A RESSURREIÇÃO DE JESUS
1 Coríntios
15.1-9.
1
- Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado, o qual
também recebestes e no qual também permaneceis;
2
- pelo qual também sois salvos, se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado,
se não é que crestes em vão.
3
- Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por
nossos pecados, segundo as Escrituras,
4
- e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as
Escrituras,
5
- e que foi visto por Cefas e depois pelos doze.
6
- Depois, foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive
ainda a maior parte, mas alguns já dormem também.
7
- Depois, foi visto por Tiago, depois, por todos os apóstolos
8
- e, por derradeiro de todos, me apareceu também a mim, como a um abortivo.
9
- Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado
apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus.
Dando
continuidade ao nosso estudo sobre Jesus, Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus,
veremos na lição de hoje a sua ressurreição - a pedra angular do cristianismo,
pois se Cristo não tivesse ressuscitado, não seria o que Ele próprio havia afirmado
ser. “Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos
que dormem” (1 Co 15.20).
I.
A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS
1.
O ensino de Paulo sobre a ressurreição. O capítulo 15 da Primeira Epístola aos
Coríntios é uma exposição detalhada sobre a doutrina da ressurreição dos
mortos. Paulo começa tratando da ressurreição de Jesus. Muitos na igreja de
Corinto diziam não haver ressurreição (15.12). Negavam até a ressurreição do
próprio Cristo. Eram influenciados pelas idéias racionalistas dos filósofos
gregos. Lembre-se: “as más conversações corrompem os bons costumes” (15.33).
Por isso, Paulo apresenta aos irmãos de Corinto as provas indestrutíveis da
ressurreição de Jesus.
2.
A Bíblia e a ressurreição dos mortos. Ressuscitar significa despertar, levantar
dentre os mortos. A Bíblia diz que o mesmo corpo, que foi sepultado, será
reerguido quando da ressurreição (1 Co 15.35-44). Jesus afirmou que todos os
que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz (Jo 5.28-29) assim como Lázaro ouviu
a voz de Cristo, estando já quatro dias no sepulcro (Jo 11.39,43,44).
II.
OS QUE NÃO CRÊEM NA RESSURREIÇÃO
1.
Os saduceus. Os saduceus eram os intelectuais da época de Cristo. Na sua
maioria eram sacerdotes e membros do sinédrio - o supremo tribunal judaico (At
5.17). Eles aceitavam somente o Pentateuco — a Lei de Moisés. Os três
Evangelhos sinóticos afirmam que eles não criam na ressurreição (Mt 22.23; Mc
12.18; Lc 20.27) e na existência de anjos (At 23.8). Diziam que a crença da
ressurreição dos mortos não podia ser confirmada nos escritos de Moisés. O
historiador Flávio Josefo declara que a crença deles era de que a alma morria
com o corpo, opondo-se assim aos fariseus que criam nessas doutrinas.
2.
Os gregos. Não eram só os saduceus que negavam a ressurreição dos mortos: os
gregos também procediam da mesma forma (At 17.32; 1 Co 15.12). Na atualidade,
os céticos, os materialistas e até grupos religiosos negam, de igual modo, a
doutrina bíblica da ressurreição.
3.
A insensatez dos incrédulos. Segundo Myer Pearlmam, os judeus poderiam ter
refutado o testemunho dos primeiros pregadores se tivessem exibido o corpo de
Jesus. Mas não o fizeram — porque Cristo ressuscitara corporalmente (Lc 24.3).
Muitos argumentos contrários à ressurreição de Jesus são tão inconsistentes
que, por si mesmos, se auto-refutam. Negar a ressurreição de Jesus é tolice. Se
a ressurreição de Jesus não fosse um fato real, o Cristianismo teria morrido em
seu nascedouro. A Bíblia, porém, afirma que o túmulo de Jesus foi encontrado
vazio (Mt 28.6). Onde, pois, estava o corpo crucificado? O próprio Jesus falou
acerca da sua morte e ressurreição ao terceiro dia (Jo 2.19-22).
