PRE-MILENISMO
(Jesus vem antes do milenio)
O REINO MILENIAL
Artigo Mauricio Berwald
O Milênio — O Reino do Messias
As Escrituras afirmam que Deus é “Rei
eterno” (Sl 10.16), “Rei da Glória” (Sl 24.8), “Rei sobre a terra” (Sl
47.2), e “Rei de Israel” (Is 44.6). O seu reino é atemporal (Sl 74.12) e domina
sobre todas as coisas (Sl 103.19). Ele o “dá a quem quer” (Dn 4.25). Deus, como
Rei, estabeleceu um reino teocrático com Adão, a quem deu o domínio sobre a
criação (Gn 1.28), com o governo humano (Gn 9.1-7), com os reis de Israel (1 Sm
12.13), e com os gentios (Dn 4.17). Porém, esses monarcas falharam na execução
da justiça e no reconhecimento da soberania de Deus sobre os reinos da terra
(Dn 4). No entanto, Deus, através do herdeiro eterno do trono de Davi, Jesus (2
Sm 7.16; Hb 1.8), mostrará às nações, durante mil anos, a excelência de um governo
regido com justiça e equidade (Hb 1.8) e orientado pela Palavra do Senhor (Is
2.3).
O Século 21, aguardado ansiosamente
como um novo recomeço para a humanidade, viu-se turbado pelos trágicos
acontecimentos de 11 de setembro de 2001. Aquele atentado, que atingiu o
coração da mais poderosa nação do planeta, haveria de desdobrar-se em guerras e
desentendimentos. De repente, todo o sonho de paz desfazia-se em pesadelos,
tornando inevitável a pergunta: O que nos reserva o futuro?
A Bíblia Sagrada mostra que, apesar
de nossos temores, haverá uma era de tranquilidade e refrigério. Isto
acontecerá quando o Senhor Jesus, logo após o Arrebatamento da Igreja e da
Grande Tribulação, vier a este mundo instaurar o Milênio.Nesta lição, veremos
que o Milênio, ao contrário do que muitos alegam, têm sólidas bases bíblicas.
O QUE É O
MILÊNIO
O termo “Milênio” não consta do texto
bíblico, mas a expressão correspondente (“mil anos”), sim. Não obstante, a
doutrina do Milênio é essencialmente bíblica e consistentemente teológica.
Definição. O Milênio é
um período de mil anos durante o qual Cristo há de reinar plenamente sobre o
mundo, de acordo com o que explicita João no Apocalipse (20.1-5).
Trata-se de um reino literal, cujo
principal objetivo é a exaltação de Jesus não somente como o Messias de Israel,
mas como o Desejado de todas as nações (Ag 2.7).
O Milênio e o
Reino de Deus. O Milênio pode ser considerado ainda a manifestação plena do Reino
de Deus na terra. E isto nada tem a ver com a doutrina de algumas seitas que,
renegando as verdades bíblicas acerca do arrebatamento da Igreja, ensinam que
este mundo haverá de melhorar, pouco a pouco, até transformar-se num paraíso.
QUANDO SERÁ O
MILÊNIO
O Milênio terá início logo após a
Grande Tribulação, quando Nosso Senhor Jesus Cristo, na companhia de todos os
seus santos, houver aniquilado o dragão, o falso profeta e a besta (Ap
19.11-21). O Milênio, por conseguinte, dar-se-á, logicamente, depois do
arrebatamento da Igreja.Neste período, Satanás estará amarrado até que se
completem os mil anos. Em seguida, importa que ele seja solto por um pouco de
tempo, até que seja definitivamente lançado no lago de fogo (Ap 20.2,7,10). Ver
também Mt 25.41.
QUEM ESTARÁ
NA TERRA DURANTE O MILÊNIO
Estarão na terra, durante o Milênio,
o povo de Israel e os gentios que houverem sobrevivido à Grande Tribulação e ao
juízo das nações (Mt 25.31-41). A Igreja, como já o dissemos, estará,
juntamente com Cristo, regendo o mundo. Afinal, dele recebemos esta promessa
(Ap 2.26,27).
