A INERRANCIA DA BIBLIA Salmos 119.89-99.
89 - Para
sempre, ó SENHOR, a tua palavra permanece no céu.
90 - A
tua fidelidade estende-se de geração a geração; tu firmaste a terra, e firme
permanece.
91 - Conforme
o que ordenaste, tudo se mantém até hoje; porque todas as coisas te obedecem.
92 - Se
a tua lei não fora toda a minha alegria, há muito que teria perecido na minha
angústia.
93 - Nunca
me esquecerei dos teus preceitos, pois por eles me tens vivificado.
94 - Sou
teu, salva-me; pois tenho buscado os teus preceitos.
95 - Os
ímpios me esperam para me destruírem, mas eu atentarei para os teus
testemunhos.
96 - A
toda perfeição vi limite, mas o teu mandamento é amplíssimo.
97 - Oh!
Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia!
98 - Tu,
pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio que meus inimigos, pois estão
sempre comigo.
99 - Tenho
mais entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos teus
testemunhos.
A Bíblia é a inerrante
Palavra de Deus. Os ímpios e incrédulos têm feito de tudo para encontrarem
erros nos textos bíblicos. Pode ser que haja falhas nas traduções,
interpretações ou na gramática das cópias manuscritas, pois a Bíblia foi
escrita originalmente em linguagem antiga: hebraico, grego, e aramaico.
Todavia, essas possíveis incorreções, ou dificuldades, jamais podem ser
consideradas "erros" quanto à mensagem bíblica. Menos de um por cento
dessas inexatidões dos manuscritos, encontram-se na transmissão da mensagem,
portanto, não afetam a integridade da Palavra de Deus.
1.
CONCEITUAÇÃO TEOLÓGICA DE
INERRÂNCIA
1.
O que é "inerrância
bíblica"?Significa que a Bíblia é totalmente isenta de erros; quer no
campo lógico ou no histórico. Ela é inerrante nos fatos que apresenta e nas
doutrinas que declara. Afirmar que a Bíblia não contém erros é também
reconhecer sua inspiração, autoridade e infalibilidade divinas. Jesus afirmou
categoricamente: "A Escritura não pode falhar" (Jo 10.35).
2.
Inerrância e infalibilidade.O
conceito de inerrância da Bíblia está intimamente associado ao de
infalibilidade. Pelo fato de não conter erros, ela é infalível. Tudo o que a
Bíblia diz cumpre-se cabalmente: "Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas
a palavra do Senhor permanece para sempre" (1 Pe 1.24,25). Essa
infalibilidade é consequência de a Palavra de Deus nunca ter sido
"produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus
falaram inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.21).
1.
RAZÕES PELAS QUAIS A BÍBLIA É
INERRANTE
1.
Autoria divina.A
autoria divina da Bíblia é o fundamento e a garantia de sua inerrância e
infalibilidade. Há milhões de livros espalhados pelo mundo (Ec 12.12); e todos
foram escritos por autores falhos, propensos a cometerem todo tipo de erro.
Porém, o Autor da Bíblia, jamais falta: "Deus não é homem, para que minta
[...] porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o
confirmaria?" O Eterno não mente, não falha e não erra (Nm 23.19; Tg
1.17). Quando ele diz, faz; quando ele promete, cumpre.
2.
Supervisão e orientação do
Espírito Santo (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.19-21).Os
livros da Bíblia foram escritos sob a supervisão e orientação do Espírito Santo
(Mc 12.36; 1 Co 2.13). As Escrituras não são produto da perspicácia e
criatividade da mente humana, mas é o resultado da ação sobrenatural de Deus
sobre ela: o Espírito inspirou (2 Pe 1.19-21), ensinou (1 Co 2.13) e revelou
seus mistérios (Gl 1.12; Ef 3.2,3).
3.
A Bíblia é a exata Palavra de
Deus.Do limiar ao fechamento do Cânon Sagrado, os escritores bíblicos
reproduziram exatamente o que haviam recebido da parte de Deus: "Nada
acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis
os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que eu vos mando" (Dt 4.2). A Bíblia
é a precisa Palavra do Senhor: ela é correta (Sl 33.4), perfeita (Sl 19.7),
pura (Sl 119.140), e eterna (Is 40.8; Lc 21.33).
III. O
CUMPRIMENTO DA BÍBLIA DEMONSTRA SUA INERRÂNCIA
1.
O cumprimento das profecias.O
principal fato que atesta a inerrância das Sagradas Escrituras é o cumprimento
de suas profecias. Vejamos, pois, algumas das mais de 300 profecias messiânicas
cabalmente cumpridas: a) a concepção virginal de Jesus (Is 7.14; Mt 1.22); b) o
local do nascimento de Jesus (Mq 5.2; Mt 2.6); c) mãos e pés de Jesus furados e
sua túnica sorteada (Sl 22.16,18; Jo 19.24,37), etc. Além dessas, muitas outras
profecias cumpriram-se literalmente na história dos impérios antigos, das
nações modernas, e na vida de muitos indivíduos.
2.
A História confirma a Bíblia.Centenas
de fatos e eventos bíblicos têm sido confirmados pela história secular. Entre
tantos, encontramos: a) as duas deportações, de Israel e Judá, pelos assírios e
babilônicos respectivamente (2 Rs 17.6; 2 Rs 24.10-17; Jr 25.11); b) a destruição
de Jerusalém, profetizada por Jesus e cumprida no ano 70 d.C. (Mt 24.2); c) a
restauração de Israel, predita em Ezequiel 36.25-27 e cumprida em Maio de 1948.
