A BIBLIA APOIA O
RELATIVISMO?
Romanos 12.2; Gálatas 1.10; 1 Pedro
1.14-16.
Romanos
12
2
- E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do
vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus.
Gálatas
1
10
- Porque persuado eu agora a homens ou a Deus? Ou procuro agradar a homens? Se
estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.
1
Pedro 1
14
- Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes
havia em vossa ignorância;
15
- mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a
vossa maneira de viver,
16
- porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
O
momento em que vivemos exige um sério posicionamento da igreja frente à
mentalidade mundana, relativista, hedonista e profana. A Escola Dominical ainda
é o maior instrumento da igreja para formar em seus membros a mente de Cristo e
desenvolver a espiritualidade cristã. A Verdade do evangelho, agora mais do que
nunca, deve ser ensinada e proclamada, a fim de que esta geração de crentes
possa não somente resistir ao relativismo, mas também estar preparada para
responder com mansidão e convicção a razão de sua fé. Tenha cuidado, porém, em
restringir-se à Verdade de Cristo, para que suas opiniões não se misturem a
única Verdade, pela qual devemos batalhar.
Integridade:
Retidão, imparcialidade, qualidade daquele que não sacrifica a sua opinião à
própria conveniência, nem às de outrem.
Num
mundo relativista e pragmático, ser fiel e santificado a Deus, conforme exige a
Bíblia Sagrada, é um grande desafio para o seguidor de Cristo. Nesta lição,
estudaremos sobre a necessidade de o cristão manter-se íntegro diante de uma
sociedade indiferente às reivindicações divinas.
I.
OS DESAFIOS DO RELATIVISMO MORAL E DO PRAGMATISMO
1.
O Relativismo Moral. No mundo pós-moderno, os conceitos morais não se baseiam
nos valores absolutos das Sagradas Escrituras. Para a sociedade relativista, as
verdades e valores da Bíblia são relativos e parciais. Ou seja, a prática da
moral e da ética depende da experiência de cada pessoa.
Ensina-se
que não existem leis e verdades absolutas e universais. A fim de enfrentar este
terrível mal, o cristão tem de tomar algumas atitudes extremamente importantes.
Vejamos:
a)
Não se conformar com o mundanismo (Rm 12.2). Há muitos cristãos que estão
acomodados ao mundanismo, cujo mentor é o Diabo. Essa conformação é ruinosa
para a moral cristã. Temos de amar o pecador, mas combater energicamente o
pecado e suas estruturas, pois levam o ser humano à perdição.
b)
Ser transformado pela renovação do entendimento. A “visão de mundo” do cristão,
cujo entendimento é renovado pelo Espírito Santo, tem de ser contrária aos conceitos
materialistas e relativistas (1 Jo 5.19). A maneira de o crente ver o mundo
deve passar pela ótica da revelação de Deus. Somente assim, poderá experimentar
“a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.1,2).
2.
O Pragmatismo. Para o pragmatismo, tudo que resulta em satisfação imediata é
verdade. Mas para o crente, a verdade é a expressão absoluta e universal da
vontade divina conforme a encontramos na Bíblia Sagrada. Os israelitas, por
exemplo, foram pragmáticos quando tentaram levar a Arca do Senhor num carro de
bois, ao invés de conduzi-la sobre os ombros dos levitas, conforme determinava
a lei (Nm 4.15; Js 3.3; 1 Cr 15.2,15). Deus não aceitou tão descabido e profano
pragmatismo. O resultado foi uma severa punição divina (2 Sm 6.6-9). Hoje, o
pragmatismo é apresentado de maneira sutil e enganosa.O relativismo e o
pragmatismo apresentam-se como os dois grandes desafios a serem superados pela
Igreja de Cristo nos últimos tempos.
II.
O DESAFIO DO SECULARISMO
1.
Conceito. O termo secularismo origina-se de uma palavra que significa
“profano”, “mundano”, “humanista”, “deste século”. Secular é o oposto do
sagrado, religioso, espiritual. Sob a ótica cristã, é a corrupção doutrinária
que ignora os princípios espirituais para a igreja, tornando o sagrado fútil e
comum. O secularismo tenta destronar a Deus e exaltar o homem, pois, segundo
esta filosofia, o homem é a medida de todas as coisas.
2.
O desafio para a igreja de Jesus. Muitas igrejas, infelizmente, têm sido
influenciadas pelo secularismo, especialmente em seu aspecto organizacional e
litúrgico. Como reconhecer uma igreja presa pelos tentáculos da secularização?
a)
Profanação do sagrado. Quando uma igreja se torna secular, tende a desprezar os
valores espirituais e a exaltar os humanos, materiais. Há igrejas, cujos
santuários e púlpitos transformaram-se em locais de entretenimentos e
demonstrações de cultura popular. A Bíblia, porém, afirma: “Mui fiéis são os
teus testemunhos; a santidade convém à tua casa, SENHOR, para sempre” (Sl
93.5).
b)
Perda da identidade bíblica e cristã. Ser cristão é identificar-se com Cristo e
não com o mundo (At 11.26). Nos dias atuais, há situações em que um visitante
não sabe mais se está numa igreja ou num clube. Não é exagero! O crente precisa
consagrar-se a Deus, a fim de não se conformar com as coisas da carne (1 Pe
1.14; Jd v.23). É urgente viver em santidade (1 Pe 1.15,16).
c)
Perda da ética cristã. Sem zelo pela ética cristã é impossível manter-se em
comunhão com Jesus Cristo. Ser cristão não é apenas pertencer a uma igreja
local ou denominação. É ser cidadão dos céus; é viver a ética do reino de Deus,
conforme estabelece a Bíblia.O secularismo ignora os princípios espirituais
para o homem, pois considera-o “a medida de todas as coisas”.
