DOUTRINA PENTECOSTAL N.3
O avivamento manifestado na Missão da Rua Azusa ocorreu em uma
época de profundo racismo e preconceito social. Em 1906, um repórter, opositor
do movimento, criticou severamente os eventos ocorridos. No entanto, a crítica
registrada no jornal local, serve-nos de provas contundentes da efusão do
Espírito e de seu poder transformador, capaz de quebrar qualquer preconceito,
seja social ou racial. Assim se expressava o jornalista: “(...) vergonhosa
mistura de raças, eles clamavam e faziam grande barulho o dia inteiro e à noite
adentro. Corriam, pulavam, tremiam todo o corpo, gritavam com toda a sua voz,
faziam rodas, tombavam sobre o assoalho coberto de serragem, sacudindo-se,
esperneando e rolando no chão , Eles afirmam estar cheios do Espírito. Eles têm
um caolho, analfabeto e negro como seu pregador que fica de joelhos a maior
parte do tempo , Não fala muito, mas, às vezes, pode ser ouvido gritando ‘Arrependei-vos!’.
Então, permanece na mesma atitude de oração . Eles cantam repetidamente a mesma
canção, ‘O Consolador Chegou’”.
Muitas ministrações divinas são atribuídas simultaneamente ao
Pai, ao Filho e ao Espírito Santo: A vocação para a salvação é atribuída ao Pai
(1 Co 1.9; 1 Ts 2.12), ao Filho (Mt 11.28; Lc 5.32) e ao Espírito Santo (Jo
16.8-11; 15.16; At 5.32). De modo semelhante, a santificação é operada por Deus
(1 Ts 5.23; Ez 37.28), por Cristo (Hb 13.12; Ef 5.26) e, mediante o Espírito
Santo (1 Pe 1.2; 1 Co 6.11). No entanto, uma das primeiras ministrações do
Espírito no homem, não ocorre quando este é salvo, mas quando ainda está morto
em delitos e pecados (Ef 2.1; Jo 3.5-8). Esta ministração ao pecador é dupla:
convencer (do pecado, da justiça e do juízo, Jo 16.7-11) e restringir ou deter
o mal no mundo (2 Ts 2.6-9). Portanto, a obra inicial do Espírito de Cristo no
homem é o convencimento — ato magnânimo operado pelo Espírito na comunicação da
graça de Cristo, a fim de que o pecador aceite inteligentemente a Cristo como
Senhor e Salvador. A segunda ministração não se restringe ao pecador como
indivíduo, mas a totalidade deles sendo guardados da operação do mal no mundo.
É evidente de que não se trata de eliminar o mal, mas limitá-lo, restringi-lo,
diminuir-lhe a eficácia de acordo com os propósitos divinos, como demonstram o
texto citado. Somente então, quando o tempo predeterminado por Deus for
cumprido, é que o iníquo se revelará e, durante sete atribulados anos, os
pecadores sofrerão, até que o Rei dos reis retorne para exercer total
autoridade.
Em razão de suas operações dinâmicas (Gn 1.2), o Espírito
Santo é mais mencionado no Antigo Testamento como “Espírito”. Já no Novo, Ele é
citado como “Espírito Santo”, o que destaca seu principal ministério na igreja:
santificar o crente.
Esta distinção de ofício do Espírito Santo no Antigo e Novo
Testamento é claramente percebida em 2 Coríntios 3.7,8. O versículo 8 assevera:
“Como não será de maior glória o ministério do Espírito?”.
I. AS MINISTRAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO E A SALVAÇÃO
1. O novo nascimento pelo Espírito (Jo 3.3-8). O
novo nascimento abrange a regeneração e a conversão, que são dois lados de uma
só realidade. Enquanto a regeneração enfatiza o nosso interior, a conversão, o
nosso exterior. Quem diz ser nascido de novo deve demonstrar isso no seu
dia-a-dia. A expressão “de novo” (v.3), de acordo com o texto original,
significa “nascer do alto, de cima, das alturas”. Isto quer dizer que se trata
de um nascimento espiritual realizado pelo Espírito Santo. O homem natural,
portanto, desconhece esse novo nascimento (vv.4-12; ler Jo 16.7-11; Tt 3.5).
2. A habitação do Espírito no crente (Jo 14.16,17; Rm 8.9). No
Antigo Testamento o Espírito agia entre o povo de Deus (Ag 2.5; Is 63.11b), mas
com o advento de Cristo e por sua mediação, o Espírito habita no crente (Jo
20.21,22). Este privilégio é também reafirmado em 1 Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16;
Gl 4.6.
3. O testemunho do Espírito de que somos filhos de Deus (Rm
8.15,16). Esse testemunho é uma plena convicção produzida no crente
pelo Espírito Santo de que:
a) Deus é o nosso Pai celeste. “Pelo
qual clamamos: ‘Aba, Pai’” (v.15).
b) Somos filhos de Deus. “O mesmo Espírito
testifica... que somos filhos de Deus” (v.16). É pois, um testemunho objetivo e
subjetivo, da parte do Espírito Santo, concernente à nossa salvação em Cristo.
