O GENUINO CULTO
PENTECOSTAL
ADORAÇÃO E CULTO
Artigo Mauricio Berwald
O verdadeiro significado de
culto. Será que realmente cultuamos a Deus como a Bíblia o requer?
Vejamos em primeiro lugar, o que significa culto. O próprio significado da
palavra “culto”, ou “serviço”, já sugere, em si mesmo, o ato de adoração que,
por sua vez, implica na reverência que todos devemos prestar ao Todo-Poderoso
(Sl 29.2). Cultuar a Deus significa adorá-lo, exaltá-lo, prestar-lhe a devida
reverência (Sl 96.9).
Infelizmente, muitos vão ao culto, cantam e até oram, mas não adoram ao
Senhor, pois o seu coração acha-se distante de sua presença (Is 29.13). O culto
para os tais é apenas um ponto de encontro um momento de
interatividade social.
Deus se compraz naqueles que o buscam com um coração puro e sincero, e
alegra-se naqueles que o adoram “em espírito e em verdade” (Sl 15.1-5; Jo
4.23,24). Por conseguinte, não devemos prestar-lhe culto como se estivéssemos a
barganhar-lhe as bênçãos e os favores. Há muitos que, desprezando a soberania
divina, passam a determinar seus “direitos” e a decretar suas “posses” como se
o Senhor lhes fosse um mero empregado. Isso é falta de reverência e temor
diante dAquele a quem devemos adorar pelo que é e pelo que já fez por nós (Jo
3.16; Ef 2.8,9; 1 Jo 4.19; Ap 4.10).
A essência do culto a Deus é a
adoração. O ato de adorar a Deus constrange-nos a submetermo-nos
incondicionalmente à sua vontade (Mt 6.10) e a nos humilharmos até ao pó diante
de sua presença (Gn 18.27). A mulher pecadora, que ungiu a Jesus com fino unguento,
“beijava-lhe os pés” em santa adoração (Lc 7.38). Se adorar é um ato de
rendição, gratidão e exaltação ao Deus que nos criou (Sl 95.6), cheguemo-nos,
pois, diante do Todo-Poderoso com temor e tremor, reconhecendo-lhe o senhorio
sobre nossas vidas.
Adoração completa e
incondicional. Se todo culto é um ato de adoração, nem todo ato de adoração é
necessariamente um culto. Os judeus dos tempos de Isaías e Miqueias não sabiam
fazer tal distinção, por isso o Senhor repreendeu-os energicamente (Is 1.11; Mq
6.3-8). Aliás, até mesmo nossas atividades profissionais têm de ser realizadas
como atos de sincera adoração ao Senhor (Ef 6.5-9). O que isto significa? A
vida do crente deve ser um contínuo ato de adoração e louvor a Deus (Sl 146.1).
COMPOSIÇÃO DO CULTO PENTECOSTAL
Liturgia do culto pentecostal. Apesar de
suas características, o culto pentecostal também possui a sua liturgia. Mas o
que significa liturgia? Não devemos assustar-nos diante dessa palavra, nem
tê-la como sinônimo de formalismo. Liturgia, de acordo com o grego, significa
serviço público. Nesse sentido, o culto cristão pode ser definido como um
serviço que, em espírito e em verdade, prestamos a Deus (Sl 100.2).
Paulo apresenta a liturgia ideal para o culto cristão: “Que fareis,
pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem
revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1 Co
12.26). Embora a igreja em Corinto fosse autenticamente pentecostal, o seu culto
deveria primar pela boa condução: “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem”
(1 Co 14.40). O culto deve ser racional e consciente, conforme exige a Palavra
de Deus (Rm 12.1). Caso contrário, ou cairá no formalismo, ou em algo
desordenado e sem forma.
Queremos deixar bem claro que a liturgia realmente bíblica jamais
impedirá a manifestação do poder de Deus, batismos com o Espírito Santo, curas
divinas, milagres e, principalmente, salvação de almas.
