O MILAGRAS DE JESUS
Mateus 11.1-6; João
20.30,31.
Mateus
11
1
- E aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos,
partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles.
2
- E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus
discípulos
3
- a dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir ou esperamos outro?
4
- E Jesus, respondendo, disse-lhe: Ide e anunciai a João as coisas que ouvis e
vedes:
5
- Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem;
os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho.
6
- E bem-aventurado é aquele que se não escandalizar em mim.
João
20
30
- Jesus, pois, operou também, em presença de seus discípulos, muitos outros
sinais, que não estão escritos neste livro.
31
- Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho
de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.
O
Novo Testamento emprega quatro palavras gregas para descrever as obras
milagrosas de Jesus e dos apóstolos: teras, sēmeion, ergon e dynamis. O
primeiro, teras, significa “maravilhas” e faz alusão ao caráter extraordinário
do milagre (Jo 4.48; At 14.3). O segundo, sēmeion, ou “sinal”, indica a
imediata conexão com o mundo espiritual, simbolizando a verdade celestial (Mt
16.3; 24.3,30). O terceiro, ergon, literalmente “trabalho”, se refere aos
feitos miraculosos realizados por Jesus (Mt 11.2; Jo 7.3). O quarto, dynamis,
isto é, “poder”, “prodígio”, descreve o exercício do poder divino e demonstra o
fato de que forças espirituais se introduziram e estão trabalhando neste mundo
(Mt 11.20; Mc 6.5) Atos 2.22 traz três desses termos: “Jesus, o Nazareno, varão
aprovado por Deus diante de vós com ‘milagres’ [dynamis], ‘prodígios’ [teras] e
sinais [sēmeion], os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre
vós” (ARA).
ALGUNS
MILAGRES DE JESUS
Cura
e Libertações
Leproso
Endemoninhado
mudo
Dois
cegos
Mt
8.2-4
Mt
9.32,33
Mt
9.27-31
Poder
sobre a Natureza
Acalmando
a tempestade
Alimentando
5.000
Andar
sobre o mar
Mt
8.23-27
Mt
14.15-21
Mt
14.25
Ressurreição
dos Mortos
A
filha de Jairo
O
filho da viúva
Lázaro
Mt
9.18,19-23-25
Lc
7.11-15
Jo
11.1-44
A
despeito dos diversos registros de milagres nos Evangelhos e em Atos dos
Apóstolos, céticos e teólogos liberais de todas as épocas têm ridicularizado as
intervenções extraordinárias de Deus na história. Estes atos sobrenaturais
revelam o poder de Cristo sobre as enfermidades, a natureza, a morte, o Inferno
e o Diabo.
I.
OS MILAGRES NA BÍBLIA
1.
Conceito. Milagre é a intervenção divina sobre as leis da natureza. Em cada
prodígio ocorre uma alteração na ordem natural do Universo. De acordo com as
Escrituras, esse modo de Deus manifestar-se é um ato de sua soberana vontade e,
sob certos aspectos, está sujeito à fé daquele que espera pelo socorro
celestial (Mc 11.23,24; Jo 11.40). Uma vez que a história do povo de Deus está
repleta de milagres em ambos os Testamentos, podemos afirmar categoricamente
que o Cristianismo é a religião dos sinais, milagres e maravilhas.
2.
No Antigo Testamento. São inúmeros os milagres manifestados no Antigo
Testamento (Êx 14.2; 15.24,25; Nm 17.1-8; Js 3.14-17; 2 Rs 4.32-36). O profeta
Jeremias chegou a afirmar que os sinais e as maravilhas produzidos no Egito
eram freqüentes “tanto em Israel, como entre outros homens” (Jr 32.20). Esses
atos portentosos eram testemunhos da presença do Eterno entre o povo em todos
os lugares (Êx 6.3-8; 8.19): no Egito (Êx 7-12), no deserto (Êx 13.20,21), em
Jericó (Js 6.6-21), no mar (Jn 1.1 7), na paz (2 Cr 7.1), e até na cova dos
leões (Dn 6.16-23). Deus, em todo tempo, sempre operou prodígios e maravilhas
em favor de seu povo. Creia que Ele é “o mesmo ontem, e hoje, e eternamente”
(Hb 13.8) e verás as grandes obras que realizará em tua vida.