4. A fé pelo Espírito Santo para a salvação. É
a vida de fé (Rm 1.17), “pelo Espírito” (Gl 5.5). Tal fé, segundo At 11.24,
procede do Espírito a fim de que o crente permaneça fiel por meio da
manifestação do fruto do Espírito (Gl 5.22b). Uma coisa decorre da outra. Os
heróis de Hebreus 11 venceram “pela fé”, porque o Espírito a supria (2 Co 4.13;
Hb 10.38).
5. A santificação posicional do crente. A
santificação sob este aspecto é perfeita e completa “em Cristo”, mediante a fé.
Ela ocorre por ocasião do novo nascimento (1 Co 1.2; Hb 10.10; Cl 2.10; 1 Jo
4.17; Fp 1.1), sendo simultânea com a justificação “em Cristo” (1 Co 6.11; Gl
2.17a).
II. AS MINISTRAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO E OS SALVOS
1. O batismo “do” ou “pelo” Espírito Santo para o crente (1 Co
12.13; Gl 3.27; Rm 6.3). Este batismo “do” ou
“pelo” Espírito é algo tão real, apesar de ser espiritual, que a Bíblia o
denomina como “batismo”. Em todo batismo, como já afirmamos, há três pontos
inerentes: um batizador; um batizando; e um meio em que o candidato é imerso.
No batismo pelo Espírito Santo, o batizador é o Espírito de Deus (1 Co 12.13);
o batizando é o novo convertido; e, o elemento em que o recém-convertido é
imerso, é a igreja, como corpo místico de Cristo (1 Co 12.27; Ef 1.22, 23).
Portanto, o Espírito Santo realiza esse batismo espiritual no momento da nossa
conversão, inserindo o crente na igreja (Mt 16.18). Logo, todos os salvos são
batizados “pelo” Espírito Santo para pertencerem ao corpo de Cristo — a Igreja,
mas nem todos são batizados “com” ou “no” Espírito.
2. O batismo “com” ou “no” Espírito Santo (At 1.4,5,8; 2.1-4;
10.44-46; 11.16; 19.2-6). A evidência física desse
glorioso batismo são as línguas sobrenaturais faladas pelo crente conforme o
Espírito concede. É uma ministração de poder do alto pelo Espírito, provida
pelo Pai, mediante o Senhor Jesus (Jo 14.26; At 2.32,33).
3. O fruto do Espírito através do crente (Gl 5.22,23; Ef 5.9; Jo
15.1-8,16). A evidência de que alguém continua cheio do Espírito é a
manifestação do fruto do Espírito em sua vida (Mt 3.8; 7.20). Um cristão que
afirma ser nascido de novo, mas seu modo de viver dentro e fora da igreja
desmente o que ele afirma, é uma contradição; um escândalo e pedra de tropeço
para os descrentes e os cristãos mais fracos. É pela sua habitação e presença
permanente no crente, regendo-o em tudo, que o Espírito produz o seu fruto,
como descrito em Gl 5.22.
4. A santificação progressiva do crente (1 Pe 1.15,16; 2 Co 7.1;
3.17,18). Essa verdade é declarada no texto original de Hebreus
10.10,14. No versículo 10, a ênfase recai sobre o estado ou a posição do crente
— santo: “Temos sido santificados”. O versículo 14, no entanto, não só reafirma
o estado anterior, “santo”, como declara o processo contínuo de santificação
proveniente de tal posição: “sendo santificados” (v.14). Aqui temos a
santificação posicional e progressiva.
5. A oração no Espírito (Rm 8.26,27; Ef 6.18; Jd v.20; Zc 12.10;
1 Co 14.14,15). Esta ministração do Espírito no crente, capacita-o a orar,
inclusive a interceder por outros. Logo, só podemos orar de modo eficaz se
formos assistidos e vivificados pelo Espírito Santo. A “oração no Espírito” de
que trata Jd v.20, refere-se a essa capacidade concedida pelo Espírito.
6. O Espírito Santo como selo e penhor (2 Co 1.22; Ef 1.13,14;
4.30; 2 Co 5.5). Devemos observar que nos tempos bíblicos, o selo era usado
para designar a posse de uma pessoa sobre algum objeto ou coisa selada. Por
conseguinte, indicava propriedade particular, segurança e garantia. Este selo,
portanto, não é o batismo com o Espírito Santo, mas a habitação do Espírito no
crente, como prova de que o mesmo é posse ou propriedade particular de Deus.