Elementos do genuíno culto
pentecostal. Vejamos, a seguirmos elementos que, de acordo com Paulo, devem
compor o verdadeiro culto cristão:
a) Leitura da Palavra. No
Antigo Testamento, a leitura e a dissertação das Sagradas Escrituras tinham um
sentido especial no serviço de adoração a Deus (Ed 8.1-12). Na Igreja
Primitiva, quando o Novo Testamento ainda não havia sido escrito, os crentes
utilizavam as Escrituras do Antigo Testamento em suas reuniões (At 2.42;
17.11).
Por conseguinte, o verdadeiro culto de adoração a Deus não pode ficar
sem o ensino ou a pregação bíblica. A sua igreja ouve regularmente a leitura da
Palavra de Deus? O culto sem a leitura e a explanação das Sagradas Escrituras é
incompleto.
b) Cânticos na adoração.
Uma das formas mais expressivas da adoração cristã é manifestada através de
hinos e cânticos (Ef 5.18-21). Infelizmente, essa área da liturgia cristã muito
tem sofrido com a proliferação de músicas que, sublimando o homem, minimizam o
Senhor. Por outro lado, glorificamos a Deus porque nosso hinário oficial, a
Harpa Cristã, tem como o seu primeiro compromisso exaltar o Senhor além de
cantar as doutrinas da Bíblia Sagrada.
c) As orações e as ofertas
voluntárias. Os crentes na Igreja Primitiva, por não disporem de templos,
oravam nas casas. Os de Jerusalém oravam também no Santo Templo (At 3.1;
4.23,24; 12.12). Além da oração, eles adoravam a Deus com a entrega voluntária
de dízimos e ofertas (1 Co 16.2; 2 Co 9.7; Fp 4.18). A oração e a intercessão
jamais devem ausentar-se do culto pentecostal.
MODISMOS LITÚRGICOS
Adoção de movimentos estranhos
ao cristianismo do Novo Testamento. A maneira como uma igreja adora
ao Senhor reflete a sua crença e os seus valores. A igreja Primitiva, por
exemplo, era autenticamente pentecostal tanto na forma quanto no conteúdo: “E
perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e
nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam
pelos apóstolos” (At 2.42.43).
O segredo do avivamento, por conseguinte, não se acha na adoção de
modismos litúrgicos nem na criação de gestos e posturas artificiais que, mostra
a experiência, sempre acabam por roubar a reverência do culto cristão. O
verdadeiro avivamento espiritual torna-se realidade quando a igreja se volta à
Palavra de Deus (2 Cr 34.15). A partir daí, a igreja não mais se escraviza à
liturgia, porque a sua preocupação, doravante, será adorar a Deus através de um
culto ordeiro e decente. Sua adoração também será demonstrada por meio de um
serviço cristão completo: evangelismo, missões, ensino sistemático das
Escrituras, assistência social, etc. Isto é avivamento.
Cultos exóticos. Há tantas
inovações e exotismos invadindo nossos cultos, que, algumas dessas
extravagâncias, em nada diferem do misticismo pagão. Recomenda-nos Paulo:
“Ninguém vos domine a seu bel-prazer, com pretexto de humildade e culto dos
anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal
compreensão, e não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado
pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus” (Cl 2.18).
Infelizmente, tais coisas não ficaram no passado. Haja vista as igrejas
que, ao invés de adorar ao Criador, acabam por adorar a criatura, por causa da
ênfase que dão aos seres angélicos. Ora, que os anjos existem, todos sabemos.
Mas eles existem para ministrar aos santos e não para serem adorados por estes
(Hb 1.14). A presença mais importante no culto cristão é a do Espírito Santo.
Cuidado, pois, com esses elementos estranhos ao culto pentecostal.
Atos dos Apóstolos.“Com que me
apresentarei diante do Senhor? Pergunta o escritor sacro ao Todo-Poderoso.
Vejamos algumas coisas a serem observadas quando entrarmos na Casa de Deus para
cultuá-lo:
• Reverência e profundo
temor
‘Guarda o teu pé, quando entrares na Casa de Deus; chegar-se para ouvir
é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal’
(Ec 5.1). Quando entramos na Casa do Senhor, que o nosso espírito seja imbuído
de um profundo espírito de reverência e santo temor. Goethe, poeta alemão, fala
da importância da reverência: ‘A alma da religião cristã é a reverência’.
