O BATISMO COM ESPIRITO SANTO (1)
Artigo Mauricio Berwald
“E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a
falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At
2.4).
Quando William Seymour começou
a pregar o batismo no Espírito Santo com a evidência de falar noutras
línguas e, a ensinar a doutrina pentecostal, os membros da congregação da
Santidade o expulsaram da igreja. Em uma de suas mensagens afirmou: “Há uma
grande diferença entre a pessoa santificada e a que é batizada com o Espírito
Santo e com fogo. O santificado é limpo de seus pecados e cheio do amor divino,
mas o batizado no Espírito Santo tem poder de Deus em sua alma,poder
com Deus e com os homens e poder sobre todos os demônios de Satanás e
todos os seus emissários”. Mensagens como esta suscitaram a ira da congregação
e resultaram na expulsão de Seymour da comunidade. No entanto, Seymour foi
recebido pelo casal Asbery. Na casa destes, começou a fazer reuniões de oração
até que, em 9 de abril de 1906, Seymour orou pela cura de Edward Lee. Além de
receber a cura, Lee foi batizado no Espírito Santo e falou noutras línguas.
Naquele mesmo dia outras sete pessoas tiveram a mesma experiência pentecostal.
Mas somente em 12 de abril de 1906 é que Seymour foi batizado com o Espírito
Santo.
O batismo no Espírito Santo é a experiência subseqüente a
salvação que capacita o crente: (1) ao ministério evangelístico (At 1.8;
8.1-40); (2) a falar em outras línguas (At 2.4; 10.45,46); (3) a testemunhar
com poder e ousadia (At 4.7-22,31); (4) agir sobrenaturalmente (At 5.1-11;
13.8-12; 6.8; 16.16-20); (5) a servir a igreja em suas necessidades sociais (At
6.1-7); (6) atender a chamada ministerial específica (At 13.1-4; 26.29;
10.1-48; At 20.24); (7) a contribuir com o avanço do Reino de Deus (5.14-16,42;
6.7; 8.25; 9.31; 19.20; 28.31); (8) a glorificar e orar a Deus poderosamente
(At 10.45,46; 16.15; 4.31; Ef 5.18-20; Cl 3.16; Rm 8.26; Jd v.20). Por essas e
outras inumeráveis razões o crente deve orar e glorificar intensamente a Deus a
fim de que receba a magnífica promessa do batismo no Espírito Santo.
Diversas teorias conhecidas como cessacionistas, negam o batismo
no Espírito Santo com a evidência inicial de falar noutras línguas e sua
atualidade para os dias hodiernos.As supostas provas apresentadas pelos
cessacionistas, além de inconsistentes quanto à argumentação são improváveis
quanto à hermenêutica sagrada. Nesta lição, apresente aos alunos um quadro
apologético concernente as evidências do batismo com o Espírito Santo em Atos,
subseqüente a efusão do Espírito no dia de Pentecostes. Se você deseja conhecer
os principais argumentos cessacionistas, bem como uma apologia a respeito da
atualidade do batismo no Espírito Santo, consulte a bibliografia sublinhada.
Reproduza o gráfico de acordo com os recursos
disponíveis.
O batismo com o Espírito Santo é um
revestimento de poder, com a evidência física inicial das línguas estranhas
para o ingresso do crente numa vida de profunda adoração e eficiente serviço a
Deus (Lc 24.49; At 1.8; 10.46; 1 Co 14.15,26).No entanto, o batismo do Espírito,
como vemos em 1 Co 12.13; Gl 3.27; Ef 4.5, trata-se de um batismo figurado,
apesar de real. Todos aqueles que experimentaram o novo nascimento (Jo 3.5) são
imersos no corpo místico de Cristo (Hb 12.23; 1 Co 12.12ss). Nesse sentido,
todos os salvos são batizados pelo Espírito Santo, mas nem todos são batizados
com o Espírito Santo.
