Subsidio JOVENS CUIDADO COM O JUGO DESIGUAL
2 Coríntios 6.14-18; 7.1,8-10.
SUBSIDIO JOVENS CUIDADO COM O JUGO
DESIGUAL
2 Coríntios
6.14-18; 7.1,8-10.
Todo crente compromissado com o Senhor
deseja viver em santidade. A santificação é um processo, longo, é realizada
paulatinamente por meio do Espírito Santo naqueles que a buscam com um coração
sincero e puro. Paulo amava os coríntios, por isso, os advertiu a viver uma
vida de santidade na presença de Deus. O apóstolo, com amor e zelo, advertiu os
irmãos a respeito do jugo desigual e da parceria com os incrédulos. Ele
enfatizou o fato de que é preciso haver separação entre “luz e trevas”,
“justiça e iniquidade”, “templo de Deus” e “templo de ídolos”.
ORIENTAÇÃO
Professor, divida a classe em dois
grupos. Depois que já estiverem formados, entregue a cada grupo uma das
seguintes questões: O que é jugo desigual? É correto o relacionamento do
cristão com os não-crentes? Cada grupo terá três minutos no máximo para
discutir seu tema e dois minutos para expor sua opinião à classe. Ouça com
atenção a cada exposição. Em seguida, peça aos alunos que leiam as seguintes
referências: 2 Co 7.1; 1 Pe 1.15,16; 1 Ts 4.3-8 e Rm 6.19. Conclua explicando
que a Palavra de Deus nos exorta a termos uma vida de pureza.
Santificação: Separação do mal e do
pecado, e dedicação total e exclusiva a Deus.Antes da ida de Tito a Corinto, os
crentes daquela localidade estavam irredutíveis quanto à rejeição a Paulo. O
apóstolo havia escrito uma carta pesada e grave, censurando a atitude dos
coríntios por se deixarem influenciar por um grupo rebelde. Porém, ao escrever
a segunda carta, além de defender seu ministério perante aquela igreja, Paulo
regozija-se por ter havido arrependimento da parte daqueles cristãos.
Entretanto, seu zelo com a vida de santidade não foi omitido nesta nova
missiva. Ele, mais uma vez, apela à comunhão dos crentes em Cristo, e
incentiva-os a viverem em santificação, rejeitando todo envolvimento com as
coisas imundas.
I. PAULO APELA À RECONCILIAÇÃO E
COMUNHÃO (6.11-13)
1. Paulo apela ao sentimento fraterno
dos coríntios (v.11). Paulo sabia ser terno quando se fazia necessário,
especialmente, depois do desgaste causado pela primeira carta. Ele interrompe
sua defesa apostólica apelando, com veemência, ao afeto mútuo que deve ser
nutrido entre um pai e seus filhos (1 Co 4.15). As expressões empregadas pelo
apóstolo, no versículo 11, (“nossa boca está aberta para vós” e “o nosso
coração está dilatado”) denotam que seus atos e palavras são a expressão
verdadeira do seu sentimento. Isso, entretanto, não significa que ele
arrefeceria sua postura para com os falsos mestres.
2. Paulo dá exemplo de reconciliação.
Após ter expressado seu desejo de reatar os laços estreitos que havia entre ele
e os coríntios, Paulo, que já havia exposto as motivações de seu ministério,
esperava que fosse compreendido e amado fraternalmente em Cristo. Ele declara
que o seu coração tem sido alargado para amar a todos os crentes e que ele e
seus companheiros não têm limites nem restrições para amar a todos.
3. Paulo demonstra seu afeto e espera
ser correspondido (vv.12,13). Paulo percebeu que o afeto dos coríntios era
limitado. Não havia espaço para que eles verdadeiramente amassem seus
ministros. No versículo 13, ele dá ênfase ao verbo “dilatar” (o mesmo que
alargar). Ao utilizar o imperativo, Paulo insiste com os coríntios que, de
igual forma, dilatem (ou alarguem) seus corações, a fim de que recebam o amor
que estava no coração do apóstolo. Dessa forma, Paulo visava acabar com os
pensamentos negativos a seu respeito.Paulo demonstra seu afeto pelos coríntios
e espera ser correspondido.
II. PAULO EXORTA OS CORÍNTIOS A UMA
VIDA SANTIFICADA (6.14-7.1)
1. Uma abrupta interrupção de exortação
(vv.14-18). Apesar de Paulo haver expressado seu sentimento de afeto e amor
pelos coríntios, era preciso corrigir alguns problemas de ordem espiritual.
Assim, ele interrompe o assunto discutido anteriormente, e assume um tom mais
grave na discussão.
2. O perigo que ameaça a fé: o jugo
desigual. Ele usa uma linguagem objetiva para falar de uma relação que não
podia existir na vida de um crente. Tal relação é denominada de “jugo
desigual”, que é uma alusão à proibição veterotestamentária de se lavrar a
terra com dois animais diferentes, sendo um mais forte que o outro (Dt 22.10).
Isso para mostrar que deve haver separação entre “luz e trevas”, “justiça e
iniquidade”, “templo de Deus” e “templo de ídolos”.
Assim como água e óleo não se misturam,
a comunhão dos santos com os infiéis equivale a um jugo desigual. No versículo
16 ele declara que não há consenso entre Deus e os ídolos, pois se cada crente
é templo do Deus vivo, não pode haver em seu interior imundícias que profanem a
vida cristã.
