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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

DOUTRINA do Espirito Santo (4)

            

 AS MINISTRAÇÕES DO ESPIRITO SANTO NO CRISTÃO
                                                       Artigo Mauricio Berwald



O avivamento manifestado na Missão da Rua Azusa ocorreu em uma época de profundo racismo e preconceito social. Em 1906, um repórter, opositor do movimento, criticou severamente os eventos ocorridos. No entanto, a crítica registrada no jornal local, serve-nos de provas contundentes da efusão do Espírito e de seu poder transformador, capaz de quebrar qualquer preconceito, seja social ou racial. Assim se expressava o jornalista: “(...) vergonhosa mistura de raças (...) eles clamavam e faziam grande barulho o dia inteiro e à noite adentro. Corriam, pulavam, tremiam todo o corpo, gritavam com toda a sua voz, faziam rodas, tombavam sobre o assoalho coberto de serragem, sacudindo-se, esperneando e rolando no chão (...) Eles afirmam estar cheios do Espírito. Eles têm um caolho, analfabeto e negro como seu pregador que fica de joelhos a maior parte do tempo (...) Não fala muito, mas, às vezes, pode ser ouvido gritando ‘Arrependei-vos!’. Então, permanece na mesma atitude de oração (...) Eles cantam repetidamente a mesma canção, ‘O Consolador Chegou’”.

Muitas ministrações divinas são atribuídas simultaneamente ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo: A vocação para a salvação é atribuída ao Pai (1 Co 1.9; 1 Ts 2.12), ao Filho (Mt 11.28; Lc 5.32) e ao Espírito Santo (Jo 16.8-11; 15.16; At 5.32). De modo semelhante, a santificação é operada por Deus (1 Ts 5.23; Ez 37.28), por Cristo (Hb 13.12; Ef 5.26) e, mediante o Espírito Santo (1 Pe 1.2; 1 Co 6.11). No entanto, uma das primeiras ministrações do Espírito no homem, não ocorre quando este é salvo, mas quando ainda está morto em delitos e pecados (Ef 2.1; Jo 3.5-8). Esta ministração ao pecador é dupla: convencer (do pecado, da justiça e do juízo, Jo 16.7-11) e restringir ou deter o mal no mundo (2 Ts 2.6-9). Portanto, a obra inicial do Espírito de Cristo no homem é o convencimento — ato magnânimo operado pelo Espírito na comunicação da graça de Cristo, a fim de que o pecador aceite inteligentemente a Cristo como Senhor e Salvador. A segunda ministração não se restringe ao pecador como indivíduo, mas a totalidade deles sendo guardados da operação do mal no mundo. É evidente de que não se trata de eliminar o mal, mas limitá-lo, restringi-lo, diminuir-lhe a eficácia de acordo com os propósitos divinos, como demonstram o texto citado. Somente então, quando o tempo predeterminado por Deus for cumprido, é que o iníquo se revelará e, durante sete atribulados anos, os pecadores sofrerão, até que o Rei dos reis retorne para exercer total autoridade.
Em razão de suas operações dinâmicas (Gn 1.2), o Espírito Santo é mais mencionado no Antigo Testamento como “Espírito”. Já no Novo, Ele é citado como “Espírito Santo”, o que destaca seu principal ministério na igreja: santificar o crente.
Esta distinção de ofício do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento é claramente percebida em 2 Coríntios 3.7,8. O versículo 8 assevera: “Como não será de maior glória o ministério do Espírito?”.


