O SUPREMO DEUS
Atributo: Os
nomes de Deus indicam a sua natureza; os atributos, o seu caráter.
Inimigo
irreconciliável da religião, Voltaire surpreende-nos com esta afirmação: “Se
Deus não existisse, seria necessário inventá-lo”. O pensador francês buscou
enfatizar, com o seu estilo nada reverente, que Deus é absolutamente
necessário; sem Ele nada seria possível. Infelizmente, não são poucos os que,
do alto de sua tolice, professam não acreditar na realidade do Todo-Poderoso.
Nesta
lição, mostraremos ser a existência de Deus algo não somente provado como
inerente à alma humana. Nosso objetivo não é analisar a Deus; é registrar o que
a Bíblia declara acerca de sua natureza e atributos. Aliás, quem jamais poderia
analisar um ser infinito, eterno e que existe por si mesmo? Por isso, todas as
afirmações que fizermos concernentes a Deus terão como base não a vã filosofia;
e, sim, a Bíblia Sagrada.
I. QUEM É DEUS
No
Salmo 33, que nos serve de leitura bíblica em classe, o escritor sagrado
discorre de um modo maravilhoso sobre os atributos e as obras de Deus.
Utilizando-se de uma poesia elevadíssima, sintetiza um conhecimento essencial
sobre o Todo-Poderoso; um conhecimento, aliás, que nos obrigaria a despender
milhares de páginas. No entanto, o autor sagrado declara, em poucas sentenças,
o que Deus é, o que Ele fez e o que continua a fazer.
1. Definição lingüística. A palavra Deus é a tradução do
vocábulo hebraico ’ĕlōhim;
no grego, temos a palavra theos.’Ĕlōhim é um
substantivo plural que, tendo em vista determinados contextos, encerra este
princípio: a existência da Santíssima Trindade.
2. Definição teológica. Em nosso Dicionário Teológico,
damos a seguinte definição de Deus: “Ser Supremo, absoluto e infinito por
excelência; criador dos céus e da terra (Gn 1.1); eterno e imutável (Is 26.4);
onipotente, onisciente e onipresente (Jó 42.2; Sl 139). Deus é espírito (Jo
4.24). Ser incriado, é a razão primeira de tudo quanto existe”.
II. A EXISTÊNCIA DE DEUS
Alguém
declarou que Deus é a melhor prova de si mesmo. Como referendar a existência de
Deus se esta acha-se patente em todas as coisas? Ler Rm 1.19-21. Quando os
santos escritores, inspirados pelo Espírito Santo, puseram-se a registrar a
revelação divina, nenhuma preocupação tiveram eles em provar a existência de
Deus. Pois o Todo-Poderoso fazia parte de seu cotidiano; era inconcebível viver
sem Ele ou à parte dEle. Leia com atenção o Salmo 26.
Os
que se dizem ateus, quer teóricos quer práticos, não passam de tolos conforme
canta o salmista: “Disseram os néscios no seu coração: Não há Deus. Têm-se
corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem”
(Sl 14.1).
III. A REVELAÇÃO ESPECIAL DE DEUS
C.
S. Lewis ao tratar da revelação especial de Deus, afirmou: “Deus nunca se faz
de filósofo diante de uma lavadeira”. O que o escritor inglês busca enfatizar
nessa frase tão profundamente simples? Deus deseja revelar-se ao ser humano,
pois ama-o com um amor eterno. Amando-nos como nos ama, utiliza-se Ele de uma
linguagem que todos podemos entender (Hb 1.1-3). Não me refiro apenas à
natureza, à consciência ou à complexidade de nosso corpo que, de forma bem
patente, revelam-nos a sua existência; refiro-me também às Sagradas Escrituras.
Por isso, tanto o filósofo quanto à lavadeira, que se arrependem de seus
pecados e lêem a Bíblia, sentem que Deus lhes fala clara, profunda e
redentivamente. Vejamos, pois, o que é a revelação divina.
1. Definição lingüística. A palavra revelação provém do
latim revelatione e
significa: revelar, tirar o véu, descobrir (2 Co 3.16).
2. Definição teológica. Ação divina que comunica aos homens
os desígnios de Deus e as verdades que estes envolvem (1 Co 2.10). A Bíblia é
assim considerada por conter a revelação definitiva e acabada de Deus acerca de
seus planos em relação à humanidade. É através dela que passamos a conhecer
redentivamente a Deus (2 Tm 3.15-17).
IV. NATUREZA ESSENCIAL DE DEUS
A
natureza essencial de Deus é um assunto demasiadamente complexo (Sl 139.6).
Deparando-se com tal dificuldade, confessa Tomás de Aquino: “O máximo que
conhecemos de Deus é nada em relação ao que Ele é”. Vejamos, porém, o que é
possível saber acerca de sua natureza essencial. Entre os seus atributos
naturais ou transcedentais, podemos mencionar: asseidade, espiritualidade,
imensidade, imutabilidade e eternidade.
1. Asseidade. Atributo natural, absoluto e incomunicável de Deus,
segundo o qual Ele existe por si mesmo. Ele não depende de nenhum outro ser
para existir ou para continuar existindo; Ele tem vida em si mesmo (Jo 5.26).
2. Espiritualidade. Deus é espírito, afirmou o Senhor
Jesus à mulher samaritana (Jo 4.24). Nesta definição essencial de Deus,
aprendemos algo muito importante: Deus é um espírito puro e simples. Ele é o
que é. Sendo espírito, transcende o mundo material; com este, porém, mantém um
relacionamento redentivo (Jo 5.37).
3. Imensidade. Atributo exclusivo de Deus, que o faz transcender a todos
os limites quer do mundo físico, quer do espiritual, ou do celestial (Is
57.15).
4. Imutabilidade. Qualidade exclusiva do Supremo Ser, que o torna imune às
mudanças quer de natureza qualitativa, quer de natureza moral; sua bondade é
infinita (Tg 1.17). Há uma íntima relação entre a sua bondade e imutabilidade.