III.
OS PRINCÍPIOS DA INTEGRIDADE CRISTÃ
Vejamos
alguns princípios que norteiam a integridade na vida cristã, de acordo com os
ensinos da Palavra de Deus.
1.
Lealdade incondicional a Cristo. Jesus disse: “Quem não é comigo é contra mim;
e quem comigo não ajunta espalha” (Mt 12.30). Não se pode atender aos apelos do
mundo e, ao mesmo tempo, fazer a vontade de Deus. É impossível! Ou se é
totalmente de Cristo, ou contra Ele (Jo 15.14; Mt 12.30; 6.24).
2.
Fé. A Bíblia afirma que “... tudo o que não é de fé é pecado” (Rm 14.22,23). O
crente não precisa recorrer a padrões humanos para posicionar-se quanto aos
seus atos e palavras. Se tem dúvida, não deve fazer. E se não tem dúvida, pode
fazer tudo o que aprova? Depende. É preciso que sua atitude ou pensamento
esteja de acordo com a Palavra de Deus (1 Co 6.1 2). A Bíblia é o nosso padrão
ético.
3.
Licitude, conveniência e edificação. Nem tudo o que é lícito convém (1 Co 6.12;
10.23). Esse critério orienta o cristão a não praticar as coisas apenas porque
são lícitas; além de lícitas, têm de estar em absoluta conformidade com o
referencial ético da Palavra de Deus.
O
cristão precisa lembrar-se de que nem tudo o que é lícito é edificante (1 Co
10.23b). A ênfase, aqui, é a edificação espiritual de quem se posiciona ante o
que fazer ou não. Neste contexto, se enquadram os sites de relacionamento na
internet e outros casos similares. É fundamental que cada um avalie diante de
Deus se o conteúdo que está diante de si é edificante, alienante ou pecaminoso.
Se é pecado, evite.A lealdade incondicional a Cristo, a fé e a licitude são
princípios pelos quais os cristãos podem manter a integridade espiritual e
moral.
Com
o intuito de vencer o relativismo e o materialismo, precisamos, antes de tudo,
dedicar-nos à oração, a fim de sabermos usar as armas que Deus tem colocado à
nossa disposição (Ef 6.10-18). Devemos, portanto, continuar a proclamar as
verdades absolutas e universais de Deus.
Licitude: O que é
lícito, justo ou permitido; admissível, permissível.
Pragmatismo:
Teoria que afirma que a verdade de uma proposição consiste no fato de que ela
seja útil, tenha alguma espécie de êxito ou de satisfação.
“Integridade
Integridade
procede do verbo ‘integrar’, que significa ‘tornar unido para formar um todo
completo ou perfeito’. As Escrituras nos ensinam que o espírito, a mente e o
corpo todos vêm da mão de Deus e, portanto, devem estar unidos, funcionando
juntos, como um todo. Os nossos atos devem ser coerentes com os nossos
pensamentos. Precisamos ser a mesma pessoa, pública e privadamente. Apenas a
visão de mundo cristã pode nos dar a base para este tipo de integridade.
Além
disso, o cristianismo nos dá uma lei moral absoluta que nos permite julgar
entre o certo e o errado. Tente perguntar aos seus amigos seculares como
decidem o que devem fazer, quais princípios éticos seguir. Como sabem que esses
princípios são corretos? Em que autoridade eles confiam? Sem uma moral
absoluta, não existe uma base real para a ética.
Um
lei moral absoluta não confina as pessoas em uma camisa de força de puritanismo
vitoriano. As pessoas sempre irão debater as fronteiras da lei moral e as suas
variadas aplicações. Mas a própria idéia do certo e do errado só faz sentido se
houver um padrão final, uma medida de referência, pela qual poderemos fazer
julgamentos morais”.(COLSON, C.; PEARCEY, N. O cristão na cultura de hoje. RJ:
CPAD, 2006, p.161-2.)
Só
conseguiremos resistir ao espírito mundano que predomina em nossa sociedade, se
conhecermos suas raízes, seus ensinos, fundamentos e atuação. Caso contrário,
estaremos propensos a assimilá-los ainda que de modo inconsciente. A igreja
possui duas opções: ignorar que seus membros estão a todo momento sendo
bombardeados por ensinos relativos, profanos e hedonistas, ou confrontá-los com
a Verdade de Deus, a fim de esclarecer e fortalecer a convicção de cada crente.
A
sociedade atual convive com a falsidade, a mentira, a bajulação, as informações
distorcidas, e com a imoralidade. Portanto, há um clamor desesperado por
autenticidade, integridade e verdade. Nós, como Igreja, portadora e defensora
desses valores e princípios cristãos, devemos exibir o caráter de Deus em
nossas relações internas e externas, tendo o amor como principal fundamento.
Como pregaremos a Verdade, se ela não puder ser percebida em nossas relações?
Nossa sociedade carece de uma igreja autêntica, verdadeira e fidedigna.
FONTE CPAD
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.