Lições Bíblicas CPAD 2º Trimestre de 2008
Título: As Disciplinas da
Vida Cristã - Trabalhando em busca de perfeição
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 7: Dízimos e ofertas –
Uma disciplina abençoadora
Data: 18 de Maio
de 2008
TEXTO ÁUREO
"Trazei todos os dízimos à casa do
tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e depois fazei prova de mim,
diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não
derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança" (Ml 3.10).
VERDADE PRÁTICA
Adorar
a Deus com os nossos dízimos e ofertas é uma forma de expressar-lhe nosso amor
por sua provisão.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 4.4
A oferta de Abel
Terça - Gn 14.18-20
O dízimo de Abraão
Quarta - Ml 3.10
A ordenança do
dízimo
Quinta - Pv 3.9,10
Através das
ofertas, honramos a Deus
Sexta - 2 Co 9.7
Através do ofertar
expomos nossa alegria a Deus
Sábado - 2 Sm 24.24
A contribuição exige
desprendimento
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Malaquias 3.7-12.
7 - Desde os dias de vossos pais, vos
desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai vós para mim, e eu
tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos
de tornar?
8 - Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me
roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas.
9 - Com maldição sois amaldiçoados, porque me
roubais a mim, vós, toda a nação.
10 - Trazei todos os dízimos à casa do tesouro,
para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o
Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar
sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.
11 - E, por causa de vós, repreenderei o
devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos
será estéril, diz o Senhor dos Exércitos.
12 - E todas as nações vos chamarão
bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos
Exércitos.
INTERAÇÃO
Professor, nesta lição você terá a
oportunidade de ensinar a seus alunos que o dízimo e as ofertas não são apenas
uma obrigação ou responsabilidade, mas, acima de tudo, um privilégio.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Explicar o sentido de
"dízimos" e "ofertas".
·
Descrever a importância da
contribuição financeira.
·
Contribuir financeiramente na igreja
local.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para
enriquecer o conhecimento de seus alunos acerca do dízimo, faça a seguinte
atividade: Solicite à classe que leia as referências indicadas sobre o dízimo e
descubra os propósitos, princípios e verdades relacionadas ao tema na Bíblia.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Contribuição: Em Romanos 12.8 é o ato pelo
qual o crente compassivo contribui generosamente com sua renda, a fim de
sustentar a igreja em suas necessidades materiais.
Ao
descrever as bênçãos decorrentes do dízimo, afirmou J. Blanchard: "O
dízimo não deve ser um teto em que paramos de contribuir, mas um piso a partir
do qual começamos". Não há como discordar do irmão Blanchard.
Infelizmente, muitos são os que, menosprezando esta tão rica disciplina
espiritual, longe estão de experimentar a bênção da mordomia cristã.
Afinal,
por que devo eu contribuir, financeiramente, com a Obra de Deus? Que benefícios
espirituais obterei com os meus dízimos e ofertas? Em primeiro lugar, conscientize-se:
as ofertas e os dízimos não lhe pertencem; a Deus pertencem. Não é Ele o dono
da prata e do ouro? Então, dai a Deus o que é de Deus.
I. O QUE SÃO OS DÍZIMOS E OFERTAS
1. Definição. Os
dízimos e ofertas, entregues a Deus com ações de graças, são um dos maiores
atos da devoção cristã: testemunham de que lhe reconhecemos o senhorio supremo
e inquestionável sobre todas as coisas; e evidenciam que lhe aceitamos o
império de sua vontade sobre todas as coisas que possuímos (1 Co 10.16).
Em
nosso Dicionário Teológico, definimos assim o dízimo: "Oferta entregue
voluntariamente à Obra de Deus, constituindo-se da décima parte da renda do
adorador (Ml 3.10). O dízimo não tem valor mercantilista, nem pode ser visto
como um investimento. É um ato de amor e de adoração que devotamos àquele que
tudo nos concede. É uma aliança prática entre Deus e o homem. O que é fiel no
dízimo, haverá de usufruir de todas as bênçãos que o Senhor reservou-nos em sua
suficiência".
2. Mordomia cristã. A
entrega amorosa e voluntária do que possuímos a Deus é conhecida, também, como
mordomia cristã. Ou seja: como seus mordomos, cabe-nos administrar, devocional
e amorosamente, o que nos entregou Ele, visando o serviço de adoração, a
expansão de seu Reino e o sustento dos mais necessitados.
