SUBSIDIO(2) CPAD ADOLESCENTES
INFLUENCIANDO NÃO SEJAIS MUNDANOS
João 17.11-18.
ORIENTAÇÃO
Professor,
nesta lição use o Quadro de Relações Múltiplas para facilitar a compreensão de
seus alunos. Este recurso possibilita ao estudante compreender um conceito por
meio de vários exemplos. A lição trata do mundanismo, mas como o sistema
mundano se manifesta na política, religião, mídia (TV), ciência, filosofia e
ética? A tabela abaixo exemplifica algumas dessas manifestações. Reproduza-a
conforme os recursos disponíveis. Incremente este recurso incluindo
ilustrações, reportagens e exemplos extraídos da mídia.
MUNDANISMOMANIFESTAÇÕES REFERÊNCIAS
Na
políticaCorrupção; Legalização de leis anticristãsDn 3.10-12; 6.1-9; Et 3-6
Na
religiãoSincretismo; Pluralismo religioso; AngelolatriaJz 2.11-14; 1 Rs 11.6-9;
Cl 2.18
Na
mídiaRidicularização da fé cristã; Adultérios; Homossexualidade; A estética
acima da essência2 Tm 3.2-8; 1 Tm 4.7,8; 1 Pe 3.1-6
Na
ciênciaMaterialismo; Evolucionismo1 Tm 6.20; 2 Tm 3.8; Is 40.10
Na
filosofiaExistencialismo; Humanismo; Pós-modernismo2 Tm 4.3,4; Cl 2.8
Na
éticaRelativismo; Pluralismo sexual; Hedonismo1 Tm 3.4; Jz 21.25; Rm 1.26-32
Palavra Chave Mundanismo: Hábitos,
cultura e sistema da sociedade rebelada contra Deus.
De nada adianta o título de cristão se a
pessoa não demonstra uma vida santa diante de Deus e dos homens. Todo crente
precisa separar-se do mundo para viver uma vida totalmente controlada pelo
Espírito. Deus é santo, e exige de nós santidade. Ser santo é estar separado
das concupiscências desta vida. Satanás, o “príncipe deste século” (Jo 12.31; 1
Jo 5.19), tem disseminado seus maléficos valores através das falsas filosofias,
heresias, e da nova moralidade, a fim de embaraçar o crente com as coisas deste
mundo, dificultando ou impedindo sua íntima comunhão com Deus. Nesta lição,
estudaremos sobre a influência do mundanismo na igreja, e como resistir aos
seus apelos.
I. UMA
CULTURA MARCADA PELO MUNDANISMO
1.
Cultura e os valores mundanos. Segundo os dicionários, cultura é o “conjunto
das realizações materiais, filosóficas e espirituais de uma sociedade”. Ela
compõe a visão de mundo de um povo, de uma época, e de um grupo social
organizado. A cultura e a cosmovisão de uma sociedade não cristã são opostas
aos valores ensinados pela Palavra de Deus. Por isso, o cristão deve discernir,
julgar, avaliar e confrontar os valores ensinados pela sociedade de nosso tempo
com os princípios expostos na Palavra de Deus. Tudo o que for contrário às
Escrituras deve ser rejeitado e rechaçado pela Igreja. Charles Colson afirmou
que “o nosso chamado não é só para ordenarmos a nossa própria vida por
princípios divinos, mas também para exortamos o mundo” (O cristão na cultura de
hoje, CPAD, p.10). A Igreja, como luz do mundo, deve levar a sociedade a
arrepender-se de seus pecados.
2. A
cultura e a Queda. O homem é um ser capaz de produzir cultura. Antes da Queda,
os princípios apreendidos e desenvolvidos pelo homem eram subordinados aos
padrões morais, éticos e sociais estabelecidos pelo próprio Deus. Portanto,
nessa época, a cultura refletia a imagem moral de Deus no homem (Gn 1.27-31;
2.15,16,18-24). Com a entrada do pecado no mundo, não apenas a criação foi
afetada, mas também a natureza moral e ética humana. Conseqüentemente, toda a
produção intelectual e cultural da humanidade ficou condicionada à
desobediência e rebelião contra Deus (Gn 3.17-19,21,23; 4.7,19,23). Uma
sociedade dominada pelo pecado, só pode produzir uma cultura contrária aos
princípios da Palavra de Deus.
