GENERALIDADES SOBRE OS
DONS ESPIRITUAIS
Artigo Mauricio Berwald
Os dons espirituais são uma dotação sobrenatural
concedida pelo Espírito Santo ao crente, para o serviço e execução dos
propósitos de Deus na igreja e através dela. Os dons espirituais, portanto, não
são qualidades humanas aprimoradas e abençoadas por Deus.
1. Principais passagens. São sete as principais
passagens que tratam sobre os dons espirituais: 1 Co 12.1-11,28-31; 13; 14; Rm
12.6-8; Ef 4.7-16; Hb 2.4; 1 Pe 4.10,11. Além destas, há muitos outros textos
da Bíblia sobre o assunto.
2. Termos bíblicos designadores dos dons. Abordaremos
apenas os principais:
a) Dons espirituais (pneumatikos). O termo refere-se
às manifestações sobrenaturais da parte do Espírito Santo por meio dos dons
(v.7; 14.1).
b) Dons da graça (charismata). Falam da graça
subseqüente de Deus em todos os tempos e aspectos da salvação (1 Co 12.4; Rm
12.6).
c) Ministérios (diakoniai). Correspondem aos dons de
serviços ou ministérios práticos. São ministrações sobrenaturais do Espírito
através dos membros da igreja como um corpo (1 Co 12.5,12-27).
d) Operações (energēmata). Esses dons são operações
diretas do poder de Deus para a realização de seus propósitos (vv.9,10).
e) Manifestação (phanerōsis). Embora sejam
sobrenaturais, o sentido do termo original aqui, sugere que os dons operam na
esfera do natural, do sensível, do visível.
Classificação
dos dons espirituais. Os dons espirituais podem ser classificados como:
a) Manifestações do Espírito. Conforme 1 Coríntios
12.8-10, são nove dons pelo Espírito Santo. Esses dons são capacitações
sobrenaturais de pessoas para a edificação do corpo de Cristo e para seus
membros individualmente (vv.3-5,12,17,26; 12; 14). Manifestam-se de modo
eventual e imprevisto, não estando subordinados à vontade do portador, mas à
soberania de Deus.
b) Dons de ministério prático. São dons de serviços
práticos individuais ou em grupo (Rm 12.6-8; 1 Co 12.28-30). Nestas passagens
eles aparecem com os demais dons espirituais e, sob o mesmo título original,
“charismata” (dons da graça).
Alvo e
resultado dos dons (1 Co 12.7b). São propósitos dos dons espirituais:
a) A glorificação do Senhor Jesus (Jo 16.14).
b) A confirmação da Palavra de Deus (Mc 16.17-20; Hb
2.3,4).
c) O crescimento em quantidade e qualidade da obra de
Deus (At 6.7; 19.20; 9.31; Rm 15.19).
d) A edificação espiritual da Igreja (1 Co 12.12-27).
e) O aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11,12).
O exercício dos dons espirituais (1 Co
14.26,32,33,40). Toda energia e poder sem controle são desastrosos. Deus nos
concede dons, mas não é responsável pelo mau uso deles; por desobediência do
portador à doutrina bíblica ou por ignorância desta. Portanto, os que recebem
os dons devem: a) procurar saber o que a Palavra ensina sobre o exercício
daquele dom em particular; b) exercer o dom segundo a Escritura; c) evitar
desordens e confusões no uso dos dons.
EXPLANAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS DONS
1. Dons espirituais de manifestação do Espírito. Estão
classificados em:
a) Dons que manifestam o SABER de Deus:
A palavra
da sabedoria (1 Co 12.8). É um dom de manifestação da sabedoria sobrenatural
pelo Espírito Santo, necessário ao pastoreio, na administração e liderança.