Quando Jesus afirmou que Deus é bom, quis deixar bem claro que Ele não pode ser
melhor do que é (Mc 10.18).
5. Eternidade. Como o Ser Eterno por excelência, Deus sempre existiu e
sempre haverá de existir; não teve início nem terá fim (Sl 90.2).
V. ATRIBUTOS IMANENTES E MORAIS DE DEUS
No
tópico anterior, estudamos os atributos naturais ou transcendentes de Deus. A
seguir, veremos as qualidades através das quais entra Ele em contato com o
mundo criado: os atributos imanentes e os atributos morais do Supremo Ser.
1. Atributos imanentes de Deus. Onipotência,
onipresença e onisciência (Jó 42.2; Sl 139; 44.21). Isto significa que Deus
pode todas as coisas, encontra-se em todos os lugares ao mesmo tempo e de tudo
tem ciência. Que Deus pode todas as coisas, não há dúvidas; mas nada fará que
contrarie a sua natureza justa e santa.
2. Atributos morais de Deus. Os atributos
morais de Deus podem e devem ser possuídos por todos os seus servos: Santidade,
justiça, misericórdia, sabedoria e amor.
Deus
é santo e exige que todos os seus servos também o sejam (Lv 19.2). Ele é justo
e deseja que, de igual modo, o sejamos (1 Jo 3.7). Ele é misericordioso e
reivindica que assim ajamos (Cl 3.12). Deus é sábio e conosco reparte a sua
sabedoria (Tg 1.5). E se Ele amou-nos com um amor eterno, devemos também nos
amar uns aos outros (1 Jo 4.8).
No
curto espaço de que dispomos, é-nos impossível explorar exaustivamente um
assunto tão imensurável a nós mortais: a realidade do Supremo Ser. Acredito,
porém, que todos já nos conscientiza-mos da grandeza e da infinitude de Deus.
Sendo Ele, porém, o que é, não nos despreza: revelou-nos o seu grande amor,
enviando o seu Filho Jesus Cristo para morrer em nosso lugar. E, assim,
passamos a conhecê-lo redentivamente. Não é possível conhecer completamente a
Deus; entretanto, é possível conhecê-lo verdadeiramente (Jó 42.5).
HORTON,
S. M. Teologia
Sistemática: uma perspectiva pentecostal. RJ: CPAD,
1996.
“As Obras de Deus.
Outro
aspecto da doutrina de Deus que requer a nossa atenção é o das suas obras. Este
aspecto pode ser dividido em: 1) seus decretos; 2) sua providência e 3)
conservação.
1. Decretos. Os decretos divinos são o seu plano eterno que, em virtude
de suas características, faz parte de um só plano, que é imutável e eterno (Ef
3.11; Tg 1.17). São independentes e não podem ser condicionados de nenhuma
maneira (Sl 135.6). Têm a ver com as ações de Deus, e não com a sua natureza
(Rm 3.26). Dentro desses decretos, há as ações praticadas por Deus, pelas quais
tem Ele responsabilidade soberana; e também as ações das quais Ele, embora
permitam que aconteçam, não é responsável. Baseado nessa distinção, torna-se
possível concluir que Deus nem é autor do mal (embora seja o criador de todas
as criaturas subalternas), nem é a causa derradeira do pecado.
2. Conservação e Providência. Deus está
sustentando ativamente o mundo que criou. Na conservação, Ele sustenta a
criação através de leis estabelecidas (At 17.25). Na providência, Ele controla
todas as coisas existentes no Universo, com o propósito de levar a efeito seu
plano sábio e amoroso, de forma que não venha a interferir na liberdade de suas
criaturas (Gn 20.6; 50.20; Jó 1.12; Rm 1.24)”.(JOYNER, R. O Deus único e verdadeiro. In
HORTON, S. M. Teologia
Sistemática: uma perspectiva pentecostal. RJ: CPAD, 1996)
O
Deus que comanda o futuro
Isaías 44.6,7; 46.9-13.
Isaías 44
6 - Assim
diz o SENHOR, Rei ide Israel e seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o
primeiro e eu sou o último, e fora de mim não há Deus.
7 - E quem
chamará como eu, e anunciará isso, e o porá em ordem perante mim, desde que
ordenei um povo eterno? Este que anuncie as coisas futuras e as que ainda hão
de vir.
Isaías 46
9 - Lembrai-vos
das coisas passadas desde a antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro
semelhante a mim;
10 - que
anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não
sucederam; que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade;
11 - que
chamo a ave de rapina desde o Oriente e o homem do meu conselho, desde terras
remotas; porque assim o disse, e assim acontecerá; eu o determinei e também o
farei.
12 - Ouvi-me,
ó duros de coração, vós que estais longe da justiça.
13 - Faço
chegar a minha justiça, e não estará ao longe, e a minha salvação não tardará;
mas estabelecerei em Sião a salvação e em Israel, a minha glória.
. Quem nunca ouviu a expressão “tempo é dinheiro”? Portanto,
reflita com seus alunos a respeito do significado dessa expressão para a nossa
geração e como eia tem influenciado os cristãos.Observe que este adágio é de
caráter capitalista e terrenal. Todavia, o cristão não vive apenas a realidade
material, mas também a dimensão espiritual. Solicite aos alunos que criem uma
frase com a palavra "tempo", porém, frisando as verdades da lição,
como por exemplo: "O tempo é uma oportunidade divina"; "Deus
controla o mundo e o tempo", e assim sucessivamente.
Palavra Chave
Tempo: Sucessão de dias, meses e anos; uma dimensão puramente
humana.
Desde
a Antiguidade o homem se preocupa com o futuro. E ainda hoje, a fim de
conhecê-lo, recorre às mais diversas religiões e suas práticas ocultas
condenadas por Deus. Mas, enfim, o que é o futuro? Podemos realmente
conhecê-lo? O que a Bíblia revela do amanhã? Deus de fato tem controle sobre o
que há de vir? Nesta lição, estudaremos o que a Bíblia fala acerca do futuro da
Igreja e da humanidade.