Não sabemos exatamente em que lugar
encontrar-se-á a Igreja durante o Milênio: se no céu ou se entre a terra e o
céu. De uma coisa temos absoluta certeza: com os nossos corpos já
glorificados, estaremos reinando juntamente com Jesus. Aleluia! Onde estará o
rei, aí também estará o seu reino e os seus súditos. Os maravilhosos detalhes
desse evento encontram-se de posse do Rei dos reis.
OBJETIVOS DO
MILÊNIO
O Milênio será implantado, tendo
vários objetivos bem definidos:
Exaltar a
Cristo. Todos os povos, principalmente Israel, terão de se curvar ante
Jesus Cristo, cujo nome será sublime e soberanamente exaltado como o Rei dos
reis e Senhor dos senhores (Fp 2.5-11; Ap 19.16). Ler também 1 Co 15.24-26.
Manifestar o
Reino de Deus na sua plenitude. Na Oração Dominical, o Senhor
Jesus ensinou-nos a orar: “Venha o teu reino” (Mt 6.10). Esta petição será
plenamente respondida quando vier o Senhor Jesus, juntamente com a sua Igreja,
inaugurar o Milênio — a exposição mais visível do Reino de Deus na terra.
Mostrar que
este mundo pode ser administrado com justiça e equidade. Em
consequência da corrupção e dos desmandos administrativos dos governantes, a
população da terra é assolada pela fome, pela falta de habitação e por muitas
outras necessidades básicas. Todavia, quando Cristo instaurar o seu governo,
mostrará que todos esses problemas podem ser rápida e perfeitamente
solucionados.
Deixar bem
claro que os reinos deste mundo pertencem a Cristo. No deserto,
Satanás tentou a Cristo, alegando serem dele todos os reinos deste mundo. Na
verdade, tudo pertence a Jesus: “Os reinos do mundo vieram a ser de nosso
Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15). Desta
forma, cumprir-se-á a aliança que Deus estabeleceu com a casa de Davi, da qual
veio, legalmente, o Senhor Jesus (Is 9.7; Dn 7.14).
COMO SERÁ O
MILÊNIO
O Milênio será um reino não somente
de bênçãos espirituais, como também materiais, conforme o explicitam as
Sagradas Escrituras. Por conseguinte, o Milênio:
Terá início
com um grande derramamento do Espírito Santo. Profetiza Zacarias que, quando
os israelitas se virem cercados pelas nações da terra, para destruí-los,
clamarão angustiados pelo socorro divino. Nessa ocasião crucial, Jesus haverá
de se manifestar com grande poder e majestade sobre Jerusalém e, juntamente com
sua Igreja glorificada, livrará Israel de certeira destruição. Israel
pranteará, humilhado e arrependido, aceitando o Senhor Jesus, a quem rejeitaram
na sua primeira vinda (Zc 12.9,10; 13.1; 14.2-9; Ap 1.7; Is 66.15,16). Neste
exato momento, experimentarão uma grande efusão do Espírito Santo: “E sobre a
casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça
e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram: e o prantearão como
quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora
amargamente pelo primogênito” (Zc 12.10).
Será um
período de grande conhecimento da Palavra de Deus. “E virão
muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR, à casa do Deus de
Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas
veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR” (Is
2.3). Diz ainda Isaías: “Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da
minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as
águas cobrem o mar” (Is 11.9).
Jerusalém será não somente a sede do
governo messiânico como também o centro de adoração divina (Zc 14.16).
Será um tempo
de paz universal. “E julgará entre muitos povos e castigará poderosas nações até mui
longe; e converterão as suas espadas em enxadas e as suas lanças em foices; uma
nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra”
(Mq 4.3).
Será uma era
de abundante saúde física e mental. “Confortai as mãos fracas e
fortalecei os joelhos trementes. Dizei aos turbados de coração: Esforçai-vos e
não temais; eis que o vosso Deus virá com vingança, com recompensa de Deus: ele
virá. e vos salvará. Então, os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos
surdos se abrirão. Então, os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos
cantará, porque águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo” (Is
35.3-6).
Será uma era
de prosperidade, segurança e vida longa. “Não edificarão para que outros
habitem, não plantarão para que outros comam, porque os dias do meu povo serão
como os dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à
velhice” (Is 65.22).
Será um período de
plena recuperação ecológica da terra. “O deserto e os lugares secos
se alegrarão com isso; e o ermo exultará e florescerá como a rosa.
