SUBSIDIO(2) BETEL ADMINISTRaÇÃO DA FINANÇAS
OS PERIGOS DA AMBIÇÃO
Salmos
131.1-3; 1 Timóteo 6.7-12.
Salmos
131
1 -
SENHOR, o meu coração não se elevou, nem os meus olhos se levantaram; não me
exercito em grandes assuntos, nem em coisas muito elevadas para mim.
2 -
Decerto, fiz calar e sossegar a minha alma; qual criança desmamada para com sua
mãe, tal é a minha alma para comigo.
3 -
Espera Israel no SENHOR, desde agora e para sempre.
1
Timóteo 6
7 -
Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar
dele.
8 -
Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isto contentes.
9 - Mas
os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas
concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
10 -
Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça
alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
11 - Mas
tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, a
caridade, a paciência, a mansidão.
12 -
Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste
chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.
ORIENTAÇÃO
Professor,
ensine aos seus alunos que a Bíblia descreve vários personagens que sucumbiram
à ambição e ao orgulho: Adão e Eva (Gn 3.1-7); Tiro (Ez 28.1-10); Nabucodonosor
(Dn 4.29-37); Herodes (At 12.21-23), entre outros. Esse mesmo orgulho também
foi ensinado na filosofia. Nietzsche afirmou que o super-homem reconheceria a
inutilidade dos valores morais e religiosos e se colocaria acima deles. O
filósofo ateu Feuerbach, considerava que a grande reviravolta da história será
quando o homem se conscientizar de que o único Deus do homem é o próprio homem.
Fale aos educandos que o mesmo orgulho que prejudicou a Adão, Tiro,
Nabucodonosor e Herodes é o mesmo que foi ensinado por esses filósofos ateus.
Contudo, afirme que, assim como os personagens bíblicos receberam o merecido
castigo, todos os soberbos e ambiciosos receberão, cedo ou tarde, o justo juízo
divino.
Palavra Chave
Ambição: Desejo veemente de alcançar os bens
materiais, o poder, a glória, a riqueza, a posição social, etc.
Ambição
é a procura irracional e desordenada pelas riquezas, poder, glória e honras. É
o mesmo que cobiça ou desejo veemente pela aquisição de bens materiais. Esse
termo, conforme se encontra originalmente em Romanos 12.16 significa
"elevado", "alto". Também pode significar
"arrogância" como nos textos de 1 Timóteo 6.17 e Romanos 11.20. A
Bíblia é taxativamente contra a sociedade materialista que exige cada vez mais
que as pessoas sejam ambiciosas, individualistas e almejem "coisas
elevadas" (Sl 131.1; Hc 2.9). Esse é o assunto que iremos estudar nesta
lição.
I. AMBIÇÃO
NO MUNDO SECULAR
São três
os principais elementos que desencadeiam a ambição humana:
1.
Poder. O poder é o direito de agir, mandar, deliberar e exercer autoridade
sobre as coisas, pessoas, instituições e nações (Ec 8.2-4). As pessoas dotadas
de poder são aquelas que impõem a sua vontade sobre as outras, controlando e
manipulando-as segundo o seu próprio querer. Muitos líderes políticos que
ambicionaram incontrolavelmente o poder, como Hitler, cometeram as maiores
atrocidades contra a humanidade (Mq 2.1). Outros exerceram o poder de modo
positivo, como os reis piedosos de Israel e Judá (1 Rs 15.11,23; 22.43,46).
Porém a Bíblia afirma categoricamente "que o poder pertence a Deus"
(Sl 62.11; 66.7; 147.5; Mt 6.13; 1 Tm 6.16).
2.
Dinheiro. A cobiça pelo poder e o desejo irrefreável de adquirir riquezas são
inseparáveis. Para os que possuem estas pretensões, o acúmulo de bens materiais
nunca é suficiente (SI 62.10; PV 30.15); o ter é mais importante que o ser. Nas
prateleiras das livrarias somam-se, a cada ano, livros que alimentam a ambição
pelas posses, entretanto, tais obras nunca alertam que o "amor do dinheiro
é a raiz de toda espécie de males" (1 Tm 6.10).
3. Sexo.
A sexomania está intimamente atrelada à sede de poder. Devido à condenável
liberação sexual na sociedade de hoje, a prática do sexo ilícito tornou-se um
dos pecados mais comuns e perniciosos de nosso tempo. Vivemos em um mundo
erotizado, cujos padrões morais estão cada vez mais frouxos e degenerados (Sl
14; Rm 1.18-32; 3.23). O que se vê é o aumento assustador da pornografia,
prostituição, homossexualidade e infidelidade conjugal (Rm 1.21-27). Todavia,
as Sagradas Escrituras nos exortam à completa e perfeita santidade (1 Co
6.18-20; 1 Ts 4.3-7; 5.23).