3. O
cuidado com as adaptações culturais. Embora sejamos influenciados pela cultura
do nosso povo desde o nascimento, a Bíblia adverte-nos do perigo de nos
tornarmos “amigos do mundo” (Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17). Os princípios registrados
nas Sagradas Escrituras são absolutos e, portanto, não podem ser submetidos aos
caprichos de uma sociedade permissiva. A Igreja de Cristo não luta apenas
contra a cultura e os valores mundanos, mas contra as potestades malignas que
gerenciam e promovem a maldade, a licenciosidade, a permissividade, a inversão
de valores, a injustiça, entre tantas outras mazelas (Ef 2.2; 6.12).
Infelizmente, alguns falsos mestres por meio de seus ensinamentos, têm
legitimado muitos costumes pecaminosos na igreja, e há os que são coniventes e
se negam a condená-los (2 Pe 2.1-3,10-19; Jd vv.4,16-18).
II. O
MUNDANISMO NA SOCIEDADE
1. Nas
leis. Um dos propósitos da lei é regular o relacionamento entre os homens,
possibilitando a ordem e o desenvolvimento da sociedade civil. As leis não são
maiores que os homens, mas foram constituídas para que seus direitos e deveres
sejam respeitados. Atualmente, em nosso país, muitos projetos de lei têm sido
apresentados com o objetivo de justificar certos comportamentos contrários à
Palavra de Deus, tais como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o aborto e
a utilização de células-tronco embrionárias em pesquisas científicas.
2. Na
educação. A educação secular tem como fundamento o naturalismo, o humanismo, o
pluralismo, entre outros “ismos” contrários à Bíblia. Da Educação Infantil ao
ensino superior, os valores cristãos são contestados, algumas vezes,
ridicularizados, e não poucas, ignorados. As teorias empregadas por algumas
instituições são fundamentadas no ateísmo, antropocentrismo e no relativismo
moral. Os livros didáticos costumam priorizar o evolucionismo e a autonomia
espiritual e moral do homem. Muitas dessas escolas são conhecidas pela
excelência e qualidade, entretanto, suas filosofias são contrárias a Palavra de
Deus. A prioridade delas não é a formação do caráter segundo os princípios
divinos, mas capacitar o educando para o mercado de trabalho, levando-o a ser
mais competitivo numa sociedade que prioriza o ter em vez do ser.
3. Na
família. A estrutura familiar no mundo está em processo de mudança. Nada se
parece com o que Deus instituiu no princípio. O que vemos hoje é a banalização
do divórcio, a infidelidade conjugal e a possibilidade legal de casais
homossexuais adotarem crianças. Isso é um atentado contra os alicerces
familiares fixados por Deus.
4. No
entretenimento. O lazer e o entretenimento saudáveis, na medida certa, não são
prejudiciais à vida espiritual. Porém, as práticas mundanas de diversão, por
meio das quais as pessoas praticam toda forma de pecado, constituem um sério
problema para a vida social e cristã. Atualmente, o mundanismo corrompeu até
mesmo o lúdico e o entretenimento, sendo o divertimento uma ocasião para a
bebedeira, a violência, as drogas e a prostituição.
III.
“NÃO AMEIS O MUNDO” (1 Jo 2.15-17)
1. O que
significa “amar o mundo”? Amar o mundo é estar em estreita comunhão com ele, dedicando-se
aos seus valores, costumes e cultura. Em outras palavras, é ter satisfação nas
coisas que desagradam a Deus e ofendem os princípios das Sagradas Escrituras.
Esse pernicioso sentimento impede a comunhão do crente com o Senhor (1 Jo
2.15). É impossível amar o mundo e a Deus ao mesmo tempo (Mt 6.24; Lc 16.13; Tg
4.4).
2.