3.
Em o Novo Testamento. O Novo Testamento está repleto de milagres (Mt 11.4,5).
Os operados por Jesus são de três categorias: cura e libertação (Mt 8.2-4;
17.14-18); poder sobre a natureza (Mc 4.37-41; Lc 5.4-11); e ressurreição de
mortos (Lc 7.11-15; Jo 11.1-44).
a)
As evidências dos milagres de Jesus (Mt 11.4,5). A Bíblia revela o poder de
Cristo sobre todas as coisas. Ele expulsava os demônios (Mt 12.22,23), curava
os cegos (Mt 20.34; Jo 9.6,7), os mudos (Mt 12.22) e os paralíticos (Jo 5.2-9).
Em diversas ocasiões exerceu poder sobre a natureza: ao apaziguar a tempestade
(Mc 4.37-39), ao andar sobre o mar (Mc 6.48-51) e ao transformar água em vinho
(Jo 2.1-11). Não é possível descrever todos os milagres de Jesus (Jo 20.30,31).
Todavia, os trinta e cinco narrados nos Evangelhos foram “escritos para que
creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus” (Jo 20.31). Suas extraordinárias
obras também serviam para autenticar seu ministério e revelar sua identidade
messiânica (Mt 11.5).
b)
Os milagres apostólicos. Muitos milagres de cura e ressurreição de mortos foram
realizados pelos apóstolos mediante o poder do Espírito Santo (At 3.6-9;
9.33-41; 14.8-9; 20.9,10). Estas maravilhas não cessaram com a morte daqueles
abnegados servos do Altíssimo, mas continuam acontecendo no seio da igreja
contemporânea (Mc 16.17,18; Jo 14.12; 11.40).
II.
OS PROPÓSITOS DOS MILAGRES
1.
No ministério de Jesus. Uma das marcas do ministério de Cristo foi a operação
de milagres, especialmente a cura e a libertação: "E a sua fama correu por
toda a Síria; e traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias
enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e
ele os curava" (Mt 4.24 cf. Lc 4.17-19).
Esses
milagres cumpriam alguns propósitos específicos: a) testificavam que Ele era o
Messias (Mt 11.4,5); b) revelavam que Jesus havia sido enviado pelo Pai (Jo
11.40-42); c) autenticavam a mensagem e o ministério terreno de Jesus (Mc
1.27,28); d) confirmavam a deidade de Cristo (Mc 2.5-12; 3.10-12); e) conduziam
os homens à adoração (Mc 2.12); e, f) fortaleciam a fé dos discípulos (Mc
4.40,41). Os prodígios de Cristo provêem socorro e solução para o ser humano
aflito. Todavia, seu objetivo principal é conduzir todos a Deus (Jo 20.30,31).
2.
Na Igreja (Jo 20.31). Os milagres revelam o poder de Deus e o seu controle
sobre todas as coisas. Mediante os dons de fé, curas e operações de maravilhas,
eles atestam a obra e a manifestação do Espírito Santo na vida Igreja (At 2.43;
4.29-31; 1 Co 12.4-6,9,10). Portanto, busquemos com zelo os dons espirituais,
pois, assim como os milagres, são para os dias de hoje.
3.
Atualidade dos milagres. Infelizmente, não apenas os céticos rejeitam os
milagres, mas também alguns cristãos piedosos e tementes a Deus, não crêem na
atualidade dos milagres. Ora, se a mensagem da salvação é válida para hoje, os
milagres também o são. Lembremos que Jesus ensinou a continuidade dos milagres
(Jo 14.12).
III.
OS MILAGRES E A CIÊNCIA
1.
A realidade dos milagres. O cristianismo foi erigido sobre fatos. O que Jesus
fez e ensinou foi às claras (Jo 11.42-44; 18.19-21; At 2.32-36). As pessoas
curadas por Ele eram conhecidas do povo. Esta é a razão pela qual o Senhor
nunca foi acusado de trapaça, embuste ou truques ao realizar os milagres. Os
fatos eram incontestáveis (At 10.38,39 cf. Jo 9).