• Alegria e regozijo
‘Alegrei-me quando me disseram: vamos à Casa do Senhor’ (Sl 122.1).
Quando os filhos de Israel dirigiam-se ao Santo Templo, em Jerusalém, para
celebrar as festas sagradas, eles o faziam com o espírito de regozijo. Estar no
santuário divino era o seu maior prazer, pois ali todos os israelitas
reuniam-se para enaltecer o Senhor.
• Predisposição e discernimento
espirituais
‘Acordado, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o Senhor está neste
lugar, e eu não o sabia. E temeu e disse: Quão terrível é este lugar! Esse não
é outro lugar senão a Casa de Deus; e esta é a porta dos céus’ (Gn 28.16,17).
Não se encontrava o patriarca num suntuoso templo; achava-se no relento. Mas
ali, tendo por cobertura os céus, viu Jacó os anjos de Deus subirem e descerem
por uma escada que ligava os céus à terra. Em simplicidade contemplou Jacó o
Eterno. Tem você igual predisposição para enaltecer a Deus?”
NOTAS (ANDRADE, C. As Disciplinas da Vida Cristã. 1.ed., RJ: CPAD, 2008, )
Movimento Pentecostal — As doutrinas
da nossa fé
O Movimento Pentecostal, embora comprovadamente bíblico e ortodoxamente
teológico, vem sofrendo, desde o seu nascedouro, injustificados ataques. Isto
se deve a dois principais fatores: 1) falta de conhecimento bíblico-teológico
acerca da doutrina do Espírito Santo e 2) ignorância sobre a origem do maior
avivamento já registrado pela história.
Nesta lição, teremos oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a
origem e a atualidade do Pentecostalismo. Viremos a constatar que o Movimento
Pentecostal, apesar de seus cem anos de história, é uma realidade que vem sendo
experimentada pela Igreja de Cristo há quase vinte séculos. Infelizmente,
muitos são os movimentos que, cognominados de pentecostais, vêm semeando
confusão acerca do verdadeiro movimento do Espírito Santo.
A ORIGEM DO PENTECOSTES CRISTÃO
O ponto de partida. No Dia de
Pentecostes, em Jerusalém, cumpriu-se a promessa que o Senhor Jesus fizera aos
seus discípulos: a vinda do Consolador (Jo 14.16; At 2.1-4). Inaugurou-se,
assim, um novo tempo para o povo de Deus que passou a usufruir de um abundante
derramamento do Espírito Santo, conforme havia profetizado Joel (Jl 2.28-31).
Sim, o que Jesus prometera tornou-se realidade (Lc 24.49). Mas qual a origem do
Pentecostes? E por que as igrejas que crêem na atualidade do batismo com o
Espírito Santo e dos dons espirituais são denominadas pentecostais?
Como surgiu o termo
pentecostalismo. A expressão “pentecostalismo” procede do vocábulo grego pentekosté que
significa quinquagésimo. O Pentecostes era a segunda das três principais festas
judaicas (Lv 23) e recebe esse nome por ser comemorado cinquenta dias após a
Páscoa (Lv 23.16). Era também conhecido como a Festa das Semanas, Festa das
Primícias e Festa da Colheita (Êx 34.22). Foi durante o Pentecostes que os
quase 120 que oravam no cenáculo receberam o batismo com o Espírito Santo (At
1.3; 2.1-13).
Do Pentecostes judaico ao
cristão. Devido à destruição do Santo Templo em 70 d.C, os judeus ficaram
impossibilitados de praticar muitos de seus rituais e liturgias. Mas para os
cristãos, o Pentecostes, em virtude do derramamento do Espírito Santo, adquiriu
um novo sentido. Tornou-se sinônimo do ministério, operações, atos poderosos e
manifestações sobrenaturais do Espírito Santo na Igreja e através da Igreja (At
19.1-20).