A PROMESSA DO BATISMO E O SEU CUMPRIMENTO
Dos cerca de 500 irmãos que viram Jesus ressurrecto e ouviram o
seu chamado para o cenáculo em Jerusalém (Lc 24.49), apenas 120 deles atenderam
(1 Co 15.6). Que acontecera aos demais que lá foram? Nem todos buscam com sede
e perseverança o batismo com o Espírito Santo.
1. Analogia do batismo. Tanto Jesus quanto João Batista
empregaram o termo “batismo” para descrever o revestimento de poder do Espírito
Santo sobre o crente (At 1.5; 11.16; Mt 3.11; Mc 1.8). Ora, em todo batismo têm
de haver três condições para que esse ato se realize: um candidato a ser
batizado; um batizador; e um elemento ou meio em que o candidato será imerso.
No batismo com o Espírito Santo, o candidato é o crente; o batizador é o Senhor
Jesus; e o elemento ou meio em que o filho de Deus é imerso é o Espírito Santo.
2. A promessa do batismo pentecostal. Há várias promessas
de Deus no Antigo Testamento a respeito do derramamento do Espírito sobre o
povo, mas a principal é a que foi proferida pelo profeta Joel, uns 800 anos
antes do advento de Cristo (Jl 2.28-32).
3. Predita por João Batista. João foi o arauto de Jesus;
foi homem cheio do Espírito Santo. Em todos os quatro Evangelhos ele confirma a
promessa do batismo: Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.32,33; At 11.16.
4. Confirmada por Jesus. Em diversas ocasiões Jesus
confirmou a promessa do batismo com o Espírito Santo.
a) Marcos 16.17. Jesus declarou: “falarão novas
línguas”.
b) Lucas 24.49. Neste texto, Jesus denominou a
promessa como a “promessa de meu Pai”. O batismo com o Espírito Santo foi o
último assunto de Jesus aos seus, antes da sua ascensão (vv.50,51).
c) João 7.38,39. Esta passagem deve ser estudada
juntamente com Atos 2.32,33. O apóstolo Pedro, após ser batizado com o Espírito
Santo e pregar no Dia de Pentecostes, encerrou o seu sermão citando a promessa
do batismo, agora cumprida em Jerusalém (At 2.1-4).
5. A promessa divina cumprida. No Antigo Testamento, o
privilégio especial do povo de Deus foi receber, preservar e comunicar a
revelação divina — as Santas Escrituras (Rm 3.1,2; 9.4; 2 Co 3.7). O privilégio
especial do povo de Deus em o Novo Testamento, entretanto, é receber o Espírito
Santo: a) na conversão (Jo 3.5; 14.16,17; 16.17; 2 Co 3.8,9; Rm 8.9); b) no
batismo com o Espírito Santo; e, c) subseqüentemente, por meio da vida cristã
(At 4.8,31; 9.17; 13.9,52; Ef 5.18).
Comemorou-se em todo o
mundo o Centenário do Movimento Pentecostal, iniciado em 1906 no interior
de um armazém de cereais, na Rua Azusa, Los Angeles, Califórnia. Tal movimento
deu-se exatamente pelo zelo e perseverança do pastor William Joseph Seymour,
instrumento usado pelo Espírito Santo para espalhar a chama pentecostal a
diversas igrejas evangélicas daquela cidade. Não demorou muito para que o
fervor espiritual se expandisse até Chicago e, depois, para South Bend,
Indiana, cidade onde morava o Pr. Gunnar Vingren. Este piedoso servo de Deus,
influenciado pelas boas notícias de renovação espiritual, dirigiu-se a Chicago
e lá foi batizado com o Espírito Santo em 1909.