Abundantemente florescerá e também regorgitará de alegria e exultará; a glória
do Líbano se lhe deu, bem como a excelência do Carmelo e de Sarom; eles verão a
glória do SENHOR, a excelência do nosso Deus” (Is 35.1,2).
Israel habitará
seguro, e estará de posse de todo o território que o Senhor prometera a Abraão. O capítulo 48
de Ezequiel descreve, em detalhes, os termos que as doze tribos de Israel
ocuparão no período do Milênio. Será um território muito maior e muito mais
amplo em relação ao ocupado hoje pelo Estado de Israel.
Ora, se o Milênio é tão maravilhoso,
o que não diremos da Nova Jerusalém? O primeiro, apesar de suas realizações,
será imperfeito e temporário; o segundo não, pelo contrário, há de ser eterno e
perfeitíssimo. Já pensou quando entrarmos naquela cidade, cujo arquiteto e
construtor é o próprio Deus? Como descrever a formosa cidade?Senhor Jesus,
ajuda-nos a cumprir nossa carreira neste mundo, para que possamos adentrar na
Jerusalém Celeste. Queremos a tua companhia; desejamos ver o teu rosto. Sê
conosco, meigo Salvador.
“Apocalipse 20.1-3 e vv.7-10 tratam
da condenação de Satanás. Ficará preso no abismo durante mil anos. O abismo
permanecerá trancado e lacrado acima dele, de modo que não terá nenhuma
atividade na terra durante aquele período. Depois, será solto por um pouco de
tempo, antes de seu castigo eterno no lago de fogo.Entre esses dois eventos, a
Bíblia fala, em Apocalipse 20.4-6, daqueles que são sacerdotes de Deus e de
Cristo, e que reinarão com Ele durante mil anos.
Apocalipse 20.4 trata de dois grupos
de pessoas: O primeiro se assentará em tronos para julgar (isto é: governar). A
mensagem a todas as igrejas (Ap 3.21,22) indica que são os crentes oriundos da
Era da Igreja que permaneceram fiéis, sendo vencedores (Ap 2.26,27; 3.21; 1 Jo
5.4). Entre eles, conforme a promessa de Jesus, estarão os doze apóstolos
julgando (governando) as doze tribos de Israel (Lc 22.30). Isso porque Israel,
restaurado, purificado, com a plenitude do Espírito Santo de Deus, ocupará sem
dúvida a totalidade da terra prometida a Abraão (Gn 15.18)”
(HORTON, S.
M.: As últimas coisas. In HORTON, S.
M. (ed.) Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.638-9).
Com a derrota do Anticristo e seus
exércitos, Israel verá que Aquele a quem rejeitaram na primeira vinda, não é
outro senão o seu Messias.
A conversão a
Cristo da parte dos judeus. Zc 12.10 fala do espírito de súplicas que
será derramado sobre a casa de Davi, e prantearão pelo que fizeram a Cristo na
sua primeira vinda. Vários textos bíblicos da profecia indicam essa conversão e
renovação (Zc 13.9; Ez 36.24-31; Is 25.9; Rm 11.26). Todas estas passagens
mostram que os judeus sobreviventes daqueles dias serão leais a Cristo,
aceitando-o como o Messias. Porém, haverá, também, muitos judeus rebeldes os
quais sofrerão o juízo de Cristo (Ez 20.33-38; Ml 3.1-5).
2. A prisão de
Satanás (Ap 20.1-3). Antes que o Senhor instale o seu reino milenial, Satanás será
preso por mil anos com todos os seus anjos, e assim não estarão livres para
tentar as criaturas nos dias do reino milenial de Cristo.
O REI JESUS
Será um período de completa
manifestação da glória de Cristo no Seu domínio, governo, justiça e reino (Is
9.6; Sl 45.4; Is 11.4; Sl 72.4; Dt 18.18,19; Is 33.21,22; At 3.22).