A TRAJETÓRIA DO PENTECOSTALISMO
A promessa da efusão do
Espírito. Deus revelou ao profeta Joel que, nos últimos dias, haveria uma
efusão do Espírito Santo sobre os fiéis (Jl 2.28-32). Por conseguinte, a
promessa do derramamento do Espírito Santo não se destinava apenas aos crentes
que se achavam reunidos no cenáculo, mas diz respeito a todos os servos de Deus
em todos os lugares e épocas (At 2.1-13, 39). O Movimento Pentecostal implica
numa ação contínua e renovadora do Espírito Santo na vida da Igreja, fazendo
com que esta cumpra cabalmente as demandas da Grande Comissão (Mt 28.19,20; Mc
16.15-20).
O Movimento Pentecostal tem o
testemunho dos séculos. O escritor e jornalista Emílio Conde
evidencia em O Testemunho dos Séculos, através de inúmeras provas,
que o Pentecostalismo é um movimento legitimamente bíblico e que,
historicamente, não se restringiu à Igreja Primitiva. Não é, portanto, um
modismo sueco ou norte-americano. Em seu Dicionário do Movimento
Pentecostal, afirma o historiador Isael de Araujo que o “pentecostalismo,
em suas diferentes formas, tem existido por toda a história cristã, tanto do
Ocidente como no Oriente, desde o Dia de Pentecostes, em Jerusalém”. No verbete
“cronologia do pentecostalismo mundial”, o autor mostra um panorama das manifestações
históricas do pentecostalismo do primeiro até ao século vinte.
O genuíno Pentecostalismo. Como
distinguir o verdadeiro do falso pentecostalismo? O genuíno pentecostalismo não
admite qualquer outra revelação além das Escrituras Sagradas, pois prima pela
ortodoxia bíblica e pela sã doutrina (Cl 1.6-9). Logo, nossa única regra de fé
e conduta é a Bíblia Sagrada, a inspirada, inerrante, absoluta e completa
Palavra de Deus.
O VERDADEIRO PENTECOSTALISMO
Características das igrejas
pentecostais. São igrejas legitimamente pentecostais as que, em primeiro lugar:
a) Aceitam a soberania da Bíblia Sagrada, como a inspirada e inerrante Palavra
de Deus, elegendo-a como infalível regra de avaliação de toda e qualquer
manifestação espiritual (2 Tm 3.16); b) Mantém a pureza da sã doutrina,
conforme a encontramos na Bíblia Sagrada (At 2.42; 1 Tm 4.16); c) Acreditam na
atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais (At 2.39); d)
Cumprem integralmente as demandas da Grande Comissão que nos deixou o Senhor
Jesus (Mc 16.15-20); e) Têm compromisso com a santidade, defendem o
aperfeiçoamento da vida cristã através da leitura da Bíblia, da oração e do
exercício da piedade na consolação do Espírito Santo (Gl 5.22; 1 Ts 5.17-23; 1
Tm 4.8).
Novos movimentos. Vários
movimentos, incorretamente intitulados de pentecostais, têm surgido ao longo
dos anos. Tais dissidências acabaram criando um segmento esotérico, místico e
sincrético que em nada lembra o verdadeiro cristianismo (Cl 2.18).
Tais são os desvios doutrinários desses movimentos que eles, sequer,
podem ser considerados cristãos, pois incorporaram às suas liturgias práticas
místicas e antibílicas, fazendo uso de sal grosso, rosa ungida, óleo e água
“santificados”, culto aos anjos, etc. Tais práticas são heréticas e
inadmissíveis, não tendo nenhum respaldo na Palavra de Deus.
Não podemos nos esquecer, também, de extravagâncias doutrinárias como,
por exemplo, a teologia da prosperidade, confissão positiva, quebra de
maldição, triunfalismo e outros aleijões teológicos e heresias.
O verdadeiro Movimento Pentecostal teve sua origem no Dia de
Pentecostes. Os anos se passaram, mas a chama pentecostal continua a arder,
pois a promessa do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais é para
nós também. Conservemos, pois, o legítimo pentecostalismo, conforme o
encontramos nas Sagradas Escrituras.
Neste Centenário das Assembleias de Deus no Brasil, preservemos e
vivamos com intensidade o avivamento que nos legaram Daniel Berg e Gunnar
Vingren.
