A TRAVESSIA DO MAR VERMELHO
Êxodo
14.15,19-26.
15 - Então,
disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que
marchem.
19 - E o Anjo
de Deus, que ia adiante do exército de Israel, se retirou e ia atrás deles;
também a coluna de nuvem se retirou de diante deles e se pôs atrás deles.
20 - E ia
entre o campo dos egípcios e o campo de Israel; e a nuvem era escuridade para
aqueles e para estes esclarecia a noite; de maneira que em toda a noite não
chegou um ao outro.
21 - Então,
Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o SENHOR fez retirar o mar por um
forte vento oriental toda aquela noite; e o mar tornou-se em seco, e as águas
foram partidas.
22 - E os
plhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas lhes foram como
muro à sua direita e à sua esquerda.
23 - E os
egípcios seguiram-nos, e entraram atrás deles todos os cavalos de Faraó, os
seus carros e os seus cavaleiros, até ao meio do mar.
24 - E
aconteceu que, na vigília daquela manhã, o SENHOR, na coluna de fogo e de
nuvem, viu o campo dos egípcios; e alvoroçou o campo dos egípcios,
25 - e tirou-lhes
as rodas dos seus carros, e fê-los andar dificultosamente. Então, disseram os
egípcios: Fujamos da face de Israel, porque o SENHOR por eles peleja contra os
egípcios.
26 - E disse
o SENHOR a Moisés: Estende a tua mão sobre o mar, para que as águas tornem
sobre os egípcios, sobre os seus carros e sobre os seus cavaleiros.
O povo hebreu
teve de esperar 430 anos até que finalmente foi liberto da escravidão pelo
Todo-Poderoso. Deus não se esqueceu das promessas que havia feito a Abraão. O
Senhor jamais se esquece das suas promessas e seus planos não serão frustrados.
Talvez você esteja esperando o agir de Deus em seu favor já há muitos anos. Não
perca as esperanças. Sua hora chegará, assim como chegou o momento dos
israelitas.
Na lição de
hoje veremos que o Senhor não somente libertou o seu povo do cativeiro, mas os
conduziu com cuidado e zelo pelo deserto. Deus é fiel, imutável e também
cuidará de você até a sua chegada ao céu. Creia no poder providente e protetor
do nosso Pai Celestial.
Na lição de
hoje veremos como se deu a saída dos hebreus do Egito. Você pode imaginar a
alegria do povo hebreu? Deus tem o tempo certo de agir. O povo teve que esperar
430 anos até o dia da tão esperada liberdade. O dia chegou e quem traçou a rota
de saída foi o próprio Senhor. O caminho escolhido foi o mais longo, pois Deus
conhecia o coração dos israelitas e sabia que na primeira dificuldade logo
desejariam retornar. Nesta lição veremos que Deus retirou Israel do Egito e
cuidou do seu povo todos os dias durante a longa travessia pelo deserto até a
entrada na tão sonhada Terra Prometida.
I. A
TRAVESSIA DO MAR
1. A saída do
Egito (Êx 12.11,37). Deus retirou com mão forte o seu povo do Egito. Depois de
tudo que presenciaram, tanto os israelitas quanto os egípcios perceberam que
estavam diante de um milagre divino, um acontecimento sobrenatural. Agora era
hora da partida. O povo já estava preparado para ir embora, todos vestidos e
com seus cajados nas mãos. Você está preparando para a viagem à Casa do Pai?
Todos terão um dia que fazer esta passagem. Segundo o texto bíblico de Êxodo
12.37, deixaram o Egito seiscentos mil homens, fora os meninos e as mulheres.
Os israelitas não saíram do Egito de mãos vazias. Deus os abençoou de tal
maneira que eles despojaram os egípcios (Êx 12.36). Era uma pequena retribuição
por todos os anos de trabalho escravo a que foram submetidos.
