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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Teologia a doutrina do batismo nas aguas

            


                 A DOUTRINA DO BATISMO NAS AGUAS
                                         Atos 2.37-43.



37 - Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos?
38 - E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
39 - Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.
40 - E com muitas outras palavras isto testificava e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.
41 - De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.
42 - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 - Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
Batismo no Espírito: Revestimento gracioso de poder e autoridade que Jesus concede aos seus filhos para realizarem à sua obra no mundo.
O batismo no Espírito Santo é outra bendita promessa que acompanha aqueles que já são de Cristo. É uma promessa atual; para os nossos dias; não ficou restrita ao passado. A promessa diz respeito a todos quantos já desfrutam a salvação, mediante a conversão neles operada pelo Espírito Santo. É uma dádiva do alto (v.38) que traz abundância de alegria, conforto e poder divino para o crente testemunhar das grandes maravilhas de Deus em favor do homem. Buscar a realização dessa promessa celestial é uma necessidade àqueles que, embora salvos, ainda não a alcançaram.

I. A PROMESSA REVELADA

1. A promessa no Antigo Testamento. O apóstolo Pedro, no dia de Pentecostes, reportou-se ao profeta Joel para anunciar que a maravilhosa experiência era o cumprimento do que fora predito no Antigo Testamento (At 2.17-21; Jl 2.28-32). Isaías também fez menção ao mesmo derramamento e mostrou, mediante o emprego de algumas metáforas, o resultado que ele produziria (Is 32.15; 44.3).
Embora a obra do Espírito Santo seja perceptível nos tempos antigos em várias atividades descritas nas Escrituras (Gn 1.2; Ne 9.20; 2 Sm 23.2), não houve na história de Israel nenhum derramamento geral como o previsto pelos profetas para os últimos dias. Como afirma Donald Stamps, na Bíblia de Estudo Pentecostal, “o Espírito Santo vinha apenas sobre umas poucas pessoas enchendo-as a fim de lhes dar poder para o serviço ou a profecia”.
Só agora, na presente era da Igreja, também conhecida como a dispensação do Espírito Santo, cumpre-se por toda parte, segundo a promessa bíblica, esse derramamento que os crentes do Antigo Testamento não puderam experimentar com a mesma intensidade (At 1.8). Somos, de fato, privilegiados em relação a eles (Hb 11.39,40), ao mesmo tempo em que pesa sobre nós a grande responsabilidade de compreender e aceitar o significado da promessa para os nossos dias.
2. A promessa em o Novo Testamento. Em o Novo Testamento, a promessa do batismo no Espírito Santo foi reiterada na mensagem de João Batista (Mt 3.11; Jo 1.33), e reafirmada pelo Senhor Jesus, quando prometeu enviar o Consolador (Jo 14.25,26; Lc 24.49), e quando, após a ressurreição, orientou seus discípulos a permanecerem em Jerusalém até que a promessa se realizasse.
3. A promessa no dia de Pentecostes. O advento da promessa pentecostal ocorreu por ocasião de uma das três grandes festas judaicas, a do Pentecostes (Lv 23.15-25), que ocorria cinqüenta dias após a Páscoa e na qual as primícias da colheita eram apresentadas ao Senhor. Deus usou o evento da festa sagrada de Pentecostes para deixar claro qual seria a missão da Igreja - a grande colheita de almas - e que papel o Espírito Santo desempenharia ao guiá-la pelos caminhos da história humana (At 2.1).
Assim, logo na primeira manifestação visível da Igreja, (Tt 2.14), cada crente que perseverou fielmente no cenáculo, foi cheio do Espírito Santo, começou a falar em outras línguas e a proclamar as Boas Novas em linguagem sobrenatural, mas, compreensível aos que estavam em Jerusalém para a celebração festiva (Dt 16.16; At 2.4-8). Ali cumpriu-se a promessa de Deus.

II. O PROPÓSITO DA PROMESSA

1. Poder para vencer o mundo. O batismo no Espírito Santo cumpre alguns propósitos na vida do crente. Muitos o confundem como algo mágico, manipulado, um objeto sobrenatural para produzir fenômenos que glorifiquem o homem ou lhe traga algum tipo de vantagem, como pensava o mágico Simão, duramente repreendido pelos apóstolos Pedro e João (At 8.9-24). No entanto, Deus não dá dons aos homens para produzir espetáculos, para glorificação humana, mas com finalidades bem específicas na sua obra.
O batismo no Espírito Santo, com a evidência inicial do falar em línguas (At 2.1-6; At 10.44-48; At 19.1-6), é um revestimento de poder celestial que capacita o crente a testemunhar eficazmente de Jesus e também vencer o mundo dentro de si mesmo e externamente (cf. Jo 14.17). Enquanto a promessa da salvação lhe provê as vestes do perdão dos pecados e da própria salvação (Is 61.10), a promessa do batismo no Espírito Santo lhe reveste de autoridade para vencer os poderes tenebrosos “que combatem contra a alma” (1 Pe 2.11b).
2. Poder para vencer o Diabo. Aqui entra outro aspecto fundamental da promessa do batismo no Espírito Santo. O apóstolo Paulo escreveu aos Efésios afirmando que a nossa luta não é contra a carne e o sangue (Ef 6.10-18). Essa batalha se trava no mundo espiritual, onde as forças demoníacas atuam para destruir a nossa fé. É uma guerra incessante na qual o interesse do Inimigo é o futuro de nossas almas e onde ele emprega os seus agentes mais poderosos para distanciá-las de Deus.
Assim, esse revestimento vindo do céu permite ao crente combater contra as forças espirituais da maldade no poder do Senhor (Lc 9.1; 10.19; At 4.7-10), tal qual fizeram os apóstolos nas primeiras horas da Igreja, e não em sua própria força (Zc 4.6). O crente cheio do Espírito Santo faz bom uso das armas de Deus para resistir aos ataques malignos e triunfar contra todas as ciladas do Diabo.
3. Poder para proclamar a fé. O propósito principal da promessa do batismo no Espírito Santo é conceder ao crente poder para testemunhar a sua fé em Cristo. O Senhor Jesus estabeleceu, em suas últimas instruções aos discípulos, uma correlação direta entre o recebimento de poder e o cumprimento da missão de proclamar o evangelho a todos os povos (At 1.8). Essa conexão determina a finalidade do recebimento da promessa. É tanto que no dia de Pentecostes quase três mil almas aceitaram a Cristo (v.41).
Está implícito aqui que a proclamação das boas novas encontraria toda sorte de oposição, inclusive com o sacrifício da própria vida, como revela o livro de Atos e a própria história da Igreja. Portanto, não seria uma tarefa meramente intelectual, para ser realizada com argumentos humanos. Ela demandaria um poder sobrenatural que só é obtido mediante o enchimento renovado do Espírito Santo (At 4.8, 31; Ef 5.18).

