SUBSIDIO PRE-ADOLESCENTES
CAMINHANDO
EM SANTIDADE
Levítico 11.44,45; 20.7,8,26; 1 Pedro
1.15,16; 1
Tessalonicenses 3.13.
Levítico
11
44 -
Porque eu sou o SENHOR, vosso Deus; portanto, vós vos santificareis e sereis
santos, porque eu sou santo; e não contaminareis a vossa alma por nenhum réptil
que se arrasta sobre a terra.
45 -
Porque eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja
vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo.
Levítico
20
7 -
Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus.
8 - E
guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o SENHOR que vos santifica.
26 - E
ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para
serdes meus.
1 Pedro
1
15 -
Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa
maneira de viver,
16 -
porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
1
Tessalonicenses 3
13 -
Para confortar o vosso coração, para que sejais irrepreensíveis em santidade
diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os
seus santos.
Professor, após o derramamento do Espírito
Santo sobre os irmãos na residência dos Asbery e, como muitos ainda continuavam
a freqüentar as orações, Seymour procurou um novo espaço para as reuniões.
Encontrou na Rua Azusa, 312, uma estrebaria de dois andares que, em seus
primeiros dias, havia sido um templo da igreja episcopal metodista africana. Em
fins de abril, o edifício estava limpo e organizado para acomodar cerca de 750
pessoas. Não muitos dias depois, o mover do Espírito naquele lugar atraiu
pessoas de todo mundo. Em 18 de abril de 1906, o Daily Times, jornal de Los
Angeles, publicou uma reportagem de primeira página sobre o avivamento. Durante
quase mil dias, milhares de pessoas de todas as partes do globo visitaram a Rua
Azusa e foram profundamente tocadas pelo derramamento abrasador do Espírito
Santo. Homens, mulheres, crianças, negros, brancos, hispânicos, asiáticos, ricos,
pobres, analfabetos e doutores — todos foram alcançados pela promessa
pentecostal de Atos 2.
No
Antigo Testamento o conceito de santidade, santo ou santificado é expresso por
três palavras principais: qādash, qōdesh e qādôsh. O verbo qādash ocorre 170
vezes no hebraico bíblico, com o sentido de “ser consagrado”, “ser santo”, “ser
santificado”. Na primeira ocorrência do termo (Gn 2.3) significa “declarar algo
santo” (Êx 20.8), mas também o estado daquele que é reservado exclusivamente
para Deus (Êx 13.2). No entanto, há 470 ocorrências do substantivo qōdesh com o
significado de “consagração”, “santidade”, “qualidade de sagrado”, “coisa
santa”. A palavra é empregada para descrever tanto o que é separado para o
serviço exclusivo a Deus (Êx 30.31), quanto o que é usado pelo povo de Deus (Is
35.8; Êx 28.2, 38). Já o adjetivo qādôsh, isto é, “santo”, “sagrado”, além de
ocorrer 116 vezes é o vocábulo mais difundido entre os estudantes das
Escrituras Sagradas. Em Êxodo 19.6, primeira ocasião em que se emprega o termo,
designa o estado de santidade do povo de Deus (Nm 16.3; Lv 20.26), e a
santidade do próprio Deus (Is 1.4; 5.16; 40.25).
ORIENTAÇÃO
Professor,
o tema principal desta lição é santificação, enquanto a palavra-chave é
“santo”. Muitos alunos não distinguem adequadamente as palavras santidade,
santificação, santificar, santíssimo, santo e santuário. Portanto, apresente
nessa lição um quadro com esses termos, incluindo o significado e uma
referência bíblica ao vocábulo. Esse recurso deve, preferencialmente, ser usado
no final do tópico “Santidade, Santificar e Santificação”. Reproduza o gráfico
abaixo de acordo com os recursos disponíveis.
