A
INERRANCIA DA BIBLIA
Salmos
119.89-99.
89 - Para sempre, ó SENHOR, a tua
palavra permanece no céu.
90 - A tua fidelidade estende-se de
geração a geração; tu firmaste a terra, e firme permanece.
91 - Conforme o que ordenaste, tudo se
mantém até hoje; porque todas as coisas te obedecem.
92 - Se a tua lei não fora toda a minha
alegria, há muito que teria perecido na minha angústia.
93 - Nunca me esquecerei dos teus
preceitos, pois por eles me tens vivificado.
94 - Sou teu, salva-me; pois tenho
buscado os teus preceitos.
95 - Os ímpios me esperam para me
destruírem, mas eu atentarei para os teus testemunhos.
96 - A toda perfeição vi limite, mas o
teu mandamento é amplíssimo.
97 - Oh! Quanto amo a tua lei! É a
minha meditação em todo o dia!
98 - Tu, pelos teus mandamentos, me
fazes mais sábio que meus inimigos, pois estão sempre comigo.
99 - Tenho mais entendimento do que
todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos.
A inerrância da Sagrada Escritura
deriva-se da natureza própria da Bíblia. Em inúmeras ocasiões a Bíblia descreve
a si mesma como a inerrante Palavra de Deus. Solicite que um dos alunos leia Is
34.16 e, a seguir, faça um breve comentário da inerrância e infalibilidade das
Escrituras. Depois, apresente aos alunos alguns nomes canônicos da Bíblia: a)
Livro do Senhor (Is 34.16); b) Escritura da Verdade (Dn 10.21); c) Escritura de
Deus (Êx 32.16); d) Lei do Senhor (Sl 1.1,2); e) Lei de Deus (Js 24.26); f)
Palavra do Senhor (Jr 22.29); g) Oráculo de Deus (1 Pe 4.11); h) Palavra de
Deus (Mt 15.6; At 6.7); i) Palavra de Cristo (Cl 3.16). A Bíblia procede do
próprio Deus, portanto, é inerrante e infalível.
A Bíblia é a inerrante Palavra de Deus.
Os ímpios e incrédulos têm feito de tudo para encontrarem erros nos textos
bíblicos. Pode ser que haja falhas nas traduções, interpretações ou na
gramática das cópias manuscritas, pois a Bíblia foi escrita originalmente em
linguagem antiga: hebraico, grego, e aramaico. Todavia, essas possíveis
incorreções, ou dificuldades, jamais podem ser consideradas "erros"
quanto à mensagem bíblica. Menos de um por cento dessas inexatidões dos
manuscritos, encontram-se na transmissão da mensagem, portanto, não afetam a integridade
da Palavra de Deus.
I. CONCEITUAÇÃO TEOLÓGICA DE INERRÂNCIA
1. O que é "inerrância
bíblica"? Significa que a Bíblia é totalmente isenta de erros; quer no
campo lógico ou no histórico. Ela é inerrante nos fatos que apresenta e nas
doutrinas que declara. Afirmar que a Bíblia não contém erros é também
reconhecer sua inspiração, autoridade e infalibilidade divinas. Jesus afirmou
categoricamente: "A Escritura não pode falhar" (Jo 10.35).
2. Inerrância e infalibilidade. O
conceito de inerrância da Bíblia está intimamente associado ao de
infalibilidade. Pelo fato de não conter erros, ela é infalível. Tudo o que a
Bíblia diz cumpre-se cabalmente: "Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas
a palavra do Senhor permanece para sempre" (1 Pe 1.24,25). Essa infalibilidade
é consequência de a Palavra de Deus nunca ter sido "produzida por vontade
de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito
Santo" (2 Pe 1.21).
II. RAZÕES PELAS QUAIS A BÍBLIA É
INERRANTE
1. Autoria divina. A autoria divina da
Bíblia é o fundamento e a garantia de sua inerrância e infalibilidade. Há
milhões de livros espalhados pelo mundo (Ec 12.12); e todos foram escritos por
autores falhos, propensos a cometerem todo tipo de erro. Porém, o Autor da
Bíblia, jamais falta: "Deus não é homem, para que minta [...] porventura,
diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?" O Eterno não
mente, não falha e não erra (Nm 23.19; Tg 1.17). Quando ele diz, faz; quando
ele promete, cumpre.