O termo “pentecostes”, procede originalmente da festa judaica
chamada de “festa das semanas” ou hag shābū’ôt, como descreve o
Antigo Testamento (Lv 23.15-25; Dt 16.9-12). Essa festa era comemorada sete
semanas depois da Páscoa. Literalmente, o termo significa “festa dos períodos
de sete”, em razão de a festa ser comemorada a partir do dia seguinte ao sétimo
sábado, após o dia das primícias (Lv 23.15,16).
Outra expressão da qual se deriva o vocábulo “pentecostes” é hamîshîm yôn, que significa “festa dos cinqüenta dias” (Lv 23.16), termo traduzido pela versão grega do Antigo Testamento, por pentēkonta hēmeras ou “qüinquagésimo dia”. A solene festa de Pentecostes é chamada no Antigo Testamento de “Festa das Semanas”, “Festa das Primícias da sega do trigo”, “Festa da Colheita” e o “dia das primícias” — ocasião em que se apresentavam os primeiros frutos dos campos previamente plantados (Êx 23.16; 34.22; Nm 28.26-31; Dt 16.9-12).
Outra expressão da qual se deriva o vocábulo “pentecostes” é hamîshîm yôn, que significa “festa dos cinqüenta dias” (Lv 23.16), termo traduzido pela versão grega do Antigo Testamento, por pentēkonta hēmeras ou “qüinquagésimo dia”. A solene festa de Pentecostes é chamada no Antigo Testamento de “Festa das Semanas”, “Festa das Primícias da sega do trigo”, “Festa da Colheita” e o “dia das primícias” — ocasião em que se apresentavam os primeiros frutos dos campos previamente plantados (Êx 23.16; 34.22; Nm 28.26-31; Dt 16.9-12).
Quanto ao passado, a Festa de Pentecostes era uma santa
celebração em que o adorador oferecia ao Senhor uma oferta voluntária
proporcional às bênçãos recebidas do Senhor (Dt 16.10). Mas, no contexto
profético, ela é uma referência à efusão do Espírito sobre toda a carne (Jl
2.28; At 2.1-13).
O Dia de Pentecostes era celebrado por todos os judeus, tanto os
que habitavam a Palestina quanto aqueles que estavam dispersos por todas as
partes do mundo de então. Alguns destes judeus e prosélitos não costumavam
freqüentar a Festa da Páscoa em Jerusalém, pelo fato de o clima não ser
favorável para longas peregrinações. No entanto, quando as condições climáticas
estavam favoráveis, ocasião que coincidia com a Festa de Pentecostes, todos
convergiam à Jerusalém, capital religiosa do judaísmo.Com base no exposto
acima, e fundamentado no texto de Atos 2.7-13, apresente à classe o mapa das
nações representadas no Dia de Pentecostes.A distância entre Jerusalém e as
regiões das quais os devotos procediam, demonstra a importância da festividade
sagrada para eles. A festa, portanto, foi uma ocasião estratégica para
manifestar o poder de Deus a todas aquelas localidades.
Em todo o mundo o Centenário do Movimento Pentecostal, no qual
situa-se a Assembléia de Deus. A comemoração presta justa homenagem aos
pioneiros do Movimento Pentecostal que deixaram suas indeléveis marcas
espirituais nos trabalhos que levantaram em meio a muito sofrimento e necessidades.Que
esta comemoração centenária seja uma ocasião para que a igreja, numa firme
determinação diante de Deus, mantenha a pureza doutrinária, os princípios e as
verdades bíblicas que norteiam o seu caminhar, inclusive, no que concerne à
Pessoa, às operações e ministrações do Espírito Santo, segundo as Escrituras.
A PROMESSA DO PENTECOSTES E SUA
GRANDEZA (vv.16-18)
Foi o profeta Joel, no Antigo Testamento, a quem Deus revelou
com mais detalhes o derramamento do Espírito nos últimos tempos (Jl 2.23-32).
