SUBSIDIO ADULTOS O MILENIO E
REINO DE JESUS
Apocalipse 20.1-7.
O Milênio é alvo de muitas profecias através da Bíblia. Porém, hoje, há
pessoas que materializam e outras que espiritualizam excessivamente o assunto.
Precisamos evitar tais extremos e conduzir a classe para interpretação correta
das profecias bíblicas.Nesta lição estudaremos acerca do mais esplendoroso
reino que existirá neste mundo, predito pelos profetas do Antigo Testamento e
confirmado pelo próprio rei Jesus. Chegamos a um ponto altamente importante da
escatologia bíblica, pois trata-se da época em que Cristo tomará as rédeas do
governo do mundo e reinará aqui por mil anos, com Seus santos (a Igreja), tendo
Israel como sede do governo mundial.
ORIENTAÇÃO
Para fazer um elo com a lição anterior e introduzi-los ao novo assunto,
converse com os alunos sobre o final da Grande Tribulação e a vinda do Senhor
em glória, antes de explicar os tópicos da lição. Pergunte-lhes sobre os
objetivos da vinda de Jesus em glória. Ajude-os no raciocínio, lembrando a
seqüência dos eventos e explicando-lhes o propósito de cada um, os quais são:
1º) derrotar o Anticristo; 2º) prender o Anticristo e o Falso Profeta; 3º)
derrotar o poder das nações sob o domínio do Anticristo, que estarão no fragor
da batalha contra Israel; 4º) ressuscitar os que, na Grande Tribulação,
morreram por não aceitarem adorar o Anticristo; e 5º) estabelecer o trono de
Glória de Cristo Jesus. Veja, agora, qual o conceito que cada um possui de um
reino perfeito, e apresente-lhes o Reino Milenial de Cristo.
A volta pessoal e visível de Cristo à Terra está prevista em toda a
Bíblia. Deus estabeleceu o programa de um reino teocrático, iniciado com o povo
de Israel, prosseguindo no período milenial e culminando no reino eterno.
I. O FIM DA GRANDE TRIBULAÇÃO
1. A volta pessoal de Cristo. O texto de Zacarias 14.3,4 indica a
intervenção divina sobre o monte das Oliveiras, em Israel. As nações reunidas
pelo Anticristo para combater e destruir Israel serão surpreendidas pela vinda
do Senhor. O texto de Jl 3.2,12 fala do vale de Josafá, identificado também
como o Cedrom, localizado entre Jerusalém e o monte das Oliveiras. Será nesse
lugar o encontro do Senhor contra as nações inimigas de Israel. O monte das
Oliveiras, o lugar exato de onde Cristo subiu ao céu, também sobre ele descerá
gloriosamente.
2. A seqüência dos eventos finais (Mt 24.27-30). Nesses versículos Jesus
apresentou a realidade da Tribulação (Mt 24.21). No v.27, Ele fala de sua vinda
visível como “o relâmpago que sai do Oriente e se mostra até o Ocidente”. No
v.28, Jesus retrata mais uma vez a visibilidade de Sua vinda usando a
ilustração dos abutres atraídos pela matança. No v.29, dá a entender que a Sua
vinda será logo depois da tribulação daqueles dias. No v.30, fala do sinal
dessa vinda no céu, uma prova de que Ele, o Messias, virá sobre as nuvens do
céu.
3. A derrota do Anticristo e seus exércitos (Ap 19.15-21). Nos versículos
anteriores ao 14, Cristo aparece como um grande general de exército (como nos
tempos bíblicos), e o v.15 mostra um Cristo preparado para fazer juízo sobre a
impiedade do Anticristo. Diz o texto que “saía da sua boca uma espada afiada,
para ferir com ela as nações”. A partir do v.17, uma grande ceia é apresentada
para comer as carnes de todos os inimigos do povo de Israel que se ajuntaram
para destruí-lo. Mas eles serão aniquilados pelos exércitos de Cristo. No v.20,
a Besta, que é o Anticristo, juntamente com o Falso Profeta são presos e
lançados vivos no Lago de Fogo. Esses dois personagens não são meras figuras ou
metáforas, mas realmente dois homens da parte do Diabo, que se levantarão
naqueles dias.
4. A vinda em glória (Ap 19.11-16). Refere-se especialmente a forma da
descida gloriosa de Cristo sobre um cavalo branco. O cavaleiro que monta o
cavalo do capítulo 19 de Apocalipse é Jesus, porque é identificado como “Fiel e
Verdadeiro”. Nada tem a ver com o cavaleiro do cavalo branco do capítulo 6 de
Apocalipse o qual se refere ao Anticristo. O v.14 de Apocalipse fala dos santos
que acompanham a Cristo na Sua volta à Terra. Eles montam cavalos brancos e os
seus cavaleiros estão vestidos de linho finíssimo. São os anjos e a Igreja de
Cristo que gloriosamente participam da Sua conquista.