A
mordomia cristã, por conseguinte, é a administração de quanto recebemos do
Senhor. Por isso requer-se de cada mordomo, ou despenseiro, que se mantenha
fiel ao que Deus lhe confiou (1 Co 4.2).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Os
dízimos e as ofertas integram a mordomia cristã e são meios materiais pelos
quais reconhecemos a soberania do Senhor sobre nossas finanças.
II. ADORANDO A DEUS COM NOSSOS
HAVERES
Vejamos
por que os dízimos e ofertas são importantes.
1. Através das contribuições
financeiras, honramos a Deus. "Honra
ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; e se
encherão os teus celeiros abundantemente, e trasbordarão de mosto os teus
lagares" (Pv 3.9,10).
2. Por meio das ofertas e dízimos,
mostramos a Deus nossa alegria."Cada
um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por
necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria" (2 Co 9.7).
3. Por intermédio do dar, expomos a
Deus um coração voluntário:"Então, falou
o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta
alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a
minha oferta alçada" (Êx 25.1,2).
4. Através do ofertar, revelamos o
nosso desprendimento. "Porém o rei disse a Araúna: Não, porém por
certo preço to comprarei, porque não oferecerei ao Senhor, meu Deus,
holocaustos que me não custem nada. Assim, Davi comprou a eira e os bois por
cinqüenta sidos de prata" (2 Sm 24.24).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Agradar
a Deus, sustentar a obra do Senhor e auxiliar os necessitados da igreja local
são alguns dos motivos pelos quais é necessário o exercício da contribuição
voluntária na obra do Senhor.
III. A CONTRIBUIÇÃO NA BÍBLIA
A
mordomia cristã, como devoção e adoração a Deus, não surgiu com o Cristianismo;
é um ato que nasceu com o homem, e vem perpetuando-se ao longo da História
Sagrada. Quer no Antigo quer no Testamento Novo, deparamo-nos com homens e
mulheres que, afetuosamente, tudo entregavam ao Senhor, pois do Senhor tudo
haviam recebido.
1. Antigo Testamento. Embora
a Bíblia não o registre, certamente ofereceu Adão ao Senhor não poucos
sacrifícios, pois os seus descendentes imediatos o fizeram, certamente,
imitando-lhe o gesto:
a) Abel. Um
dos mais perfeitos tipos de Nosso Senhor Jesus Cristo, ofereceu Abel um
sacrifício a Deus: "E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas
e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta" (Gn
4.4).
b) Abraão. Abraão
foi o primeiro herói da fé, segundo o registro bíblico, a trazer os dízimos ao
Senhor que, naquela oportunidade, era representado por Melquisedeque que lhe
"trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; abençoou ele a Abrão
e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra;
e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas
mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo" (Gn 14.18-20 - ARA).
c) Israel. Os
filhos de Israel tinham por obrigação trazer os dízimos aos levitas, a fim de
manter em perfeito funcionamento o serviço do santuário: "Aos filhos de
Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam,
serviço da tenda da congregação" (Nm 18.21 - ARA).
2. Novo Testamento. Ao
contrário do que supõem muitos crentes, os dízimos não foram instituídos pela
Lei de Moisés. Pois Abraão já o honrava com os seus dízimos. Vejamos, pois,
como a Igreja de Cristo comportava-se diante da mordomia que nos entregou o
Senhor.
a) Jesus não foi contra os dízimos,
mas contra a hipocrisia dos que os traziam: "Mas
ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda hortaliça e
desprezais o Juízo e o amor de Deus! Importava fazer essas coisas e não deixar
as outras" (Lc 11.42).
b) Tipologicamente, Abraão entregou
os dízimos a Cristo, já que Melquisedeque era da mesma ordem sacerdotal que o
Nazareno: "Porque este Melquisedeque,
rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão,
quando voltava da matança dos reis, e o abençoou, para o qual também Abraão
separou o dízimo de tudo" (Hb 7.1,2 - ARA).
c) A Igreja Primitiva contribuía
regularmente no primeiro dia da semana:
"No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa,
conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas
quando eu for" (1 Co 16.2 - ARA).
d) Na Igreja Primitiva o dízimo era o
referencial mínimo. Eis o exemplo de Barnabé: "José, a quem os
apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho de exortação,
levita, natural de Chipre, como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e
o depositou aos pés dos apóstolos" (At 4.36,37 - ARA).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O
ensino a respeito da contribuição financeira para sustento da Ceara do Mestre e
minorar as necessidades dos crentes é confirmado no Antigo e Novo Testamento e
pela prática da igreja cristã primitiva.