A Palavra de Deus é Fiel e verdadeira!
3.
A verdadeira ciência confirma a
Bíblia.A Bíblia não é um livro científico, mas a ciência inúmeras vezes
constatou a veracidade das afirmações bíblicas nesta área, como por exemplo, a
de que a Terra é "solta" no espaço. O patriarca Jó sabia disso há,
aproximadamente, 1.500 anos a.C. (Jó 26.7); como também tinha conhecimento que
no centro da Terra há fogo (Jó 28.5). Isaías, o profeta, há mais de mil anos
antes da ciência moderna, já afirmava que a Terra é redonda (Is 40.22).
Inúmeros achados arqueológicos também confirmam a veracidade da Bíblia. Deus
vela sobre sua Palavra para cumpri-la (Jr 1.12; Lc 21.33).
1.
OS MANUSCRITOS BÍBLICOS
1.
Formatos e materiais dos
manuscritos bíblicos.O termo "manuscrito" refere-se às
cópias dos originais das Escrituras (autógrafos) feitas à mão pelos escribas.
Os mais significativos manuscritos bíblicos foram feitos nos formatos de rolo
ou códice (Sl 40.7; Jr 36.2). Os principais materiais usados na escrita foram o
papiro e o pergaminho; que eram preparados segundo a tradição judaica.
2.
Os autógrafos.Trata-se
dos manuscritos originais da Bíblia. Eles já não existem. Todavia, os originais
do Antigo Testamento, por exemplo, foram meticulosamente copiados, originando
os manuscritos mais antigos de que dispomos.
3.
Falhas na transmissão escrita
das palavras da Bíblia.Se compararmos as cópias dos
textos originais entre si, encontraremos algumas variações entre elas, mesmo
diante das mais rigorosas normas impostas aos escribas. Esses copistas não
podiam escrever uma só palavra de memória. Antes de registrarem um vocábulo
tinham de pronunciá-lo bem alto e, ao escreverem o nome do Senhor, tinham de
limpar a pena com muita reverência. Cada letra e cada palavra eram contadas
cuidadosamente e, caso encontrassem um único erro, inutilizavam imediatamente
aquelas folhas, ou até mesmo todo o rolo. Há mais de duzentas mil variantes
textuais nas cópias dos autógrafos. Nessa quantidade, observa-se, desde a troca
de uma letra por outra até a de um nome por um pronome e vice-versa. Contudo,
as incorreções encontradas nas cópias dos manuscritos, e repassadas a diversas
versões dos textos bíblicos (variantes textuais), quando analisadas à luz do
contexto geral da Bíblia, em nada comprometem o valor da mensagem sagrada, nem
se constituem motivos para descrer da inerrância da Bíblia. Podemos afirmar com
absoluta certeza, que os textos das Escrituras são plenamente confiáveis, e que
as possíveis contradições são aparentes e humanas.A
Bíblia, na versão portuguesa, contém 66 livros, 1.189 capítulos, 31.173
versículos, 773.692 palavras e 3.566.480 letras. Em tudo isso, há menos de 0,5%
de falhas. Deus vela por sua Palavra (Jr 1.12).
"A
Exatidão da Bíblia
Tanto a
autenticidade quanto a historicidade dos documentos do Novo Testamento estão
confirmadas de modo sólido. Norman Geisler indica que as evidências
documentárias em favor da autenticidade do Novo Testamento são esmagadoras, e
fornecem uma base, igualmente sólida, para a reconstrução do texto grego
original. Bruce Metzger, especialista em crítica textual, informa que, no
século III a.C, os estudiosos em Alexandria indicavam que as cópias que
possuíam da Ilíada de Homero apresentavam cerca de 95% de fidedignidade.
Indica, também, que os textos setentrional e meridional da Mahabharata da índia
diferem entre si numa extensão de 26.000 linhas. Isto se contrasta com ‘mais de
99,55 de exatidão para as cópias manuscritas do Novo Testamento’. Esse
meio-porcento de diferença consiste principalmente nos erros de ortografia dos
copistas e, mesmo assim, passíveis de correção. Nenhuma doutrina da Bíblia
depende de algum texto cuja forma original não possa ser determinada com
exatidão".
(notas HIGCINS,
J. A palavra inspirada
de Deus. In HORTON, S. M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. RJ:
CPAD, 1996, p.94.)
"Alegrar-me-ei
em teus mandamentos, que eu amo" (Sl 119.47). Em um outro belo e piedoso
verso o salmista prorrompe: "Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação
em todo o dia" (v.97). As igrejas de todo o Brasil costumam organizar gincanas,
sorteios e usar estratégias de marketing para atrair cada vez mais alunos para
a Escola Bíblica Dominical. Não há qualquer problema nesses métodos. Porém,
nenhuma dessas estratégias seria necessária se cada crente amasse ardentemente
as Escrituras assim como o salmista. O que deve incitar o crente à Escola
Dominical é o incomensurável amor pela Palavra de Deus. Que todos os crentes
exclamem como o poeta: "Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu
paladar! Mais doces do que o mel à minha boca... Pelo que amo os teus mandamentos
mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino" (vv.103, 127).fonte CPAD
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