II.
AMBIÇÃO NA IGREJA
1.
Poder. Para certos pregadores e conferencistas da atualidade, o ministério é um
meio de projeção pessoal; um modo de se adquirir prestígio, poder temporal e
lucro financeiro (At 20.28-30; 2 Co 2.17; 2 Pe 2.1). Diótrefes é um perfeito
exemplo da presença desses maus elementos na igreja (3 Jo vv.9,10). O que não
dizer também das abomináveis disputas por cargos eclesiásticos, oriundas de
ambições pessoais? (1 Co 3.1-7). Tiago em sua epístola, capítulo 4, versículos
1 e 2 afirma que a cobiça é a causa de muitos desentendimentos entre o povo de
Deus. A Palavra de Deus reprova qualquer atitude pessoal que objetive o
"prêmio de Balaão" (Jd vv.11-16; 2 Pe 2.1 5; Ap 2.14).
2.
Dinheiro (1 Tm 6.5,9). Infelizmente, em nossos dias, há certos obreiros que
abrem igrejas e fundam ministérios visando apenas o lucro financeiro. Por isso
a Bíblia nos adverte acerca daqueles que não são pastores, mas mercenários (Jo
10.12,13), "lobos cruéis", que não perdoam o rebanho (At 20.29).
O
mercenário é aquele que trabalha em troca de qualquer vantagem material, sem
nenhum interesse e intenção honesta de cuidar das ovelhas (2 Pe 2.3). Deus
rechaça terminantemente a ganância, a avareza e a cobiça (Lc 12.13-21; Tg
4.1,2).
3. Sexo.
Em 2 Pedro, capítulo 2, a Bíblia expõe uma extensa lista de pecados dos falsos
mestres; quais sejam: a) ensinos e práticas heréticas que destroem a fé e a
vida cristã: "heresias de perdição" (v.1); b) todo tipo de conduta
vergonhosa: "suas dissoluções" (v.2); c) exploração mercenária do povo:
"por avareza farão de vós negócios" (v.3); d) adultério e pecados do
sexo extraconjugal: "tendo os olhos cheios de adultério" (v.14); e)
falsa liberdade: "Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da
corrupção" (v.19). Tudo isso é produto da ambição.
III.
COMO VENCER A AMBIÇÃO
1.
Dominando a sede de poder. Os pecados de avareza (Cl 3.5; Hb 13.5; 2 Pe
2.2,3,14), ambição (Mc 4.19; Rm 12.16), soberba (Mc 7.21,22; 1 Jo 2.16) e
concupiscência dos olhos (1 Jo 2.15-17) devem ser vencidos, mediante a fé no
sangue de Jesus (Rm 5.1). Todos esses pecados podem ser dominados, mortificados
e purificados pelo poder do sangue de Cristo, derramado por nós, e pela virtude
do Espírito Santo que em nós habita (1 Jo 1.7,9; Rm 6.4; 8.2,13).
2.
Dominando a cobiça pelo dinheiro. Segundo a Bíblia é impossível servir a Deus e
às riquezas ao mesmo tempo (Mt 19.23-26; Pv 16.5), porque o senhorio de Mamom é
contrário ao de Cristo (Mt 6.24). Portanto, cada cristão deve examinar a si
mesmo e perguntar: "Sou cobiçoso?" "Sou egoísta?"
"Aflijo-me, perdendo a paz e o sono para ficar rico?" "Tenho
intenso e incontido desejo de honrarias, prestígio, fama, poder e
posição?" Já os que são ricos, não devem julgar-se como tal, e sim, como
administradores dos bens de Deus (Lc 12.31-34, 42,43). Os tais devem ser
generosos e fartos em boas obras (Ef 2.10; 4.28; 1 Tm 6.17-19).
3.
Dominando os desejos carnais (2 Tm 2.22). A concupiscência da carne e dos olhos
e a soberba da vida são inclinações pecaminosas que não devem dominar o crente
(1 Jo 2.15-17; Gl 5.19-21). A Palavra de Deus nos admoesta a andarmos em
Espírito: "Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da
carne" (Gl 5.16).
IV. O
CONTENTAMENTO CRISTÃO (1 Tm 6.6,8)
A Bíblia
nos orienta a vivermos satisfeitos em Cristo: "Sejam vossos costumes sem
avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei,
nem te desampararei" (Hb 13.5). Esse contentamento pode ser resumido da
seguinte forma:
1. Deus
é o nosso provedor. O crente deve viver contente e satisfeito porque suas necessidades
são supridas em Deus (Sl 23.1; Fp 4.1 9). Ele é o Senhor que provê - Jeová Jiré
- todas as exigências naturais da vida humana (Gn 22.14; Sl 34.10).