Na segunda categoria de dons como manifestações
momentâneas estão os dons de inspiração ou de saber. A palavra da sabedoria não
consiste em sabedoria, em si, mas em um modo sábio de falar. Trata-se de uma
capacidade sobrenatural dada pelo Espírito em várias circunstâncias. A palavra
da ciência é um dom ligado ao ministério do ensino, uma capacidade sobrenatural
que leva o crente a conhecer as profundezas e os mistérios de Deus (cf. 1 Co
2.9,10). O discernimento dos espíritos, por sua vez, é a capacidade
sobrenatural para discernir a natureza, o caráter e a origem dos espíritos (1
Jo 4.1). O termo original denota pluralidade: “discernimentos”.
É importante observar que a palavra da sabedoria não
resulta de qualquer esforço humano; trata-se de um dom de Deus, uma
manifestação de sabedoria sobrenatural, pelo Espírito. Na prática, é uma
habilidade pela qual se aplica o conhecimento, sendo necessário para o governo
da igreja, o pastoreio, a administração, a liderança, etc. (1 Co 2.4-7; Gn
41.38,39; Êx 4.12,15; Dt 34.9; 1 Rs 3.8; 4.29,30; At 4.13; 6.6,10; 1 Co 2.13;
Lc 12.11,12). Já a palavra da ciência é um dom pelo qual se manifesta a ciência
(ou o conhecimento) sobrenatural, pelo Espírito Santo, possibilitando o
conhecimento de fatos, de causas, de ensinamentos, etc. (Êx 31.3; Dn 1.4; 1 Rs
7.14; At 20.23). Quanto ao discernimento de espíritos, trata-se de um dom de
saber, de maneira sobrenatural, pelo Espírito, por meio do qual a igreja é
protegida de todo engano do Inimigo e dos homens (At 16.7 com 1 Ts 2.16,17; 1
Tm 4.1; Tt 1.10).
Por meio dos aludidos dons de saber, pode-se
discernir: a fonte de inspiração, que pode ser divina (At 15.32; 1 Co 14.3),
humana (Ez 13.2,3) ou diabólica (1 Rs 22.19-24; Jr 23.13; At 16.17,18; Ap
2.20-24); os espíritos, dos quais provêm falsas doutrinas e fenômenos que geram
confusão (1 Jo 4.1; At 16.16-18; 2 Co 11.4; Gl 1.8; 1 Tm 4.1; 2 Ts 2.9);
confissões falsas (At 5.1-11); trapaças (2 Rs 5.26,27); intenções (At 8.18-24),
etc.
A palavra
da ciência (1 Co 12.8). É um dom de manifestação de conhecimento sobrenatural
pelo Espírito Santo; de fatos, causas, ensinamentos, etc.
PALAVRA DA
CIÊNCIA
1. O que é? Este dom muito se relaciona ao ensino das
verdades da Palavra de Deus, fruto do resultado da iluminação do Espírito
acerca das revelações dos mistérios de Deus conforme aborda Stanley Horton, em
sua Teologia Sistemática (CPAD). Este dom também se relaciona à capacidade
sobrenatural concedida pelo Espírito Santo ao crente para este conhecer fatos e
circunstâncias ocultas.
2. Sua função. O dom da palavra da ciência não visa
servir a propósitos triviais, como o de descobrir o significado dos tecidos do
Tabernáculo ou a identidade da mulher de Caim, etc. Isto é mera curiosidade
humana, e o dom de Deus não foi dado para satisfazê-la. A manifestação
sobrenatural deste dom tem a finalidade de preservar a vida da igreja,
livrando-a de qualquer engano ou artimanha do maligno.
3. Exemplos bíblicos da palavra da ciência. Ao profeta
Eliseu foram revelados os planos de guerra do rei da Síria. Quando o rei sírio
pensou em atacar o exército de Israel, surpreendendo-o em determinado lugar, o
profeta alertou o rei de Israel sobre os planos inimigos (2Rs 6.8-12). Outro
exemplo foi a revelação de Daniel acerca do sonho de Nabucodonosor, quando Deus
descortinou a história dos grandes impérios mundiais ao profeta (Dn 2.2,3;
17-19). Em o Novo Testamento, esse dom foi manifesto quando o apóstolo Pedro
desmascarou a mentira de Ananias e Safira (At 5.1-11). O dom da palavra da
ciência não é adivinhação, mas conhecimento, concedido sobrenaturalmente, da
parte de Deus.