I. DEUS, O TEMPO E O FUTURO IMEDIATO
1. Deus é eterno. A Bíblia afirma que o Senhor "é o Deus vivo e o Rei
eterno" (Jr 10.10). Para os homens, o tempo está subordinado à duração da
vida (Gn 6.3; Gn 47.29; Sl 90.10), aos fatos históricos (Êx 12.40; Jr 25.11),
às comemorações (Êx 23.5; Lv 23.4), à sequência e designação dos dias (Js
10.27; Sl 104.19; Mt 16.2), à sucessão das coisas e da vida humana (Ec 3.1-8;
12.1-7); ao passado (1 Sm 11.20; 1 Rs 20.26), ao presente (Rm 8.18,38), e ao
futuro (Êx 13.14; Rm 8.38; 1 Co 3.22). Porém, Deus não está e nunca esteve
subordinado ou limitado ao tempo. Ele é eterno (Gn 21.33; Dt 33.27; Sl 10.16;
Rm 16.26; 1 Tm 1.17). Três verdades acerca da eternidade de Deus podem ser
afirmadas: a) Ele existe por si mesmo (Êx 3.14; Is 44.6); b) É autor do tempo e
não está condicionado a ele (Sl 90.2; 93.2; Is 43.13); e, c) É imutável (Ml
3.6; Tg 1.17). Portanto, embora o Todo-Poderoso tenha criado o tempo, este não
o restringe. Ele é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente (Hb 13.8; 1 Tm 1.17). A
Bíblia nos ensina que Deus é a origem do tempo, da história, das coisas
visíveis e invisíveis (Cl 1.16. Ver Is 43.15; 45.9; Jo 1.1). Ele não teve princípio
e nem terá fim (1 Tm 1.17; Ap 1.8; 21.6).
2. O tempo e a eternidade. Assim como o tempo
está na dimensão humana, as coisas eternas fazem parte da realidade divina.
Embora saibamos que o tempo teve um início, não podemos dizer com certeza que
ele terá um fim, pois este conhecimento está além do finito saber humano. A
vida humana está situada no tempo, logo, compreendemos que ela tem início e fim
(Gn 6.3; Sl 90.10). Mas Deus não está limitado à ordem cronológica natural do
tempo. Ele não teve início e nem terá fim, mas é o Início e o Fim de todas as
coisas (Ef 1.10; 1 Tm 1.17; Hb 13.8; Ap 1.8; 21.6; 22.13). Deus não está
condicionado ao tempo, razão pela qual conhece perfeitamente o passado, o
presente e o futuro, e não é afetado por eles (Is 40.28; 57.15; 1 Tm 1.17; 2 Pe
3.8). É por isso que a Bíblia se refere à eternidade em dois aspectos:
eternidade passada e eternidade futura (Pv 8.23; Mq 5.2; At 15.18; 2 Pe 3.18
ver Sl 103.17; 106.48; Ap 22.5).
3. O futuro. O futuro sempre trouxe inquietações ao homem (Mt
6.25,31,34; Tg 4.14), tanto o imediato, o dia de amanhã (Mt 6.34; Tg 4.13; Êx
13.14; Js 4.6) quanto o longínquo, escatológico, profético (Mt 24.3; At 1.6,7).
Por meio da experiência até se consegue administrar o futuro próximo; apesar de
a Bíblia nos advertir acerca da falibilidade dos propósitos humanos (Mt 16.1-3;
Tg 4.13-15). Todavia, quanto ao futuro longínquo, somente o Senhor pode
prevê-lo, designá-lo e anunciá-lo (Jr 33.3; Mt 24.36; At 1.7; 1 Tm 4.1).
Estejamos alerta! Deus proíbe todas as práticas de adivinhação tais como
astrologia, hidromancia, quiromancia, tarô, mapa astral, etc. (Lv 19.31; 20.6;
Dt 18.10). O trágico fim do rei Saul é um exemplo clássico da maldição que
acompanha os adeptos dessas práticas (1 Sm 28;31).
4. Deus conhece o nosso futuro. O Senhor não
apenas conhece perfeitamente o futuro de cada um de seus filhos, mas
amorosamente o planejou. "Porque sou eu que conheço os planos que tenho
para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar
dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro" (Jr 29.11 - NVI). Deus
conhece plenamente o dia de amanhã e, em Cristo, todos nós vislumbramos um
futuro próspero e feliz: "... seja o mundo, seja a vida, seja a morte,
seja o presente, seja o futuro, tudo é vosso, e vós, de Cristo, e Cristo de
Deus" (1 Co 3.22).
Nós
tópicos seguintes estudaremos o glorioso futuro da Igreja de Cristo.
Três
verdades acerca de Deus e o tempo: Deus existe por si mesmo, é autor do tempo e
não está condicionado a ele, pois é imutável.
II. O GLORIOSO FUTURO DA IGREJA
Deus
é presciente e onisciente. A onisciência divina abrange o presente (2 Sm 7.20;
1 Cr 28.9; Sl 44.21) e o futuro (At 2.23; Rm 8.29; Ef 1.4,5; 1 Pe 1.18-20). Sua
presciência revela o conhecimento que Ele possui de todas as coisas, tanto
finitas quanto eternas; de modo que nada acontece sem que o Todo-Poderoso tenha
plena ciência.
1. Salvação eterna e gloriosa. Segundo o que
Paulo escreveu aos Romanos 8.18, Deus estabeleceu um futuro glorioso para a
Igreja: "Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo
presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada"
(Rm 8.18). A tribulação, a angústia, a escassez, a perseguição, a nudez, a
morte (Rm 8.35-37), o presente, o porvir, os anjos, as potestades, "nem
alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo
Jesus, nosso Senhor!" (Rm 8.38,39). De modo inverso, as tribulações, a
riqueza, a fama, o sucesso, os prazeres terrestres, o bem-estar material e
social, nada, absolutamente nada, se compara "com a glória que em nós há
de ser revelada". "Consolai-vos uns aos outros com estas
palavras" (1 Ts 4.18).