Vários são os títulos e nomes de
Cristo no Milênio. Ele é chamado: o Renovo (Is 4.2; 11.1; Jr 23.5; 33.15; Zc
3.8,9; 6.12,13); Senhor dos Exércitos (Is 24.23; 44.6); o Ancião de dias (Dn
7.13); o Altíssimo (Dn 7.22-24); o Filho de Deus (Is 9.6; Dn 3.25); o Rei (Is
33.17,22; 44.6; Dn 2.44); o Juiz (Is 11.3,4; 16.5; 33.22; 51.4,5); o Messias
Príncipe (Dn 9.25,26). Muitos outros títulos destacam as atividades do Rei
Jesus.
CARACTERÍSTICAS DO REINO MILENIAL
Justiça. Somente os
justos serão admitidos no reino (Mt 25.37; Is 60.21; 26.2). A justiça será
sinônimo do Messias (Ml 4.2; Is 46.13; 51.5).
Obediência. Foi o
propósito original de Deus na criação do mundo o estabelecimento de um
princípio de obediência completa e voluntária a Deus. A árvore da vida foi
colocada no Éden como uma prova de obediência (Gn 2.16,17). Diz a Bíblia que
Deus sujeitou todas as coisas Àquele que é o Senhor (Ef 1.22).
Conhecimento
universal de Deus (Is 11.9; Jr 3134). O conhecimento estará
disseminado e determinado em toda a Terra. Na verdade, todas as pessoas
terão conceitos corretos sobre Deus, porque o mal estará detido naquele tempo.
Paz e
prosperidade (Is 2.4; 35.1,2). A maldição do pecado estará
detida, sem poder de alastramento. A paz será universal porque a sua base será
a justiça do Messias.
Longevidade
(Is 65.20,21,22; 33.24). Uma vez que o mal estará detido, a vida
física dos habitantes da Terra naqueles dias não sofrerá tanto como hoje. E
verdade que as pessoas não estarão isentas da morte. Mas viverão muito mais.
FINAL DO MILÊNIO
A soltura de
Satanás e seus anjos. Vemos uma descrição na Terra que mostra o fim do período milenial
(Ap 20.2,3,7-9). A razão pela qual Satanás será solto é discernida pela sua
atividade no tempo de sua soltura. Ele sairá para enganar as nações e promover
sua última batalha contra o povo de Deus.
Gogue e Magogue (Ap 20.8). Esses dois
nomes referem-se aos inimigos de Israel. Podem representar dois tipos de
inimigos: povos vindos do Norte; e, também, povos em geral. O que prevalece
mais fortemente é a representação de povos vindos do norte. Na verdade, a
batalha não será muito extensa, porque haverá a intervenção divina.
PÓS-MILÊNIO
Todos esses fatos conduzem ao Grande
Trono Branco, que é o Juízo Final (Ap 20.11), símbolo do poder de Deus para
executar a justiça. Jesus será o Juiz (At 17.31; Jo 5.22,27). Diante do Supremo
Juiz, todos haveremos de comparecer. Os perdidos não escaparão ao Lago de Fogo
(Ap 19.20; 20.10,14,15; 21.8). O Lago de Fogo é um lugar, e não um conceito,
uma idéia ou estado mental.
Na segunda fase de Sua vinda em
glória (visível em todo o mundo), Cristo vai julgar as nações (Juízo das
Nações) e inaugurar o Milênio, a gloriosa era de paz a ser implantada na Terra.
Seguindo-se o Grande Trono Branco, o Juízo Final, ocasião em que somente haverá
dois destinos: a morte eterna ou a vida eterna. Os crentes em Jesus estarão
livres de qualquer condenação e irão desfrutar da eternidade.
“O Apocalipse não oferece nenhum
pormenor do Milênio, provavelmente porque as profecias anteriores já sejam
suficientes. Depois dos mil anos, Satanás será solto, provavelmente para levar
a uma vindicação final da justiça de Deus. Isto é: embora as pessoas tenham
experienciado o governo maravilhoso de Cristo, parece que seguirão a Satanás na
primeira oportunidade que se lhes ofereça. Assim fica demonstrado que, com ou
sem conhecimento de como é o reino de Cristo, os inconversos se rebelam. Na Sua
justiça, Deus nada mais poderá fazer senão separá-los eternamente das suas
bênçãos. Satanás, o grande enganador, também engana a si mesmo, a ponto de
acreditar que ainda conseguirá derrotar a Deus. Mas sua derradeira tentativa
fracassará. Nunca mais haverá rebelião contra Deus e o seu amor”.