Aspectos do mundo pecaminoso. Em 1 João 2.16, a Bíblia descreve três vias que
conduzem o crente ao mundanismo:
a) “A
concupiscência da carne”: Diz respeito aos desejos impuros, a busca de prazeres
pecaminosos, e a satisfação dos sentidos (1 Co 6.18; Fp 3.19; Tg 1.14).
b) “A
concupiscência dos olhos”: Refere-se ao desejo incontrolável pelas coisas
mundanas que satisfazem à cobiça do homem (Êx 20.17; Rm 7.7). Aqui estão
incluídas a pornografia, a violência, a impiedade e a imoralidade promovidas
pelo teatro, televisão, cinema e em certos periódicos (Gn 3.6; Js 7.21; 2 Sm
11.2; Mt 5.28).
c) “A
soberba da vida”: Diz respeito ao orgulho do homem pecador que não reconhece o
senhorio de Deus. Tal pessoa procura exaltar, glorificar e promover a si mesma,
julgando-se independente de tudo e de todos (Tg 4.16).
IV. “NÃO
VOS CONFORMEIS COM ESTE MUNDO” (Rm 12.2)
1. O que
é conformar? O verbo “conformar”, no original, significa “ser modelado de
acordo com um padrão” e refere-se à constante imitação de uma atitude ou
conduta até que a pessoa se torne igual ao modelo. Neste versículo, a Bíblia
ensina que o crente deve resistir, combater e não imitar os padrões de
comportamento, a cultura e os valores mundanos, pois a igreja não é apenas
separada do mundo, mas consagrada a Deus. Seu comportamento reflete a vontade e
a natureza de Deus para a humanidade.
2. “Mas
transformai-vos...”. Na Bíblia, a mente renovada é fruto da atuação do Espírito
Santo (2 Co 3.18; Tt 3.5). O crente de “mente renovada” pelo Espírito é capaz
de discernir a perfeita e agradável vontade de Deus para a vida diária. Ele não
se confunde e não se molda aos padrões e valores mundanos, pelo contrário, sabe
o que agrada ou não a Deus. Neste texto, a razão iluminada pelo Espírito
sobrepõe-se às emoções e inclinações naturais. O processo de renovação do
entendimento do crente deve ser contínuo e pessoal.
O crente que busca uma vida santa não pode se
conformar com as coisas deste mundo. Observemos que as concupiscências estão
associadas à falta de conhecimento legítimo do que é útil, real e necessário
para se ter uma vida que agrada a Deus. Só cai em concupiscência quem perdeu a
visão do Reino de Deus, e fixou seu olhar nas ilusões passageiras desse mundo.
“O modelo
transformacional de Paulo
[...] Na
visita de Paulo a Listra (At 14), vemos como a cultura helenística dos seus
dias tinha sido divinizada. A cultura em si tornou-se um deus com seu próprio
seguimento de culto. Depois da cura milagrosa de um aleijado, as multidões
estavam certas de que Paulo e Barnabé eram realmente os deuses gregos Hermes e
Zeus. O sacerdote do templo de Zeus apressou-se em sacrificar bois e guirlandas
àqueles homens que fizeram milagres divinos. As multidões interpretaram o que
lhes era maravilhoso e tentaram enfiá-lo em sua cosmovisão cultural-religiosa.
Paulo e Barnabé corrigiram o engano, mas só a duras penas, mostrando-nos assim
outra abordagem à cultura popular. Esta abordagem chama-se redentora ou
transformacional. Está arraigada no mandamento cultural de Gênesis e floresce
na obra do apóstolo Paulo”.(PALMER,
M. D. (org.) Panorama do pensamento cristão. RJ: CPAD, 2001, pp. 406-7.)
A
atuação maligna na pós-modernidade diferencia-se da forma violenta como os
cristãos do período greco-romano foram perseguidos ou da inquisição atroz. As
estratégias estão mais sutis, difíceis de serem detectadas, e não pretendem
aniquilar o Cristianismo, mas impedir o seu avanço, atenuar a sua mensagem, e
enfraquecer a identidade cristã.
A
mentira está disfarçada de verdade; a verdade está sob suspeita. Os valores
morais e bíblicos perdem espaço para a moralidade hedonista e egocêntrica. Não
se trata de mera ação humana, mas de nova roupagem para velhos pecados sob a
batuta da antiga serpente.FONTE CPAD
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.