            AS MINISTRAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO E A SALVAÇÃO

1. O novo nascimento pelo Espírito (Jo 3.3-8). O novo nascimento abrange a regeneração e a conversão, que são dois lados de uma só realidade. Enquanto a regeneração enfatiza o nosso interior, a conversão, o nosso exterior. Quem diz ser nascido de novo deve demonstrar isso no seu dia-a-dia. A expressão “de novo” (v.3), de acordo com o texto original, significa “nascer do alto, de cima, das alturas”. Isto quer dizer que se trata de um nascimento espiritual realizado pelo Espírito Santo. O homem natural, portanto, desconhece esse novo nascimento (vv.4-12; ler Jo 16.7-11; Tt 3.5).
2. A habitação do Espírito no crente (Jo 14.16,17; Rm 8.9). No Antigo Testamento o Espírito agia entre o povo de Deus (Ag 2.5; Is 63.11b), mas com o advento de Cristo e por sua mediação, o Espírito habita no crente (Jo 20.21,22). Este privilégio é também reafirmado em 1 Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16; Gl 4.6.
3. O testemunho do Espírito de que somos filhos de Deus (Rm 8.15,16). Esse testemunho é uma plena convicção produzida no crente pelo Espírito Santo de que:
a) Deus é o nosso Pai celeste. “Pelo qual clamamos: ‘Aba, Pai’” (v.15).
b) Somos filhos de Deus. “O mesmo Espírito testifica... que somos filhos de Deus” (v.16). É pois, um testemunho objetivo e subjetivo, da parte do Espírito Santo, concernente à nossa salvação em Cristo.
4. A fé pelo Espírito Santo para a salvação. É a vida de fé (Rm 1.17), “pelo Espírito” (Gl 5.5). Tal fé, segundo At 11.24, procede do Espírito a fim de que o crente permaneça fiel por meio da manifestação do fruto do Espírito (Gl 5.22b). Uma coisa decorre da outra. Os heróis de Hebreus 11 venceram “pela fé”, porque o Espírito a supria (2 Co 4.13; Hb 10.38).
5. A santificação posicional do crente. A santificação sob este aspecto é perfeita e completa “em Cristo”, mediante a fé. Ela ocorre por ocasião do novo nascimento (1 Co 1.2; Hb 10.10; Cl 2.10; 1 Jo 4.17; Fp 1.1), sendo simultânea com a justificação “em Cristo” (1 Co 6.11; Gl 2.17a).