Joel foi, talvez, o primeiro dos profetas literários (profetas que escreveram
suas mensagens), o que salienta ainda mais a sua profecia sobre o Pentecostes
(At 2.16-21,33). O termo “Pentecostes”, nesta lição, é uma referência ao
batismo com o Espírito Santo, e não à festa judaica de mesmo nome que ocorria
cinqüenta dias após a páscoa (At 2.1; 20.16; 1 Co 16.6).
1. “Derramarei o meu Espírito” (v.17). Assim diz Deus neste
versículo. Isso fala de grande abundância e fartura espirituais, qual um rio
que enche até transbordar em suas margens, mediante chuvas volumosas. Quando
tal poder desce sobre a igreja, ela se torna como um incontável, poderoso e
invencível exército, como está profetizado em Ezequiel 37.10. Os discípulos
mudaram muito para melhor, após serem revestidos desse poder divino no cenáculo
em Jerusalém. É só comparar o desempenho deles nos Evangelhos, como eram e o
que faziam, com o relato de suas vitórias no livro de Atos, após a experiência
pentecostal do capítulo 2.
2. A profecia de Joel (Jl 2.28-32). Os versículos 28 a 32
de Joel, no texto hebraico, perfazem um capítulo à parte — o 3. De fato, a
grandeza e o alcance do assunto desta passagem — o futuro derramamento do
Espírito sobre a igreja — requer um capítulo à parte! Esta sublimidade, pode
ser relacionada ao que está revelado em 2 Coríntios 3.7-12, principalmente o v.
8, que diz: “Como não será de maior glória o ministério do Espírito?” Aleluia!
Esta passagem, juntamente com Romanos 8, é uma das mais ricas de toda a Bíblia
sobre o indizível e glorioso ministério do Espírito nesta era da igreja. Ler Is
55.1; 44.3.
A PROMESSA DO PENTECOSTES E SUA UNIVERSALIDADE (vv.17,18).
Nos tempos do Antigo Testamento, o Espírito Santo, por via de
regra, permanecia entre os fiéis (Ag 2.5; Is 63.11). Há poucos casos de homens
a quem Deus encheu do seu Espírito para missões específicas, como os
costureiros de Êxodo 28.3; Bezalel (Êx 31.3; 35.31); e Josué (Dt 34.9).
Habitação do Espírito. Nesta dispensação da igreja,
isto é, do corpo místico dos salvos em Cristo, o Espírito habita em toda pessoa
por Ele regenerada e salva por Jesus (Jo 14.16,17; 1 Jo 4.13; Rm 8.9). Ao mesmo
tempo, Jesus também quer batizar os crentes com o Espírito Santo, revestindo-os
com poder para o serviço do Senhor (At 1.5; 2.1-4, 32, 33; Lc 24.49). Foi essa
capacitação sobrenatural nos crentes dos primeiros tempos, o segredo do rápido
e vitorioso avanço do reino de Deus, apesar das limitações, sofrimentos e
perseguições. Não há outra explicação. Hoje, com tantos recursos da ciência
moderna, saberes e técnicas aprendidas nas escolas, o avanço é lento e, às
vezes, quase nenhum. É a diferença entre a requintada armadura de Saul sem o
Espírito de Deus (1 Sm 16.14), e o jovem Davi desprovido dela, mas ungido e
possuído pelo Espírito Santo (1 Sm 16.13).
“Sobre toda a carne” (v.17). Isso fala de algo da
parte de Deus para todos, em todos os países, povos e raças do mundo. Também de
imparcialidade.
a) “Vossos filhos e vossas filhas”: Para
a família, o lar; também, sem distinção de sexo.
b) “Vossos jovens e vossos velhos”: Sem
distinção de idade, pois Deus quer usar a todos, de um modo ou de outro.
c) “Servos e servas”: Não há discriminação social.
Deus abençoa os que são pequenos em si mesmos, mas elevados no Senhor (Sl
115.13; Hb 8.11).
