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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O modelo do verdadeiro pentecostes

                                    

              O modelo do verdadeiro Pentecostes (1ª parte)
                                                             Artigo Maurico Berwald



fonte cpad news
   Estamos na era dos substitutivos, do artificialismo e das aparências; a era dos plásticos, dos “aglomerados” e dos sabores artificiais. E no campo espiritual não é diferente. Vivemos em um tempo marcado por imitações, inovações, falsificações, misticismo e mudanças injustificáveis dentro das igrejas.

A Palavra de Deus fala claramente sobre as mudanças indevidas e seus resultados funestos. Paulo falou sobre isso na sua carta aos romanos. “E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis (...) pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza”, Rm 1.23,25-26.

Profeta Daniel também nos fala de mudanças que serão realizadas pelo anticristo. “E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos, e a lei; e eles serão entregues na sua mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo”, Dn 7.25.

Algumas mudanças condenáveis que vemos nos dias de hoje são a Teologia da Libertação, o culto à prosperidade e a transformação indevida de fatos e eventos bíblicos em doutrina. Apóstolo Paulo nos alerta quanto a falsificar a Palavra de Deus: “Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a Palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade”, 2Co 4.2.

Tendo em vista a situação hodierna e o que nos diz as Sagradas Escrituras, urge enfatizarmos a necessidade da busca do padrão bíblico para a Igreja. Paulo exortou Timóteo a guardar o ensino da Palavra de Deus transmitido por ele. “Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e na caridade que há em Cristo Jesus”, 2Tm 1.13.

Assim como Moisés, que ordenou que se fizesse o Tabernáculo conforme o modelo que lhe foi entregue por Deus no monte, devemos observar à risca o padrão bíblico para a Igreja, pois a Palavra de Deus é o nosso manual de vida, nossa única regra de fé e prática. “Os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou”, Hb 8.5. Paulo, em 1 Coríntios 3.10 e 13, falou sobre a importância de termos cuidado com a forma como edificamos.

       O modelo do verdadeiro Pentecostes (2ª parte)

Há 14 palavras-chaves (ou frases) em Atos 2. Essas expressões marcaram o primeiro Pentecostes, indicando fatos que devem acompanhar o verdadeiro Pentecostes através dos tempos. Vejamos uma por uma.

Pentecostes
 – “E cumprindo-se o dia de Pentecostes”, At 2.1. Em Levítico 23, Deus estabeleceu sete festas sagradas para Israel observar, as quais prefiguravam de antemão todo o curso da História da Igreja. Essas festas sagradas falam também do caráter alegre que iria caracterizar a Igreja. Festa pressupõe alegria. Lembremo-nos que Jesus sempre foi um homem alegre, apesar de viver à sombra da cruz!

Das sete festas sagradas de Israel, a quarta era a de Pentecostes (Lv 23.15-16), também chamada de Festa das Semanas (Dt 16.10) e Festa das Colheitas (Êx 23.16). A Festa de Pentecostes ocorria no terceiro mês (Sivã) e durava um dia. Dia seis de Sivã, que corresponde mais ou menos ao nosso mês de junho.

A Festa de Pentecostes era precedida por três outras festas conjuntas: a Páscoa, em 14 de Abibe; Festa dos Pães Asmos, de 15 a 22 de Abibe; e Festa das Primícias, em 16 de Abibe. As três levavam oito dias e eram celebradas no mês de Abibe, que é o primeiro mês do calendário sagrado de Israel. O primeiro mês do calendário civil era Tisri, que corresponde mais ou menos ao nosso mês de outubro.

A Festa de Pentecostes era seguida de três outras festas: Festa das Trombetas, no 1° de Tisri; Expiação, em 10 de Tisri; e Festa dos Tabernáculos, de 15 a 21 de Tisri. As duas primeiras duravam apenas um dia cada uma, enquanto a última durava sete dias. O dia da segunda também era conhecido como “O grande dia da Expiação”. Como pode se ver, essas três festas ocorriam no mesmo mês, Tisri, o início do ano civil de Israel.