Ainda
hoje o Senhor Jesus continua operando maravilhas em sua Igreja. Mesmo que não
sejamos capazes de explicá-los racionalmente, os milagres são indiscutíveis,
reais e atuais, haja vista os inúmeros testemunhos documentados no jornal
Mensageiro da Paz.
2.
Os métodos científicos. Segundo os cientistas, para que um fenômeno seja
considerado pela Ciência é necessário que seja comprovado, repetido, mensurado,
experimentado e publicado para contestação. Nesse caso, os milagres não possuem
lastro científico, pois não podem ser explicados pelo método racional. Todavia,
isso não nega sua ocorrência, apenas demonstra a incapacidade humana para
explicá-los (Jó 26.14).
Os
milagres existem, sim, e continuam desafiando a Ciência. Os métodos científicos
têm seu mérito, mas nem sempre são aplicáveis aos acontecimentos
extraordinários da Bíblia. Como se pode repetir experimentalmente um milagre?
Apesar de os milagres não poderem ser submetidos a tais métodos, não significa
que a fé cristã seja irracional. Jesus ordenou que amássemos a Deus de todo o
nosso “entendimento” (Mc 12.30).
Cristo,
ainda hoje, dispensa aos seus servos o mesmo poder para operação de maravilhas
(Mt 10.8; Jo 1.50; 5.20; 14.12) que conferira a seus discípulos no passado. São
milhares os testemunhos de pessoas alcançadas pelas obras extraordinárias
operadas pelo Filho de Deus em sua amada Igreja. Essas ocorrências admiráveis
são marcas distintivas da doutrina pentecostal.
“A
Natureza do Miraculoso
Visto
que o termo milagre é popularmente aplicado à ocasiões incomuns, até mesmo por
aqueles que professam não acreditar no sobrenatural, nem sempre é fácil
atribuir o verdadeiro significado bíblico à palavra. É provável que a definição
mais simples seja a de C. S. Lewis: ‘Milagre é uma interferência na natureza
por um poder sobrenatural’. Por outro lado, Machen define o milagre como ‘um
evento no mundo exterior, que é trabalhado pelo poder imediato de Deus’. Com
isso ele quer dizer que uma obra divina é milagrosa quando Deus ‘não usa meios,
mas utiliza o seu poder criativo, como o utilizou quando fez todas as coisas a
partir do nada’. Em outras palavras, um milagre acontece quando Deus dá um
passo para fazer algo além do que poderia ser realizado de acordo com as leis
da natureza, do modo como entendemos, e que na verdade pode estar em desacordo
com elas e ser até uma violação delas. Além disso, um milagre está além da
capacidade intelectual ou científica do homem [...]
Durante
o ministério terreno de Jesus, por exemplo, Ele usou os milagres para
demonstrar a sua divindade, para provar que era o Enviado de Deus, para
sustentar o seu messianato, para ministrar com compaixão às multidões
necessitadas [...]”(PFEIFFER, C. F. (et al.) Dicionário bíblico Wycliffe. RJ:
CPAD, 2006, p. 1267.)
“Medo
e Fé
Grandes
atos de fé raramente nascem de um cálculo sereno (At 16.25). Não foi a lógica
que levou Moisés a erguer seu cajado à beira do mar Vermelho. Não foi uma
pesquisa médica que convenceu Naamã a mergulhar sete vezes no rio. Não foi o
senso comum que fez Paulo abandonar a Lei e abraçar a graça. E não foi um
comitê confiante que orou numa pequena sala, em Jerusalém, para que Pedro fosse
liberto da prisão. Foi um grupo de crentes assustados, desesperados, encolhidos
num canto. Foi uma igreja que não tinha opções. Uma congregação que não tinha a
quem apelar. E nunca eles foram mais fortes. No começo de cada ato de fé,
geralmente, há uma semente de medo”.(LUCADO, M. Graça para o momento. RJ: CPAD,
2004.)
fonte CPAD
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