(notas,Teologia Sistemática,Stanley M.Horton,2000, CPAD)
“O apóstolo Paulo tinha um grande
amor pelo povo de Israel, que então rejeitara o Evangelho. Estava disposto a
desistir da própria salvação eterna, se isto garantisse a salvação deles (Rm
9.1 -5). Ele sabia que isso seria impossível, mas demonstra o quanto os amava.
E pergunta, em Romanos 11.1: ‘Porventura, rejeitou Deus o seu povo?’ Ele mesmo
responde: ‘De modo nenhum!’ (no grego, me genoito). Deus jamais permitirá que
isso aconteça. Está claro que Deus não rejeitou o seu povo! E o contexto mostra
que a Bíblia está falando de um Israel literal, e que Deus não alterou suas
promessas.“Lembremo-nos, ainda, que os 12 apóstolos julgarão, ou governarão, as
12 tribos de Israel (Mt 19.28; Lc 22.30). Isso requer uma restauração literal
de Israel. Não há como a Igreja possa vir a ser dividida em 12 tribos.
“Assim, a visão pré-milenista é a
única que permite a restauração de Israel como nação e o cumprimento literal
das profecias de paz e bênção que Isaías e outros profetas previram.”
(notas, ,as
grandes doutrinas da bibliaF.Raimundo Oliveira,2003 CPAD) .
“À medida que a eternidade for
‘passando’, conheceremos mais e mais da sabedoria e do poder insondáveis de
Deus. As infinitas belezas celestiais irreveladas começarão a ser conhecidas.
‘Mas como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais
penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam’ (1
Co 2.9). Os maravilhosos e profundos mistérios de Deus começarão a ser
conhecidos. 1 Coríntios 4.5 diz: ‘Portanto, nada julgueis antes do tempo, até
que venha o Senhor, o qual não somente trará à luz as cousas ocultas das
trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e então cada um
receberá de Deus o louvor’. Esta é uma das razões por que Jesus vem revelar e explicar
os grandes segredos que hoje tanto nos intrigam, mas que nossa mente não os
alcançaria se hoje fossem revelados.
“Os salvos oriundos do Milênio
viverão para sempre na terra, mediante a árvore da vida (Ap 22.2), não mediante
a ressurreição, nem porque passaram do estado mortal para o imortal.“Jesus, em
sua forma humana, pessoal, a qual jamais deixará, estará eternamente associado
ao Pai na regência do Universo, conforme a promessa divina feita a Davi: ‘Este
edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu
reino’. ‘Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de
ti: o teu trono será estabelecido para sempre’(2 Sm 7.13,15). ‘Este será grande
e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi,
seu pai’. ‘Ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não
terá fim’ (Lc 1.32.33). ‘O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu
Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos’ (Ap 11.15).”
(notas O Calendário da Profecia, Antonio Gilberto,2000,CPAD).
MAIS NOTAS SOBRE O
MILENIO
No Milênio,
Cristo estabelecerá seu
domínio na terra, nos céus e
nos
mares. Será um tempo sem
precedentes na história da
humanidade.
notas Artigo F.Raimundo Oliveira,o milenio,pp.6-11,cpad-Brasil)
notas Artigo F.Raimundo Oliveira,o milenio,pp.6-11,cpad-Brasil)
Constantemente ouve-se entre os
crentes esta interrogação: - Que é o Milênio? -Realmente, existem interpretações
que são amontoados de erros doutrinários; que fazem do Milênio uma verdadeira
aberração. Uns fazem dele um "Reino" especial, tomando como partida
os 144 mil, AP 14.1; 7.1, mas esses pertencem às tribos de Israel, os quais
serão selados para dias especiais, AP 7.4,5. Outros há que já estão formando um
reino aqui na terra, como os mórmons. -
Há nas Escrituras uma infinidade de
textos referentes ao Milênio. Um dos primeiros, embora seja muito usado, não
encontramos nele a palavra Milênio, mas seu sentido profético fala de um tempo
em que Cristo reinará na casa de Judá, Gn 49.10: "Não se apartará de Judá
o cetro, nem a vara de comando de entre seus pés, até que venha Aquele (Cristo)
de quem ele é, e a esse obedecerão os povos", (VB). Aqui vemos a predição
da vinda e do estabelecimento do reino Messiânico. Ao Senhor Jesus, como rei de
Judá, com a vara de comando, que fala de seu governo de poder e de autoridade,
todos os povos hão de obedecer.