A grande lição que Paulo quer que os
coríntios aprendam é que a cultura do mundo exterior, extremamente pagã, não
deve interferir na vida dos cristãos. Assim, devemos abster-nos de todo tipo de
relacionamento que nos leve a transigir nossa fé ante o paganismo. Evitemos,
pois, relacionamentos pessoais, matrimoniais e outros que nos induzam a
abandonar a fé e a pureza de nossa vida espiritual (2 Co 11.3).
3. O correto relacionamento do cristão
com os não-crentes. O apelo de Paulo para o crente não se colocar sob um jugo
desigual com o incrédulo não é um incentivo à discriminação social. Numa
sociedade, as circunstâncias levam-nos a comunicar-nos com os mais variados
tipos de pessoas. Todavia, não devemos praticar, jamais, as obras dos ímpios e
inimigos da fé. Pois as ações do crente devem influenciar as pessoas de fora,
não o contrário.
A pureza moral e espiritual, no trato
com os descrentes, objetiva evitar a contaminação da carne e do espírito (2 Co
7.1). Esta expressão, envolvendo carne e espírito, não se refere a duas
categorias de pecados, mas à contaminação da pessoa como um todo, física e
espiritualmente (1 Ts 5.23).A cultura do mundo exterior, extremamente pagã, não
deve interferir na vida dos cristãos.
III. PAULO REGOZIJA-SE COM AS NOTÍCIAS
DA IGREJA DE CORINTO (7.2-16)
1. Paulo reitera seu amor para com os
coríntios (vv.2-4). Como já dissemos (6.1-3), Paulo não perdera seu afeto pelos
coríntios. Uma vez que sua consciência e a de seus companheiros estavam limpas,
pois não haviam defraudado a ninguém, ou prejudicado a qualquer irmão em
Cristo, mais uma vez ele recomenda aos crentes que abram o coração (7.2). Ele
tinha razões para escrever desse modo - com ousadia - por causa das boas
notícias que obteve da igreja através de Tito, seu companheiro (vv.6,7).
2. Paulo alegra-se com as notícias
trazidas por Tito (vv.5-7). A diversidade de assuntos tratados na carta
evidencia que ela não foi escrita de uma só vez, mas em várias etapas. Paulo
havia viajado de Éfeso para Trôade, depois foi a Macedônia, e em seguida para o
Ilírico (atuais Albânia e Iugoslávia - Rm 15.19).
Durante essas viagens, ele ia
escrevendo suas cartas, a exemplo dessa segunda aos coríntios. Foi em uma
dessas viagens, quando estava na Macedônia, que Tito veio ao seu encontro
(v.6). O jovem pastor era portador de boas notícias: o amor demonstrado pelos
coríntios ao receberem Tito com carinho e hospitalidade era a principal delas.
O jovem pastor trouxe informações da mudança de atitude dos coríntios para com
o apóstolo e, por isso, Paulo louva a mudança de coração daquele povo, que
soube reconhecer-lhe o zelo pela igreja.
3. A tristeza segundo Deus (vv.8-16).
Mesmo enfrentando a sua própria reprovação apostólica manifesta nos atos
rebeldes praticados pelos opositores de seu ministério, Paulo se sentia
consolado porque, ao reprovar tais atitudes, produziu arrependimento e
bem-estar em todos. A tristeza provocada pela repreensão paulina gerou
arrependimento e concerto (vv.10-12). Se antes as palavras “tristeza” e
“entristecer” estiveram nos lábios e pena do apóstolo, agora, nos versículos 13
a 16, “consolar” e “encorajar” são os novos termos que passaram a constar no
vocabulário da carta. Tais verbos revelam o sentimento mútuo que passou a
dominar o coração de Paulo e da igreja de Corinto.Mesmo tendo enfrentado a
reprovação apostólica através dos atos rebeldes praticados por opositores ao
seu ministério, Paulo se sentia consolado porque, ao reprovar tal atitude,
produziu arrependimento e bem-estar em todos.
Apesar de a relação entre Paulo e a
igreja de Corinto ter sido estremecida, a inteireza da fé e a paciência do
apóstolo contribuíram para que houvesse uma restauração entre ambos. Assim,
após a operação do Espírito Santo na vida da igreja, Paulo pôde então dizer:
Regozijo-me de em tudo poder confiar em vós (v.16).
“Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento...
A palavra traduzida como ‘tristeza’ é
lupe em cada caso. Esta palavra grega, também traduzida como ‘pesar’ e ‘dor’ no
NT, é um termo amplo que abrange todos os tipos de aflições físicas e
emocionais. Aqui, no entanto, a ênfase de Paulo está no fato de que a reação de
uma pessoa lupe será ‘segundo Deus‘ ou ’segundo o mundo’. Quando a tristeza
leva ao arrependimento - aquela mudança no coração e na mente nos coloca no
caminho que leva à salvação - esta tristeza cai na categoria das tristezas
‘segundo Deus’. É importante recordar que ‘salvação’ é frequentemente usada no
sentido da liberação atual. Aqui, o que Paulo quer dizer é que o arrependimento
reverte nossa corrida para o desastre, e redime a situação, de modo que somos
libertos das consequências associadas às escolhas anteriores, e erradas, que
fizemos. Por outro lado, a tristeza é ‘do mundo’, se tudo o que ela produz é
pesar, ou até mesmo um reconhecimento de que estivemos errados - mas, sem nos
levar ao arrependimento”.(RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo
Testamento. 1.ed. RJ: CPAD, 2007, p.378) FONTE CPAD
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.