A MENSSAGEM DO REINO DE
DEUS
Marcos
1.14,15; Mateus 5.3-12; Romanos 14.17.
Marcos 1
14 - E,
depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galileia, pregando o
evangelho do Reino de Deus
15 - e
dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos
e crede no evangelho.
Mateus 5
3 -
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reine dos céus;
4 -
bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
5 -
bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
6 -
bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
7 -
bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
8 -
bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
9 -
bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
10 -
bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é
o Reino dos céus;
11 -
bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo,
disserem todo o mal contra vós, por minha causa.
12 - Exultai
e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus, porque assim
perseguiram os profetas que foram antes de vós.
Romanos 14
17 - porque o
Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no
Espírito Santo.
Em seu
ministério terreno, Jesus proclamou a mensagem do Reino de Deus ao mundo. Sua
mensagem não somente determina as condições para se fazer parte do Reino, mas
também denota a natureza espiritual e pessoal do governo divino.
Como
discípulos de Cristo, somos por Ele intimados a proclamar o Evangelho a toda
criatura (Mc 16.15-18). Somos concitados também a viver segundo os princípios
de seu Reino (Mt 5—7) expostos no Sermão da Montanha.
I. A NATUREZA
DO REINO DE DEUS
1. O Reino é
espiritual. Acerca da natureza do Reino de Deus e diante da indagação de Pôncio
Pilatos — “Tu és o rei dos judeus?” — Jesus afirmou veementemente: “O meu Reino
não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos,
para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui”
(Jo 18.36).
Em razão de o
reino divino não ser terreno, mas possuir uma natureza espiritual e eterna,
nossa vida deve apresentar valores opostos aos do presente século. Alguns dos
valores apresentados pelo Senhor são a humildade (Mt 18.4), o perdão (Mt
18.23-27), a generosidade (Mt 20.1-16), a discrição pessoal (Mt 20.20-28) e o
total comprometimento com o Reino de Deus (Lc 9.57-62).
2. O Reino é
pessoal. Quando o homem ouve e aceita a mensagem do Reino, uma mudança radical
ocorre em sua vida. Seu comportamento, a partir desta experiência, passa a ser
controlado pelo próprio Deus através do Espírito Santo. Suas ações e atitudes,
em relação às outras pessoas, são pautadas pelos princípios eternos das
Sagradas Escrituras (Hb 8.10).
3. O Reino de
Deus e seus princípios (Mt 5.3-12). As bem-aventuranças proferidas por Jesus no
Sermão da Montanha expõem os princípios eternos do Reino de Deus. Neste sermão,
o Senhor profere, claramente, os valores espirituais e eternos que fundamentam
o seu Reino. E aos que colocam em prática sua Palavra, Ele promete: “Felizes as
pessoas” que as praticam (Mt 5.3-12 — NTLH).
Deseja você
alcançar a plena felicidade em Cristo Jesus? Busque refletir a natureza do
Reino de Deus.
II. A NOVA
VIDA DOS QUE FAZEM PARTE DO REINO DE DEUS
1. Nascer de
novo. O novo nascimento é efetuado por Deus mediante a ação do Espírito Santo
na vida do homem. Nascer de novo é experimentar uma radical mudança de vida (2
Co 5.17; Ef 4.23-32). Logo, a experiência salvífica é a condição sine qua non
para alguém entrar no Reino de Deus: “[...] Na verdade, na verdade te digo que
aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.3). A
propósito, você já nasceu de novo? É nova criatura? Leia Romanos 10.8-13 e
Efésios 1.7-13.
2. Proclamar
o Reino de Deus. O Senhor Jesus veio a este mundo para salvar o pecador da
condenação eterna (Jo 3.16). Agora, regenerados e nascidos de novo, temos uma
missão singular: proclamar o Reino de Deus a todos os homens (Mc 16.15).
Entretanto, nosso comportamento e atitudes devem ser coerentes com a mensagem
do Reino. Não podemos escandalizar àqueles que almejam entrar no Reino de Deus.
Quanto a isso, a Palavra do Senhor é taxativa: “Mas qualquer que escandalizar
um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao
pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar” (Mt 18.6).
3. Gerar
frutos. Uma vez salvo, e andando em novidade de vida, o crente já está
devidamente pronto a produzir frutos para o Reino de Deus (Jo 15.16). Somos
chamados, por conseguinte, a praticar as boas obras, “as quais Deus preparou
para que andássemos nelas” (Ef 2.10). E assim, confirmamos a proclamação da
mensagem do Reino. Além de pregar o Evangelho, devemos apresentar as boas obras
como fruto da fé mediante a graça de Deus (Ef 2.8-10).