O dom da palavra da ciência não é para servir a
propósitos triviais. A manifestação sobrenatural deste dom tem a finalidade de
preservar a vida da igreja, livrando-a de qualquer engano ou artimanha do
maligno.
Discernir
os espíritos (1 Co 12.10). É um dom de conhecimento e revelação sobrenaturais
pelo Espírito Santo para não sermos enganados por Satanás e pelos homens.
DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS
1. O dom de discernir os espíritos. É uma capacidade
sobrenatural dada por Deus ao crente para discernir a origem e a natureza das
manifestações espirituais. De acordo com o termo grego diakrisis, a palavra
discernir significa “julgar através de”; “distinguir”. Ela denota o sentido de
“se penetrar da superfície, desmascarando e descobrindo a verdadeira fonte dos
motivos”. Stanley Horton afirma que este dom “envolve uma percepção capaz de
distinguir espíritos, cuja preocupação é proteger-nos dos ataques de Satanás e
dos espíritos malignos” (cf. 1Jo 4.1).
2. As fontes das manifestações espirituais. Ao longo
das Escrituras podemos destacar três origens das manifestações espirituais no
mundo: Deus, o homem e o Diabo. Uma profecia, por exemplo, pode ser fruto da
ordem divina ou da mente humana ou ainda de origem maligna. Como saber? Aqui, o
dom de discernir os espíritos tem o papel essencial de preservar a saúde espiritual
da congregação. Segundo nos ensina o pastor Estêvam Ângelo, o “discernimento de
espíritos não é habilidade para descobrir as faltas alheias”. O dom não é uma
permissão para julgar a vida dos outros.
3. Discernindo as manifestações espirituais. A Palavra
de Deus nos ensina que os espíritos devem ser provados (1Jo 4.1). Toda palavra
que ouvimos em nome de Deus deve passar pelo crivo das Sagradas Escrituras,
pois o Senhor Jesus nos advertiu sobre os falsos profetas. Ele ensinou-nos que
os falsos profetas são conhecidos pelos “frutos que produzem”, isto é, pelo
caráter (Mt 7.15-20). Jesus conhece o segredo do coração humano, mas nós não, e
por isso precisamos do Espírito Santo para revelar-nos a verdadeira motivação
daqueles que falam em nome do Senhor. O apóstolo João nos advertiu acerca do
“espírito do anticristo” que já opera neste mundo (1Jo 4.3).
O dom de discernimento dos espíritos é uma capacidade
sobrenatural dada por Deus ao crente para discernir a origem e a natureza das
manifestações espirituais.A Igreja de Jesus necessita dos dons de revelação
para discernir entre o certo e o errado, entre o legítimo e o falso. Os
falaciosos ensinos e as manifestações malignas podem ser desmascarados pelo dom
do discernimento dos espíritos. Que Deus conceda à sua igreja dons de revelação
para não cairmos nas astutas ciladas do Maligno.
b) Dons que manifestam o PODER de Deus.
Fé (1 Co
12.9). É um dom de manifestação de poder sobrenatural pelo Espírito Santo, a
fim de que a igreja supere os obstáculos, sejam quais forem.
O DOM DA FÉ
(1Co 12.9)
1. O que significa fé? Na epístola aos Hebreus lemos
que “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas
que se não veem” (11.1). Essa é a definição bíblica sobre a fé, pois mostra a
total confiança e dependência em Deus. Aprendemos com o texto do capítulo 11 de
Hebreus, conhecido como a “galeria dos heróis da fé”, que Deus é poderoso para
fazer todas as coisas, sendo a nossa fé em Deus, fundamental para as operações
divinas entre os homens.