                AS MINISTRAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO E OS SALVOS

1. O batismo “do” ou “pelo” Espírito Santo para o crente (1 Co 12.13; Gl 3.27; Rm 6.3). Este batismo “do” ou “pelo” Espírito é algo tão real, apesar de ser espiritual, que a Bíblia o denomina como “batismo”. Em todo batismo, como já afirmamos, há três pontos inerentes: um batizador; um batizando; e um meio em que o candidato é imerso. No batismo pelo Espírito Santo, o batizador é o Espírito de Deus (1 Co 12.13); o batizando é o novo convertido; e, o elemento em que o recém-convertido é imerso, é a igreja, como corpo místico de Cristo (1 Co 12.27; Ef 1.22, 23). Portanto, o Espírito Santo realiza esse batismo espiritual no momento da nossa conversão, inserindo o crente na igreja (Mt 16.18). Logo, todos os salvos são batizados “pelo” Espírito Santo para pertencerem ao corpo de Cristo — a Igreja, mas nem todos são batizados “com” ou “no” Espírito.
2. O batismo “com” ou “no” Espírito Santo (At 1.4,5,8; 2.1-4; 10.44-46; 11.16; 19.2-6). A evidência física desse glorioso batismo são as línguas sobrenaturais faladas pelo crente conforme o Espírito concede. É uma ministração de poder do alto pelo Espírito, provida pelo Pai, mediante o Senhor Jesus (Jo 14.26; At 2.32,33).
3. O fruto do Espírito através do crente (Gl 5.22,23; Ef 5.9; Jo 15.1-8,16). A evidência de que alguém continua cheio do Espírito é a manifestação do fruto do Espírito em sua vida (Mt 3.8; 7.20). Um cristão que afirma ser nascido de novo, mas seu modo de viver dentro e fora da igreja desmente o que ele afirma, é uma contradição; um escândalo e pedra de tropeço para os descrentes e os cristãos mais fracos. É pela sua habitação e presença permanente no crente, regendo-o em tudo, que o Espírito produz o seu fruto, como descrito em Gl 5.22.
4. A santificação progressiva do crente (1 Pe 1.15,16; 2 Co 7.1; 3.17,18). Essa verdade é declarada no texto original de Hebreus 10.10,14. No versículo 10, a ênfase recai sobre o estado ou a posição do crente — santo: “Temos sido santificados”. O versículo 14, no entanto, não só reafirma o estado anterior, “santo”, como declara o processo contínuo de santificação proveniente de tal posição: “sendo santificados” (v.14). Aqui temos a santificação posicional e progressiva.
5. A oração no Espírito (Rm 8.26,27; Ef 6.18; Jd v.20; Zc 12.10; 1 Co 14.14,15). Esta ministração do Espírito no crente, capacita-o a orar, inclusive a interceder por outros. Logo, só podemos orar de modo eficaz se formos assistidos e vivificados pelo Espírito Santo. A “oração no Espírito” de que trata Jd v.20, refere-se a essa capacidade concedida pelo Espírito.
6. O Espírito Santo como selo e penhor (2 Co 1.22; Ef 1.13,14; 4.30; 2 Co 5.5). Devemos observar que nos tempos bíblicos, o selo era usado para designar a posse de uma pessoa sobre algum objeto ou coisa selada. Por conseguinte, indicava propriedade particular, segurança e garantia. Este selo, portanto, não é o batismo com o Espírito Santo, mas a habitação do Espírito no crente, como prova de que o mesmo é posse ou propriedade particular de Deus.
Juntamente com o selo é mencionado o “penhor da nossa herança” (Ef 1.14). De modo semelhante ao selo, o penhor era o primeiro pagamento efetuado a fim de se adquirir uma propriedade. Mediante esse “depósito”, a pessoa assegurava o objeto como propriedade exclusiva. Assim, o Senhor deu-nos o Espírito Santo, como garantia de que somos sua propriedade exclusiva e intransferível. O Senhor Jesus “investiu” em nós imensuráveis riquezas do Espírito como penhor ou garantia de que muito em breve Ele virá para levar para Si sua propriedade peculiar, a igreja de Deus (Tt 2.14).
7. A unção do Espírito para o serviço. Jesus, nosso exemplo, foi ungido com o Espírito Santo para servir (At 10.38; Lc 4.18,19). Assim também a igreja recebeu a unção coletiva do Espírito (2 Co 1.21,22), mas alguns de seus membros são individualmente ungidos para ministérios específicos, segundo os propósitos de Deus. Vejamos a unção do Espírito sobre o crente, conforme 1 João 2.20,27.
a) “Tendes a unção do Santo”. Esta unção santifica e separa o crente para o serviço de Deus.
b) “E sabeis tudo”. Também proporciona conhecimento das coisas de Deus em geral.
c) “Fica em vós” (v.27). É permanente no crente.
d) “Unção que vos ensina todas as coisas” (v.27). É didática, pois possibilita ensino contínuo das coisas de Deus.
e) “É verdadeira” (v.27). Não falha, pois procede da verdade, que é Deus.
f) “E não é mentira” (v.27). É sem dolo; sem falsidade. É possível que houvesse entre certos líderes daqueles dias uma falsa unção, que imitava a verdadeira. 
Na conclusão do capítulo em estudo (2 Co 3), prorrompe jubiloso o sacro escritor, a respeito da glória do ministério do Espírito: “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (v.18). São, portanto, maravilhosas as ministrações e dádivas do Espírito Santo, dispensadas aos filhos de Deus (2 Co 3.8).


                A Operação do Espírito Santo é Condicional

1. Ministrações do Espírito. As obras e ministrações do Espírito Santo provam a sua divindade, assim como as obras que Jesus realizou como homem provam que Ele é o Filho de Deus (Jo 5.36; 10.25,38; 14.11). Portanto, o Espírito Santo sempre opera em conjunto com a Trindade, pois é o ativador de todas as coisas.
2. Soberania do Espírito. O Espírito Santo é soberano. Ele opera como o vento, isto é, ‘assopra onde quer’ (Jo 3.8). Aquele que se coloca à inteira disposição do Espírito Santo experimentará a sua operação poderosa e irresistível (cf. At 6.10). A Bíblia diz: ‘Operando eu, quem impedirá?’ (Is 43.13). Assim aconteceu nos dias dos apóstolos; apesar de os inimigos os perseguirem, procurando impedi-los de agir, o Espírito Santo operava por meio deles de tal maneira que o Evangelho se espalhou vitoriosamente por toda a parte (At 4.33; 5.40-42; 6.7).
”NOTAS  .(BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD, 2005, pp.88,120.). 