Juntamente com o selo é mencionado o “penhor da nossa herança”
(Ef 1.14). De modo semelhante ao selo, o penhor era o primeiro pagamento
efetuado a fim de se adquirir uma propriedade. Mediante esse “depósito”, a
pessoa assegurava o objeto como propriedade exclusiva. Assim, o Senhor deu-nos
o Espírito Santo, como garantia de que somos sua propriedade exclusiva e
intransferível. O Senhor Jesus “investiu” em nós imensuráveis riquezas do
Espírito como penhor ou garantia de que muito em breve Ele virá para levar para
Si sua propriedade peculiar, a igreja de Deus (Tt 2.14).
7. A unção do Espírito para o serviço. Jesus,
nosso exemplo, foi ungido com o Espírito Santo para servir (At 10.38; Lc
4.18,19). Assim também a igreja recebeu a unção coletiva do Espírito (2 Co
1.21,22), mas alguns de seus membros são individualmente ungidos para
ministérios específicos, segundo os propósitos de Deus. Vejamos a unção do
Espírito sobre o crente, conforme 1 João 2.20,27.
a) “Tendes a unção do Santo”. Esta unção
santifica e separa o crente para o serviço de Deus.
b) “E sabeis tudo”. Também proporciona
conhecimento das coisas de Deus em geral.
c) “Fica em vós” (v.27). É permanente no crente.
d) “Unção que vos ensina todas as coisas” (v.27). É
didática, pois possibilita ensino contínuo das coisas de Deus.
e) “É verdadeira” (v.27). Não falha, pois
procede da verdade, que é Deus.
f) “E não é mentira” (v.27). É sem dolo; sem
falsidade. É possível que houvesse entre certos líderes daqueles dias uma falsa
unção, que imitava a verdadeira.
Na conclusão do capítulo em estudo (2 Co 3), prorrompe jubiloso
o sacro escritor, a respeito da glória do ministério do Espírito: “Mas todos
nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor,
somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do
Senhor” (v.18). São, portanto, maravilhosas as ministrações e dádivas do
Espírito Santo, dispensadas aos filhos de Deus (2 Co 3.8).
SOUZA, E. A. Nos
domínios do Espírito. RJ: CPAD, 1998.
“A Operação do Espírito Santo é Condicional
1. Ministrações do Espírito. As obras e
ministrações do Espírito Santo provam a sua divindade, assim como as obras que
Jesus realizou como homem provam que Ele é o Filho de Deus (Jo 5.36; 10.25,38;
14.11). Portanto, o Espírito Santo sempre opera em conjunto com a Trindade, pois
é o ativador de todas as coisas.
2. Soberania do Espírito. O Espírito Santo é
soberano. Ele opera como o vento, isto é, ‘assopra onde quer’ (Jo 3.8). Aquele
que se coloca à inteira disposição do Espírito Santo experimentará a sua
operação poderosa e irresistível (cf. At 6.10). A Bíblia diz: ‘Operando eu,
quem impedirá?’ (Is 43.13). Assim aconteceu nos dias dos apóstolos; apesar de
os inimigos os perseguirem, procurando impedi-los de agir, o Espírito Santo
operava por meio deles de tal maneira que o Evangelho se espalhou
vitoriosamente por toda a parte (At 4.33; 5.40-42; 6.7)”.(BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed.,
RJ: CPAD, 2005, pp.88,120.)
Após o derramamento do Espírito Santo sobre os irmãos na
residência dos Asbery e, como muitos ainda continuavam a freqüentar as orações,
Seymour procurou um novo espaço para as reuniões. Encontrou na Rua Azusa, 312,
uma estrebaria de dois andares que, em seus primeiros dias, havia sido um
templo da igreja episcopal metodista africana. Em fins de abril, o edifício estava
limpo e organizado para acomodar cerca de 750 pessoas. Não muitos dias depois,
o mover do Espírito naquele lugar atraiu pessoas de todo mundo. Em 18 de abril
de 1906, o Daily Times, jornal de Los Angeles, publicou uma reportagem de
primeira página sobre o avivamento. Durante quase mil dias, milhares de pessoas
de todas as partes do globo visitaram a Rua Azusa e foram profundamente tocadas
pelo derramamento abrasador do Espírito Santo. Homens, mulheres, crianças,
negros, brancos, hispânicos, asiáticos, ricos, pobres, analfabetos e doutores —
todos foram alcançados pela promessa pentecostal de Atos 2.
No Antigo Testamento o conceito de santidade, santo ou
santificado é expresso por três palavras principais: qādash, qōdesh e qādôsh. O
verbo qādash ocorre 170 vezes no hebraico bíblico, com o sentido de “ser
consagrado”, “ser santo”, “ser santificado”. Na primeira ocorrência do termo
(Gn 2.3) significa “declarar algo santo” (Êx 20.8), mas também o estado daquele
que é reservado exclusivamente para Deus (Êx 13.2). No entanto, há 470
ocorrências do substantivo qōdesh com o significado de “consagração”,
“santidade”, “qualidade de sagrado”, “coisa santa”. A palavra é empregada para
descrever tanto o que é separado para o serviço exclusivo a Deus (Êx 30.31),
quanto o que é usado pelo povo de Deus (Is 35.8; Êx 28.2, 38). Já o adjetivo
qādôsh, isto é, “santo”, “sagrado”, além de ocorrer 116 vezes é o vocábulo mais
difundido entre os estudantes das Escrituras Sagradas. Em Êxodo 19.6, primeira
ocasião em que se emprega o termo, designa o estado de santidade do povo de
Deus (Nm 16.3; Lv 20.26), e a santidade do próprio Deus (Is 1.4; 5.16; 40.25).
