OS MALES DO CONSUMISMO SUBSIDIO (1) BETEL
Eclesiastes 2.4-11.
4 - Fiz
para mim obras magníficas; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas.5
- Fiz para mim hortas e jardins e plantei neles árvores de toda espécie de
fruto.6 - Fiz para mim tanques de águas, para regar com eles o bosque em que
reverdeciam as árvores.7 - Adquiri servos e servas e tive servos nascidos em
casa; também tive grande possessão de vacas e ovelhas, mais do que todos os que
houve antes de mim, em Jerusalém.8 - Amontoei também para mim prata, e ouro, e
jóias de reis e das províncias; provi-me de cantores, e de cantoras, e das
delícias dos filhos dos homens, e de instrumentos de música de toda sorte.9 - E
engrandeci-me e aumentei mais do que todos os que houve antes de mim, em
Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria.10 - E tudo quanto
desejaram os meus olhos não lhos neguei, nem privei o meu coração de alegria
alguma; mas o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho, e esta foi a
minha porção de todo o meu trabalho.11 - E olhei eu para todas as obras que
fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha
feito; e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito e que proveito nenhum
havia debaixo do sol.
Prezado
professor, esta lição é importantíssima para seus alunos. Portanto, invista
tempo em seu preparo: ore, pesquise, observe e discuta o tema com outros
professores. Lembre-se! As verdades que você ensinará neste domingo, poderão
modificar completamente a vida financeira de seus alunos, mas esta mudança deve
começar primeiramente em você.
ORIENTAÇÃO
Nesta
lição usaremos como método o Debate Orientado. Divida a turma em dois grupos e
proponha uma discussão sobre o consumismo. O primeiro grupo discutirá por cinco
minutos o tema: "Quais são as conseqüências do espírito consumista".
(Nesse momento, a outra equipe apenas observará anotando os pontos que julgar
importante.) A seguir, o segundo, assumirá o debate, com a pergunta: "Por
que esse comportamento descontrolado ocorre com as pessoas na hora das
compras?" (agora é a vez do primeiro grupo apenas observar). Após os dois
grupos apresentarem suas opiniões, o professor fará o fechamento do debate.
Entenda que o objetivo não é apenas trazer soluções, mas instigar, "fazer
pensar" e provocar reflexões sobre assunto.
Palavra Chave
Consumismo: Sistema que favorece o
consumo exagerado.
A
riqueza, a fama, o poder, os prazeres e o consumo desenfreado são ineficazes
para satisfazer as necessidades da alma (Ec 6). Infelizmente, por essas coisas
vãs, muitos têm empenhado tudo o que possuem, inclusive a própria vida (Mt
16.26). A Palavra de Deus nos adverte taxativamente sobre o gasto abusivo e
desnecessário (Pv 121.20; Is 55.2). Nesta lição, aprenderemos sobre como nos
livrar desta enfermidade.
I. OS
MALES DO CONSUMISMO
1. O
apelo consumista nos meios de comunicação. Muitos são impelidos, especialmente,
pela propaganda difundida nas mídias eletrônicas (Rádio, TV, Internet), a
comprarem aquilo de que realmente não necessitam. Os profissionais do marketing
aproveitam-se das datas comemorativas tais como, Natal, Páscoa, Dia das mães,
dos pais, dos namorados, das crianças, etc, para incitar as pessoas ao consumo.
O pior do consumismo é que muitos acabam valorizando mais as coisas materiais
que as espirituais (Pv 30.15; Mt 6.19-21).
O crente
em Jesus deve resistir ao consumo inútil e à tentação do crédito fácil,
propalados pela mídia. Lembre-se: "Crédito imediato é também dívida
imediata!". Façamos, pois, a oração de Agur: "Não me dês nem a
pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada" (Pv
30.8,9).
2. O
supérfluo em detrimento do essencial. Essencial para o consumo é aquilo que,
sem o qual, a vida exaure: comida, roupa, moradia e, na medida certa, o lazer.
Até mesmo no que é indispensável devemos confiar mais em Deus que em nossos
próprios esforços (Mt 6.25-34). O supérfluo é tudo aquilo que não é essencial à
manutenção da vida. Sob a influência dos meios de comunicação, há os que
suprimem itens prioritários à sobrevivência, para comprar produtos de griffe,
por mero capricho. A Bíblia é enfática em seu ensino contra o desperdício (Is
55.2; 2 Tm 4.5).
