ESCOLA
DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição
9 - Revista da Betel
Administrando
as Finanças no Lar
28 de
fevereiro de 2016
Texto
Áureo
Olha
pelo governo de sua casa e não come o pão da preguiça. Provérbios 31.27.
Verdade
Aplicada
Uma das
áreas de nossas vidas que mais requer disciplina e responsabilidade é, sem
duvida, a financeira.
Textos
de Referência.
Eclesiastes
5:19 E quanto ao homem, a quem Deus deu riquezas e fazenda e lhe deu poder para
delas comer, e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isso é dom de Deus.
Eclesiastes
10:19 Para rir se fazem convites, e o vinho alegra a vida, e por tudo o
dinheiro responde.
Lucas
14.28-30
28 Pois
qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as
contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?
29 Para
que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces e não a podendo
acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele,
30
Dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.
Introdução
O
descontrole no uso do dinheiro representa um dos fatores que mais contribuem
para a ocorrência de brigas, frustrações e desestabilização no meio da família.
1. As
consequências do desequilíbrio.
A falta
de controle orçamentário pode causar consequências desastrosas na vida do homem
principalmente na saúde física e emocional, além de trazer perturbações
diversas. O desequilíbrio nas finanças pode ser advindo de várias situações:
falta de emprego, preguiça, esbanjamento, etc.
1.1.
Perda do sono e dor de cabeça.
Dever na
praça e não ter condições de saldar os compromissos leva a pessoa a ter
insônia, perder o sono, colocar a cabeça no travesseiro e ficar pensando o que
fazer. Também ocasiona enxaqueca, muitas vezes de origem emocional e outros
tipos crônicos de cefaleias. Muitos já estão com os seus nomes nas listas de
devedores inadimplentes do Serasa, do SPC e outros órgãos. Tudo isto acontece,
na maioria das vezes, por falta de controle financeiro.
1.2. Mau
humor e perda de concentração.
Não ter
condições de pagar as contas faz com que a pessoa esqueça as coisas com mais
facilidades, isto é, perda ou enfraquecimento da memória. A atenção fica
debilitada, falta concentração, perde-se o poder de raciocínio, de ideias
criativas, fica improdutivo, atrapalha o desempenho íntimo e fica de mau humor,
irritado e com os nervos à flor da pele. Ninguém pode falar nada com o
mal-humorado já vem com pedras nas mãos. Sempre tem uma resposta na ponta da
língua, murmura o tempo todo pela falta de dinheiro e torna-se uma pessoa
iracunda.
1.3.
Brigas e desentendimentos em casa.
A falta
de recursos para cumprir todas as obrigações do lar leva os cônjuges a
desentendimentos, brigas, discussões frequentes. Os filhos não entendem nada,
pois os pais passam o tempo todo arrumando desculpas, explicando aos filhos
porque não tem dinheiro para leva-los a um lanche nem a um lazer digno, porque
também faltam parte dos materiais escolares e dos uniformes. A esposa sempre
reclamando que não tem um dia de descanso, nem alguém para ajuda-la. Tudo isso
acontece, na maioria dos casos, por descontrole financeiro.
2.
Atitudes perigosas nas finanças.
Uma
situação que tem trazido muita dor de cabeça é o crédito fácil. As financeiras
estão na rua oferecendo dinheiro em 36 ou 48 vezes e até mais. Os bancos
colocam linhas de crédito nos terminais. Você não precisa nem conversar com o
gerente, basta inserir o cartão e digitar a senha e estão lá os recursos
disponíveis. É ótimo, porém perigoso. Para quem não sabe administrar os
recursos financeiros é “uma faca de dois gumes”.
2.1. O
perigo de gastar mais do que ganha.
O que
temos visto com uma certa frequência são as pessoas gastarem mais do que
ganham. As saídas são superiores às entradas. Desta maneira, nenhum orçamento
do mundo funciona. O 13º salário é gasto muito antes do natal, as férias são
vendidas e a restituição do Imposto de Renda é negociada com o banco. Gastar
por antecipação é descontrole financeiro.
2.2. O
perigo de recorrer a agiotas, cheques especiais ou cartões de créditos.