Este manancial está a fluir desde o Dia de Pentecostes. O v.16
afirma: “isto é o que foi dito pelo profeta”. Não é apenas para o futuro, mas
também para os dias atuais.
A PROMESSA DO PENTECOSTES
E SUA RIQUEZA (vv.17,18).
1. Os dons espirituais. Juntamente com a promessa divina
está escrito: “e profetizarão” (vv.17,18).
O batismo com o Espírito Santo abre caminho para a manifestação
dos dons espirituais, segundo a vontade e propósitos do Senhor. Um desses
gloriosos dons é o de profetizar pelo Espírito Santo, como consta em 1 Co
12.4-11,28; 14.1-6,22,24,29-32; Rm 12.6-8; Ef 4.11.
2. Os sinais sobrenaturais (Marcos 16.17,18): Milagres,
cura divina, línguas estranhas, expulsão de demônios (At 2.43b). No desempenho
do ministério de Jesus a operação de “maravilhas, prodígios e sinais” (At 2.22)
eram precedidos pelo ensino e pregação (Mt 4.23; 9.35). O nosso ministério hoje
não deve ser diferente; para isso o Espírito Santo foi enviado por Deus para
nos capacitar.
PROMESSA DO PENTECOSTES E SUA FUTURIDADE
(vv.19,20).
1. Futuro profético. A vinda do Espírito Santo no Dia de
Pentecostes para dotar os crentes de poder, não se limita aos tempos atuais,
mas adentra o futuro profético. Os sinais sobrenaturais esboçados nos vv. 19 e
20, bem como em outras passagens correlatas, aguardam cumprimento futuro. A
efusão do Espírito terá a sua plenitude durante o Milênio no reinado do
Messias, como prediz Isaías 32.15-17. É justo crer que no reino do Messias, o
Espírito será amplamente derramado (Zc 12.10; Ez 39.29).
2. A promessa divina do Pentecostes em Joel 2.28. Esta
promessa diz “derramarei o meu Espírito”; ao passo que no cumprimento em Atos
2.17, a Palavra diz “do meu Espírito derramarei”, denotando um derramamento
parcial. Certamente isso foi revelado por Deus a Paulo, quando em Rm 8.23, fala
em “primícias do Espírito”.
3. A profecia pentecostal de Joel 2.23. Esta profecia
prediz a chuva “temporã” e a “serôdia”. O mesmo está dito em Tiago 5.7,8.
a) Chuva temporã. Na Bíblia, “chuva
temporã” é uma referência ao Oriente Médio, em se tratando de agricultura, às
primeiras chuvas de outono (fins de outubro), logo após a semeadura, para a
germinação das sementes e crescimento das plantinhas.
b) Chuva serôdia. São as últimas chuvas que
precedem a colheita (fins de março), quando os grãos já estão amadurecidos.
Profeticamente, como em Jl 2.23; Tg 5.7,8; Os 6.3, a “chuva serôdia” do
Espírito Santo da promessa (Ef 1.13), precederá a superabundante colheita espiritual
para o reino de Deus.
A PROMESSA DO PENTECOSTES ABARCA A SALVAÇÃO (v.21).
1. “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor
será salvo”. Em o nome do Senhor há poder para salvar em todo e qualquer
sentido. Aqui, o original é “kyrios”, isto é, Jesus como o supremo
Senhor de tudo e de todos. Ver Rm 10.9, 13; Fp 2.9-11. Este nome salva (At
4.12); protege (Sl 20.1); cura (At 3.6); expulsa demônios (Mc 16.17); socorre
nas emergências e nos apertos (Sl 124.8). O Senhor Jesus reiteradamente falou
sobre a vinda do Espírito Santo, o Consolador, para ficar conosco. Isto destaca
a missão do Espírito na Terra (Jo 7.39; 14.16,17,26; 15.26; 16.7,13; Lc 24.49;
At 1.4,5,8).