3. A
Compulsão pelas compras. A vontade compulsiva de comprar pode estar associada a
um distúrbio psicológico conhecido como oneomania. Essa doença está associada a
diversos fatores tais como: ansiedade, frustração, depressão, transtornos de
humor e um desejo reprimido de possuir as coisas. Por isso há tantas pessoas
endividadas, especialmente, pelo mau uso do cartão de crédito e de cheques
especiais. É uma enfermidade que precisa ser tratada com seriedade e urgência
(Pv 15.27; Ec 5.10; Jr 17.11; 1 Tm 6.10).
Obreiros,
líderes e crentes em geral, portadores dessa doença, precisam de cura imediata
para exercerem o ministério cristão sem impedimento, e glorificarem o santo
nome de nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 12.16; 13.8,14; Gl 5.22).
II.
COMÉRCIO E CONSUMO NO AMBIENTE CRISTÃO
1. O
comércio no templo em Jerusalém (Jo 2.13-17; Mt 21.12,13). Era no átrio dos
gentios que os comerciantes vendiam animais para serem sacrificados, e os
cambistas trocavam as moedas estrangeiras pela moeda do Templo, a fim de que os
judeus pagassem o imposto sagrado (Mt 21.12). Essas atividades eram controladas
pelos sacerdotes e levitas, inclusive pela família de Anás, o sumo sacerdote. O
problema é que eles majoravam o preço dos animais e cobravam excessivas taxas
cambiais. Era a prática da corrupção e exploração do povo no recinto sagrado. O
culto tornava-se apenas uma desculpa para o comércio fraudulento. Todavia,
Jesus, na função de Filho de Davi, condenou os abusos e a corrupção (Mt
21.5-11).
2.
Mercantilismo na Igreja. Não podemos ignorar esta infame realidade: muitos
exercem atividades entre o povo de Deus alegando um "ministério" que
não existe. Há cantores evangélicos, pregadores, ensinadores,
"missionários" e vendedores itinerantes cuja vida particular desmente
os padrões de santidade que eles fingem ser portadores no púlpito (Cl 2.23; 2
Tm 3.4,5). São artistas, exploradores do povo e das igrejas, que só vêem o
promissor mercado evangélico à sua frente.
3.
Comércio ou serviço cristão? Há quem questione a compra e venda de produtos
necessários ao desenvolvimento do serviço cristão na igreja. A igreja, de fato,
precisa de Bíblias, livros, folhetos e outros aparatos. Se tal atividade
comercial é honesta e normal no mundo secular; por que seria condenável no
âmbito cristão, se é feito com transparência e sem "torpe ganância"?
(Tt 1.7).
III.
PROVISÃO DIVINA DAS NECESSIDADES DIÁRIAS
1.
Pedindo a Deus a provisão necessária (Pv 30.7,8). Agur fizera apenas dois
pedidos a Deus. Primeiro, que Ele o resguardasse da mentira e da falsidade,
porque desejava manter-se verdadeiro e íntegro. Segundo, que o Senhor lhe
concedesse o suficiente para satisfazer suas necessidades diárias. Agur não
queria os excessos da riqueza, nem as privações da pobreza, mas, uma vida
prudente e financeiramente equilibrada (Lc 12.29-31).
Na
Oração Dominical, Jesus ensinou o mesmo princípio (Mt 6.9-13, 25-34). Devemos
buscar primeiro o Reino de Deus (v.33), mas o Pai também quer que oremos por
nossas necessidades materiais - o "pão" (Mt 6.11). Em Filipenses
4.11-13, Paulo reforça o ensino de Jesus quando diz aos Filipenses:
"aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei também
ter abundância" [...] "estou instruído tanto a ter fartura como a ter
fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas
naquele que me fortalece".