A SANTIFICAÇÃO
Salvação e santificação são as obras redentoras realizadas por
Jesus no homem integral: espírito, alma, e corpo. A Bíblia afirma que fomos
eleitos “desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito” (2 Ts
2.13). Esta verdade está implícita no evangelho de João 19.34, que diz que do
lado ferido do corpo de Jesus fluíram, a um só tempo, sangue e água. Isto é, o
sangue poderoso de Cristo nos redime de todo pecado, mas a água também nos lava
de nossas impurezas pecaminosas. Cristo morreu “para nos remir de toda
iniqüidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt
2.14). Portanto, a salvação e a santificação devem andar juntas na vida do
crente.
I. SANTIDADE, SANTIFICAR E SANTIFICAÇÃO
1. A santidade de Deus. A Bíblia diz que nosso Deus é
santíssimo: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos” (Is 6.3; Ap 4.8). A
santidade de Deus é intrínseca, absoluta e perfeita (Lv 19.2; Ap 15.4). É o
atributo que melhor expressa sua natureza. No crente, porém, a santificação não
é um estado absoluto, é relativo assim como a lua, que não tendo luz própria,
reflete a luz do sol (ver Hb 12.10; Lv 21.8b).
Deus é “santo” (Pv 9.10; Is 5.16), e quem almeja andar com Ele,
precisa viver em santidade, segundo as Escrituras.
2. Santificar e santificação. “Santificar” é “pôr à parte,
separar, consagrar ou dedicar uma coisa ou alguém para uso estritamente pessoal”.
Santo é o crente que vive separado do pecado e das práticas mundanas
pecaminosas, para o domínio e uso exclusivo de Deus. É exatamente o contrário
do crente que se mistura com as coisas tenebrosas do pecado.
A santificação do crente tem dois lados: sua separação para a
posse e uso de Deus; e a separação do pecado, do erro, de todo e qualquer mal
conhecido, para obedecer e agradar a Deus.
II. A TRÍPLICE SANTIFICAÇÃO DO CRENTE
De acordo com a Bíblia, a santificação do crente é tríplice:
Posicional, progressiva e futura.
1. Santificação posicional (Hb 10.10; Cl 2.10; 1 Co 6.11). No
seu aspecto posicional, a santificação é completa e perfeita, ou seja, o crente
pela fé torna-se santo “em Cristo”. Deus nos vê em Cristo perfeitos (Ef 2.6; Cl
2.10). Quando estamos “em Cristo”, não há qualquer acusação contra nós (Rm
8.33, 34), porque a santidade do Senhor passa a ser a nossa santidade (1 Jo
4.17b).
2. Santificação progressiva. É a santificação prática, aplicada
ao viver diário do crente. Nesse aspecto, a santificação do crente pode ser
aperfeiçoada (2 Co 7.1). Os crentes mencionados em Hebreus 10.10 já haviam sido
santificados, e continuavam sendo santificados (vv.10,14 - ARA).
O crescimento do crente “em santificação” ocorre à medida que o
Espírito o rege soberanamente e, o crente, por sua vez, o busca, em cooperação
com Deus: “Sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1 Pe
1.15).
a) O lado divino da santificação progressiva. São meios, os
quais o Senhor utiliza para santificar-nos em nosso viver diário. Esses
recursos divinos são: (1) O sangue de Jesus Cristo (Hb 13.12; 1 Jo 1.7,9); (2)
a Palavra de Deus (Sl 12.6; 119.9; Jo 17.17; Ef 5.26); (3) o Espírito Santo (Rm
1.4; 1 Pe 1.2; 2 Ts 2.13); (4) a glória de Deus manifesta (Êx 29.43; 2 Cr 5.13,14);
(5) e a fé em Deus (At 26.18; Fp 3.9; Tg 2.23; Rm 4.11).
b) O lado humano da santificação. Deus é quem opera a
santificação no crente, embora haja a cooperação deste. Os meios coadjuvantes
de santificação progressiva são: (1) O próprio crente. Sua atitude e propósito
de ser santo, separado do mal para posse de Deus são indispensáveis. É o crente
tendo fome e sede de ser santo (Mt 5.6; 2 Tm 2.21, 22; 1 Tm 5.22); (2) O santo
ministério. Os obreiros do Senhor têm o dever de cooperar para a santificação
dos crentes (Êx 19.10,14; Ef 4.11,12); (3) Pais que andam com Deus. Assim como
Jó (Jó 1.5), os pais devem cooperar para a santificação dos filhos. Eunice, por
exemplo, colaborou para a integridade de Timóteo, seu filho (2 Tm 1.5; 3.15).