III.
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
1.
“Segundo as Escrituras” (v.4). A ressurreição de Jesus fazia parte do plano
divino da redenção. As evidências da ressurreição do Mestre já se encontravam
nas “Escrituras” desde o Antigo Testamento (Sl 16.8-10; Os 6.2). O primeiro
argumento para fundamentar a doutrina do Cristo ressuscitado tem sua base na
Palavra de Deus. Depois temos as provas factuais, pois a ressurreição de Jesus
é um fato incontestável. A Bíblia afirma que Jesus “... se apresentou vivo, com
muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias”
(At 1.3). A expressão “infalíveis provas”, no original grego, só aparece aqui,
em todo o Novo Testamento, e distingue-se do vocábulo “testemunho” e de outros
termos similares. É uma palavra técnica para “prova incontestável” refere-se,
por conseguinte, à prova baseada em fatos que, por si só, suscitam credibilidade.
Essas provas infalíveis e incontestáveis jamais puderam ser refutadas. As
autoridades religiosas de Jerusalém lutaram muito para neutralizá-las, mas não
o conseguiram (Mt 28.11-15).
2.
Evidências das testemunhas pessoais (v.5). Paulo afirmou que Jesus se
apresentou vivo a Pedro (Lc 24.34), depois aos demais apóstolos durante 40 dias
(At 1.3). Eles pagaram um preço muito alto pelo que viram e testemunharam.
Foram perseguidos, presos, torturados e mortos porque afirmaram que Jesus
estava vivo (At 12.1-3). Isso está também registrado na história, e não apenas
no Novo Testamento. Quem estaria disposto a morrer por uma mentira? Talvez
algum insensato, mas não tanta gente. De fato, Cristo ressuscitou. Aleluia!
3.
Quinhentas testemunhas (v.6). Paulo afirma que caso os coríntios duvidassem de
Pedro e dos outros apóstolos, eles poderiam apresentar um grupo maior, pois o
Senhor Jesus foi visto, certa vez, por mais de quinhentos irmãos. É
interessante ressaltar que o apóstolo escreveu a Primeira Epístola aos
Coríntios cerca de 30 anos depois de o fato ter acontecido, afirmando que
muitas dessas testemunhas ainda estavam vivas. Em outras palavras, estava
colocando as provas à disposição de qualquer interessado.
4.
Foi visto até pelos que não criam. Paulo menciona o fato de Tiago (irmão do
Senhor, que durante a vida de Jesus na Terra não cria nEle) ter sido uma
testemunha da ressurreição (Mc 6.3; Jo 7.5). Aparentemente, a ressurreição de
Jesus o havia convencido da verdade a respeito de Cristo, pois ele estava entre
o grupo que compareceu ao cenáculo depois da ascensão (At 1.13). Paulo, o maior
perseguidor da fé cristã, também teve um encontro com o Cristo ressurreto. Ele
mesmo conta como foi esse encontro (At 22.5-8). Jesus provou a Paulo que Ele
estava vivo. Com isso, tornou-se Paulo o maior defensor dessa doutrina.
Trata-se, pois, de um doutor da lei, líder da religião dos judeus e perseguidor
dos cristãos que se converteu a Jesus.
IV.
O SIGNIFICADO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1.
A ressurreição do corpo. Deus garantiu que o corpo do Senhor Jesus Cristo não
veria a corrupção, não se deterioraria (Sl 16.10); essa profecia cumpriu-se em
sua ressurreição (At 2.24-30). O corpo que foi crucificado, não pôde ficar na
sepultura. Jesus apresentou-se aos seus discípulos, dizendo ser Ele mesmo, e
não uma aparição fantasmagórica. Isso prova que a sua ressurreição não foi em
espírito. Ele ressuscitou em carne e osso (Lc 24.39,40).
2.