Pentecostes era a festa central das sete que o Senhor determinou para Israel observar em Levíticos 23. São 3+1+3. Essa centralidade fala da importância do batismo no Espírito Santo para a Igreja, e do equilíbrio espiritual que dele resulta.

Ninguém sabe ao certo o dia do natal de Cristo, nem o dia de sua morte, mas todos sabemos o dia da sua ressurreição (o primeiro da semana), bem como o Dia de Pentecostes (o 50° dia após a Festa das Primícias). Assim, a Festa de Pentecostes era uma profecia: 7x7 semanas + 1 dia= 50 dias, a contar da Festa das Primícias (Lv 23.15), a qual falava da ressurreição de Cristo (1Co 15.20). Essa colocação das festas também nos mostra que sem Páscoa, isto é, sem o Cordeiro de Deus, morto e ressurreto, não teríamos Pentecostes.

Recapitulando, a Páscoa era celebrada primeiro (14 de Abibe – um dia), sendo seguida por Pães Asmos (15 a 21 de Abibe – sete dias) e Primícias (16 de Abibe – um dia). Primícias e Pães Asmos, portanto, eram festas conjuntas.

Vejamos algumas particularidades sobre a Festa das Primícias e a de Pentecostes, conforme Levítico 23.9-14.

Na Festa das Primícias era movido perante o Senhor um molho (feixe) de espigas de trigo (Lv 23.10-11). Na Festa de Pentecostes eram movidos perante o Senhor dois pães de trigo (Lv 23.15-17). Isso falava da Igreja, que seria formada de judeus e gentios, formando, assim, um só corpo – o Corpo de Cristo (Ef 2.14; Jo 11.52). O feixe de espigas fala da união, mas os pães vão além. Eles falam de unidade (Ef 4.3). Em um feixe de espigas, os grãos estão simplesmente presos às espigas, porém isolados uns dos outros. Em um pão é diferente: o trigo é o mesmo, mas os grãos passaram por um multiforme processo e formam agora um todo, um corpo único. O derramamento pentecostal fez isso na formação da Igreja em Atos 2, e quer continuar a fazer o mesmo hoje.

Todos – “Todos reunidos no mesmo lugar”, At 2.1. “Todos foram cheios do Espírito Santo”, At 2.4. “Do meu Espírito derramarei sobre toda a carne”, At 2.17. “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”, At 2.21. “Todos os que estão longe; tantos quanto...”, At 2.39. “Em toda alma havia temor”, At 2.43. “Todos os que criam estavam juntos”, At 2.44. “Todos” é uma palavra inclusiva. Isso indica que todos os salvos são candidatos ao batismo no Espírito Santo.

A salvação não é o batismo no Espírito Santo. Este deve seguir à salvação. Os discípulos do Senhor, juntamente com as mulheres, Maria e outras mais (At 1.13-14), já eram salvos antes do Dia de Pentecostes. A Palavra de Deus elimina qualquer dúvida nesse sentido (Jo 14.17; At 2.18, 38-39 e 19.2).

Reunidos – “Todos reunidos no mesmo lugar”, At 2.1. Isso indica não só união, mas unidade no Espírito Santo. Acabaram-se as diferenças pessoais e ali estavam todos juntos, reunidos. Pedro, João, Tomé, Felipe, Tiago, todos unidos.

Céu – “Veio do céu”, At 2.2. O que está ocorrendo em sua vida, igreja ou movimento religioso vem mesmo do céu? Ou vem simplesmente dos homens? “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?”, Jr 17.9. Ou será que vem do astuto enganador?

Jesus, antes de ser ascendido ao céu, se referiu ao derramamento do Espírito da seguinte forma: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai: ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder”, Lc 24.49. Quando a experiência de Pentecostes se repetiu na casa de Cornélio, Pedro frisou que ela se deu “como no princípio” (At 11.15). Paulo exorta sobre o perigo de recebermos “outro espírito” de falsos profetas (2Co 11.4).