Por outro lado, pais descuidados podem influenciar negativamente seus filhos,
como no caso de Herodias que influenciou a Salomé (Mc 6.22-24); (4) As orações
do justo (Sl 51.10; 32.6). A oração contrita, constante e sincera tem efeito
santificador; (5) A consagração do crente a Deus (Lv 27.28b; Rm 12.1,2). A
rendição incondicional do crente a Deus tem efeito santificador nele.
3. Santificação futura. “E o mesmo Deus de paz vos santifique em
tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados
irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.23).
Trata-se da santificação completa e final (1 Jo 3.2). Ver também: Ef 5.27; 1 Ts
3.13.
III. ESTORVOS À SANTIFICAÇÃO DO CRENTE
Estorvos são embaraços que impedem o cristão de viver em
santidade. Vejamos alguns deles:
1. Desobediência. Desobedecer de modo consciente, contínuo e
obstinadamente à conhecida vontade do Senhor (Êx 19.5,6).
2. Comunhão com as trevas. Comungar com as obras infrutíferas
das trevas (Rm 13.12); com os ímpios, seus costumes mundanos e suas falsas
doutrinas (Ef 5.3; 2 Co 6.14-17).
3. Erros a respeito da santificação. O próprio Pedro enganou-se
a respeito da santificação (At 10.10-15). Vejamos o que não é a santificação
bíblica.
a) Exterioridade (Mt 23.25-28; 1 Sm 16.7). Usos, práticas e
costumes. Este último, quando bom, deve ser o efeito da santificação, e não a
causa (Ef 2.10).
b) Maturidade cristã. Não é pelo tempo que algo se torna limpo,
mas pela ação contínua da limpeza. A maturidade cristã varia, como se vê em 1
Jo 2.12, 13: “Filhinhos”; “pais”; “mancebos”; “filhos”.
c) Batismo com o Espírito Santo e dons espirituais. O batismo
com o Espírito Santo e os dons espirituais em si mesmos, não equivalem à
santificação como processo divino e contínuo em nós (At 1.8; 1 Co 14.3).
4. Áreas da vida não santificadas. Alguns aspectos reservados da
vida do crente que não foram consagrados a Deus, devem ser apresentados ao
Senhor. Como por exemplo, a mente, sentidos, pensamento, instintos, apetites e
desejos, linguagem, gostos, vontade, hábitos, temperamento, sentimento. Um
exemplo disso está em Mateus 6.22,23.
IV. A NECESSIDADE DE O CRENTE SANTIFICAR-SE
Para esse tópico aconselhamos a leitura meditativa de 2
Coríntios 7.1 e 1 Tessalonicenses 4.7.
1. A Bíblia ordena. A Bíblia afirma que temos dentro de nós a
“lei do pecado” (Rm 7.23; 8.2). Daí, ela ordenar que sejamos santos (1 Pe 1.16;
Lv 11.44; Ap 22.11), pois o Senhor habita somente em lugar santo (Is 57.15; 1
Co 3.17).
2. Os santos serão arrebatados. O Senhor Jesus que é santo, virá
buscar os que são consagrados a Ele (1 Ts 3.13; 5.23; 2 Ts 1.10; Hb 12.14). Por
isso, a vontade de Deus para a vida do crente é que ele seja santo, separado do
pecado (1 Ts 4.3).
3. A santidade revelada de Deus. Uma importante razão pela qual
o crente deve santificar-se é que a santidade de Deus, em parte, é revelada
através do procedimento justo e da vida santificada do crente (Lv 10.3; Nm
20.12). Então, o crente não deve ficar observando, nem exigindo santidade na
vida dos outros; ele deve primeiro demonstrar a sua!
4. Os ataques do Diabo. Devemos atentar para o fato de que, o
Diabo, centraliza seus ataques na santificação do crente. A principal tática
que o adversário emprega para corromper a santidade é o pecado da mistura. Isso
ele já propôs antes a Israel através de Faraó (Êx 8.25). Esta mistura, inclui:
da igreja com o mundanismo; da doutrina do Senhor com as heresias; da adoração
com as músicas profanas; etc.
Em muitas igrejas hoje, a santificação é chamada de fanatismo.
Nessas igrejas falam muito de união, amor, fraternidade, louvor, mas não da
separação do mundanismo e do pecado. Notemos que as “virgens” da parábola de
Mateus 25 pareciam todas iguais; a diferença só foi notada com a chegada do
noivo.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
DANIELS, R. Pureza sexual. RJ: CPAD, 2000.