Quando Deus criou o homem colocou sob
seu domínio os peixes, os répteis, as aves e todos os monstros, Gn 1.26.
Infelizmente, por causa do pecado, o homem perdeu esse domínio, embora tenha
pretendido sempre, com força bruta, dominar sobre a terra. Deus, ao criar o
homem, dotou-o de faculdades instintivas, além da razão e tirocínio
psicológico. Criou-o capaz de viver uma vida espiritual segundo o plano do seu
Criador. No entanto, o pecado deturpou a criatura feita à semelhança do
Criador, Gn 1.26, reduzindo-a a um ser inferior, como nos diz Pedro: "Mas
estes, como animais sem razão", 2Pe 2.12. O propósito divino
foi criar um ser capaz de governar a terra e de povoá-la, um ser que recebesse,
para o exercício do seu domínio, a bênção de Deus, Gn 1.28. Como seria o globo
terráqueo se Adão não tivesse transgredido as ordens de Deus?! Por certo
continuaria sendo um paraíso. Seria o reino dos céus implantado em toda a
natureza - esse era o plano do Altíssimo.
Com isso, poderíamos ver na terra formosa os homens vestidos de roupagens luminosas, as vestes espirituais dos entes celestes. Como Deus, que é coberto de luz como de um manto, nós seríamos revestidos, SI 104.2. Quando Elias subiu ao céu, deixou suas vestes naturais para receber as espirituais, vestes permanentes, 2Rs 2.13. Os arqueólogos descobrem os milhões de anos e vão à fantástica era arqueozônica; isto equivale dizer que vão além de milhões de anos. Entretanto, o Sagrado Livro diz somente: "No princípio criou Deus os céus e a terra", Gn 1.1. Se a terra existe há milhões de anos, encontramos na Bíblia "No princípio..." Esse princípio é indefinível pelo saber humano. É possível que durante o período caótico, a terra toda fosse verdadeiro paraíso, tendo como governador aquela criatura que se elevou contra o próprio Criador, Is 14.12-17; Ez 28.11-18 onde vemos tudo perfeito, belo e maravilhoso.
Com isso, poderíamos ver na terra formosa os homens vestidos de roupagens luminosas, as vestes espirituais dos entes celestes. Como Deus, que é coberto de luz como de um manto, nós seríamos revestidos, SI 104.2. Quando Elias subiu ao céu, deixou suas vestes naturais para receber as espirituais, vestes permanentes, 2Rs 2.13. Os arqueólogos descobrem os milhões de anos e vão à fantástica era arqueozônica; isto equivale dizer que vão além de milhões de anos. Entretanto, o Sagrado Livro diz somente: "No princípio criou Deus os céus e a terra", Gn 1.1. Se a terra existe há milhões de anos, encontramos na Bíblia "No princípio..." Esse princípio é indefinível pelo saber humano. É possível que durante o período caótico, a terra toda fosse verdadeiro paraíso, tendo como governador aquela criatura que se elevou contra o próprio Criador, Is 14.12-17; Ez 28.11-18 onde vemos tudo perfeito, belo e maravilhoso.
Lúcifer, que significa portador
de luz, naturalmente fora criado para serviços especiais. Em Isaías 14
e Ezequiel 28.11-18 onde vemos tudo perfeito, belo e maravilhoso.
Lúcifer, que significa portador
de luz, naturalmente fora criado para serviços especiais. Em Is 14 e
Ezequiel 28 ele é, segundo a lei da dupla referência, como um homem, quer como
rei babilônico, quer como rei de Tiro. Por esses dois textos podemos
compreender que, com sua queda, Satanás mergulhou nas trevas por muitos
séculos, Gn 1.2. E, quando Deus deu forma ao vazio da terra, criou um jardim
aprazível, de onde deveria sair a palavra de ordem e de domínio. Éden seria o
centro do governo, com toda a riqueza e esplendor, e Adão seria o governador de
toda a terra, Gn 1.27. Com a queda de Adão, até o próprio Éden foi destruído e
desfeito. Vemos agora um ser humilhado, envergonhado e expulso do seu lugar;
sujeito também a todas as vicissitudes.