O dom da fé — O que é a fé? Há na Bíblia pelo menos
três tipos de fé: a comum, a salvífica e o dom da fé. A melhor definição de fé
pode ser encontrada em Hebreus 11.1. Todo cristão possui esse tipo de fé. Já a
fé que leva o homem à salvação é resultado da pregação da Palavra e do
convencimento do Espírito Santo. É bom ressaltar que a fé é sempre o resultado
da graça divina. Sem a ação divina, não conseguimos crer. A Igreja precisa
viver pela fé, como Jesus afirmou em Marcos 9.23. Sem fé não podemos agradar a Deus,
todavia o dom da fé é algo específico. Segundo a Bíblia de Aplicação Pessoal o
dom da fé “é uma medida incomum de confiança no poder de Deus”. Mediante este
dom, os cristãos do primeiro século fizeram muitas maravilhas, levando a igreja
a experimentar um crescimento vertiginoso.
2. A fé como dom. É distinta daquela que recebemos por
ocasião da nossa conversão: a fé salvífica (Rm 10.17; Ef 2.8). Igualmente, se
distingue da fé evidenciada como fruto do Espírito (Gl 5.22). O dom da fé é a
capacidade que o Espírito Santo concede ao crente para este realizar coisas que
transcendem à esfera natural da vida, objetivando sempre a edificação da
igreja. De acordo com o teólogo Stanley Horton, esse dom “é uma fé milagrosa
para uma situação ou oportunidade especial”.
3. Exemplo bíblico do dom da fé. Quando guiou o povo
de Israel na saída do Egito e se aproximou do Mar Vermelho, já na iminência de
ser destruído por Faraó, Moisés disse: “Não temais; estai quietos e vede o
livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes,
nunca mais vereis para sempre. O Senhor pelejará por vós, e vos calareis” (Êx
14.13,14). Moisés “viu” pela fé o livramento do Senhor antes de o fato
acontecer. Esta é uma boa amostra bíblica do exercício do dom da fé.O Espírito
Santo concede aos crente o dom da fé para que ele possa realizar coisas que
transcendem à esfera natural, visando à edificação da igreja.
Dons de
curar (1 Co 12.9). Literalmente, “dons de curas”. São dons de manifestação de
poder sobrenatural pelo Espírito Santo para a cura das doenças do corpo, da
alma e do espírito, dos crentes quanto dos incrédulos.
DONS DE CURAR (1Co 12.9)
1. O que são os dons de curar? São recursos de caráter
sobrenatural para atuarem na cura de qualquer tipo de enfermidade. Por isso a
expressão está no plural. Deus é quem cura! Ele concede os “dons” segundo o
conselho da sua vontade, sabedoria e no momento certo. No Antigo Testamento, o
Todo-Poderoso se manifestou ao povo de Israel como “Jeová Rafá” — O Senhor que
sara (Êx 15.26; Sl 103.3). A concessão desses dons à Igreja deve-se à
necessidade de o Evangelho ser anunciado como uma mensagem poderosa ao não
crente, que outrora não tinha fé, mas que agora passou a crer no Evangelho,
arrependendo-se dos seus pecados (Mc 16.17,18; At 3.11-26; 4.23-31).
2. A redenção e as curas. Apesar de o crente ser
redimido pelo Senhor através da obra expiatória efetuada por Jesus na cruz do
Calvário, ele (o crente) ainda aguarda a redenção do seu próprio corpo. Quando
o apóstolo Paulo tratou dos males que afligem à criação como resultado do
pecado da humanidade, escreveu que “não só ela, mas nós mesmos, que temos as
primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a
saber, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23). Enquanto não recebermos o novo
corpo imortal e incorruptível estaremos sujeitos a toda sorte de doenças.
3. A necessidade desses dons. Os dons de curar são
necessários à igreja da atualidade. Num mundo incrédulo em que a medicina se
desenvolve rapidamente, o ser humano pensa que pode superar a Deus. A
humanidade precisa compreender a sua limitação e convencer-se da sublime
realidade de um Deus Todo-Poderoso que, em sua misericórdia e amor, concede
sabedoria a homens e mulheres para multiplicar o conhecimento da medicina
visando o bem-estar de todos. Quanto aos dons de curas, são manifestações de
poder sobrenatural que o Espírito Santo colocou à disposição da Igreja de
Cristo para que a humanidade reconheça que Deus tem o poder de sanar todas as
doenças.