A rota
escolhida pelo Senhor para a saída do Egito foi a mais longa, pois nem sempre
Deus escolhe o caminho mais rápido para nos abençoar. O objetivo de tal escolha
era também evitar que os israelitas tivessem que passar pelo caminho dos
filisteus, evitando confronto com eles (Êx 13.17). Os hebreus não estavam
preparados para lutar, pois ainda estavam acostumados à escravidão. Deus também
sabia que diante de qualquer obstáculo o povo iria querer voltar para o Egito.
2. A
perseguição de Faraó (Êx 14.5-9). O povo estava acampado próximo do mar
Vermelho quando o coração de Faraó foi mais uma vez endurecido contra os
hebreus (Êx 14.5). Então, Faraó tomou todo o seu exército e saiu em perseguição
ao povo de Deus. Aqueles que servem ao Senhor com integridade são alvos de
muitas perseguições, mas temos um Deus que nos livra de todas as aflições e
perseguições (Sl 34.19). O povo de Israel ficou apavorado quando viu o exército
de Faraó vindo em sua direção. Diante deles estava o mar e atrás um grande
exército inimigo. Há momentos em que o Inimigo tenta nos acuar, mas Deus sempre
sai em defesa do seu povo, por isso, não tenha medo. Confie firmemente no
Senhor e Ele o guardará (Sl 121.1). Diante da perseguição de Faraó os
israelitas mais uma vez clamam ao Senhor (Êx 14.10). Deus ouve a oração do seu
povo, Ele também responde a súplica que lhe fazemos, por isso ore, clame e veja
o agir do Todo-Poderoso em sua vida.
3. A ruína de
Faraó e seu exército (Êx 14.26-31). “Dize aos filhos de Israel que marchem” (Êx
14.15). Esta foi a resposta do Senhor para o seu povo que estava sendo
perseguido pelo exército egípcio. Eles marcharam e Deus enviou durante toda
aquela noite um vento e o mar se abriu. O Senhor providenciou um caminho para
os israelitas passarem, e o mesmo caminho serviu de juízo para Faraó e seu
exército.
O povo de
Deus atravessou o mar e quando os egípcios intentaram fazer o mesmo, o Senhor
os destruiu (Êx 14.27,28). Para que o povo não duvidasse, Deus permitiu que os
israelitas vissem os corpos dos egípcios na praia (Êx 14.30).
II. O CÂNTICO
DE MOISÉS
1. Moisés
celebra a Deus pela vitória (Êx 15.1-19). Diante de tão grande livramento,
Moisés eleva um cântico ao Senhor em adoração. O cântico de Moisés foi uma
forma de agradecer a Deus pelos seus feitos. Louve a Deus por tudo que Ele é e
por tudo que Ele tem feito em sua vida. Ofereça ao Senhor sacrifícios de
gratidão (Lv 22.29). Podemos oferecer-lhe nosso louvor e a nossa adoração:
“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus
benefícios” (Sl 103.2).
Segundo a
Bíblia de Estudo Pentecostal, “o livramento dos israelitas das mãos dos
egípcios prefigura e profetiza a vitória do povo de Deus sobre Satanás e o
Anticristo nos últimos dias; daí um dos cânticos dos redimidos ser chamado o
‘cântico de Moisés’ (Ap 15.3).
2. Miriã
juntamente com as mulheres louvam a Deus (Êx 15.20,21). Por intermédio de Êxodo
15.20, podemos ver que Miriã não era apenas profetisa (Nm 12.2), ela também
tinha habilidades musicais. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “a
profecia e a música estão frequentemente relacionadas na Bíblia” (1Sm 10.5; 1Cr
25.1). Miriã adorou a Deus juntamente com todas as mulheres. Foi um dia de
grande alegria e celebração para Israel. Era impossível ficar calado diante da
demonstração do poder de Deus. O Senhor espera que o adoremos por seus atos
grandiosos, e que o adoremos em Espírito e em verdade, pois o Pai procura
aqueles que assim o adoram (Jo 4.23,24).
3. Celebrando
a Deus. Todo Israel, em uma única voz, cantou e celebrou a grande vitória. Foi
uma alegria coletiva nunca vista antes na história do povo de Deus. Celebre a
Deus individual e diariamente (Sl 100.1), mas também na sua congregação, como
um só corpo.