2. Galardão e júbilo. A Igreja gloriosa de Cristo não será
apenas salva, mas ricamente galardoada no Tribunal de Cristo. Este evento
dar-se-á nas nuvens, tão logo tenha lugar o arrebatamento da Igreja. Seremos
recompensados por Cristo segundo as nossas obras. É a outorga de galardões, por
aquilo que tivermos feito por meio do corpo, bem ou mal. A Bíblia nos assevera
que o "fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém
edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se
queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo"
(1 Co 3.12-15). Esse julgamento, contudo, será sucedido por um júbilo
indizível, "as Bodas do Cordeiro" (Ap 19.7). Nessa gloriosa
celebração a Igreja estará vestida de justiça (Ap 19.8). "Bem-aventurados
aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro" (Ap 19.9).
O
futuro glorioso da Igreja compreende a sua salvação eterna e gloriosa, galardão
e júbilo.
III. O TENEBROSO FUTURO DOS ÍMPIOS
Enquanto
os santos desfrutarão das inauditas bênçãos celestiais, os ímpios sofrerão as
consequências de sua rebeldia e rejeição contra Deus. O propósito de Deus,
segundo a Bíblia, é que "todos os homens se salvem e venham ao
conhecimento da verdade" (1 Tm 2.4). Porém, todos os que rejeitam o Filho
de Deus sofrerão, inicialmente, na Grande Tribulação (Mt 24.21; 1 Ts 1.10; Ap
7.14) e, depois, por toda a eternidade (Ap 20.11-15; 21.8). Assim como o Senhor
sabe perfeitamente o destino do seu povo, também conhece o futuro inglório dos
ímpios, pois o planejou e o executará com justiça. O plano sempiterno de Deus
também inclui a plena restauração dos céus e da terra (Ap 21; 22). O Senhor que
criou todas as coisas é o mesmo que as restaurará perfeitamente. Seus atos
confirmam sua natureza: "Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, o
Primeiro e o Derradeiro" (Ap 22.13).
Ao
contrário da Igreja, os ímpios experimentarão como castigo pela sua rebelião e
rebeldia, o sofrimento eterno.
Deus
conhece, controla e comanda o porvir. Uma vez que o futuro da Igreja será
glorioso, todo crente deve regozijar-se; mesmo quando as circunstâncias o
impedem de vislumbrar a glória que "em nós há de ser revelada" (Rm
8.18).
SILVA,
A. G. O Calendário
da profecia. 16ª ed., RJ: CPAD, 2003.
DANIEL, S. Reflexões sobre a alma e o tempo. RJ: CPAD, 2001.
DANIEL, S. Reflexões sobre a alma e o tempo. RJ: CPAD, 2001.
"O Tempo
A
palavra tempo aparece na Bíblia 446 vezes. O termo mais usado no grego para
tempo é cronos, daí as palavras cronômetro, cronologia, crônica, etc. No
entanto, quando a Bíblia se refere a Deus, costuma usar no grego, para sua
dimensão, o termo aiónios, que é similar aos vocábulos hebraicos 'adh e 'ôãm. De acordo com os
dicionários bíblicos, esses dois termos falam de eternidade. Eles surgem no
Antigo Testamento para descrever a longevidade dos montes e, quando isso
acontece, muitas vezes estão em um sentido poético, para referir-se à
eternidade; surgem para se falar de um tempo de duração desconhecida e, na
maioria das vezes, para serem relacionados à pessoa de Deus, que é eterno e não
está sujeito ao tempo, ou às coisas relacionadas a este.
O
termo grego aiónios surge no Novo Testamento e significa, geralmente, tempo
indefinido no passado ou no futuro. Justamente por isso, além de seu
significado temporal, que é eterno, significa também divino ou imortal.
Portanto, aiónios é o tempo de Deus, é a dimensão imensurável, é o ambiente
Dele. O nosso é cronos".
(Daniel,
S. Reflexões sobre
a alma e o tempo. RJ: CPAD, 2001, pp.123-4)
Muitas pessoas sofrem e se frustram quando não vêem as coisas
acontecerem no seu tempo, porque estão vivendo no ritmo frenético deste mundo.
Vivemos numa sociedade imediatista, isto é, que deseja tudo para ontem, no
entanto, a Bíblia nos ensina trilhar um caminho oposto, "correndo com
paciência", pois "há tempo para todas as coisas".
Quando se trata do nosso futuro, a situação é assustadora.
Preocupamo-nos com família, profissão, projetos. Todavia, Jesus nos disse que
não devemos estar ansiosos por "coisa alguma", uma vez que toda a
nossa vida está nas mãos Daquele que cuida carinhosamente de toda a criação e
tem o passado, presente e futuro em suas mãos.
Deus não apenas sabe o que faz, mas precisamente quando deve
realizá-lo. Foi assim com o nascimento de Jesus, "na plenitude dos
tempos", e o será também no "fim dos tempos".
O
Deus que se comunica com o homem
Salmos 29.1-10.
1 - Dai ao
SENHOR, ó filhos dos poderosos, dai ao SENHOR glória e força.
2 - Dai ao SENHOR
a glória devida ao seu nome; adorai o Senhor na beleza da sua santidade.
3 - A voz
do SENHOR ouve-se sobre as águas; o Deus da glória troveja; o SENHOR está sobre
as muitas águas.
4 - A voz
do SENHOR é poderosa; a voz do SENHOR é cheia de majestade.
5 - A voz
do SENHOR quebra os cedros; sim, o SENHOR quebra os cedros do Líbano.
6 - Ele os
faz saltar como a um bezerro; ao Líbano e Siriom, como novos unicórnios.
7 - A voz
do SENHOR separa as labaredas do fogo.
8 - A voz
do SENHOR faz tremer o deserto; o SENHOR faz tremer o deserto de Cades.
9 - A voz
do SENHOR faz parir as cervas e desnuda as brenhas. E no seu templo cada um
diz: Glória!
10 - O
SENHOR se assentou sobre o dilúvio; o SENHOR se assenta como Rei perpetuamente.