No grego, as palavras dons e curas estão no plural.
Alguns entendem que isso significa que há uma variedade de formas desse dom.
Entre os que pensam assim, há quem entenda que certas pessoas têm um dom de
curar um tipo de doença ou enfermidade, ao passo que outros curam outro tipo.
Filipe, por exemplo, foi especialmente usado para curar os paralíticos e os
coxos (At 8.7). Outros, ainda, entendem que Deus dá a uma pessoa um dom na
forma de um suprimento de curas numa ocasião específica, ao passo que outro
suprimento é dado em outra ocasião, talvez a outra pessoa, mas provavelmente no
ministério do evangelista.
Ainda outros entendem que toda cura é um dom especial,
isto é, o dom é para o enfermo que tem a necessidade. Logo, segundo esse ponto
de vista, o Espírito Santo não torna os homens curadores. Pelo contrário, Ele
providencia um novo ministério de cura para cada necessidade, à medida que ela
surge na Igreja. Por exemplo, a virtude (poder) que flui para dentro do corpo
da mulher com o fluxo de sangue trouxe para ela um gracioso dom de cura (Mt
9.20-22). Atos 3.6 diz, literalmente: ‘O que tenho, isso te dou’. Isso está no
singular e indica um dom específico dado a Pedro para este dar ao coxo. Não
parece significar que tinha um reservatório de dons de curas dentro de si, mas
um novo dom para cada enfermo a quem ministrava” (HORTON, Stanley M. A Doutrina
do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12 ed., RJ: CPAD, 2012, p.297).
Operação
de maravilhas (1 Co 12.10). São operações de milagres extraordinários e
espantosos pelo poder de Deus, para despertar e convencer os incrédulos.
"E a outro, a operação de maravilhas" (1 Co
12.10).
No grego, encontramos a palavra dynameis
("poderes"), para indicar a operação realizada pelo Espírito Santo,
tem acompanhado toda a história do povo de Deus em ambos os Pactos. As dez
pragas enviadas ao Egito foram reputadas como sendo maravilhas da parte de Deus
(Êx 3.2Oss). Maravilha é um milagre, portanto. Milagre é uma intervenção ordenada
na operação regular da natureza: uma suspensão sobrenatural de lei natural.
Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, as maravilhas eram sempre operadas
em resposta às necessidades mais prementes da vida. Vejamos essas maravilhas
operadas por Deus no Antigo Testamento. Depois, veremos as manifestações deste
dom em Jesus e seus discípulos, no Novo Testamento. Apresentaremos apenas um
esboço com a respectiva citação bíblica.
2. Novo Testamento
Ressurreição de mortos
O filho da viúva de Naim (Lc 7.11-16);
a filha de Jairo (Mc 5.21-43);
Lázaro de Betânia (Jo 11.32-44);
mortos ressuscitam por ocasião da morte de Jesus
(Mt 27.52,53);
a ressurreição de Jesus (Jo 2.19-21);
Tabita (At 9.36-41);
• Êutico (At 20.9-12).
Expulsão de demônios
Um homem com um espírito imundo (Mc 1.23-26);
um endemoninhado, cego e mudo (Mt 12.22);
dois homens possuídos de legião (Mt 8.28-34);
um mudo endemoninhado (Mt 9.32-35);
a filha da siro-fenícia (Mc 7.24-30);
um jovem lunático (Mt 17.14-21);
um jovem possesso de um espírito mudo (Mc 9.14-26);
os espíritos imundos de alguns samaritanos (At 8.7);
cura de uma jovem adivinhadora (At 16.18).