Embora muitos tenham se oposto ao movimento de renovação espiritual da Rua Azusa, o poder do Espírito manifestava-se profusa e poderosamente. O avivamento da Rua Azusa ainda hoje é considerado por muitos historiadores da igreja e do movimento pentecostal, como o “avivamento que acendeu a fogueira mundial do Pentecostes no século XX”. Entre os que estavam presentes naquelas reuniões pentecostais, destaca-se a sra. Maria Woodworth Etter. Procedente de um lar desajustado, aceitou a Jesus com a idade de 13 anos, e foi batizada com o Espírito Santo e com fogo enquanto pregava na Igreja dos Discípulos. W. Etter, fundou duas igrejas; sua pregação inflamada fazia-se acompanhar por milagres, curas, visões, profecias, línguas e libertações. Foi poderosamente usada por Deus para demonstrar que o poder do Espírito está tão atuante nos dias de hoje quanto na época dos apóstolos. 

A palavra renovar e seus derivados (renovação e renovo), quando usadas no contexto salvífico do Antigo e Novo Testamento, referem-se a uma completa e total ruptura com a natureza pecaminosa, e a um viver tão repleto da graça de Deus, que é considerado um novo nascimento (Sl 51.10; 103.5; Rm 12.2; Tt 3.5; 2 Co 4.16; 5.17; Cl 3.10; Gl 6.15; Ef 4.23). No hebraico hādāsh, quer dizer “renovar”, “restaurar”, “reparar”, “concertar”. Nesse sentido, o termo é empregado com o sentido de “tornar ao estado original” (Lm 5.21). À luz da teologia do Novo Testamento, o sentido de hādāsh tem evidente paralelo com o texto de Efésios 4.23,24: “E vos renoveis no espírito do vosso sentido, e vos revistais do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade”.
“Um dos significados da palavra renovar no hebraico (hādāsh) é ‘revitalização’, ‘frescor’, ‘vivacidade’, ‘coisa nova’. A Bíblia afirma que ‘A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma’ (Sl 19.7). Por intermédio das Escrituras não somos apenas confortados, mas temos alívio, mesmo no verão escaldante de nossas dores”. 
Há vários fatores que ocasionam o envelhecimento ou a decadência espiritual. Os mais comuns são a rotina, a imaturidade, a frieza, o descaso e, por fim, a estagnação da vida cristã. Há crentes que perdem o entusiasmo e o fervor dos primeiros dias de fé; acostumando-se a uma vida sem poder, testemunho, oração, consagração e crescimento. Nesta situação, se não houver uma reversão imediata, o crente pode desviar-se dos caminhos do Senhor, o que será ainda pior. Aquele fervor espiritual do início da conversão deveria ser conservado, mantendo assim aberto o caminho da renovação pelo Espírito Santo (Lv 6.13; Jó 14.7-9; Sl 92.10; 119.25; Lm 5.21; Tt 3.5).


                       O QUE SIGNIFICA “RENOVAÇÃO ESPIRITUAL”