II. PREPARAÇÃO PARA O REINO MILENIAL
Com a derrota do Anticristo e seus exércitos, Israel verá que Aquele a
quem rejeitaram na primeira vinda, não é outro senão o seu Messias.
1. A conversão a Cristo da parte dos judeus. Zc 12.10 fala do espírito de
súplicas que será derramado sobre a casa de Davi, e prantearão pelo que fizeram
a Cristo na sua primeira vinda. Vários textos bíblicos da profecia indicam essa
conversão e renovação (Zc 13.9; Ez 36.24-31; Is 25.9; Rm 11.26). Todas estas
passagens mostram que os judeus sobreviventes daqueles dias serão leais a
Cristo, aceitando-o como o Messias. Porém, haverá, também, muitos judeus
rebeldes os quais sofrerão o juízo de Cristo (Ez 20.33-38; Ml 3.1-5).
2. A prisão de Satanás (Ap 20.1-3). Antes que o Senhor instale o seu
reino milenial, Satanás será preso por mil anos com todos os seus anjos, e
assim não estarão livres para tentar as criaturas nos dias do reino milenial de
Cristo.
III. O REI JESUS
Será um período de completa manifestação da glória de Cristo no Seu
domínio, governo, justiça e reino (Is 9.6; Sl 45.4; Is 11.4; Sl 72.4; Dt
18.18,19; Is 33.21,22; At 3.22).Vários são os títulos e nomes de Cristo no
Milênio. Ele é chamado: o Renovo (Is 4.2; 11.1; Jr 23.5; 33.15; Zc 3.8,9;
6.12,13); Senhor dos Exércitos (Is 24.23; 44.6); o Ancião de dias (Dn 7.13); o
Altíssimo (Dn 7.22-24); o Filho de Deus (Is 9.6; Dn 3.25); o Rei (Is 33.17,22;
44.6; Dn 2.44); o Juiz (Is 11.3,4; 16.5; 33.22; 51.4,5); o Messias Príncipe (Dn
9.25,26). Muitos outros títulos destacam as atividades do Rei Jesus.
IV. CARACTERÍSTICAS DO REINO MILENIAL
1. Justiça. Somente os justos serão admitidos no reino (Mt 25.37; Is
60.21; 26.2). A justiça será sinônimo do Messias (Ml 4.2; Is 46.13; 51.5).
2. Obediência. Foi o propósito original de Deus na criação do mundo o
estabelecimento de um princípio de obediência completa e voluntária a Deus. A
árvore da vida foi colocada no Éden como uma prova de obediência (Gn 2.16,17).
Diz a Bíblia que Deus sujeitou todas as coisas Àquele que é o Senhor (Ef 1.22).
3. Conhecimento universal de Deus (Is 11.9; Jr 3134). O conhecimento
estará disseminado e determinado em toda a Terra. Na verdade, todas as pessoas
terão conceitos corretos sobre Deus, porque o mal estará detido naquele tempo.
4. Paz e prosperidade (Is 2.4; 35.1,2). A maldição do pecado estará
detida, sem poder de alastramento. A paz será universal porque a sua base será
a justiça do Messias.
5. Longevidade (Is 65.20,21,22; 33.24). Uma vez que o mal estará detido,
a vida física dos habitantes da Terra naqueles dias não sofrerá tanto como
hoje. E verdade que as pessoas não estarão isentas da morte. Mas viverão muito
mais.
V. FINAL DO MILÊNIO
1. A soltura de Satanás e seus anjos. Vemos uma descrição na Terra que
mostra o fim do período milenial (Ap 20.2,3,7-9). A razão pela qual Satanás
será solto é discernida pela sua atividade no tempo de sua soltura. Ele sairá
para enganar as nações e promover sua última batalha contra o povo de Deus.
2. Gogue e Magogue (Ap 20.8). Esses dois nomes referem-se aos inimigos de
Israel. Podem representar dois tipos de inimigos: povos vindos do Norte; e,
também, povos em geral. O que prevalece mais fortemente é a representação de
povos vindos do norte. Na verdade, a batalha não será muito extensa, porque
haverá a intervenção divina.