O homem passou a ser igual a Deus,
mas no sentido inverso, pois sabia a ciência do bem e do mal, mas não tinha
domínio espiritual, Gn 3.22. Começou então uma série de mudanças sucessivas nas
dispensações: estava o homem agora sob o domínio da consciência, no que falhou.
Veio a dispensação do governo humano; também nesta o homem falhou. Veio a da
lei, com poder e autoridade, mas ainda houve falha por parte do homem. Então
Deus propôs uma dispensação graciosa, com domínios especiais, pondo de lado os
delitos que haviam sido cometidos no passado, sob a tolerância de Deus, Rm 3.25.
Ainda na graça os homens têm falhado, embora cercados de misericórdia pela obra
redentora do Calvário, Ef 1.7.
Mas a dispensação da graça, com todos
os seus recursos, está no seu término, quando haverá um período de transição
conhecido como os "tempos do Apocalipse", tempo da angústia de Jacó,
Jr 30.7, quando Deus se volta para tratar diretamente com os judeus. E, após
esse período, também chamado a Grande
Tribulação, será implantado o reino Messiânico, dispensação milenar, ou, ainda,
o reino do céu. Será um tempo sem precedentes na história da humanidade.
Satanás será preso, e as hostes espirituais nas regiões celestes serão
aniquiladas. Cristo estabelecerá seu domínio na terra, nos céus e nos mares -
no universo, AP 11.15; 20.4. Nesse tempo os homens estarão plenamente
conscientes da glória de Deus manifestada nos céus, Is 59.19; Ef 1.21-23; Cl
1.16.
Deus escolherá a Palestina como
centro de governo. Os males que assolam a humanidade serão banidos da terra,
tais como enfermidades, e crueldades dos homens e dos animais, Is 11.6-9;
35.5,6. A terra será de uma fertilidade nunca vista - um jardim bem regado, Is
35.1,2; Jr 31.12. Os homens voltarão à antiga longevidade; terão seus dias como
as árvores, Is 65.22. Haverá nascimentos em profusão durante o Milênio, Zc 8.5.
Muitos se converterão ao Senhor, e os apetrechos de guerra serão mudados em
ferramentas agrícolas, Is 2.4; Mq 4.3. Haverá salvação pelo conhecimento do
Senhor e pelo juízo do Altíssimo, como está escrito: "Eis que salvarei o
meu povo...", Zc 8.7; Sf 3.19.
O conhecimento de Deus durante o
Milênio será em toda a sua plenitude, Is 11.9. Os judeus serão tão importantes
naquela época que muitos gentios desejarão ter o nome deles como tutela
espiritual, Is 4.1; Zc 8.23. Os embaixadores de todas as nações irão a Israel,
a fim de tributar-lhe honras, por causa da magnífica glória do Senhor
que existirá em
Jerusalém, Is 2.3;45.14; 55.5; Zc 8.21,22; Ap 21.24,26.
Em nossos dias muitos vão em viagem
de turismo à Europa, Ásia e América etc, mas no Milênio irão a Jerusalém, a fim
de receberem instruções espirituais, Is 2; Mq 4. Poderíamos citar inúmeros
textos para provar que o Milênio será um reinado com base e feições materiais,
muito embora haja, então, pleno domínio espiritual, porque o Milênio consiste em
plantar, comer, beber, viver em prazer santo, e em adorar o Senhor.
Entretanto haverá um povo que durante
o Milênio estará envolvido em glória e não sujeito a forças físicas da
natureza, pois os seus corpos serão como os dos anjos nos céus, Lc 20.36-50.
Eles estarão em corpos glorificados. Esse assunto, porém, reservaremos para o
capítulo V. O Milênio será um tempo em que Deus vai, mais uma vez, provar os
homens e realizar obras maravilhosas sobre a terra, as quais farão reunir os
ouvidos. Nessa época serão estabelecidas a justiça e a paz divinas, e a ordem
no cosmo.