Seu significado. A ressurreição de Cristo não consistiu apenas no fato de Ele
tornar a viver, pois, se assim fosse, não haveria diferença das ressurreições
registradas no Antigo Testamento, nem Jesus poderia ser considerado “as
primícias dos que dormem” (1 Co 15.20); nem o “primogênito dentre os mortos”
(Cl 1.18). A ressurreição de Cristo significa a sua glorificação e exaltação
(Jo 7.39; Rm 6.4; Fp 3.20,21); a vitória esmagadora sobre Satanás, o pecado, a
morte e o inferno (1 Co 15.54-56; Ap 1.17,18). É a viga mestra e o pilar do
cristianismo. Cristo foi o primeiro a ressuscitar dos mortos para jamais voltar
a morrer (1 Co 15.20). Ele é o nosso precursor, a garantia de que, no final,
ressuscitaremos para a vida eterna. Jesus determinou que sua morte e
ressurreição fossem o centro da pregação do Evangelho (Lc 24.44-47).
A
morte expiatória de Jesus foi uma realidade divina; mostra que o homem pode
encontrar o perdão dos seus pecados, e assim ter paz com Deus (Rm 4.25). A
ressurreição de Jesus prova que a sua morte expiatória foi aceita pelo Pai. Ele
ressuscitou e os que já dormem no Senhor, quando do arrebatamento da Igreja,
também ressuscitarão para a vida eterna juntamente com Ele.
“A ressurreição
A
ressurreição de Jesus como um evento real e histórico tem sido a pedra de
esquina do cristianismo através dos séculos. O fato de que isso é crido por
inúmeras pessoas por uma sucessão ininterrupta de gerações, tem dado pouca
oportunidade para o surgimento de repentinos ‘mitos de Jesus’ ou lendas. Além
disso, sempre podemos comparar a crença moderna com milhares de escritos
antigos do Novo Testamento, e com escritos não-cristãos, para verificar a
coerência de vários relatos e garantir a exatidão histórica na doutrina e nas
crenças. Diferente de outras religiões, o cristianismo é baseado em fatos
históricos. Ele não é uma filosofia ilusória. Se a ressurreição de Jesus nunca
tivesse acontecido, não haveria absolutamente nenhuma base para a igreja
cristã. Ela não existiria. Como vimos, há uma história contínua da igreja sem
interrupção. Podemos voltar ao passado recorrendo aos documentos mais antigos
da igreja (primeiros manuscritos do Novo Testamento) e encontrar o dogma
essencial da igreja, que permanece o mesmo. Os muitos mártires da fé cristã
morreram todos por essencialmente uma coisa - defender o fato histórico de que
Jesus Cristo ressuscitou dos mortos. Os inimigos da igreja esperavam que a
execução dos líderes da igreja fizesse a expansão do cristianismo cessar. Em
vez disso, aumentou a determinação dos cristãos e fornece evidências pungentes
da historicidade da ressurreição de Jesus às gerações posteriores”.(MUNCASTER,
R. O. Examine as evidências. RJ: CPAD, 2007, pp. 409-10.)
A
Bíblia declara que seremos como Jesus quando o virmos por ocasião de sua vinda
(I Jo 3.2). Nossos corpos serão gloriosos e dotados de esplendor e beleza;
serão corpos poderosos e apropriados às regiões celestiais. Essa mudança será
repentina e sobrenatural. Isto acontecerá ao soar da última trombeta. Então,
encontrar-nos-emos com o Senhor nos ares; e, com Ele estaremos para sempre (1
Ts 4.17).
Não
são poucos os que, amedrontados com as guerras e a poluição ambiental, dizem
que já não nos resta qualquer esperança. Mas Deus não permitirá que as
circunstâncias lhe prejudiquem os planos, nem que lhe frustrem os decretos. O
certo é que Jesus voltará, e porá fim à corrupção, à miséria e às artimanhas.
Ele instaurará o seu reino glorioso.
fonte CPAD
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PAZ DO SENHOR
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