2. Supervisão e orientação do Espírito
Santo (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.19-21). Os livros da Bíblia foram escritos sob a
supervisão e orientação do Espírito Santo (Mc 12.36; 1 Co 2.13). As Escrituras
não são produto da perspicácia e criatividade da mente humana, mas é o
resultado da ação sobrenatural de Deus sobre ela: o Espírito inspirou (2 Pe
1.19-21), ensinou (1 Co 2.13) e revelou seus mistérios (Gl 1.12; Ef 3.2,3).
3. A Bíblia é a exata Palavra de Deus.
Do limiar ao fechamento do Cânon Sagrado, os escritores bíblicos reproduziram
exatamente o que haviam recebido da parte de Deus: "Nada acrescentareis à
palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos
do Senhor, vosso Deus, que eu vos mando" (Dt 4.2). A Bíblia é a precisa
Palavra do Senhor: ela é correta (Sl 33.4), perfeita (Sl 19.7), pura (Sl
119.140), e eterna (Is 40.8; Lc 21.33).
III. O CUMPRIMENTO DA BÍBLIA DEMONSTRA
SUA INERRÂNCIA
1. O cumprimento das profecias. O
principal fato que atesta a inerrância das Sagradas Escrituras é o cumprimento
de suas profecias. Vejamos, pois, algumas das mais de 300 profecias messiânicas
cabalmente cumpridas: a) a concepção virginal de Jesus (Is 7.14; Mt 1.22); b) o
local do nascimento de Jesus (Mq 5.2; Mt 2.6); c) mãos e pés de Jesus furados e
sua túnica sorteada (Sl 22.16,18; Jo 19.24,37), etc. Além dessas, muitas outras
profecias cumpriram-se literalmente na história dos impérios antigos, das
nações modernas, e na vida de muitos indivíduos.
2. A História confirma a Bíblia.
Centenas de fatos e eventos bíblicos têm sido confirmados pela história
secular. Entre tantos, encontramos: a) as duas deportações, de Israel e Judá,
pelos assírios e babilônicos respectivamente (2 Rs 17.6; 2 Rs 24.10-17; Jr
25.11); b) a destruição de Jerusalém, profetizada por Jesus e cumprida no ano
70 d.C. (Mt 24.2); c) a restauração de Israel, predita em Ezequiel 36.25-27 e
cumprida em Maio de 1948. A Palavra de Deus é Fiel e verdadeira!
3. A verdadeira ciência confirma a
Bíblia. A Bíblia não é um livro científico, mas a ciência inúmeras vezes constatou
a veracidade das afirmações bíblicas nesta área, como por exemplo, a de que a
Terra é "solta" no espaço. O patriarca Jó sabia disso há,
aproximadamente, 1.500 anos a.C. (Jó 26.7); como também tinha conhecimento que
no centro da Terra há fogo (Jó 28.5). Isaías, o profeta, há mais de mil anos
antes da ciência moderna, já afirmava que a Terra é redonda (Is 40.22).
Inúmeros achados arqueológicos também confirmam a veracidade da Bíblia. Deus
vela sobre sua Palavra para cumpri-la (Jr 1.12; Lc 21.33).
IV. OS MANUSCRITOS BÍBLICOS
1. Formatos e materiais dos manuscritos
bíblicos. O termo "manuscrito" refere-se às cópias dos originais das
Escrituras (autógrafos) feitas à mão pelos escribas. Os mais significativos
manuscritos bíblicos foram feitos nos formatos de rolo ou códice (Sl 40.7; Jr
36.2). Os principais materiais usados na escrita foram o papiro e o pergaminho;
que eram preparados segundo a tradição judaica.
2. Os autógrafos. Trata-se dos
manuscritos originais da Bíblia. Eles já não existem. Todavia, os originais do
Antigo Testamento, por exemplo, foram meticulosamente copiados, originando os
manuscritos mais antigos de que dispomos.