CONCLUSÃO
Os
dízimos e as ofertas, por conseguinte, devem ser trazidos a Deus não como uma
penosa obrigação; devem ser entregues como um ato de ações de graças. Não agiam
assim os santos do Antigo e do Novo Testamento? Mostremos, pois, ao Pai toda a
nossa gratidão; ofertemos não para sermos abençoados, mas porque já fomos
abençoados. O ofertar faz parte tanto do nosso culto público como individual.
VOCABULÁRIO
Haveres: Bens;
riqueza.
Minorar: Abrandar, suavizar, atenuar, aliviar.
Mercantilismo: Subordinar tudo ao comércio, ao interesse e ao lucro.
Penoso: Que causa pena ou sofrimento.
Minorar: Abrandar, suavizar, atenuar, aliviar.
Mercantilismo: Subordinar tudo ao comércio, ao interesse e ao lucro.
Penoso: Que causa pena ou sofrimento.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HAYFORD, J. A chave de tudo. RJ: CPAD, 1994.
LIMA, P. C. Dizimista, eu? RJ: CPAD, 1998.
SILVA, S. O crente e a prosperidade. RJ: CPAD, 1992.
SOUZA, B. As chaves do sucesso financeiro. RJ: CPAD, 2001.
LIMA, P. C. Dizimista, eu? RJ: CPAD, 1998.
SILVA, S. O crente e a prosperidade. RJ: CPAD, 1992.
SOUZA, B. As chaves do sucesso financeiro. RJ: CPAD, 2001.
EXERCÍCIOS
1. Explique
o sentido da palavra dízimo conforme o autor.
R. Oferta
entregue voluntariamente à Obra de Deus, constituindo-se da décima parte da
renda do adorador (Ml 3.10).
2. O
que é a mordomia cristã?
R. É
a administração de quanto recebemos do Senhor.
3. Cite
duas razões pelas quais é importante para o crente adorar a Deus com seus
haveres.
R. Porque
honra a Deus e revela o desprendimento do crente.
4. Cite
três exemplos no Antigo Testamento que adoraram a Deus com os seus bens.
R. Abel,
Abraão e o povo de Israel.
5. Como
Jesus agiu em relação aos dízimos?
R. Jesus
não foi contra os dízimos, mas contra a hipocrisia dos que os traziam.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Devocional
"A verdadeira oferta no espírito
da liberdade
'Dai,
e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão'
(Lc 6.38a). Nessas palavras, Jesus - o Mestre - deu-nos um resumo do plano
total de libertação de Deus. Ele transcende às questões de dinheiro, embora as
inclua; entendê-lo é apropriar-se da Chave do Mestre. Significa aprender a
ofertar no espírito divino. A compreensão genuína faz a diferença. Se você
crescer no conhecimento do coração de Deus, irá cultivar a verdadeira oferta no
espírito da liberdade. Isto o levará além dos programas de formulação humana,
regulamentos, etc. É algo que conta com pleno respaldo bíblico. A oferta feita
com alegria e louvor (nascida da oração e do Espírito ao invés de promoções e
sistemas) dá lugar à verdadeira generosidade, e possibilita a libertação
completa do espírito de mesquinhez. Crescer, conhecer, ver e ofertar, tudo deve
estar em compasso com o coração de Jesus. Tais coisas afastar-nos-ão da
tradição morta, de um lado; e de outro, do 'evangelismo-saúde-riqueza'. Por
quê? Porque o contribuir torna-se arraigado no espírito das palavras de Jesus.
Examine melhor o texto que lemos, e meditemos juntos em cada frase".
(HAYFORD, J. A chave de tudo. RJ: CPAD, 1994, pp.63-4.)
APLICAÇÃO PESSOAL
A promessa dada por Deus através de
Malaquias impõe uma condição: primeiro trazer os dízimos, depois fazer prova do
Senhor, que garante derramar bênção tal, trazendo maior abastança. Porém, é
preciso que fique claro: isto não anula as aflições da vida, onde podem
aparecer os momentos de sequidão. Agora, com certeza garante vitória aos que,
com fidelidade em tudo, atravessam estas horas mais difíceis, pois a Palavra de
Deus jamais cai por terra. Fazer prova não é chantagear o Senhor, mas saber que
Ele é recíproco para conosco, se cumprirmos a nossa parte. "Se vós
estiverdes em mim", disse Ele, "e as minhas palavras estiverem em
vós".
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.