Som – “Veio do céu um som”, At 2.2. O Espírito Santo veio primeiramente como um som. Para quê? Para despertar os dormentes, acordar do sono espiritual, alertar do perigo, avisar, convocar para o trabalho, reunir (1Co 14.8) e para a Igreja louvar a Deus com “música de Deus” (1Cr 16.42 e Cl 3.16).

Vento – “Som como de um vento veemente e impetuoso”, At 2.2. O texto esclarece que não ouve vento mesmo, só seus efeitos sonoros. Vento fala de muitas coisas:
a) Força impulsora, como nas velas dos barcos e nos moinhos.
b) O vento separa a palha do grão (Sl 1.4 e Mt 3.12). Ele separa o leve do pesado.
c) O vento move e movimenta águas e árvores.
d) O vento fertiliza, levando o pólen, a vida (Ct 4.16 e Jo 3.5,8).
e) O vento limpa árvores e campos.
f) O vento não tem cor, logo pode significar também a ausência de favoritismo, individualismo e discriminação.
g) O vento não pertence a um clima único. Ele é universal.
h) O vento move-se continuamente (Ec 1.6 e Gn 1.2).
i) O vento não tem cheiro, mas espalha perfume. Aqui podemos lembrar do papel do Altar do Incenso no Tabernáculo.
j) O vento quando se move é infalivelmente sentido, notado.
l) O vento refresca e suaviza o calor.
m) O vento (ar) alimenta e vivifica pulmões e a vida orgânica. Em Ezequiel 37.8-10, vemos nos corpos ossos, nervos, carne, pele, mas não vida, até que o Espírito assoprou sobre eles. Aleluia! Há muitos crentes por aí que têm de sobra “ossos”, “nervos”, “carne” e “pele”, mas falta-lhes a vida abundante do Espírito.
n) O vento é misterioso (Jo 3.8).
Devemos ter cuidados com as falsificações, com os ventos nocivos (Mt 7.25 e Ef 5.14).

Casa – “E encheu toda a casa”, At 2.2. A família cristã cheia do Espírito Santo tem um papel muito importante para a Igreja. A família é a primeira instituição divina na Terra. Foi por meio dela que o Senhor fundou a nação que traria o Messias ao mundo e também dela serviu-se para que nascesse o Messias. O Diabo luta com todas as suas hostes para destruir a família na face da Terra, inclusive dentro da Igreja, mas o Senhor tem provido salvação para a família. Antes de julgar o mundo com um dilúvio, Deus proveu salvação para Noé e sua família (Gn 6.18). Na noite em que Deus julgou os egípcios, os israelitas foram milagrosamente salvos pelo sangue do cordeiro. Ali, Deus instruiu cada família a tomar um cordeiro para si (Êx 12.3-4). “Serás salvo tu e a tua casa” é uma promessa de Deus para os chefes de família (At 16.31) e na promessa pentecostal toda a família está incluída (At 2.17).

Línguas – “Línguas repartidas como que de fogo”, At 2.3. O verdadeiro Pentecostes tem algo para se ouvir do céu (“veio do céu um som”), algo para se ver do céu (“foram vistas por eles línguas”) e algo para se repartir vindo do céu (“línguas repartidas”). Devemos observar algumas características das línguas estranhas:
a) Línguas estranhas não precedem o derramamento do Espírito, mas seguem-se a ele. “Foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas”, At 2.4.
b) Línguas no derramamento espiritual indicam o Evangelho falado, pregado, cantado, comunicado. Porém, são línguas “como que de fogo”, não língua de flores.
c) Vários dons do Espírito Santo são exercidos através da língua, da fala.
d) Deus usou as línguas estranhas como sinal externo do batismo no Espírito Santo para demonstrar sua inteira posse e controle da nossa língua ao batizar-se (Tg 3.8).
e) Línguas estranhas como evidência física inicial do batismo no Espírito (Veja a lei da primeira referência, comparando Atos 2.4, 10.44-46 e 11.15).
f) Línguas estranhas como um dos dons do Espírito Santo (1Co 12.10,30).
g) Dons espirituais podem ser concedidos por Deus no momento do batismo no Espírito (At 2.17 e 19.6).
É importante ensinarmos nas igrejas a doutrina do batismo no Espírito Santo.