Embora Deus seja o Todo-Poderoso, Ele sempre procurou
comunicar-se de modo pessoal com o homem. Isso não é maravilhoso?! Você tem
ouvido a voz do Pai? Como está a sua comunicação com o Altíssimo? Estamos
vivendo na era da informática e da comunicação, todavia, devido ao corre-corre da
vida diária, e diante das muitas vozes, muitos já não conseguem mais ouvir ou
reconhecer a voz do Pai. Por isso, queremos desafiá-lo a não se limitar,
somente a buscar a ajuda de Deus, a ter somente um diálogo unilateral, mas
desejamos que você almeje estabelecer canais autênticos de comunicação com o
Pai. Ele deseja falar com você diariamente. Ouça-O.
Palavra Chave
Comunicar: Do
latim comunicare, significa “pôr em comum”, “ligar”, “fazer saber”,
“estabelecer comunicação”.
Os
deuses, criados pela imaginação humana, eram inacessíveis aos seus adoradores.
Os doze do Olimpo, por exemplo, não desciam para ouvir ou falar com os gregos.
O mesmo tem acontecido com os adoradores dos deuses falsos das muitas religiões
não-cristãs dos nossos dias. Eles não podem dirigir-se aos seus deuses
diretamente. Somente o fazem através de intermediários, também falsos. Todavia,
o Deus da Bíblia, desde o princípio se comunica com suas criaturas. Por
intermédio de Jesus Cristo, o ser humano tem livre acesso a Deus, seu soberano
Senhor, e criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis (Cl 1.16).
I. A COMUNICAÇÃO DIRETA
1. Na criação. A Bíblia nos mostra com clareza que desde o princípio Deus
se comunicava com o homem de forma direta. Ao criá-lo, imediatamente infundiu-lhe
o fôlego da vida, transformando-o em alma vivente. "E formou o Senhor Deus
o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi
feito alma vivente" (Gn 2.7).
2. Evitando a solidão. Antes da Queda, o homem se comunicava
com Deus livremente. Todavia, o Eterno percebera que sua criatura necessitava
de algo mais. Ela precisava relacionar-se com alguém da mesma natureza. Foi aí
que o Senhor decidiu criar a mulher a fim livrar o homem da solidão (Gn
2.18,22,23).
3. A comunicação com o primeiro casal. Não se sabe quanto
tempo nossos primeiros pais viveram em perfeita harmonia, antes de pecarem. O
fato é que antes da entrada do mal no mundo, Deus costumava conversar com o
casal pela "viração do dia" (Gn 3.8a). Certamente, o Senhor
propiciava a Adão e Eva momentos agradabilíssimos de conversa e aprendizado,
enchendo-os de muita paz e indizível alegria.
Deus,
o Criador, comunicava-se com o homem de forma direta.
II. EFEITOS DA QUEDA
1. A comunicação prejudicada. Com a Queda, o
homem perdeu a comunhão e a comunicação com o Criador. Antes, Adão e Eva
deleitavam-se em ouvir a suave e melódica voz do Altíssimo. Agora, com o
advento do pecado, o medo apoderou-se deles dificultando-lhes o pleno
relacionamento com Deus (Gn 3.8-10).
2. O conhecimento da discórdia. Inquirido sobre
seu pecado, o homem pôs-se a culpar sua companheira que, por sua vez, culpou a
serpente (Gn 3.9-13). Eis aí a primeira desavença entre os seres humanos e suas
funestas consequências. Na maioria das vezes, os homens não se entendem em
função da incapacidade de assumirem os próprios erros. Satanás continua
enganando aos que se descuidam do relacionamento com Deus (2 Co 11.3). Para
lograr êxito nesse intuito, transfigura-se até mesmo em anjo de luz (2 Co
11.14).
3. A maldição da serpente e a redenção prenunciada. Quase ninguém se
sente bem ao lado de uma serpente. Ela nos causa sentimento de pavor e asco,
talvez por ser símbolo da maldição e do Diabo (Ap 12.9; 20.2). Após a Queda,
Deus pôs inimizade entre a serpente e a mulher. Esta foi condenada a sentir
fortes dores no parto, passando a ser dominada pelo marido (Gn 3.16; Ef 5.24).
Naquele ambiente tenso, Deus também condenou a serpente, e anunciou a redenção
da humanidade através da "semente da mulher", que é Cristo Jesus,
nosso Salvador (Gn 3.14,15).
Com
a Queda, o homem perdeu a comunhão e a comunicação direta com Deus.
III. DEUS COMUNICA SE COM O HOMEM
Deus
é transcendente e imanente. Ou seja, a despeito de habitar nas alturas mais
insondáveis, e apesar de infinito e imenso, não permanece alheio às suas
criaturas. Assim, ao longo dos séculos, o Eterno vem se comunicando com o
homem; direta ou indiretamente.
1. Por meio dos patriarcas. Deus falou com
Noé, anunciando-lhe a destruição do gênero humano (Gn 6.1-7). Também se
comunicou com Abraão, ordenando-lhe que saísse do meio de sua parentela a fim
de torná-lo uma bênção para todas as famílias da terra (Gn 12.1-3). O Senhor
ouviu as orações de Isaque, falou com Jacó, e fez-lhes grandiosas promessas (Gn
25.21-23; 28.13-15). O Todo-Poderoso sempre se comunicou com homens,
transmitindo-Ihes sua vontade.
2. Por meio dos profetas. No Antigo Testamento, Deus usou
diversos profetas para transmitir sua poderosa mensagem. Por intermédio desses
valorosos arautos, falou o Senhor ao povo, aos reis, aos juízes e tantos quanto
quis revelar sua vontade (Hb 1.1,2). Ao profeta Moisés, falou diretamente (Êx
3.1-22; At 3.22). Em o Novo Testamento, usou de modo especial a boca de João
Batista, Ágabo, entre outros. Todos esses homens foram porta-vozes dos oráculos
divinos à humanidade.