O Senhor Jesus será contra os
terríveis vendavais e furacões, Is 32.2. Enfim, todas as coisas que assolam a
humanidade serão dominadas por Ele. O céu será mais claro de dia, e as noites
menos escuras, pois o sol brilhará sete vezes mais, e a lua será como o sol, e
as estrelas refulgirão com mais intensidade, ls 30.26. Sobre a cidade de
Jerusalém haverá um resplendor de glória, Is 4.4-6.
Na parousia isto é,
na manifestação do Senhor Jesus em glória, os ímpios serão consumidos pelo
terror, especialmente os que aderiram à Besta. Durante o Milênio os tais
estarão recebendo o seu pagamento, com os seus chefes, Ap 19.19-21. Muitos hão
de se converter ao Senhor e a Ele se submeterão por medo e terror, depois serão
provados, Ap 20.7-9. "Porque Jeová é o nosso juiz, Jeová é o nosso
legislador, Jeová é o nosso rei, Ele nos salvará", ls 33.22. Esse texto
faz referência ao reino Messiânico. Diz mais Isaías falando sobre o Milênio:
"... até que saia a sua justiça como um resplendor, a sua salvação como
uma tocha acesa...", Is 62.1.
Está provado pelas Escrituras que a
salvação será estabelecida, não por graça, pois a dispensação da graça já terá
passado, mas se salvarão pelo conhecimento do Senhor e pela sua glória, Jr
31.33,34. Para o reino Messiânico encontramos nas Escrituras palavras como:
perdão, salvação, cura, redenção etc, ls 45.17; 33.24.
O reino milenar não é tal como o
definido pelas "testemunhas" de Jeová, pois a Escritura apresenta o
reino de Jeová como messiânico. O reino de Jeová é teocrático, isto é, nele é
Deus quem governa e governa em todos os setores, e sobre todos os reinos.
'Governa física, moral, social e espiritualmente. A previsão do reino do Senhor
é encontrada direta ou indiretamente em toda a Escritura, especialmente nos
Salmos e nos Profetas. Quem examinar este assunto nos citados livros,
principalmente no do profeta Isaías, que é o profeta messiânico ou o
evangelista do Velho Testamento, encontrará centenas de textos referentes ao
Milênio ou reinado de Cristo.
Nessa época Jerusalém será vista em
glória como a cidade celestial, Is 2.2-5; Ap 21.10; 22.25. Em Jerusalém haverá
uma espécie de dossel (sobrecéu) da Jerusalém terrestre. Is 4.5,6; Ap 20.4,6. O
profeta Jeremias nos diz: "Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que
levantarei a Davi um Renovo justo; como rei, reinará; procederá sabiamente e
executará juízo e justiça na aterra; nos seus dias será salvo Judá e Israel
habitará seguro, Jr 23.5.
Como já foi dito, pelo conhecimento
da glória do Senhor muitos serão salvos e converterão até os instrumentos
bélicos em ferramentas de utilidade agrícola., A mudança se verificará nas
águas, Ez 47.6-12, na terra com lavoura produtiva, Is 30.23, etc, nos animais,
que se tornarão mansos, Is 65.25, e entre os homens haverá paz e entendimento
espiritual, Is 60.21; 65.19; 66.12; 55.12. Naquela época o Espírito Santo
escreverá as leis de Deus no coração do povo. Os que estão num corpo físico
sujeito às leis naturais, gozarão da presença de Deus, Hb 8.10; Zc 14.9.
No Milênio Israel estará de posse de todo o seu território prometido por
Deus a Abraão que nunca chegou a ser conquistado. "Os mansos herdarão a
terra", Mt 5.5; SI 37.11. Essa promessa é feita a Israel, ainda que os
gentios possam usufruí-la também. Nem mesmo no reinado de Salomão, quando
Israel teve a sua maior extensão, não chegou a ocupar todo o território
prometido por Deus a Abraão. O Milênio será um tempo glorioso, quando haverá
bênçãos especiais, e será estabelecida a glória de Israel em toda a sua
plenitude, Dn 12.12. Todos os que alcançarem materialmente o reino milenar
gozarão de saúde, felicidade e paz, com a presença do Senhor. Aí Deus se
manifestará como "Jeová-Shama", que quer dizer: O Senhor está
ali. Que Deus nos ajude a participar das gloriosas bênçãos em nome do
Senhor Jesus.
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