Fogo – “Línguas como que de fogo”, At 2.3. Esse fogo de que fala o texto sagrado é sobrenatural, celestial. Não é fogo estranho. Vejamos algumas características do fogo, e que podem ser aplicadas no campo espiritual:
a) O fogo alastra-se, comunica-se.
b) O fogo purifica. Contra a impureza espiritual, a principal força é o Espírito Santo.
c) O fogo ilumina. É o saber, o conhecimento das coisas de Deus.
d) O fogo aquece. A Igreja é o Corpo de Cristo. Todo corpo vivo é quente.
e) O fogo, para queimar bem, depende muito da madeira, se ela é boa ou ruim.
f) O fogo tanto estira o ferro duro como a roupa macia.
g) Foi o fogo do céu que fez do templo de Salomão a Casa de Deus. Nós somos templos do Espírito Santo (2Cr 7.1 e 1Co 3.16).
h) “Quem nasce sob o fogo não esmorece sob o sol”.

Cheios – “E todos foram cheios do Espírito Santo”, At 2.4. Quanto mais cheia e mais alta, mais pressão e peso tem a caixa d’água. Assim é com o crente cheio do Espírito Santo. Lembremo-nos também que não é só o crente que fica cheio, o ambiente também: a casa – “E encheu toda a casa”, At 2.2. Outra coisa a se observar é que os símbolos e figuras manifestos no Dia de Pentecostes falam de poder, como fogo e vento. Poder, energia e força nós usufruímos, embora não saibamos defini-los plenamente (Jo 3.8).

Nações – “Todas as nações que estão debaixo do céu”, At 2.5. Jesus já havia feito uma declaração em Atos 1.8 sobre o revestimento de poder e a evangelização de todos os povos. Em Marcos 16.15, Jesus também fala de evangelização e missões. O verdadeiro movimento pentecostal terá que ser um movimento missionário. Deve ser um movimento que ora por missões, contribui para missões, promove missões e vai ao campo missionário.

A igreja que não evangeliza breve deixará de ser evangélica. Para os que pensam em missões, é importante lembrar a relevância da compreensão do fenômeno da transculturação hoje.

Zombaria – “E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto”, At 2.13. Esses zombadores não eram pessoas ímpias. Eram pessoas religiosas. Hoje acontece a mesma coisa. Zombadores e críticos religiosos se levantam contra o genuíno derramamento do Espírito. Judas alertou quanto a isso: “Mas vós, amados, lembrai-vos das palavras que foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais vos diziam que no último tempo haveria escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências. Estes são os que causam divisões, sensuais, que não têm o Espírito”, Jd 17-19.
Quando não aparece um Judas, traidor, do lado de dentro, aparece um Pilatos do lado de fora, ainda se defendendo, mas devemos fazer como Jesus: fazer a obra que Deus nos confiou, porque críticos e zombadores sempre teremos aqui.

Pedro – “Pedro, porém, pondo-se em pé”, At 2.14. Vemos, aqui, o homem de Deus na disposição da graça. Se analisarmos Pedro antes e depois do Pentecostes, vamos notar uma mudança enorme em sua vida. Dali para frente, Pedro jamais mudou (1Pd 1.1-5 e 2.4-5). Aqui, é importante frisar o cuidado da igreja com a teologia modernista, liberalista e especulativa, que está permeando o mundo e procura mudar o perfil da Igreja.

Palavra de Deus – “Pedro disse-lhes: Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel”, At 2.14-15. No Dia de Pentecostes, a primeira pregação da Igreja foi pura exposição da Palavra de Deus (At 2.16-36).