HOLLOMAN, H. O poder da santificação. RJ: CPAD, 2003.
HUGES, R. K. Disciplinas do homem cristão. RJ: CPAD, 2004.
KEEFAUVER, L. (ed.). O
avivamento da Rua Azusa — Seymour. RJ: CPAD, 2001.
“Santificação e Pentecostes
1. Santificados antes do Pentecostes. Lendo a Bíblia
cuidadosamente, vemos que os discípulos eram pessoas salvas e santificadas e
haviam recebido a unção do Espírito antes do dia de Pentecostes. Em João
17.15-17, Jesus ora: ‘Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade’.
Jesus é a Palavra e a verdade, por isso os discípulos foram santificados pela
verdade na mesma noite em que ele orou por eles (Jo 20.21-23). Os discípulos,
portanto, já estavam cheios da unção do Espírito Santo antes do dia de
Pentecostes, e isso os sustentou até que foram dotados com poder do alto. No
primeiro capítulo de Atos, Jesus orienta os discípulos a esperarem pela
promessa do Pai. Não era para esperar pela santificação. O sangue de Cristo já
havia sido derramado na cruz do Calvário. Ele não ia enviar o seu sangue para
limpá-los da carnalidade, mas o seu Espírito, para dotá-los com poder.
2. A Santificação. Não há nada mais doce, mais sublime ou mais
santo neste mundo do que a santificação. O batismo com o Espírito Santo é o dom
de poder na alma santificada, capacitando-a para pregar o Evangelho de Cristo
ou para morrer na fogueira. O batismo reveste o crente até o dia da redenção,
de modo que ele esteja pronto para encontrar-se com o Senhor Jesus à meia-noite
ou a qualquer momento, porque tem óleo em sua vasilha, junto com a sua lâmpada.
Você é participante do Espírito Santo no batismo pentecostal da
mesma maneira que foi participante do Senhor Jesus Cristo na santificação”
(SEYMOUR, W. J. Santificados antes do Pentecostes. In KEEFAUVER, L. (ed.). O avivamento
da Rua Azusa — Seymour. RJ: CPAD, 2001, p.80-3).
Quando William Seymour começou a pregar o batismo no Espírito
Santo com a evidência de falar noutras línguas e, a ensinar a doutrina
pentecostal, os membros da congregação da Santidade o expulsaram da igreja. Em
uma de suas mensagens afirmou: “Há uma grande diferença entre a pessoa
santificada e a que é batizada com o Espírito Santo e com fogo. O santificado é
limpo de seus pecados e cheio do amor divino, mas o batizado no Espírito Santo
tem poder de Deus em sua alma, poder com Deus e com os homens e poder sobre
todos os demônios de Satanás e todos os seus emissários”. Mensagens como esta
suscitaram a ira da congregação e resultaram na expulsão de Seymour da
comunidade. No entanto, Seymour foi recebido pelo casal Asbery. Na casa destes,
começou a fazer reuniões de oração até que, em 9 de abril de 1906, Seymour orou
pela cura de Edward Lee. Além de receber a cura, Lee foi batizado no Espírito
Santo e falou noutras línguas. Naquele mesmo dia outras sete pessoas tiveram a
mesma experiência pentecostal. Mas somente em 12 de abril de 1906 é que Seymour
foi batizado com o Espírito Santo.
O batismo no Espírito Santo é a experiência subseqüente a
salvação que capacita o crente: (1) ao ministério evangelístico (At 1.8;
8.1-40); (2) a falar em outras línguas (At 2.4; 10.45,46); (3) a testemunhar
com poder e ousadia (At 4.7-22,31); (4) agir sobrenaturalmente (At 5.1-11;
13.8-12; 6.8; 16.16-20); (5) a servir a igreja em suas necessidades sociais (At
6.1-7); (6) atender a chamada ministerial específica (At 13.1-4; 26.29;
10.1-48; At 20.24); (7) a contribuir com o avanço do Reino de Deus (5.14-16,42;
6.7; 8.25; 9.31; 19.20; 28.31); (8) a glorificar e orar a Deus poderosamente
(At 10.45,46; 16.15; 4.31; Ef 5.18-20; Cl 3.16; Rm 8.26; Jd v.20). Por essas e
outras inumeráveis razões o crente deve orar e glorificar intensamente a Deus a
fim de que receba a magnífica promessa do batismo no Espírito Santo.
Diversas teorias conhecidas como cessacionistas, negam o batismo
no Espírito Santo com a evidência inicial de falar noutras línguas e sua
atualidade para os dias hodiernos.
As supostas provas apresentadas pelos cessacionistas, além de
inconsistentes quanto à argumentação são improváveis quanto à hermenêutica
sagrada. Nesta lição, apresente aos alunos um quadro apologético concernente as
evidências do batismo com o Espírito Santo em Atos, subseqüente a efusão do
Espírito no dia de Pentecostes. Se você deseja conhecer os principais
argumentos cessacionistas, bem como uma apologia a respeito da atualidade do
batismo no Espírito Santo, consulte a bibliografia sublinhada. Reproduza o
gráfico de acordo com os recursos disponíveis.