Deus
se utilizou de diferentes métodos para se comunicar com o homem.
IV. A COMUNICAÇÃO PELA REVELAÇÃO
Deus
também se comunica através de suas várias maneiras de se revelar aos homens.
1. Revelação geral ou natural. É aquela em que o
Senhor se revela por meio da natureza e da consciência humana. No que concerne
à natureza, a Bíblia nos é clara: "Os céus manifestam a glória de Deus e o
firmamento anuncia a obra das suas mãos" (Sl 19.1; Rm 1.19,20). Quanto à
consciência, Deus se utiliza da comunicação não-verbal para revelar aos homens
toda sua vontade, como vemos em sua Palavra"... os quais mostram a obra da
lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus
pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os" (Rm 2.15). A revelação
geral ou natural é dirigida a todos os homens, e pode ser absorvida pela razão.
2. Revelação especial. É aquela em que Deus emprega duas
formas especiais para se comunicar com o homem: a Palavra escrita e Cristo.
a) Por meio da Palavra. Deus ordenou a Moisés que escrevesse
sua mensagem revelada "num livro" (Êx 17.14). A revelação escrita
substituiu a tradição oral, como testemunho da existência e comunicação de Deus
(Êx 34.27; Jr 30.2; Ap 1.19). Essa revelação escrita é chamada de Escritura (2
Tm 3.16), ou Escrituras (Mt 22.29; 26.56).
b) Por meio de Cristo. Essa revelação é sublime (Jo 1.14,18). Não se trata de uma
comunicação através das palavras de um profeta, mas da revelação de Deus por
meio de uma Pessoa santíssima e co-eterna com o Pai (Jo 1.1; 14.9; Hb 1.1-3). O
propósito da revelação especial é conduzir o homem a Deus (Jo 14.6-11). Nela,
encontramos o plano divino para a salvação de todo ser humano.
A
revelação especial de Deus foi dada aos homens tanto pelas Escrituras quanto
pelo Verbo de Deus. Estes são os mais completos meios pelos quais Deus se
revelou à humanidade (Mt 22.29; Jo 5.39).A revelação especial de Deus foi dada
aos homens tanto pelas Escrituras quanto pelo Verbo de Deus.
Deus
sempre quis comunicar-se com o homem. Nas Sagradas Escrituras, vemos isso com
muita clareza. No Éden, de forma direta, Deus falava com Adão. Depois da Queda,
afastou-se dele. Mas, através da revelação escrita, a Bíblia, e de sua
revelação pessoal, Cristo, o Senhor demonstra o seu amor para com a humanidade.
Na verdade, Deus se comunica com o homem, porque Ele "quer que todos os
homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade" (1 Tm 2.4).
MENZIES,
W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas
Bíblicas: o Fundamento da Nossa Fé. RJ: CPAD, 2005.
“A revelação de Deus à humanidade
Se
admitimos que Deus de fato fala, é a Bíblia o único meio de Ele se comunicar
conosco? Deus também torna-se conhecido, até certo ponto, a todas as pessoas
mediante a criação e através da consciência. Tal maneira de Deus falar é
usualmente chamada de revelação geral ou natural. Os capítulos 1 e 2 da
epístola aos Romanos esboça a forma pela qual Ele fala conosco. Romanos 1.20
refere-se ao conhecimento divino disponível a todas as pessoas, em todos os
lugares; é o conhecimento colhido junto à natureza: "Porque as suas coisas
invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua
divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas,
para que eles fiquem inescusáveis [...].
A
Bíblia afiança que Deus fala através da consciência do indivíduo (Rm 2.14,15).
O próprio fato de que as pessoas, em todos os lugares, possuem uma consciência,
uma idéia de certo e errado que se coaduna com a Bíblia, mostra-nos que há uma
autoridade acima de cada indivíduo e das circunstâncias. Até aqueles que
rejeitaram a Bíblia retêm a consciência, embora esta opere à base daquilo em
quem se acredita ser o certo e o errado".(MENZIES, W. W.; HORTON, S.
M. Doutrinas
Bíblicas: os Fundamentos da Nossa Fé. RJ: CPAD, 2005,
pp.17,18.)
A pós-modernidade é conhecida como a era da informação, do
conhecimento, dos meios de comunicação, isso se deve ao grande avanço
tecnológico. Podemos nos comunicar, com uma pessoa que está do outro lado do
mundo em fração de segundos. O avanço da informação e da tecnologia é algo
salutar, todavia, parece existir um grande paradoxo quando o assunto é
comunicação. Isso porque, diante de tantos recursos tecnológicos que facilitam
a comunicação (celulares com tecnologia 3G, internet, computadores de bolso,
etc), podemos ver e perceber que existem tantas pessoas solitárias e
deprimidas. Isso se deve ao fato de os relacionamentos, a cada dia, se tornarem
mais "frios", superficiais, instantâneos e distantes. As pessoas
estão se isolando. Muitos não querem mais "perder" tempo com o outro.
Alguns relacionamentos se tornaram descartáveis. Precisamos voltar ao primeiro
amor e estabelecer canais autênticos e verdadeiros de comunicação com nossos
irmãos. Somos a Igreja do Senhor, temos comunicação direta com o Pai e podemos
também ter relacionamentos saudáveis com nossos irmãos em Cristo. Que entre nós
não haja pessoas solitárias.
O
Deus da Bíblia
Salmos 136.1-9,26.
1 - Louvai
ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade é para sempre.
2 - Louvai
ao Deus dos deuses; porque a sua benignidade é para sempre.
3 - Louvai
ao Senhor dos senhores; porque a sua benignidade é para sempre.
4 - Àquele
que só faz maravilhas; porque a sua benignidade é para sempre.
5 - Àquele
que com entendimento fez os céus; porque a sua benignidade é para sempre.
6 - Àquele
que estendeu a terra sobre as águas; porque a sua benignidade é para sempre.
7 - Àquele
que fez os grandes luminares; porque a sua benignidade é para sempre.
8 - O sol
para governar de dia; porque a sua benignidade é para sempre.