2. Deus
nos supre em todos os momentos (Fp 4.11-13,19). Deus supriu todas as
necessidades do profeta Elias (1 Rs 17.2-7, 8-24). O rei Davi, quando idoso,
pôde testificar sobre a provisão divina durante toda a sua vida (Sl 37.25;
23.1). Estamos diante do mesmo Deus que pode fazer isso agora, aí mesmo onde
você se encontra. Ele não mudou, "é o mesmo ontem, e hoje, e
eternamente" (Hb 13.8; Dt 8.15-18; Lc 12.15; 1 Tm 6.17).
IV. COMO
FUGIR DO CONSUMISMO
1. Evite
o desperdício e o supérfluo. Em João 6.12 Jesus ordenou que seus discípulos
recolhessem os alimentos que sobrara para que nada se perdesse. Algumas vezes o
orçamento acaba porque gastamos com insensatez, onde não se deve ou não se pode
(Is 55.2; Lc 15.13,14).
2.
Economize, poupe e fuja das dívidas! Economize comprando no estabelecimento que
é mais em conta. Racionalize os gastos com água, luz, telefone, etc. (Gn
41.35,36; Pv 21.20). Abra uma conta-poupança e guarde um pouco de dinheiro, por
menor que seja a quantia. Fuja das dívidas!
3.
Invista no Reino de Deus. O dinheiro não é um mal em si mesmo (1 Tm 6.10), pelo
contrário, pode e deve ser uma bênção para a obra do Senhor. Seja fiel nos
dízimos e você verá a bênção de Deus sobre sua vida financeira (Ml 3.10,11).
Pobreza não é maldição (Dt 15.11; Mc 14.7), mas pode resultar de fatores diversos:
guerra, catástrofes, vícios, alcoolismo, jogos de azar, má administração dos
bens e dos recursos econômicos. Neste particular, a Palavra de Deus adverte que
o beberrão e o comilão cairão em pobreza (Pv 23.20,21). Não compre fiado! Não
peça emprestado! Liberte-se do consumo irresponsável! Jesus quer libertá-lo das
garras do consumismo. "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (Jo 8.32,36).
"É um
Mundo Consumista
'E o que
há de errado com isto?', você pode estar se perguntando. Talvez você pense que
eu queira persuadi-lo a vender tudo o que tem e ir viver nas montanhas feito
eremita. Fique tranqüilo, eu não pretendo fazer isto! Nem estou tentando
fazê-lo sentir-se culpado por ter uma lista de 'coisas a comprar' guardada na
gaveta da cômoda. Não. Não é nada disso.
O que
estou tentando dizer é que o problema está em ser acometido pela síndrome do
'adquira-e-possua' de nossa cultura, em viver para ter e ter para viver, em ter
uma casa cheia de 'coisas' - todas estas coisas raramente satisfazem [...] E
quanto mais ficamos fascinados com as coisas novas que brilham à nossa volta,
mas espaço, energia, tempo e dinheiro será necessário para manter o vício do
consumo! [...]
Quero
chamar sua atenção de perdedor financeiro para o simples fato: muitos de nós
estamos nadando em dívidas e vivendo um caos conjugal como resultado de nada
menos que uma necessidade descontrolada de possuir e acumular coisas. A verdade
é que o caos em nosso casamento poderia ter fim se nós simplesmente parássemos
de acumular e começássemos a estar satisfeitos com as coisas que já
temos".(BARNHILL, J. A. Antes que as dívidas nos separem. RJ: CPAD, 2003,
pp. 70-1.)
"Guiará
os mansos retamente; e aos mansos ensinará o seu caminho" (Sl 25.9). Dois
grandes atributos de Deus são ressaltados nesse poema. No primeiro deles, o
Senhor é um seguro Guia. Ele nos conduz por caminhos verdejantes (Sl 23.2); por
águas tranqüilas (Sl 23.2); por caminhos certos (Sl 23.3) ; mesmo nos vales
escarpados da dor não abandona os seus filhos, mas protege e dirige-os (Sl
23.4) . Ele está com você, professor, em qualquer circunstância. No segundo
atributo, Ele é o Mestre, que ensina a sua vontade. Os que temem ao Senhor
aprendem com Ele o caminho que devem seguir (Sl 25.12). Essas duas qualidades
são indissociáveis, uma vez que o mestre é um guia. Permita que o Senhor seja o
seu Mestre e Guia eternamente. FONTE CPAD
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PAZ DO SENHOR
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