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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Teologia A inspiração da biblia

                          


                             A INSPIRAÇÃO DA BIBLIA 
                                  Salmos 119.97-105.



I. AUTORIA DAS ESCRITURAS E SUA INSPIRAÇÃO (2Tm 3.16,17; 1Pe 1.19-21).

1. O que se entende por inspiração das Escrituras? Por “inspiração” denominamos o ato de Deus “mover”, “impulsionar” os escritores da Bíblia a que registrassem os acontecimentos e tudo que Deus ordenava que dissessem. Foi uma ação sobrenatural de Deus, por meio de seu Santo Espírito, que conduziu os escritores a transmitir de forma escrita o que seria de fato importante para que soubéssemos sobre Deus, a criação, seu plano de salvação e o que nos aguarda no futuro.
2. Deus ditou as palavras da Bíblia? Há partes do texto sagrado que nos dão a entender que Deus realmente ditou o que foi escrito. Geralmente essas passagens são iniciadas com a expressão “assim diz o Senhor”. Na Bíblia existem aproximadamente 380 passagens que trazem essa expressão (Êx 14.1; Lv 4.1; Is 1.10; Ez 1.3). Entretanto, a maioria das passagens não traz esses termos, o que nos mostra que em alguns trechos das Escrituras Deus teria realmente ditado suas palavras aos autores, ao passo que em outros, não. Isso em nada diminui a inspiração das Escrituras, pois independentemente de terem sido ditadas pelo próprio Deus ou não, os escritores sagrados consideraram toda a Bíblia como inspirada por Deus (2Pe 1.16-21; 1Jo 4.6).
3. O valor da Bíblia para a vida cristã. A Palavra de Deus tem extremo valor para a vida cristã. Deus revelou nela tudo o que precisávamos saber para que tenhamos comunhão com Ele dentro dos moldes divinos, perdão dos nossos pecados e a certeza da vida eterna.
Como a Bíblia levou séculos para ser escrita, devemos nos lembrar que os homens e mulheres dos tempos antigos tiveram uma revelação parcial sobre os planos de Deus para a salvação da humanidade. Nós temos o privilégio de ler a Palavra de Deus na sua inteireza, vendo todo o projeto divino de salvação, desde a criação do homem até a formação do povo de Israel, a vinda de Jesus, o seu ministério e sacrifício, a origem da igreja primitiva até os escritos do Apocalipse.

II. A MENSAGEM DA BÍBLIA

1. A mensagem da Bíblia. É na Palavra de Deus que encontramos as verdades da fé cristã, como a realidade do pecado e a salvação proposta por Deus para a humanidade. A Bíblia nos mostra também a origem do povo de Israel, sua história de erros e acertos ao longo dos séculos, e a vinda de Jesus, o Cristo, para resgatar a humanidade do pecado. Mostra a origem da Igreja, a atuação do Espírito Santo orientando os seguidores de Jesus e a mensagem deixada para a Igreja pelas mãos dos apóstolos, com as diversas orientações tanto para líderes quanto para os crentes em geral. Apresenta a realidade da vida após a morte, do céu e do inferno, e o que está reservado no futuro tanto para os que receberam a Jesus quanto àqueles que o rejeitaram. Finalmente, manifesta como as coisas serão quando o mal deixar de existir e a alegria do novo céu e da nova terra.
2. Os escritores da Bíblia. A Palavra de Deus teve diversos autores que, movidos pelo Eterno, escreveram aquilo que lhes era inspirado. Moisés era um legislador. Samuel era um profeta, juiz e sacerdote. Davi era músico, pastor de ovelhas, guerreiro e depois se tornou rei. Isaías era membro da realeza. Mateus era um fiscal da receita, Pedro, um pescador, Lucas era um médico. Alguns escritores eram pessoas bem simples, como Amós, o boiadeiro, e outras tiveram oportunidade de se destacar em seus estudos, como Paulo, mas Deus não fez acepção em momento algum, pois Ele buscou as que pudessem ser úteis nesse ministério. Essas pessoas tinham profissões diferentes, e escreveram em épocas diferentes, mas conservaram uma unidade no tocante à transmissão da mensagem divina.
3. Como devemos ler a Bíblia? Qualquer pessoa pode ler a Bíblia. Uma pessoa não crente também pode ler as Sagradas Escrituras, pois está dísponível em milhares de línguas e dialetos no mundo. Entretanto, é preciso notar que se a pessoa não estiver aberta a entender as verdades ali colocadas, sua leitura talvez não seja frutífera, pois tal pessoa não enxergará ali o plano da salvação e o caminho para a vida plena com Deus.