2.
Ausência de cobiça (Pv 15.27). Isto decorre da confiança do crente em Deus (Mt
6.25, 31-33) e da obediência irrestrita à sua Palavra (At 20.33-35; Rm 12.16;
Hb 13.5; 1 Tm 6.9,10).
3.
Disposição de suportar a privação (2 Co 4.16-18). O crente fiel sabe, melhor do
que qualquer pessoa, que não somos imunes às provações, ao contrário (Rm 8.18;
2 Tm 3.12), precisamos passar por elas para sermos aperfeiçoados (Tg 1.2-4; Rm
8.28). Temos de estar dispostos a sofrer privações, se necessário, para
realizarmos os elevados propósitos de Deus (Fp 4.11,12).
a)
Privação não significa pobreza e penúria. "Contentar-se" não
significa se acomodar à pobreza, preguiça ou inatividade (Pv 6.6-11; 12.27;
15.19). A Bíblia não se opõe àqueles que labutam diariamente pela vida
cotidiana (Pv 10.5), entretanto, condena os que se enriquecem ilicitamente (Pv
10.4; 11.1), esquecendo-se do Reino de Deus (Mt 6.33; Jo 6.27).
b)
Privação não significa resignação. O cristão não deve portar-se com
indiferença, inércia e acomodação diante das adversidades da vida, mas com
disposição, trabalho e honestidade (At 20.33-35; Rm 12.11; Ef 4.28).
O crente fiel a Deus não ambiciona as coisas
elevadas desse mundo, mas entrega-se ao Senhor confiando que é poderoso para
suprir todas as suas necessidades, quer nas áreas social e financeira, quer na
espiritual. O que o filho de Deus realmente aspira, é a presença do Senhor (Sl
42.1), seus dons (1 Co 14.1) e seu Reino (Mt 6.33), pois está certo que as
demais coisas lhe serão acrescentadas.
"Corretores Cristãos do Poder
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arrogantemente o poder não é atributo espiritual. É sinal de egoísmo e orgulho.
Todo aquele que deseja o poder para obter prestígio é traiçoeiro. No esforço de
tornar-se imperial, adquire a mentalidade que diz: 'Estou gostando desta
liderança. Sei o que é melhor, apenas sigam-me!'.
Apreciam
alguns poderosos - leigos, pregadores, empresários, educadores, oficiais do
governo ou quem quer que seja - o brilho, a honra e o prestígio da liderança?
Têm prazer em chegar ao topo pela escada da adulação? Vêem as pessoas como
irmãos e irmãs, e a si mesmos como um de seus companheiros de serviço? Ou estão
mais inclinados a manter o rebanho em seu lugar? Trovejam mensagens quanto ao
que o trabalho deve ser? Ou guiam alegremente como um pastor?
Quero
chamar sua atenção de perdedor financeiro para o simples fato: muitos de nós
estamos nadando em dívidas e vivendo um caos conjugal como resultado de nada
menos que uma necessidade descontrolada de possuir e acumular coisas. A verdade
é que o caos em nosso casamento poderia ter fim se nós simplesmente parássemos
de acumular e começássemos a estar satisfeitos com as coisas que já
temos".
Nossa
atitude com relação às pessoas é, freqüentemente, uma ofensa a Deus e aos que
estão se esforçando para servir. Enquanto as pessoas estão quase sempre
ansiosas para liderar - liderança santa e inspirada - estamos afundados em
nosso 'trabalho'. Quando isso acontece, podemos facilmente nos tornar
insensíveis aos sentimentos alheios".(DORTCH, R. W. Orgulho fatal. RJ:
CPAD, 1996, pp.103-4.)
Somos
todos culpados diante do Senhor por nossas ambições e orgulho! Somos
inescusáveis diante do tribunal divino. O nosso opróbrio não é maior do que os
sulcos de dor, desprezo, incapacidade e desdém que cavamos diariamente em
nossos irmãos (1 Jo 3.15). Somos culpados de orgulho e ambição diante de Deus.
Confessemos os nossos pecados (1 Jo 3.19-21). Peçamos um novo coração e uma
nova disposição espiritual (Sl 51.10). Sejamos perdoados e oremos como fez o
salmista:
'Ó
SENHOR Deus, eu já não sou orgulhoso; deixei de olhar os outros com arrogância.
Não vou
atrás das coisas grandes e extraordinárias, que estão fora do meu alcance.
Assim,
como a criança desmamada fica quieta e tranqüila nos braços da mãe, assim eu
estou satisfeito e tranqüilo, e o meu coração está calmo dentro de mim'.(Sl
131.1,2 - NTLH). FONTE CPAD
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PAZ DO SENHOR
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