Nosso ministério e nossa congregação experimenta um abundante e poderoso ministério da Palavra? A pregação e o ensino fundamental têm endereço certo: o coração do ouvinte. “E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração”, At 2.37. Há atualmente um esvaziamento da Palavra de Deus no púlpito de inúmeras igrejas. E como está a sua igreja neste particular? O tempo que deveria ser da Palavra de Deus é ocupado por música, canto profissional (não genuíno louvor) e atividades sociais, restando apenas alguns minutos para a pregação da palavra de Deus? É a falta da Palavra que gera elevado número de retardados espirituais nas igrejas.

É preciso vigilância com os chamados hinos especiais duplos e triplos de cantores, conjuntos e corais em nossos cultos. Devemos atentar para a dosagem e equilíbrio na adoração a Deus (Ex 30.34-38 e 2Cr 29.27). Devemos considerar a expressão “porão em ordem”, em se tratando de holocausto ao Senhor (Lv 1.7-8,12 e 1Co 14.40).

       O modelo do verdadeiro Pentecostes (3ª parte)


Façamos agora algumas considerações sobre o genuíno Pentecostes. Vejamos algumas das coisas que ocorrem no primeiro Pentecostes:

a) Obediência à vontade do Senhor (Lc 24.49 e At 1.12-14) – A desobediência é um entrave à operação divina (At 5.32).

b) União e unidade entre os crentes (At 1.14; 2.1 e Ef 4.3) – Pensemos em João, Pedro, Tomé e outros naquele dia. Apesar de todas as suas diferenças, estavam todos reunidos e unidos.

c) Oração perseverante e unânime (At 1.14).

Conservando o Pentecostes


Na Lei havia apagador de fogo (Êx 25.38), mas na Graça não há (Mt 12.20). “Não apagueis o Espírito”, 1Ts 5.19. A conservação do Pentecostes vem pela constante renovação espiritual do crente. Tito 3.5 nos fala da regeneração seguida de renovação: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”.

Há vários textos bíblicos no Novo Testamento que nos falam sobre a renovação espiritual do crente: At 4.8,31; 6.3; 7.55; 11.24; 13.9; 13.52; Rm 12.2; 2Co 4.6; Ef 4.32; 5.18 e Cl 3.10. No Antigo Testamento, quanto à vida espiritual renovada, temos o exemplo de Davi: Sl 92.10; 103.5; 104.30; 119.25,37,40,50,88,93,97,154,156 e 159.

Sobre o batismo no Espírito Santo


O derramamento do Espírito sobre o crente é chamado de batismo (At 1.5 e Mt 3.11). Em todo batismo tem que haver três condições: o candidato a ser batizado, o batizador e o elemento em que o candidato vai ser imerso. No batismo com ou no Espírito Santo, o candidato é o crente, o batizador é o Senhor Jesus e o elemento ou meio em que o crente é imerso é o Espírito Santo.

Há diferença em ser cheio do Espírito Santo e ser batizado no Espírito Santo. Uma garrafa pode estar cheia de água e não estar batizada em água. Ela estará cheia e batizada quando estiver cheia d’água e imersa na água (Dt 34.9; Mq 3.8 e Lc 1.67).

Por fim, um esclarecimento sobre a passagem de João 20.22: o texto não se refere ao batismo pentecostal. Temos o primeiro sopro divino vivificando e animando o homem material – Adão em Gênesis 2.7. O segundo sopro divino, vivificando e animando o homem espiritual, o crente, é o registrado em João 20.22. O terceiro sopro divino é o batismo pentecostal, capacitando o crente para o serviço do Senhor (At 1.8). O primeiro homem, o homem natural, adâmico, teve uma vocação terrena (1Co 15.47). O novo homem, criado em Cristo ressurreto, tem uma vocação espiritual, celestial, santificante (Hb 3.1 e Ef 4.24).


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