Renovar significa “tornar novo”, “recomeçar”, “refazer”, “reaver”, “retornar”. Na renovação espiritual, o Espírito Santo restaura e revigora a obra que anteriormente havia iniciado na vida do crente (Sl 103.5; Rm 12.2; Ap 2.4,5; Sl 51.10; Cl 3.10). Renovar espiritualmente é:
1. Retornar às experiências espirituais do passado. No início da fé cristã, o homem recebe do Senhor, bênçãos extraordinárias que antes da conversão jamais poderia obter: fortificação pela fé em Cristo, certeza de vida eterna, batismo no Espírito Santo, dons sobrenaturais, milagres, comunhão com Deus, santidade, vida cristã vitoriosa e tantas outras maravilhas que acompanham a salvação. O amoroso Pai, tem prazer de, no início da jornada da fé, encher o crente de vida, graça e poder espiritual. Ele nos eleva muito além das experiências puramente humanas.
Todavia, infelizmente, muitos esfriam na fé e perdem o contato com a Fonte da Graça. Só o Senhor, por meio do seu Santo Espírito, pode revigorar aqueles que perderam a força e a altitude das águias (Is 40.28-31).
2. Restabelecer as bênçãos perdidas. É difícil aceitar que o crente possa perder algo que recebera de Deus. Alguém imagina que o Pai Celestial jamais retirará as bênçãos de seus filhos, especialmente as espirituais. Porém, a Bíblia é categórica ao afirmar que, se não cuidarmos bem da nossa vida espiritual, poderemos, sim, perder as bênçãos advindas do Senhor. A Palavra de Deus nos diz que podemos perder o amor (Ap 2.4), a alegria da salvação (Sl 51.12), a fé (1 Tm 6.10), a firmeza em Deus (2 Pe 3.17), o poder (Jz 16.20), e muitas outras coisas. É por isso que somos advertidos a guardar o que temos (Ap 3.11).
Graças a Deus, que pela renovação espiritual, o Senhor nos restaura completamente e torna a dar-nos as bênçãos perdidas (Sl 51.10; Os 2.15; Lm 5.21-23). O Grande Oleiro é plenamente capaz de fazer um novo vaso, com o barro do vaso que se quebrou (Jr 18.1-4).
3. Receber novas bênçãos. As promessas de Deus jamais falham. Em Deus “não há mudança, nem sombra de variação” (Tg 1.17; Hb 1.10-12). A conversão inclui grandes e ricas promessas de Deus para a vida do crente, as quais Ele cumpre fielmente. Na renovação espiritual, o Senhor nos dá as bênçãos prometidas que até então não tínhamos recebido (Is 45.3), e nos anima a conquistarmos muito mais (Js 18.3).
Além disso, as beatitudes que Ele nos concedeu no passado, continuarão no presente, porque suas promessas são fiéis para todos os tempos (At 2.39; 2 Co 1.20).


                         A NECESSIDADE DA RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

1. A renovação deve ser diária. Assim como o corpo físico revigora-se diariamente, nosso homem interior precisa de constante renovação para manter-se fortalecido e plenamente saudável espiritualmente. Conforme nos orienta a Palavra de Deus, a renovação espiritual deve ocorrer “de dia em dia” (2 Co 4.16).
No tabernáculo, tudo deveria estar sempre pronto a fim de que o culto diário a Jeová nunca fosse interrompido. Os sacerdotes cuidavam para que o fogo do altar nunca se apagasse. A cada manhã, este era alimentado com nova lenha e novos holocaustos (Lv 6.12,13). O mesmo se dava com as especiarias do altar do incenso e o azeite do castiçal. Ambos eram renovados continuamente na presença do Senhor (Êx 27.20,21; 30.7). Da mesma forma Deus quer que nos apresentemos a Ele. Sempre prontos e renovados espiritualmente diante dEle (Fp 4.4).
2. A renovação deve ser consciente e desejada. Precisamos ter consciência da urgente necessidade da renovação espiritual: “...transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” (Rm 12.2). Assim como a chuva cai sobre as plantações, gerando e produzindo fruto (Sl 65.7-13), devemos pedir ao Senhor que envie sobre nós, sua lavoura, uma abundante chuva de renovação (1 Co 3.10; Sl 72.6,7; Os 6.3). Quando essa chuva começar a cair, o Espírito Santo de Deus certamente fará maravilhas, a começar pelas vidas renovadas. Aleluia!
3. A renovação enseja a operação do Espírito Santo.
a) A renovação mantém o crente afastado do mundo. Em Efésios 4.25-31 encontramos uma relação de vícios e práticas mundanas, emanadas do velho homem, que muitas vezes atingem sorrateiramente a vida do crente. Precisamos não somente abandonar, mas abominar estas coisas que entristecem o Espírito de Deus: “Não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as” (v.11). Pela renovação espiritual nos mantemos firmes no processo de despir-se do velho homem e revestir-se do novo (Ef 4.22-24).
b) A renovação aprofunda o crente na Palavra de Deus. Quando somos renovados, nosso espírito é impelido pelas verdades eternas da Palavra (Jo 6.63), e nossa fé cresce abundantemente (Rm 10.17).
c) A renovação dá poder ao crente. “Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças” (Is 40.31). No dia de Pentecostes, todos os crentes foram cheios do Espírito Santo (At 2.4). Não obstante, pouco tempo depois foram cheios novamente; do mesmo poder e pelo mesmo Espírito (At 4.30,31).
d) A renovação torna o crente sensível à direção do Espírito. Quando somos renovados ficamos bem atentos à voz do Espírito, para sermos conduzidos e instruídos por Ele (At 16.6,7; 10.19). Se o Espírito Santo conhece todas as coisas em seus pormenores, pode nos guiar com precisão. Só um crente renovado tem sensibilidade espiritual para ouvir e obedecer a voz do Senhor: “... Este é o caminho; andai nele...” (Is 30.21).