Curas físicas
A febre do filho de um oficial do rei (Jo 4.46-54);
a sogra de Pedro (Mc 1.29,30);
um leproso (Mt 8.2-4);
um paralítico (Mc 2.3-12);
o paralítico do tanque de Betesda (Jo 5.1-16);
o homem da mão mirrada (Lc 6.6-10);
o servo de um centurião (Mt 8.5-13);
a mulher do fluxo de sangue (Mc 5.25-34);
dois cegos (Mt 9.27-31);
um surdo e gago (Mc 7.32-37);
um homem cego (Mc 8.22-26);
um cego de nascença (Jo 9.1-41);
uma mulher encurvada (Lc 13.11-17);
um hidrópico (Lc 14.1-6);
dez homens leprosos (Lc 17.11-19);
um mendigo cego (Lc 18.35-43);
Bartimeu (Mc 10.46-52);
a orelha de Malco (Jo 18.10);
o coxo da porta formosa (At 3.1-8);
Enéias (At 9.34);
um coxo, em Listra (At 14.10);
a disenteria do pai de Públio, em Malta (At 28.8);
os demais enfermos da Ilha de Malta (At 28.9).
d. Sobre as forças da natureza
Água transformada em vinho (Jo 2.1-11);
a rede de Pedro se enche de peixes (Lc 5.1-11);
alimentação de cinco mil homens, fora mulheres e
crianças (Mt 14.15-21);
alimentação de quatro mil homens, fora mulheres e
crianças (Mt 15.32-39);
um peixe traz dinheiro na boca (Mt 17.27);
uma grande pesca (Jo 21.6-14);
Jesus passa invisível por entre os inimigos (Lc 4.30);
sinais durante a festa da Páscoa (Jo 2.23);
seca-se a figueira sem fruto (Mt 21.19);
porcos afogam-se no mar (Mt 8.32);
Jesus acalma uma tempestade (Mt 8.26);
Jesus acalma outra tempestade (Mc 6.45-51);
Jesus anda sobre águas (Mt 14.25);
Pedro também anda sobre as águas (Mt 14.28-31);
a pedra do túmulo de Jesus é removida (Mt 28.2);
abrem-se as portas da prisão para os apóstolos (At
5.19);
Pedro é livre da prisão (At 12.7-10);
as portas do cárcere se abrem em Filipos (At 16.26).
e. Outras maravilhas
Uma estrela guia os magos a Belém (Mt 2.1-12);
curada a esterilidade de Isabel (Lc 1.7,13);
Zacarias fica mudo e depois é curado (Lc 1.22,64);
sinais no momento do batismo de Jesus (Mt 3.16,17);
sinais na transfiguração de Jesus (Mt 17.1-14);
resposta através de uma voz sobrenatural (Jo
12.28-30);
por ocasião da prisão de Cristo (Jo 18.4-6);
por ocasião da morte de Cristo (Mt 27.45-53);
por ocasião da ressurreição de Cristo (Mt 28.2);
por ocasião da ascensão de Cristo (Mc 16.19; Lc
24.50,51; At 1.6-12);
palavra confirmada por sinais (Mc 16.20);
sinais no dia de Pentecoste (At 2.1-8);
muitas maravilhas e sinais pelos apóstolos (At 2.43);
morte de Ananias e Safira (At 5.1-10);
sinais e prodígios entre o povo (At 5.12);
Estêvão (At 6.8);
Filipe (At 8.6);
Elimas é ferido de cegueira (At 13.11);
Sinais e prodígios em Icônio (At 14.3);
Barnabé e Paulo (At 15.12);
maravilhas extraordinárias pelas mãos de Paulo
(At19.11);
o Evangelho acompanhado por grandes milagres e
maravilhas operados pelo poder de Deus (Rm 15.19; 1 Co 12.10,28; 2 Co 12.12; Gl
3.5; Hb 2.4; Ap 11.3-6 etc);
e outras maravilhas que ficaram ocultas aos olhos
humanos.()
O termo grego semeon era a palavra comumente usada
para descrever "sinal" ou "maravilha". Trazia algumas
vezes o sentido de "marca distintiva" ou seu equivalente na raiz
hebraica õth, ou mõpheth, que significa "algo espantoso" ou
"marca distintiva". ()
Nos evangelhos e em Atos dos Apóstolos, é freqüente o
uso do termo semeon para indicar um "milagre didático em forma
expressiva" ou "uma maravilha", cuja finalidade é convencer os
homens acerca de uma intervenção divina. A expressão ocorre 77 vezes no Novo
Testamento, sendo que aparece 48 vezes nos evangelhos, 13 em Atos, oito nas
epístolas de Paulo, sete no Apocalipse de João e uma em Hebreus. No Evangelho
de João, aparece com o significado de "sinal milagroso" (Jo
2.11,18,23). ()
Mas o sentido geral é de uma operação completamente
divina, cujo teor compõe-se não somente de um "sinal" ou "marca
distintiva", mas de algo que causa espanto e admiração aos circunstantes.