Muitos
estão enterrados nos agiotas, correndo risco até de morte, ficando escravo de
quem empresta e pagando juros extorsivos (Pv 22.7). Para muitos, o cheque
especial já está fazendo parte do salário. Todo mês precisa usá-lo para
complementar os pagamentos, sem se lembrar dos juros altíssimos também. Os cartões
de crédito são outra dor de cabeça, pois sempre estão com os seus valores
negociados e rolados mês a mês, pagando juros exorbitantes. O pagamento de
juros é um dinheiro que jogamos fora e vai pelo ralo, nunca mais volta. Além de
tudo isto, ainda tem os cheques pré-datados, sem nenhum critério e controle.
2.3. O
perigo de não dar valor aos pequenos gastos.
Cuidado
com os pequenos gastos. Normalmente não se dá valor às coisas baratas, como se
elas não fizessem diferença no orçamento. Porém, somando vários valores
pequenos, se chega a um valor considerável. Uma torneira pingando um dia todo
consome muitos litros de água. Lâmpadas acesas em cômodos onde não há ninguém é
desperdício.
3.
Conselhos importantes.
Vivemos
numa sociedade consumista, onde se compra produtos sem necessidade, só por
comprar, e às vezes, por causa da moda. O gastador compulsivo precisa ser
reeducado nas compras. A Bíblia também nos ensina a não sermos preguiçosos nem
a ficar escolhendo serviços (PV 19.15; 21.25). Aquele que está desempregado não
pode se dar ao luxo de escolher o tipo de serviço. Muitos dizem: “Não é a minha
profissão”. No entanto, a família não pode esperar.
3.1.
Cuidado com extremos, ostentação, supérfluos e miséria.
Os
exageros fazem mal no controle dos recursos. Não gaste naquilo que não é pão ou
em coisas sem utilidade. Evite comprar o supérfluo, aquilo que não vai usar tão
cedo ou nunca usará. Às vezes compramos uma determinada coisa só porque está em
oferta, sabendo que o seu uso será esporádico. Cuidado com a ostentação!
Ninguém precisa mostrar que possui determinadas coisas. Muitos estão vivendo de
aparência, mostrando uma vida regalada sem lastro financeiro, o que logo lhe
levará ao precipício. Cuidado também com a miséria! Não seja uma pessoa mão
fechada, avarenta, que não paga uma pizza para a família, que não compra uma
pipoca ou um sorvete para as crianças, que nunca leva a esposa para almoçar
fora ou para um passeio.
3.2.
Cuidado ao não estabelecer prioridades nem fazer poupança.
É
preciso que você tenha em mente aonde você quer chegar. Estabeleça prioridades,
metas. Elas podem ser quinzenais ou anuais. Quem não estabelece prioridades
adquire coisas menos importantes primeiro. Compre um bem de cada vez, se o orçamento
estiver apertado. Poupar do que se ganha é muito importante. Estabeleça um
percentual da renda de acordo com as suas possibilidades e seja disciplinado.
Quem guarda sempre tem e está preparado para os imprevistos.
3.3.
Cuidado com a mentira, a desonestidade e o dinheiro ilícito.
Não
queira dar uma de espertalhão. O negócio só é abençoado se for bom para os dois
lados. Não queira ganhar dinheiro fácil, sugando o próximo, passando-o para
trás (Pv 11.1). Não fique com as coisas alheias (Hc 2.6). Não sonegue imposto
(Mt 22.21). Devolva o troco recebido a mais. Não consuma nada durante as
compras; é um hábito negativo e um mau exemplo para os filhos. Se consumir
algo, guarde a embalagem e pague no caixa. Devolva o que tomou emprestado e
seja justo com as suas coisas. Tenha certeza de que o Senhor cuidará da sua
vida (Sl 37.25)
Conclusão.
Lembre-se
sempre de que os que querem ficar ricos caem em tentação e laço e em muitas
concupiscências loucas e nocivas (1Tm 6.8-10). Não se esqueça de que na
primeira linha do seu orçamento não pode faltar o dízimo. Portanto seja um
dizimista fiel (Ml 3.10-11; Pv 3.9-10; 2Co 9.6-12).
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