III. A
PROTEÇÃO E O CUIDADO DE DEUS COM SEU POVO
1. Uma coluna
de nuvem guiava o povo de Deus (Êx 13.21,22; 40.36,37). O Senhor não somente
resgatou o seu povo, mas o conduziu de forma cuidadosa durante todo o deserto.
Temos um Deus que se preocupa e cuida de nós. O Senhor enviou uma coluna de
nuvem para proteger o seu povo. Durante o dia esta coluna fazia sombra para que
o povo de Deus pudesse suportar o calor escaldante do deserto (Êx 13.21). Esta
coluna, segundo Charles F. Pfeifer, “era um sinal real da verdadeira presença
de Jeová com o seu povo”.
2. Deus cuida
do seu povo (Êx 16.4; Dt 29.5). O Senhor não mudou, Ele cuidou do seu povo na
travessia pelo deserto e também cuida de nós em todo o tempo (Hb 13.5). Confie
no Senhor e não murmure como fez o povo no deserto, pois o Pai cuida de nossa
provisão. Em o Novo Testamento, Paulo faz uma séria recomendação, a fim de que
não venhamos nunca a seguir o exemplo de Israel: “E não murmureis, como também
alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor” (1Co 10.10). Murmurar é
falar mal de alguém ou algo. A murmuração é um grave pecado contra Deus (Fp
2.14).
Deus livrou
seu povo do cativeiro e o conduziu pelo deserto. O Senhor é fiel, imutável e
também cuidará de você até a sua chegada aos céus. Creia no poder providente e
protetor do nosso Pai Celestial e confie no seu cuidado e na sua proteção.
Estude com afinco a história do povo de Deus, pois ela vai ajudá-lo a não cair
nos mesmos pecados dos israelitas.
“A morte dos egípcios
(14.26-31)
Deus inverteu
a ação das águas e as águas voltaram ao lugar. O texto não declara se houve uma
reversão do vento. O retorno das águas foi tão súbito e forte que alcançou os
egípcios quando tentavam fugir e os matou. As mesmas águas que serviram de muro
para o povo de Deus tornou-se o meio de destruição para os egípcios.
Esta última
disputa entre Deus e Faraó, resultando em vitória final e completa para o
Senhor, impressionou fortemente os israelitas. A situação parecia desesperadora
na noite anterior. Agora Israel viu os egípcios mortos na praia do mar. As
águas turbulentas, ou a maré, levaram os corpos à praia. O Senhor salvara os
israelitas; toda a prova necessária estava diante dos olhos deles.
Quando viu
Israel a grande obra, temeu o povo do Senhor e creu. Este ato poderoso expulsou
o medo que os atormentara e implantou um verdadeiro temor de Deus — um temor
que conduziu a uma fé viva” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 1., 1 ed., RJ,
CPAD, 2005, pp.172-73).
Subsídio
Geográfico
“Mar Vermelho
Embora não
pertença à Terra Santa, encontra-se o Mar Vermelho estritamente ligado à
história do povo israelita. Ele é conhecido nas Sagradas Escrituras como ‘Yam
Suph’, que significa Mar de Juncos.
No Mar
Vermelho encontra-se, em grande quantidade, a alga conhecida como trichodesmium
erythaeum que, ao morrer, assume uma totalidade marrom-avermelhada,
justificando assim o nome do mar.
O Mar
Vermelho separa os territórios egípcios e saudita. Na parte setentrional,
divide-se em dois braços pela Penísula do Sinai. O braço ocidental é conhecido
como Golfo de Suez. O oriental, Golfo de Akaba.
Com quase
dois mil quilômetros de comprimento, entre o estreito de Bab al-Mandeb e o
Suez, no Egito, e cerca de 300 quilômetros de largura, somando uma área de
450.000 km, o Mar Vermelho banha o Sudão, o Egito, e a Eritreia, a oeste; e a
Arábia Saudita e o Iêmem, a leste. Uma pequena faixa do Golfo de Aqaba banha
Israel e a Jordânia.