Salvação
e santificação são as obras redentoras realizadas por Jesus no homem integral:
espírito, alma, e corpo. A Bíblia afirma que fomos eleitos “desde o princípio
para a salvação, em santificação do Espírito” (2 Ts 2.13). Esta verdade está
implícita no evangelho de João 19.34, que diz que do lado ferido do corpo de
Jesus fluíram, a um só tempo, sangue e água. Isto é, o sangue poderoso de
Cristo nos redime de todo pecado, mas a água também nos lava de nossas
impurezas pecaminosas. Cristo morreu “para nos remir de toda iniqüidade e
purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt 2.14).
Portanto, a salvação e a santificação devem andar juntas na vida do crente.
I.
SANTIDADE, SANTIFICAR E SANTIFICAÇÃO
1. A
santidade de Deus. A Bíblia diz que nosso Deus é santíssimo: “Santo, santo,
santo é o Senhor dos Exércitos” (Is 6.3; Ap 4.8). A santidade de Deus é
intrínseca, absoluta e perfeita (Lv 19.2; Ap 15.4). É o atributo que melhor
expressa sua natureza. No crente, porém, a santificação não é um estado
absoluto, é relativo assim como a lua, que não tendo luz própria, reflete a luz
do sol (ver Hb 12.10; Lv 21.8b).
Deus é
“santo” (Pv 9.10; Is 5.16), e quem almeja andar com Ele, precisa viver em
santidade, segundo as Escrituras.
2.
Santificar e santificação. “Santificar” é “pôr à parte, separar, consagrar ou
dedicar uma coisa ou alguém para uso estritamente pessoal”. Santo é o crente
que vive separado do pecado e das práticas mundanas pecaminosas, para o domínio
e uso exclusivo de Deus. É exatamente o contrário do crente que se mistura com
as coisas tenebrosas do pecado.
A
santificação do crente tem dois lados: sua separação para a posse e uso de
Deus; e a separação do pecado, do erro, de todo e qualquer mal conhecido, para
obedecer e agradar a Deus.
II. A
TRÍPLICE SANTIFICAÇÃO DO CRENTE
De
acordo com a Bíblia, a santificação do crente é tríplice: Posicional,
progressiva e futura.
1.
Santificação posicional (Hb 10.10; Cl 2.10; 1 Co 6.11). No seu aspecto
posicional, a santificação é completa e perfeita, ou seja, o crente pela fé
torna-se santo “em Cristo”. Deus nos vê em Cristo perfeitos (Ef 2.6; Cl 2.10).
Quando estamos “em Cristo”, não há qualquer acusação contra nós (Rm 8.33, 34),
porque a santidade do Senhor passa a ser a nossa santidade (1 Jo 4.17b).
2.
Santificação progressiva. É a santificação prática, aplicada ao viver diário do
crente. Nesse aspecto, a santificação do crente pode ser aperfeiçoada (2 Co
7.1). Os crentes mencionados em Hebreus 10.10 já haviam sido santificados, e
continuavam sendo santificados (vv.10,14 - ARA).
O
crescimento do crente “em santificação” ocorre à medida que o Espírito o rege
soberanamente e, o crente, por sua vez, o busca, em cooperação com Deus: “Sede
vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1 Pe 1.15).
a) O
lado divino da santificação progressiva. São meios, os quais o Senhor utiliza
para santificar-nos em nosso viver diário. Esses recursos divinos são: (1) O
sangue de Jesus Cristo (Hb 13.12; 1 Jo 1.7,9); (2) a Palavra de Deus (Sl 12.6;
119.9; Jo 17.17; Ef 5.26); (3) o Espírito Santo (Rm 1.4; 1 Pe 1.2; 2 Ts 2.13);
(4) a glória de Deus manifesta (Êx 29.43; 2 Cr 5.13,14); (5) e a fé em Deus (At
26.18; Fp 3.9; Tg 2.23; Rm 4.11).