III. O QUE O
REINO DE DEUS SIGNIFICA
1. Justiça. O
pecador regenerado é justificado perante Deus, pois a justiça divina “nos é
concedida pela fé em Cristo, mediante o seu sacrifício redentor” (Rm 3.21-25;
5.1; 8.33,34). Logo, o nosso testemunho pessoal é uma forma eficaz de se
anunciar o Evangelho do Reino de Deus. Daí, os nossos atos de justiça, em
relação ao próximo, serem tão relevantes e indispensáveis à evangelização no
mundo de hoje (Mt 5.13-16).
2. Paz.
Biblicamente, a paz é mais do que a simples ausência de hostilidade, guerra ou
perturbação. Ela revela-se a partir de nossa vida com Deus. Estar em paz, na
Bíblia, é estar completo. A Palavra de Deus descreve-a como a bênção inaudita.
A paz faz parte da natureza divina (Fp 4.7).
Hoje,
mediante a fé em Cristo, temos paz com Deus (Rm 5.1; 2 Co 5.17-20; Jo 22.21),
com o próximo (Rm 12.18; Gn 26.15-25; Hb 12.14) e com nós mesmos (Cl 3.15). A
paz manifesta-se em nossa vida como o “fruto do Espírito” que habita e reina em
nossos corações (Gl 5.22). A paz, que realmente provém de Deus, é quietude,
unidade, amor, harmonia, segurança e confiança.
Sem a paz
divina, vem a ansiedade, o medo, as psicoses e outros males. Se alguém não tem
paz consigo mesmo, também não a tem com ninguém mais. A paz de Deus é o legado
de Jesus Cristo aos seus discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou” (Jo
14.27).
3. Alegria. A
alegria do Reino de Deus está fundamentada no relacionamento sólido do crente
com o Pai (2 Pe 3.1; 4.4,10). É por isto que, nas provações, lembramos: “o
choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5). Sim, o
“coração alegre aformoseia o rosto” (Pv 15.13) e a “alegria do Senhor é a vossa
força” (Ne 8.10). Uma vez alegres, cantemos louvores ao nosso Deus (Tg 5.13)!
A alegria no
Espírito Santo traz contentamento e satisfação resultantes da nossa comunhão
com o Pai. Também muito nos alegramos pela certeza de termos os nossos nomes
escritos no Livro da Vida (Lc 10.20).
A mensagem do
Reino de Deus deve ser proclamada ao mundo para que o pecador possa ser salvo
(Mt 28.18,19; At 1.8). Todavia, a mensagem do Reino não deve ser apenas
pregada. Precisamos praticar os princípios eternos do Reino de Deus.
“O Sermão do Monte é a síntese do ensino de
Cristo para o seu povo. Antes de a Igreja consolidar-se como agente do Reino de
Deus na terra, o Senhor tomou a iniciativa de descortinar ao núcleo apostólico,
através dessa primeira grande explanação pedagógica, as colunas que sustentam o
modelo de vida trazido pelo Reino de Deus, isto é, a sua ética. É tanto que os
princípios ali expostos se repetem de forma pormenorizada nos ensinos
apostólicos.
Assim, como
faz qualquer organização séria, que, ao implantar a sua filosofia de trabalho,
tem como primeira iniciativa estabelecer no estatuto a sua doutrina, Jesus
firmou os pressupostos que se tornariam a base do ensino desenvolvido nas
epístolas e observado pela igreja apostólica.
[...] O
propósito do Sermão do Monte, portanto, vai muito além de qualquer estereótipo
do tipo ‘pode, não pode’, ‘faça, não faça’. A experiência religiosa mostra que
não adianta explicitar um sem-número de regras, pensando que elas consigam
mudar a pessoa por dentro. O máximo que promovem é uma reforma exterior, que,
do ponto de vista do ensino de Cristo, cheira a hipocrisia — o interior
permanece no mesmo estado de podridão espiritual, como Jesus identificou os
fariseus. Assim, os princípios do Sermão do Monte devem ser vistos sob três
ângulos: a dimensão presente, a dimensão escatológica e a dimensão do
compromisso. Eles se interpõem e se completam” (COUTO, G. A Transparência da
Vida Cristã. 1.ed., RJ: CPAD, 2001, pp. 23-5). fonte CPAD
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