto refere-se aos anjos que caíram com Lúcifer, conforme
Isaías 14.12 e Ezequiel 28.16. Muitas referências na Bíblia apontam os anjos
como estrelas. Exemplo: Juízes 5.20; Jó 38.7: 25.5; Isaías 14.13, etc. ‘A sua
cauda arrasta a... ’. É conhecida a grande força que a serpente e outros
répteis, como o jacaré, têm na cauda. Os animais pré-históricos do tipo réptil
tinham gigantesca força nas suas caudas para ataque e defesa. O termo dragão significa
animal monstruoso; serpente gigantesca. O dragão no versículo 3 figura o Diabo,
e é chamado serpente em 12.9. O termo no original deriva de um
verbo que significa ver de modo penetrante.”
(Daniel e Apocalipse, Antonio Gilberto,1998,CPAD).
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