O
BATISMO COM O ESPIRITO SANTO
O batismo com o Espírito Santo é um revestimento de poder, com a
evidência física inicial das línguas estranhas para o ingresso do crente numa
vida de profunda adoração e eficiente serviço a Deus (Lc 24.49; At 1.8; 10.46;
1 Co 14.15,26).
No entanto, o batismo do Espírito, como vemos em 1
Co 12.13; Gl 3.27; Ef 4.5, trata-se de um batismo figurado, apesar de real.
Todos aqueles que experimentaram o novo nascimento (Jo 3.5) são imersos no
corpo místico de Cristo (Hb 12.23; 1 Co 12.12ss). Nesse sentido, todos os
salvos são batizados pelo Espírito Santo, mas nem todos são batizados com o Espírito
Santo.
I. A PROMESSA DO BATISMO E O SEU CUMPRIMENTO
Dos cerca de 500 irmãos que viram Jesus ressurrecto e ouviram o
seu chamado para o cenáculo em Jerusalém (Lc 24.49), apenas 120 deles atenderam
(1 Co 15.6). Que acontecera aos demais que lá foram? Nem todos buscam com sede
e perseverança o batismo com o Espírito Santo.
1. Analogia do batismo. Tanto Jesus quanto
João Batista empregaram o termo “batismo” para descrever o revestimento de
poder do Espírito Santo sobre o crente (At 1.5; 11.16; Mt 3.11; Mc 1.8). Ora,
em todo batismo têm de haver três condições para que esse ato se realize: um
candidato a ser batizado; um batizador; e um elemento ou meio em que o
candidato será imerso. No batismo com o Espírito Santo, o candidato é o crente;
o batizador é o Senhor Jesus; e o elemento ou meio em que o filho de Deus é
imerso é o Espírito Santo.
2. A promessa do batismo pentecostal. Há
várias promessas de Deus no Antigo Testamento a respeito do derramamento do
Espírito sobre o povo, mas a principal é a que foi proferida pelo profeta Joel,
uns 800 anos antes do advento de Cristo (Jl 2.28-32).
3. Predita por João Batista. João
foi o arauto de Jesus; foi homem cheio do Espírito Santo. Em todos os quatro
Evangelhos ele confirma a promessa do batismo: Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo
1.32,33; At 11.16.
4. Confirmada por Jesus. Em diversas
ocasiões Jesus confirmou a promessa do batismo com o Espírito Santo.
a) Marcos 16.17. Jesus declarou: “falarão
novas línguas”.
b) Lucas 24.49. Neste texto, Jesus denominou a promessa
como a “promessa de meu Pai”. O batismo com o Espírito Santo foi o último
assunto de Jesus aos seus, antes da sua ascensão (vv.50,51).
c) João 7.38,39. Esta passagem deve ser
estudada juntamente com Atos 2.32,33. O apóstolo Pedro, após ser batizado com o
Espírito Santo e pregar no Dia de Pentecostes, encerrou o seu sermão citando a
promessa do batismo, agora cumprida em Jerusalém (At 2.1-4).
5. A promessa divina cumprida. No
Antigo Testamento, o privilégio especial do povo de Deus foi receber, preservar
e comunicar a revelação divina — as Santas Escrituras (Rm 3.1,2; 9.4; 2 Co
3.7). O privilégio especial do povo de Deus em o Novo Testamento, entretanto, é
receber o Espírito Santo: a) na conversão (Jo 3.5; 14.16,17; 16.17; 2 Co 3.8,9;
Rm 8.9); b) no batismo com o Espírito Santo; e, c) subseqüentemente, por meio
da vida cristã (At 4.8,31; 9.17; 13.9,52; Ef 5.18).
II. OS CONCEITOS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
Da parte de Deus, o batismo com o Espírito Santo é, a um só
tempo:
1. Uma ditosa promessa — “a promessa do
Pai” (At 1.4). O batismo com o Espírito Santo procede da vontade, amor e
promessa de Deus para os seus filhos.
2. Uma dádiva celestial inestimável —
“o dom do Espírito Santo” (At 2.38). O batismo é uma dádiva de Deus aos
crentes.
3. Uma imersão do crente no sobrenatural de Deus —
“sereis batizados com o Espírito Santo” (At 1.5). A partícula original desta
última referência também permite a tradução “batizados no Espírito Santo”.
4. Um revestimento de poder do alto —
“até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). É como alguém estando
vestido espiritualmente, ser revestido de poder do céu.