III. PARA QUEM É A PROMESSA

1. A promessa é para os que crêem. Quando pregava em Jerusalém, no dia em que se cumpriu a promessa do Pentecostes, o apóstolo Pedro esclareceu que ela (a promessa) não ficaria restrita aos tempos apostólicos, como ensinam os cessacionistas, que descrêem no batismo com o Espírito Santo para hoje. Observe que Pedro (v.39) refere-se aos de sua geração (“a vós”), às gerações seguintes (“a vossos filhos”), até onde chegasse o evangelho (“os que estão longe”) e àqueles que ao longo da história seriam chamados à salvação (“a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar”).
É, portanto, uma promessa que ultrapassa as fronteiras denominacionais da igreja e alcança os confins da terra, como vem acontecendo nos dias contemporâneos desde quando, na Rua Azuza, em 1906, o fogo santo reacendeu-se e espalhou as suas brasas ao redor do mundo.
2. A promessa é para os que buscam. O segundo passo é ter a consciência da necessidade da promessa do Pai e buscá-la de todo o coração (At 1.4). Muitos não a recebem porque não a valorizam ou porque não são despertados e seus olhos abertos pela pregação bíblica expositiva (como a de Atos 2.14-39) sobre a atualidade do batismo no Espírito Santo. Buscar é um princípio bíblico do qual o crente não pode abrir mão, pois quem busca tem acesso aos tesouros da graça para uma vida de vitória em Cristo Jesus, inclusive o batismo no Espírito Santo (Lc 11.9-13).
Comprova-se, portanto, que a promessa do batismo no Espírito Santo não cessou com a era apostólica. Suas evidências aparecem no decorrer da história da Igreja, inclusive com registros fidedignos, chegando ao apogeu no século XX, em que o Espírito Santo, tal qual o vento e o fogo, como registra a Bíblia (At 2.2,3), varreu o mundo, renovou velhas estruturas e encheu os crentes de poder do céu para testemunhar. Você pode, mesmo agora, enquanto estuda esta lição bíblica, ser batizado no Espírito Santo.

                                   “A promessa do Espírito no AT

O Antigo Testamento é um prelúdio indispensável à discussão sobre o batismo no Espírito Santo. Os eventos acontecidos no dia de Pentencostes (At 2) foram o clímax das promessas de Deus. Duas passagens são especialmente importantes: Ez 36.25-27 e Jl 2.28,29.
A passagem de Ezequiel fala sobre a água pura sendo espalhada e a purificação de todas as imundícias espirituais. Ela continua, dizendo que o Senhor removerá os corações de pedra de seu povo e dar-lhe-á ‘um coração novo’ e ‘um coração de carne’, além de colocar dentro dele ‘um espírito novo’. A concessão do Espírito Santo é o meio pelo qual essa mudança acontecerá: ‘porei dentro de vós o meu espírito’. Como resultado, o Senhor diz: ‘e farei que andeis nos meus estatutos, e guardareis os meus juízos, e os observeis’ (v.27).
A promessa é claramente relacionada ao conceito de regeneração do Novo Testamento. Paulo fala sobre ‘a lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo’ (Tt 3.5), ecoando a declaração de Jesus sobre a necessidade de ‘nascer da água e do Espírito’ (Jo 3.5). A transformação que acontece no novo nascimento resulta num estilo de vida transformado, tornando possível pela concessão do Espírito Santo”.(PALMA, A. D. O batismo no Espírito Santo e com fogo. RJ: CPAD, 2002, p.14,15)
Logo depois que Jesus foi batizado nas águas, Ele orou e o céu se abriu (Lc 3.21). O céu fechado ou cerrado desde o Antigo Testamento é sinônimo de retenção e parcimônia (Dt 28.23; 1 Rs 8.35; 2 Cr 7.13). Mas o céu aberto indica a concessão de bênçãos e manifestações espirituais (Jo 1.51). O céu se abriu e o Espírito desceu sobre Jesus (Lc 3.22). O céu se abriu e o mártir Estevão viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus" (At 7.55,56). O “céu se abriu” e, no cenáculo, todos foram batizados no Espírito Santo (At 2). O “lugar” é movido através das orações dos santos! O céu é aberto por meio das orações dos filhos de Deus. Ore! Interceda! Persevere em oração e o céu se abrirá sobre a tua vida e ministério.
fonte CPAD 





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