9 - A lua e
as estrelas para presidirem a noite; porque a sua benignidade é para sempre.
26 - Louvai
ao Deus dos céus; porque a sua benignidade é para sempre.
Palavra Chave
Deus: 'Ēl (no
hebraico, “Deus”). Ser Supremo Criador do Universo, do homem, e de todas as
coisas.
Sempre
houve e sempre haverá os que costumam questionar: Quem é Deus? Alguns o fazem
com sinceridade, buscando compreender a existência e a natureza do Eterno.
Todavia, outros perguntam com a intenção de alimentarem sua soberba e
descrença. Por esta razão, não conseguem entender a natureza transcendente do
Altíssimo. Para os que aceitam a Bíblia como a sagrada fonte de inspiração e de
respostas às inquietações do homem, Deus é o Ser Supremo, Criador do Universo,
do Homem, e de todas as coisas.
I. A EXISTÊNCIA DE DEUS
1. A existência de Deus questionada. O Deus da Bíblia
existe? Se Ele existe, inquirem os críticos da Palavra: por que há tantas
tragédias causando sofrimento a milhares de pessoas, inclusive inocentes e
piedosos? Por que há tanta injustiça no mundo? Com essas e outras questões, a
mente humana procura entender quem é Deus e, de maneira presunçosa, negar sua
existência, ou culpá-Lo por todas as mazelas desta vida.
2. A existência de Deus é um postulado. Deus é real e não
precisa ser demonstrado com base na lógica humana. A Bíblia denomina a
descrença em Deus como insensatez, estupidez e absurdo: "Disse o néscio no
seu coração: Não há Deus" (Sl 53.1); "Por causa do seu orgulho, o
ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não há Deus" (Sl 10.4).
3. A existência de Deus não precisa ser provada. Deus é a garantia
da lógica do Universo. Sem Ele, o universo não poderia existir. Se o cosmo é
uma realidade, e somos testemunhas disso, Deus existe! A ordem e a harmonia que
permeiam toda a criação pressupõem a existência de um Criador. A mente humana,
limitada e falível, jamais conseguirá provar a existência de Deus à parte da fé
(Hb 11.3). O Todo-Poderoso é Espírito infinito (Jo 4.24). Todavia, há na
criação inumeráveis evidências da existência de Deus. Ele, por sua infinita
bondade, tem se revelado às suas criaturas de diversas formas. Pode ser que as
provas sejam necessárias à mente do homem natural, mas o homem espiritual (1 Co
2.14,15), através da fé, tem total convicção até mesmo daquilo que não vê (Hb
11.1).
A
existência de Deus não pode ser explicada somente pela lógica humana, pois a
sabedoria do homem é limitada e falível.
II. A LIMITAÇÃO HUMANA DIANTE DE DEUS
1. O homem natural não alcança a mente divina. Deus, em sua
infinitude, é incompreensível à mente humana. Por isso Zofar inquiriu ao
patriarca Jó: "Porventura, alcançarás os caminhos de Deus ou chegarás à
perfeição do Todo-poderoso?" (Jó 11.7). Isaías também indagou ao povo:
"A quem, pois, fareis semelhante a Deus, ou com que o comparareis?"
(Is 40.18). O ser humano pode até conhecer a Deus através da revelação natural
(Sl 19.1; Rm 1.19-21), mas de modo limitado, pois o finito não pode abarcar o
Infinito (Is 40.28). Entretanto, o Eterno, em sua bondade, revelou-se ao homem
através de Cristo (Jo 1.18; 17.3).
2. O homem natural não compreende as coisas de Deus. O ser humano, em
razão do pecado, tem dificuldade de crer em Deus. A Bíblia nos esclarece:
"Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque
lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente" (1 Co 2.14; Sl 10.4). Contudo, a existência de Deus independe
da incredulidade dos homens. O néscio, em sua ignorância ou orgulho, diz:
"Não há Deus", mas, "os céus manifestam a glória de Deus e o
firmamento anuncia a obra das suas mãos" (Sl 19.1).
A
humanidade, em razão do pecado, não tem como compreender e aceitar que existe
um único Deus, por isso, O Eterno em sua bondade, revelou-se ao homem através
de Cristo.
III. A DIFERENÇA ENTRE O DEUS DA BÍBLIA E OS FALSOS DEUSES
1. O Deus da Bíblia é o Criador. De acordo com as
Escrituras, Deus criou todas as coisas (Gn 1.1). Já os falsos deuses, foram
inventados pela imaginação humana. O Antigo Testamento apresenta-nos uma
variedade de falsos deuses. Alguns deles, inclusive, de caráter demoníaco, tais
como Baal, Moloque e Aserá. Na Babilônia, o deus Marduk era considerado "deus
dos deuses". Segundo a mitologia, Marduk matou a Tiamat, deusa das águas
profundas, e dividiu-a em duas partes, criando o céu e a terra. Todavia, a
Palavra de Deus nos ensina: "Só tu és Senhor; tu fizeste o céu, o céu dos
céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo
quanto neles há; e tu os guardas com vida a todos; e o exército dos céus te
adora" (Ne 9.6).
2. O Deus da Bíblia é Eterno. Nas Escrituras,
temos várias referências à eternidade de Deus. "O Deus eterno te seja por
habitação, e por baixo de ti estejam os braços eternos..." (Dt 33.27; Is
40.28) "Mas o Senhor Deus é a verdade ele mesmo é o Deus vivo e o Rei
eterno" (Jr 10.10). Os deuses falsos são mortais. Segundo a mitologia
grega, a deusa Perséfone morria a cada ano. As folhas secas do outono
representavam o seu fim. No inverno, os deuses morriam, e ressurgiam na
primavera.
3. O Deus da Bíblia é Santo. Os deuses
mitológicos nivelam-se às baixezas morais dos seus seguidores. Muitos rituais
dedicados a esses falsos deuses são cultos aos demônios, movidos por orgias
sexuais, alucinógenos e sacrifícios humanos (1 Co 10.14-21). A santidade do
Senhor, nosso Deus, é um atributo inerente à sua majestade, pureza e perfeição
(Hc 1.13). "Porque eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos
santificareis e sereis santos, porque eu sou santo" (Lv 11.44; Jó 34.10;
Sl 99.9; Ap 4.8).