No Mar
Vermelho, encontramos o estreito de Bab al-Mandeb, que liga o extremo sul do mar
ao oceano Índico. Esta passagem, que faz o Mar Vermelho uma rota entre a Europa
e a Ásia, é mantida aberta por meio de explosões e dragagens.
O Êxodo do
Povo de Israel
Israel deixou
o Egito no século XV a.C. Israelitas e egípcios voltariam a se enfrentar no
tempo dos reis no chamado período interbíblico. Depois da formação do Estado de
Israel, em 1948, houve pelo menos quatro guerras entre Israel e Egito: a Guerra
da Independência, em 1948; a Guerra do Sinai, em 1956; a Guerra dos Seis Dias,
em 1967; e a Guerra do Yom Kippur em 1973.
Em 1979,
ambos os países assinaram um acordo de paz, em Camp David, nos Estados Unidos,
possibilitando o término do estado de guerra e o estabelecimento de relações
diplomáticas entre Cairo e Jerusalém.
A Bíblia
garante que será de paz o futuro de ambas as nações (Is 19.23-25)” (ANDRADE, C.
Geografia Bíblica: A geografia da Terra Santa é uma das maneiras mais
emocionantes de se entender a história sagrada. 25 ed., RJ: CPAD, 2013, pp.
35-150).
A travessia
do Mar Vermelho
A saída do
povo de Deus do Egito foi algo marcante, tanto para os israelitas como para os
egípcios. O Egito ficou economicamente arrasado devido às pragas, porém o
último flagelo marcou profundamente as famílias. Nos lares dos egípcios havia
pranto, dor e morte, já nas casas dos israelitas, todos estavam prontos,
festejando a Páscoa e com o coração repleto de alegria pelo livramento que o
Senhor estava concedendo.
Os
israelitas, ao deixarem o Egito não saíram com as mãos vazias. Eles despojaram
os egípcios.
O coração de
Faraó era mal. Depois de tudo que viu e enfrentou ainda não estava disposto
deixar o povo de Deus partir (Êx 14.5). Ele reuniu seu exército e saiu em
perseguição ao povo de Deus. O Inimigo não desiste facilmente, por isso
precisamos buscar em Deus forças para resisti-lo. A Palavra de Deus nos ensina:
“resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7). Se você é um servo fiel ao
Senhor, saiba que durante sua caminhada até o céu encontrará muitos “Faraós”
que lhe resistiram. Você está preparado para enfrentá-los? Só conseguiremos
vencer o Inimigo com Jesus Cristo.
Você consegue
imaginar o desespero dos israelitas ao verem Faraó e seu exército vindo em sua
direção? Os hebreus ficaram desesperados, pois parecia não haver saída. Eles
estavam encurralados. O Inimigo não mudou suas táticas, ele está sempre
tentando nos acuar. Porém, se esquece que conosco está o “varão de guerra”: “O
Senhor é varão de guerra; Senhor é o seu nome” (Êx 15.3).
Os israelitas
clamaram ao Senhor (Êx 14.10) e Ele lhes ouviu. O Senhor ouve e responde às
orações do seu povo (Jr 33.3).
Diante do
perigo e da aproximação do inimigo a ordem do Senhor foi: “Dize aos filhos de
Israel que marchem” (Êx 14.15). Marchar para onde? Para o mar? Parecia
impossível, porém os israelitas obedeceram. Na obediência está a bênção de
Deus. Aquele que obedece vê o impossível acontecer! Então, Deus enviou um vento
e o mar se abriu para o povo de Deus passar.
O povo de
Israel atravessou o mar e os egípcios quiseram imitá-los, mas o Senhor os
derribou (Êx 14.27). O livramento era para o povo de Deus, não para os
inimigos. Você pertence ao povo de Deus? Então, não tema. Há livramento para
você.
Diante de tão
grande livramento ninguém poderia ficar calado. Todos louvaram e exaltaram a
Deus. Moisés celebrou ao Senhor com um cântico. Uma forma de agradecer a Deus
pelos seus feitos. Tem você celebrado a Ele pelas vitórias? Seu coração é grato
ao Senhor?
fonte CPAD
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