III. COMO RECEBER O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
1. Sendo a pessoa já salva. O
batismo com o Espírito Santo é para quem já é salvo. Os discípulos ao serem
batizados no Dia de Pentecostes: a) Tinham seus nomes escritos no céu (Lc
10.20); b) Eram limpos diante de Deus (Jo 15.3); c) Possuíam em si a vida
espiritual (Jo 15.4,5,16); d) Haviam sido enviados para o seu trabalho, dotados
de poder divino (Mt 10.1; Lc 9.1,2; 10.19).
2. Crendo na promessa divina do batismo. O
batismo é chamado “a promessa do Pai” (Lc 24.49; At 1.4; 2.16,32,33).
3. Buscando com sede, em oração (At
1.4,14; Jo 7.37-39; Lc 11.13). A oração é um elemento necessário e
indispensável para o crente obter o batismo com o Espírito Santo.
4. Adorando a Deus com perseverança. Louvando
sempre a Deus. Assim fizeram os candidatos antes do primeiro Pentecostes (Lc
24.51,52).
5. Perseverando em unidade fraternal. Isso
também eles fizeram antes do primeiro Pentecostes (At 1.14).
6. Vivendo em obediência à vontade do Senhor (At
5.32). Para você que busca o batismo, há alguma área da sua vida não submissa
totalmente a Cristo?
IV. OS RESULTADOS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
1. Edificação espiritual individual. Mediante
o cultivo das línguas recebidas com o batismo, o crente é edificado
pessoalmente (1 Co 14.4,15).
2. Maior dinamismo espiritual. Isto
é, mais disposição e maior coragem na vida cristã para testemunhar de Cristo
(Mc 14.66-72; At 4.6-20).
3. Maior desejo e resolução para orar e interceder (At
3.1; 4.24-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26). O crente cheio do Espírito ora e intercede
constantemente a favor dos filhos de Deus.
4. Maior glorificação do nome do Senhor. Isto
“em espírito e em verdade”, nos atos e na vida do crente (Jo 16.13,14).
De acordo com Atos 2.17, o batismo com o Espírito Santo é para
qualquer nação: “Toda carne”. Não há qualquer distinção de sexo para receber o
batismo, pois está escrito que é para “filhos e filhas” (At 2.17). Também não
importa a idade do candidato (“mancebos e velhos”) ou a camada social do
indivíduo (“servos e servas”). Portanto, todos podem e devem buscar essa dádiva
celeste.
DEERE, J. Surpreendido
pelo poder do Espírito. RJ: CPAD, 1995.
GEE, D. Como receber o batismo no Espírito Santo. RJ: CPAD, 2001.
KEEFAUVER, L. (ed.). O avivamento da Rua Azusa — Seymour. RJ: CPAD, 2001.
PALMA, A. D. O batismo no Espírito Santo e com fogo. RJ: CPAD, 2002.
GEE, D. Como receber o batismo no Espírito Santo. RJ: CPAD, 2001.
KEEFAUVER, L. (ed.). O avivamento da Rua Azusa — Seymour. RJ: CPAD, 2001.
PALMA, A. D. O batismo no Espírito Santo e com fogo. RJ: CPAD, 2002.
“O Vento e o Fogo
Três fenômenos não usuais aconteceram no dia de Pentecostes: ‘um
som, como de um vento veemente e impetuoso’, ‘línguas repartidas, como que de
fogo’, e o falar em línguas (At 2.1-4). É tentador enxergar as três
manifestações do Espírito Santo como indicações de sua atuação em salvação
(vento), santificação (fogo) e serviço (línguas).
O vento e o fogo algumas vezes são chamados de teofanias —
manifestações visíveis de Deus. Em ocasiões históricas, como a entrega da Lei,
houve trovões, relâmpagos e nuvens densas, e um som muito alto de buzinas (Êx
19.16); então naquele dia histórico o Senhor se manifestou de um modo
inesquecível com fogo e vento enviados do céu. Precisamos perceber, no entanto,
que o vento e o fogo precederam o enchimento do Espírito; não foram parte dele.
E mais, em nenhum outro trecho no livro de Atos esses elementos são mencionados
novamente em paralelo às pessoas sendo cheias com o Espírito. Esses foram
acontecimentos únicos e para marcar a total inauguração de uma nova era no
procedimento de Deus com o seu povo.
O fenômeno audiovisual de vento e fogo é remanescente da entrega
da Lei no monte Sinai (Êx 19.18; Dt 5.4); o vento não é mencionado em conexão
com aquele vento, mas com a travessia do mar Vermelho (Êx 14.21), bem como em
outras manifestações especiais no Antigo Testamento da presença de Deus (2 Sm
22.16).
O vento é um emblema do Espírito Santo (Ez 37.9; Jo 3.8); de fato,
a palavra hebraica ruach tanto significa ‘vento’ quanto ‘espírito’, como acontece
com a palavra grega comparável pneuma”.(PALMA, A. D. O
batismo no Espírito Santo e com fogo. 2.ed., RJ: CPAD,
2002, p.58-9.) FONTE CPAD
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