Pentecostes.“Pentecostes era a
segunda das três grandes festas de Israel (Dt 16.16). Suas principais passagens
estão em Êxodo 23.16, Levítico 23.15-22, Números 28.26-31 e Deuteronômio
16.9-12. A palavra grega Pentecostes (pentekosté) significa
‘quinquagésimo’, referindo-se ao quinquagésimo dia depois da oferta de manjares
durante a Festa dos Pães Asmos (At 2.1; 20.16; 1 Co 16.8).
Outro título pelo qual esta festa é conhecida é a Festa das Semanas (Êx
34.22; Dt 16.10,16; 2 Cr 8.13), que se refere a sete semanas após a oferta das
primícias; a Festa da Colheita (Êx 23.16), referindo-se à conclusão das
colheitas de grãos; o dia das primícias (Nm 28.26), falando das primícias de
uma colheita terminada, e mais tarde os judeus a chamaram solenemente de
assembleia, que foi aplicado ao encerramento da festa da estação da colheita.
Embora as Escrituras não afirmem especificamente seu significado histórico,
elas parecem indicar basicamente uma festa da colheita.
[...] Em Números 28.26 o Pentecostes é chamado tanto de Festa das
Semanas como de Festa das Primícias. Esta Festa das Primícias não deve ser
confundida com as primícias oferecidas durante os dias dos pães asmos.No NT, o
Pentecostes está relacionado ao dom do Espírito Santo (At 2.1-4). Cristo
ascendeu como as primícias da ressurreição (1 Co 15.23), e 50 dias depois deste
evento veio o derramamento do Espírito Santo, dando início ao cumprimento da
profecia de Joel (Jl 2.28-32)” NOTAS (Dicionário Bíblico
Wycliffe. RJ: CPAD, 2009, pp.1500-01).
“Os historiadores que se ocupam do Avivamento Pentecostal no século 20
são unânimes em mencionar a Rua Azuza, em Los Angeles, Califórnia, em 1906,
como o centro irradiador de onde o avivamento se espalhou para outras cidades e
nações.A Rua Azuza transformou-se em poderosa fogueira divina, onde centenas e
milhares de pessoas de todos os pontos da América, ao chegarem atraídas pelos
acontecimentos e para ver o que estava se passando ali, eram batizadas com o
Espírito Santo, e ao retornarem para suas cidades levavam essa chama viva que
alcançava também outras pessoas.
Porém, quem havia trazido a mensagem pentecostal a Los Angeles fora uma
senhora metodista, que, por sua vez, a recebera na cidade de Houston, quando
tinha ido visitar seus parentes. Antes dessa data (1906), podemos citar também
os avivamentos ocorridos na Suécia em 1858, e na Inglaterra em 1740. Na América
do Norte, podem-se mencionar os avivamentos nos Estados de Nova Inglaterra em
1854, e na cidade de Moorehead, em 1892, seguidos dos de Caiena, Kansas, em
1903, e Orchard e Houston, em 1904 e 1905, respectivamente.
Os membros das várias igrejas, uns por curiosidade, outros por desejo de
receber mais graça do céu, chegavam para ver com os próprios olhos aquele
fenômeno. Muitos deles traziam consigo a opinião de que tudo aquilo não passava
de obra de fanáticos. Porém, todos saíam dali convencidos de que era um
movimento divino, e transformavam-se em testemunhas e propagandistas do
Movimento Pentecostal que se iniciara naquela ruazinha em Los Angeles.
[...] Dentro em pouco os grandes centros urbanos norte-americanos foram
alcançados pelo avivamento. Uma das cidades que mais se destacaram e se
projetaram no Movimento Pentecostal foi Chicago. As boas-novas do avivamento
alcançaram, praticamente, todas as igrejas evangélicas da cidade. Em algumas,
houve oposição da parte de uns poucos crentes, porém o avivamento triunfou,
pois, além de outras características que o recomendavam, ele se destacava pelo
espírito evangelístico e pelo interesse que despertava pelo evangelismo dos
outros povos. Ou seja: cada um que se convertia, transformava-se também em
missionário” NOTAS (CONDE, E. História das
Assembleias de Deus no Brasil. 1.ed., RJ: CPAD, pp.23-4).
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