4. O Deus da Bíblia é o Supremo Juiz do Universo. Ele tem suas leis,
mandamentos, estatutos e juízos. "Porque o Senhor é o nosso Juiz; o Senhor
é o nosso Legislador; o Senhor é o nosso Rei; ele nos salvará" (Is 33.22).
Ele é o "Juiz de toda a terra" (Gn 18.25; Sl 75.7). Juízo e justiça
são a base do trono do Eterno (Sl 89.14). Ninguém escapará ao juízo de Deus:
"porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo,
por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o
dos mortos" (At 17.31).
5. O Deus da Bíblia é o Deus Salvador (Gn 32.30; Sl 7.10). No Salmo 115,
versículos de 1 a 8, o salmista demonstra claramente a diferença entre o Deus
da Bíblia e os falsos deuses, obras "das mãos dos homens". Na Índia,
são catalogados muitos milhões de deuses! O rio, a vaca, e até o rato, são
considerados divinos (Rm 1.23). São falsos deuses que não têm poder para salvar
o homem de seus pecados, garantindo-lhe vida eterna. No Brasil, o sincretismo
religioso vem transformando o país em um santuário de falsos deuses. Todas
essas manifestações fazem parte de um elaborado programa do Maligno para
afastar as pessoas do Verdadeiro Deus, o Deus da Bíblia (2 Co 4.4).
Através
das Escrituras Sagradas podemos conhecer a diferença entre o Deus da Bíblia e
os falsos deuses.
IV. DEUSES QUE NÃO SÃO DA BÍBLIA
1. O deus do Teísmo Aberto. Trata-se de uma
doutrina herética e capciosa que, a despeito de considerar-se teológica, é uma
violação à verdadeira interpretação da Bíblia. Os adeptos do teísmo aberto
afirmam as seguintes heresias: "Deus não é soberano"; "Deus não
é onisciente"; "Deus se arrisca"; "Deus é falho";
"Deus é mutável", e outros inomináveis absurdos. Refutações: Ler Dt
18.13; Sl 139.1-18; Is 43.13; 46.9,10; Mt 5.48; Hb 4.13; Tg 1.17.
2. O deus da Nova Era. A Nova Era é uma mistura de idéias
extraídas de seitas orientais, judaísmo, cristianismo e ocultismo. Uma de suas
principais finalidades é confundir a mente das pessoas para que não se
aproximem do Deus da Bíblia. Através de elementos místicos, tais como tarôs,
pirâmides, cartas, búzios, e da crença em bruxas, duendes, fadas, e outros
seres inventados pela mente humana, procuram confundir os homens quanto ao
conhecimento do Verdadeiro Deus.
O
Maligno usa seus ardis através do Teísmo Aberto e da Nova Era para que o homem
não reconheça que o Deus da Bíblia é o Verdadeiro.
O
Deus da Bíblia é o Criador eterno, imutável, onipotente, onisciente,
onipresente, infalível, absoluto e soberano. É o Senhor do Universo que
"amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o
seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse
salvo por ele" (Jo 3.16,17).SOARES. E. Manual de Apologética Cristã. RJ:
CPAD, 2006.
MENZIES,
W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas
Bíblicas: o Fundamento da Nossa Fé. RJ: CPAD, 2005.
"A Existência de Deus
Embora
a Bíblia não apresente argumentos em favor da existência de Deus, (...)
argumentos clássicos vem sendo apresentados desde a Era Medieval. Apesar de
limitados em si mesmos, provêem eles, em seu conjunto, o apoio intelectual
suficiente para corroborar a verdade da Bíblia. O primeiro desses argumentos é
oontológico.
Defende este que um Ser Perfeito implica numa existência real. Por conseguinte,
para se conceber um Ser Perfeito, é necessário se acreditar que este Ser
Perfeito realmente exista. O segundo argumento clássico é o cosmológico. Segue-se de
maneira coerente ao ontológico. O universo, como todos o admitimos, não existe
por si mesmo. Todos os eventos que presenciamos dependem de alguma causa além
deles mesmos. O terceiro argumento clássico em prol da existência de Deus é
o teleológico,
ou argumento do desígnio. O mundo maravilhoso descoberto pela inquirição
científica desvenda uma notável e espantosa ordem em toda a natureza. As
improbabilidades matemáticas de todas estas maravilhas terem ocorrido por mero
acaso, leva-nos a enaltecer aquEle que é o autor de tudo quanto vemos e
admiramos. O quarto argumento clássico é o moral. Ele apresenta-se como o senso inato do
que é certo e do que é errado. Que ser humano não o possui? Similar ao anterior
é o quinto argumento. Acha-se ele alicerçado sobre aestética ou beleza".
(MENZIES,
W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas
Bíblicas: os Fundamentos da Nossa Fé. RJ: CPAD, 2005,
pp.36-37.)
"Deus quer ser a sua habitação. Ele não está interessado em
ser uma fuga de fim de semana, ou um bangalô para os domingos, ou um chalé para
o verão. Não considere usar Deus como uma cabana de férias, ou uma eventual
casa de retiro. Ele quer você sob o seu teto agora e sempre. Ele quer ser o seu
endereço, seu ponto de referência; Ele quer ser o seu lar...
Para muitos este é um conceito novo. Pensamos em Deus como uma
divindade para ser discutida, não um lugar para viver. Pensamos em Deus como um
misterioso fazedor de milagres, não uma casa para se morar. Pensamos em Deus
como um criador a quem recorrer, não um lar onde habitar. Contudo, nosso Pai
quer ser muito mais. Ele deseja ser aquEle em quem 'vivemos, e nos movemos e
existimos' (At 17.28)".(LUCADO, M. Promessas
Inspiradoras de Deus. RJ:
CPAD, 2005.)
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