2. Fonte de Vida. Em João 7.38, 39, Jesus falou do Espírito
Santo sobre o crente, como um rio caudaloso e transbordante, o que fala de
vida, subsistência, movimento, ruído, energia, destinação e renovação. Assim
deve ser uma igreja realmente avivada pelo Espírito.
3. Trajetória de poder. Na história da igreja no livro de
Atos, ela inicia sua trajetória com “grande poder” (4.33), e, encerra com
“grande contenda” (28.29). O poder procede de Deus; a contenda dos homens. A
origem do poder está em Deus (Sl 62.11); da contenda, no orgulho humano (Pv
13.10). Que Deus nos guarde e nos livre disso. Um povo avivado pelo Espírito,
deve, pela vigilância, evitar dissensões em qualquer lugar, e por onde andar.
Como é notório, muitas inovações, modismos e práticas descabidas
e antibíblicas vêm afetando o genuíno Movimento Pentecostal, inclusive a Assembléia
de Deus. Precisamos voltar sempre ao cenáculo para receber mais poder (Ef
5.18), mas igualmente, manter a “sã doutrina” do Senhor (Tt 2.1,7; 1 Tm 4.16).
Busquemos um maior e contínuo avivamento espiritual, segundo a doutrina
bíblica, como fez o salmista: “Vivifica-me segundo a tua Palavra” (Sl
119.25,154).
“1. O Pentecostes Judaico (At 2.1-41). Atos 2 faz
uma narrativa do primeiro Dia de Pentecostes depois da ressurreição de Cristo.
O Dia de Pentecostes (hēmeras tēs pentēkostēs — ‘o qüinquagésimo
dia’) se dava cinqüenta dias depois de 16 de Nisã, o dia seguinte à Páscoa.
Também era chamado ‘Festa das Semanas’, porque ocorria sete semanas depois da
Páscoa. Por causa da colheita de trigo que acontecia naquele período, era uma
celebração da colheita de grãos (Êx 23.16; 34.22; Lv 23.15-21).
2. O Pentecostes Cristão. A festividade judaica do
Dia de Pentecostes assume novo significado em Atos 2, pois é o dia no qual o
Espírito prometido desce em poder e torna possível o avanço do evangelho até
aos confins da Terra. O batismo dos apóstolos com o Espírito Santo no Dia de
Pentecostes serve de fundação da missão da Igreja aos gentios. Essa experiência
corresponde à unção de Jesus com o Espírito no rio Jordão (Lc 3.21,22).
3. Semelhanças entre a Unção de Jesus e o Pentecostes. O
Espírito desceu sobre Jesus depois que ele orou (Lc 3.22); no Dia de
Pentecostes, os discípulos também são cheios com o Espírito Santo depois que
oram (At 2.14). Manifestações físicas acompanharam ambos os eventos. No rio
Jordão, o Espírito Santo desceu em forma corpórea de pomba, e no Dia de
Pentecostes a presença do Espírito está evidente na divisão de línguas de fogo
e no fato de os discípulos falarem em outras línguas. A experiência de Jesus
enfatizava uma unção messiânica para seu ministério público pelo qual Ele
pregou o Evangelho, curou os doentes e expulsou demônios; os apóstolos agora
recebem o mesmo poder do Espírito. Derramamentos subseqüentes do Espírito em
Atos são semelhantes à experiência dos discípulos em Jerusalém. Da mesma
maneira que a unção de Jesus (Lc 3.22; 4.18) é um paradigma para o subseqüente
batismo dos discípulos com o Espírito (At 1.5; 2.4), assim, o dom do Espírito
aos discípulos é um paradigma para o povo de Deus em todos os ‘últimos dias’ de
uma comunidade pentecostal do Espírito e da condição de profeta de todos os
crentes (At 2.16-21)”.
(notas ARRINGTON, F. L.; STRONTAD, R. Comentário bíblico
pentecostal: Novo Testamento. RJ: CPAD, 2003, p.631.)
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