As grandes maravilhas relacionadas neste capítulo são apenas uma demonstração
técnica do grande poder de Deus.
Em todos os acontecimentos, e em todas as guerras de
que participou o povo de Deus, tanto a nação de Israel como a Igreja de Jesus
Cristo, houve participação divina em cada detalhe, até a vitória.
Em alguns casos, Deus intervinha diretamente com
manifestações do seu poder. Ou usava homens e mulheres dotados de dons
espirituais, especialmente o de operar maravilhas (Hb 2.4 etc).
Deus é sempre lembrado por suas maravilhas! Jo
declara que Ele faz "maravilhas tais que se não podem contar" (Jo
9.10).
Os Salmos exortam-nos a louvá-lo por suas maravilhas:
"Para publicar com voz de louvor e contar todas as tuas maravilhas"
(26.7); "Anunciai entre as nações a sua glória; entre os povos as suas
maravilhas" (Sl 96.3); "Cantai ao Senhor um cântico novo, porque ele
fez maravilhas..." (Sl 98.1). O profeta Joel fala do "derramamento
do Espírito Santo", e a voz de Deus conclui: "Mostrarei maravilhas no
céu e na terra" (Jl 2.30).
Cremos que o dom de operar maravilhas não cessou. Ele
continua em evidência na Igreja através dos séculos e na atualidade.
O segredo para vermos maravilhas em nós e nos outros
começa com a santificação: "Santificai-vos, porque amanhã fará o Senhor
maravilhas no meio de vós" (Js 3.5). Foi o que fez Moisés quando
"levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus". Ele
"santificou o povo... E disse ao povo: Estai prontos ao terceiro dia... E
aconteceu ao terceiro dia, ao amanhecer, que houve trovões e relâmpagos sobre
o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte, de maneira que
estremeceu todo o povo que estava no arraial... E o sonido da buzina ia
crescendo em grande maneira; Moisés falava, e Deus respondia em voz alta"
(Êx 19.14-19).
Um acontecimento de primeira magnitude! Agora, com a
presença de Deus na montanha, tudo muda de aspecto. A montanha inteira parece
pulsar de vida. Deus, então, levanta suas mãos até a altura das estrelas. Ele
responde a Moisés em voz alta, e as regiões do firmamento ecoam com timbres
poderosos assim como ressoa o rugir do leão no deserto à meia-noite. A
artilharia do céu é descarregada como sinal; um troar de trovões seguidos de
raios que partem de lugares ocultos espalham o alarme por todo o monte,
preparando o povo para receber suas ordens.
Deus, então, começa a operar maravilhas aos olhos do
povo: "E todo o povo viu os trovões, e os relâmpagos, e o sonido da
buzina, e o monte fumegando" (Êx 20.18).
Assim são as maravilhas de Deus, e o Espírito Santo,
hoje, deseja capacitar cada um dos filhos de Deus que estão a servir a vontade
divina e as necessidades humanas, para honra e glória do nome do Senhor.
FONTE NOTAS O ESPIRITO SANTO ,SEVERINO P.S, CPAD ,2001
c) Dons que manifestam a MENSAGEM de Deus.
Profecia
(1 Co 12.10). É um dom de manifestação sobrenatural de mensagem verbal pelo
Espírito, para a edificação, exortação e consolação do povo de Deus (1 Co
14.3).
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