3. Falhas na transmissão escrita das
palavras da Bíblia. Se compararmos as cópias dos textos originais entre si,
encontraremos algumas variações entre elas, mesmo diante das mais rigorosas
normas impostas aos escribas. Esses copistas não podiam escrever uma só palavra
de memória. Antes de registrarem um vocábulo tinham de pronunciá-lo bem alto e,
ao escreverem o nome do Senhor, tinham de limpar a pena com muita reverência.
Cada letra e cada palavra eram contadas cuidadosamente e, caso encontrassem um
único erro, inutilizavam imediatamente aquelas folhas, ou até mesmo todo o
rolo. Há mais de duzentas mil variantes textuais nas cópias dos autógrafos.
Nessa quantidade, observa-se, desde a troca de uma letra por outra até a de um
nome por um pronome e vice-versa. Contudo, as incorreções encontradas nas
cópias dos manuscritos, e repassadas a diversas versões dos textos bíblicos
(variantes textuais), quando analisadas à luz do contexto geral da Bíblia, em
nada comprometem o valor da mensagem sagrada, nem se constituem motivos para
descrer da inerrância da Bíblia. Podemos afirmar com absoluta certeza, que os
textos das Escrituras são plenamente confiáveis, e que as possíveis
contradições são aparentes e humanas.
A Bíblia, na versão portuguesa, contém
66 livros, 1.189 capítulos, 31.173 versículos, 773.692 palavras e 3.566.480
letras. Em tudo isso, há menos de 0,5% de falhas. Deus vela por sua Palavra (Jr
1.12).
A Bíblia é a inerrante e infalível
Palavra de Deus. Sua correção, autoridade e infalibilidade decorrem de sua
inspiração divina. Podemos, com alegria e confiança, afirmar como o salmista
Davi: "Louvarei o teu nome, por causa da tua misericórdia e da tua
verdade, pois magnificaste acima de tudo o teu nome e a tua palavra" (Sl
138.2).
"A Exatidão
da Bíblia
Tanto a autenticidade quanto a
historicidade dos documentos do Novo Testamento estão confirmadas de modo
sólido. Norman Geisler indica que as evidências documentárias em favor da
autenticidade do Novo Testamento são esmagadoras, e fornecem uma base, igualmente
sólida, para a reconstrução do texto grego original. Bruce Metzger,
especialista em crítica textual, informa que, no século III a.C, os estudiosos
em Alexandria indicavam que as cópias que possuíam da Ilíada de Homero
apresentavam cerca de 95% de fidedignidade. Indica, também, que os textos
setentrional e meridional da Mahabharata da índia diferem entre si numa
extensão de 26.000 linhas. Isto se contrasta com ‘mais de 99,55 de exatidão
para as cópias manuscritas do Novo Testamento’. Esse meio-porcento de diferença
consiste principalmente nos erros de ortografia dos copistas e, mesmo assim,
passíveis de correção. Nenhuma doutrina da Bíblia depende de algum texto cuja
forma original não possa ser determinada com exatidão".(HIGCINS, J. A
palavra inspirada de Deus. In HORTON, S. M. Teologia Sistemática: uma
perspectiva pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.94.)
"Alegrar-me-ei em teus
mandamentos, que eu amo" (Sl 119.47). Em um outro belo e piedoso verso o
salmista prorrompe: "Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo
o dia" (v.97). As igrejas de todo o Brasil costumam organizar gincanas,
sorteios e usar estratégias de marketing para atrair cada vez mais alunos para
a Escola Bíblica Dominical. Não há qualquer problema nesses métodos. Porém,
nenhuma dessas estratégias seria necessária se cada crente amasse ardentemente
as Escrituras assim como o salmista. O que deve incitar o crente à Escola
Dominical é o incomensurável amor pela Palavra de Deus. Que todos os crentes
exclamem como o poeta: "Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu
paladar! Mais doces do que o mel à minha boca... Pelo que amo os teus
mandamentos mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino" (vv.103,
127).
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