                          A CONSTÂNCIA DA RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

1. Quem permanece renovado não perde o ânimo. Muitas vezes as lutas e tribulações nos fazem diminuir o passo, reduzir o ritmo de nossa corrida e até pararmos. Para não sermos vencidos na batalha contra o mal, busquemos a renovação espiritual em Cristo. Não podemos parar! Não há espaço para o desânimo: “Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos” (v.14); “Levantai-vos, e andai, porque não será aqui o vosso descanso” (Mq 2.10; 1 Rs 19.7; Hb 10.38).
2. Os que permanecem renovados, são purificados. Às vezes, perdemos a bênção, por entristecermos o Espírito de Deus (Ef 4.30). Temos de zelar para que as causas desse mal sejam imediatamente removidas. Precisamos alcançar o perdão de Deus mediante a nossa purificação no sangue de Jesus. Isaías confessou o pecado de seus lábios, e foi purificado (Is 6.4-8). O mesmo se deu com o profeta Jeremias (Jr 1.4-10; 20.7-11). Louvado seja o nome do Senhor, que continua perdoando e renovando o seu povo pelo fogo santo! 
Em meio a esses difíceis dias que a igreja atravessa, os quais precedem a volta de Jesus, busque uma poderosa e sincera renovação do Senhor para sua vida. Não deixe fora nenhuma área da sua vida. Se você já é batizado no Espírito Santo, peça a Deus uma renovação dessa preciosa bênção. Aproxime-se mais do Senhor! Somente pela renovação espiritual poderemos vencer este mundo. “É já hora de despertarmos do sono (...)” (Rm 13.11). 
 “A Fonte do Poder.‘Sem a alma divinamente vivificada e inspirada, a observância do ritualismo mais cheio de grandiosidade é tão sem valor quanto os movimentos de um cadáver galvanizado’.
Citei esse pensamento, porquanto me levava sem perda de tempo ao assunto em consideração. O que é esse vivificar e inspirar? De que esse poder precisava? Qual a sua fonte? O Espírito Santo de Deus. Sou um cristão que plenamente crê no Credo Apostólico e, por isso, ‘creio no Espírito Santo’.
O que seria de nossas almas sem a graça do Espírito Santo? Tão seca e infrutífera como os campos sem o orvalho e a chuva do céu.
Nos últimos tempos, tem havido muita inquirição a respeito da Pessoa do Espírito Santo. Neste e em outros países, milhares de pessoas têm dado atenção ao estudo desse grande tema. Espero que isso nos leve a clamar por uma maior manifestação do seu poder em toda a Igreja de Deus.
O quanto temos desonrado o Espírito Santo! Quão ignorantes temos sido a respeito de sua graça, amor e presença! É verdade que temos ouvido falar dEle e lido acerca de sua Pessoa, mas pouco sabemos sobre seus atributos, sobre seus ofícios, sobre sua relação para conosco. Temo que, para muitos crentes professos, Ele não tenha uma existência efetiva nem seja tido como uma personalidade da Divindade (At 19.2).
O primeiro trabalho do Espírito é dar vida — vida espiritual. Ele a dá e a sustenta. Se não houver vida, não pode haver poder. Salomão escreveu: ‘Melhor é o cão vivo do que o leão morto’ (Ec 9.4). Quando o Espírito dá esse tipo de vida, Ele não nos deixa desfalecer e morrer, mas constantemente está a inflamar a chama da vida. Ele sempre está conosco. É claro que não devemos ignorar o seu poder e a sua obra”. 
NOTAS (MOODY, D. L. O poder secreto. RJ: CPAD, 1998, p.21).



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