VI. PÓS-MILÊNIO
Todos esses fatos conduzem ao Grande Trono Branco, que é o Juízo Final
(Ap 20.11), símbolo do poder de Deus para executar a justiça. Jesus será o Juiz
(At 17.31; Jo 5.22,27). Diante do Supremo Juiz, todos haveremos de comparecer.
Os perdidos não escaparão ao Lago de Fogo (Ap 19.20; 20.10,14,15; 21.8). O Lago
de Fogo é um lugar, e não um conceito, uma idéia ou estado mental.
Na segunda fase de Sua vinda em glória (visível em todo o mundo), Cristo
vai julgar as nações (Juízo das Nações) e inaugurar o Milênio, a gloriosa era
de paz a ser implantada na Terra. Seguindo-se o Grande Trono Branco, o Juízo
Final, ocasião em que somente haverá dois destinos: a morte eterna ou a vida
eterna. Os crentes em Jesus estarão livres de qualquer condenação e irão
desfrutar da eternidade.
“O Apocalipse não oferece nenhum pormenor do Milênio, provavelmente
porque as profecias anteriores já sejam suficientes. Depois dos mil anos,
Satanás será solto, provavelmente para levar a uma vindicação final da justiça
de Deus. Isto é: embora as pessoas tenham experienciado o governo maravilhoso
de Cristo, parece que seguirão a Satanás na primeira oportunidade que se lhes
ofereça. Assim fica demonstrado que, com ou sem conhecimento de como é o reino
de Cristo, os inconversos se rebelam. Na Sua justiça, Deus nada mais poderá
fazer senão separá-los eternamente das suas bênçãos. Satanás, o grande
enganador, também engana a si mesmo, a ponto de acreditar que ainda conseguirá
derrotar a Deus. Mas sua derradeira tentativa fracassará. Nunca mais haverá
rebelião contra Deus e o seu amor”. (Teologia Sistemática, CPAD)
“O apóstolo Paulo tinha um grande amor pelo povo de Israel, que então
rejeitara o Evangelho. Estava disposto a desistir da própria salvação eterna,
se isto garantisse a salvação deles (Rm 9.1 -5). Ele sabia que isso seria
impossível, mas demonstra o quanto os amava. E pergunta, em Romanos 11.1:
‘Porventura, rejeitou Deus o seu povo?’ Ele mesmo responde: ‘De modo nenhum!’
(no grego, me genoito). Deus jamais permitirá que isso aconteça. Está claro que
Deus não rejeitou o seu povo! E o contexto mostra que a Bíblia está falando de
um Israel literal, e que Deus não alterou suas promessas.
“Lembremo-nos, ainda, que os 12 apóstolos julgarão, ou governarão, as 12
tribos de Israel (Mt 19.28; Lc 22.30). Isso requer uma restauração literal de
Israel. Não há como a Igreja possa vir a ser dividida em 12 tribos.
“Assim, a visão pré-milenista é a única que permite a restauração de
Israel como nação e o cumprimento literal das profecias de paz e bênção que
Isaías e outros profetas previram.” (Doutrinas Bíblicas, CPAD)
“À medida que a eternidade for ‘passando’, conheceremos mais e mais da
sabedoria e do poder insondáveis de Deus. As infinitas belezas celestiais
irreveladas começarão a ser conhecidas. ‘Mas como está escrito: Nem olhos
viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus
tem preparado para aqueles que o amam’ (1Co 2.9). Os maravilhosos e profundos
mistérios de Deus começarão a ser conhecidos. 1 Coríntios 4.5 diz: ‘Portanto,
nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará
à luz as cousas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos
corações; e então cada um receberá de Deus o louvor’. Esta é uma das razões por
que Jesus vem revelar e explicar os grandes segredos que hoje tanto nos
intrigam, mas que nossa mente não os alcançaria se hoje fossem revelados.
“Os salvos oriundos do Milênio viverão para sempre na terra, mediante a
árvore da vida (Ap 22.2), não mediante a ressurreição, nem porque passaram do
estado mortal para o imortal.
“Jesus, em sua forma humana, pessoal, a qual jamais deixará, estará
eternamente associado ao Pai na regência do Universo, conforme a promessa
divina feita a Davi: ‘Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei
para sempre o trono do seu reino’. ‘Porém a tua casa e o teu reino serão
firmados para sempre diante de ti: o teu trono será estabelecido para sempre’(2
Sm 7.13,15). ‘Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o
Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai’. ‘Ele reinará para sempre sobre a
casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim’ (Lc 1.32.33). ‘O reino do mundo se
tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos
séculos’ (Ap 11.15).” (O Calendário da Profecia, CPAD)
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