III. A INERRÂNCIA E A CONFIABILIDADE DAS ESCRITURAS (Hc 3.2)

1. O que é inerrância? Inerrância é a qualidade de quem não erra. Como foi Deus que inspirou a sua Palavra, ela não contém erros. Os homens que foram usados por Deus para escrevê-la tinham um sério compromisso não apenas com o registro correto do que viam e ouviam, mas também com a transmissão exata daquilo que Deus os estava inspirando a escrever. Isso traz segurança na confiança e preservação da mensagem.
2. A Bíblia é confiável? Muitas pessoas questionam se o texto que temos em mãos é confiável para estudarmos e aplicarmos à nossa vida. Para esse tipo de questão, precisamos entender que os manuscritos originais não continham erros. As traduções feitas para as diversas línguas passaram pelas mãos de eruditos comprometidos com os estudos das línguas originais, e que se dedicaram a traduzir de forma correta os textos que temos.
3. O processo de transmissão do texto bíblico. O Antigo Testamento foi escrito em hebraico e partes em aramaico, e o Novo Testamento foi escrito em grego. Houve muita dedicação dos copistas em preservar de forma íntegra as Escrituras no processo de transmissão da mensagem divina. Sabemos que há variantes de textos bíblicos, ou seja, cópias com algumas diferenças entre si, mas quando analisadas aprofundadamente, não comprometem a mensagem central nem apontam erros entre um texto e outro.Deus inspirou homens a que escrevessem sua Palavra para a humanidade, utilizando-se da linguagem humana para transmitir, de forma inteligível, a sua revelação específica. Hoje temos a Palavra de Deus disponível em nossa língua, e devemos dedicar-nos ao seu estudo, não apenas para conhecê-la, mas para que cumpramos os mandamentos do Senhor. Portanto a Bíblia é a inspirada, inerrante, infalível e completa Palavra de Deus.
“Uma mudança notável da terminologia que resultou dos debates na área da inspiração das Escrituras foi a preferência pelo termo ‘inerrância’ ao invés de ‘infabilidade’. Isso tem a ver com a insistência de alguns no sentido de que podemos ter uma mensagem infalível com um texto bíblico errante. ‘Infabilidade’ e ‘inerrância’ são termos empregados para se aludir à veracidade das Escrituras. A Bíblia não falha; não erra; é a verdade em tudo quanto afirma (Mt 5.17,18). Embora tais termos nem sempre hajam sido empregados, os teólogos católicos, os reformadores protestantes, os evangélicos da atualidade (e, portanto, os pentecostais ‘clássicos’) têm afirmado ser a Bíblia inteiramente a verdade; nenhuma falsidade ou mentira lhe pode ser atribuída. A doutrina da inerrância é derivada mais da própria natureza da Bíblia do que de um mero exame dos seus fenômenos. ‘Se alguém crê que a Escritura é a Palavra de Deus, não pode deixar de crer que seja ela inerrante’. A Escritura não falha porque Deus não pode mentir. Consequentemente, a inerrância é a qualidade que se espera da Escritura inspirada. O crítico que insiste em haver erros na Bíblia (em algumas passagens difíceis) parece ter outorgado para si mesmo a infabilidade que negou às Escrituras. Um padrão passível de erros não oferece nenhuma medida segura da verdade e do erro. O resultado de negar a inerrância é a perda de uma Bíblia fidedigna. Se for admitida a existência de algum erro nas Sagradas Escrituras, estaremos alijando a verdade divina, fazendo a certeza desaparecer” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1ª Edição. RJ; CPAD, 1996, pp.107-9).
De acordo com Luckesi, ensinar não significa ir para uma sala e ‘despejar’ sobre os alunos uma quantidade de conteúdos. Muitos infelizmente agem dessa forma, contribuindo para que haja, segundo Paulo Freire, uma ‘educação bancária’, em que o aluno não é sujeito da sua própria aprendizagem, mas apenas um receptáculo. Ele não pensa, apenas recebe o que lhe é ensinado. O resultado é um grupo de pessoas sem capacidade de reflexão. Fica então a pergunta: O que é ensinar? Segundo Paulo Freire, ‘ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou construção’. Dentre as várias concepções de ensino, vejamos uma que é bem basilar: Ensinar é ‘estimular’, ‘guiar’, ‘orientar’ o processo de ensino-aprendizagem. Segundo Regina Célia C. Haydt, ‘ensinar é a atividade pela qual o professor, através de métodos adequados, orienta a aprendizagem do aluno’. O ensino precisa ser centrado no aluno, e não no professor ou no conteúdo. Todas as nossas ações didáticas devem ser elaboradas pensando no aluno, visando a sua aprendizagem” (BUENO, Telma. Educação Cristã: Reflexões e Práticas. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.20).FONTE CPAD 


    


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