b) O
lado humano da santificação. Deus é quem opera a santificação no crente, embora
haja a cooperação deste. Os meios coadjuvantes de santificação progressiva são:
(1) O próprio crente. Sua atitude e propósito de ser santo, separado do mal
para posse de Deus são indispensáveis. É o crente tendo fome e sede de ser
santo (Mt 5.6; 2 Tm 2.21, 22; 1 Tm 5.22); (2) O santo ministério. Os obreiros
do Senhor têm o dever de cooperar para a santificação dos crentes (Êx 19.10,14;
Ef 4.11,12); (3) Pais que andam com Deus. Assim como Jó (Jó 1.5), os pais devem
cooperar para a santificação dos filhos. Eunice, por exemplo, colaborou para a
integridade de Timóteo, seu filho (2 Tm 1.5; 3.15). Por outro lado, pais
descuidados podem influenciar negativamente seus filhos, como no caso de
Herodias que influenciou a Salomé (Mc 6.22-24); (4) As orações do justo (Sl
51.10; 32.6). A oração contrita, constante e sincera tem efeito santificador;
(5) A consagração do crente a Deus (Lv 27.28b; Rm 12.1,2). A rendição
incondicional do crente a Deus tem efeito santificador nele.
3.
Santificação futura. “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o
vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis
para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.23). Trata-se da
santificação completa e final (1 Jo 3.2). Ver também: Ef 5.27; 1 Ts 3.13.
III.
ESTORVOS À SANTIFICAÇÃO DO CRENTE
Estorvos
são embaraços que impedem o cristão de viver em santidade. Vejamos alguns
deles:
1.
Desobediência. Desobedecer de modo consciente, contínuo e obstinadamente à
conhecida vontade do Senhor (Êx 19.5,6).
2.
Comunhão com as trevas. Comungar com as obras infrutíferas das trevas (Rm
13.12); com os ímpios, seus costumes mundanos e suas falsas doutrinas (Ef 5.3;
2 Co 6.14-17).
3. Erros
a respeito da santificação. O próprio Pedro enganou-se a respeito da
santificação (At 10.10-15). Vejamos o que não é a santificação bíblica.
a)
Exterioridade (Mt 23.25-28; 1 Sm 16.7). Usos, práticas e costumes. Este último,
quando bom, deve ser o efeito da santificação, e não a causa (Ef 2.10).
b)
Maturidade cristã. Não é pelo tempo que algo se torna limpo, mas pela ação
contínua da limpeza. A maturidade cristã varia, como se vê em 1 Jo 2.12, 13:
“Filhinhos”; “pais”; “mancebos”; “filhos”.
c)
Batismo com o Espírito Santo e dons espirituais. O batismo com o Espírito Santo
e os dons espirituais em si mesmos, não equivalem à santificação como processo
divino e contínuo em nós (At 1.8; 1 Co 14.3).
4. Áreas
da vida não santificadas. Alguns aspectos reservados da vida do crente que não
foram consagrados a Deus, devem ser apresentados ao Senhor. Como por exemplo, a
mente, sentidos, pensamento, instintos, apetites e desejos, linguagem, gostos,
vontade, hábitos, temperamento, sentimento. Um exemplo disso está em Mateus
6.22,23.
IV. A
NECESSIDADE DE O CRENTE SANTIFICAR-SE
Para
esse tópico aconselhamos a leitura meditativa de 2 Coríntios 7.1 e 1
Tessalonicenses 4.7.
1. A
Bíblia ordena. A Bíblia afirma que temos dentro de nós a “lei do pecado” (Rm
7.23; 8.2). Daí, ela ordenar que sejamos santos (1 Pe 1.16; Lv 11.44; Ap
22.11), pois o Senhor habita somente em lugar santo (Is 57.15; 1 Co 3.17).
2. Os
santos serão arrebatados. O Senhor Jesus que é santo, virá buscar os que são
consagrados a Ele (1 Ts 3.13; 5.23; 2 Ts 1.10; Hb 12.14). Por isso, a vontade
de Deus para a vida do crente é que ele seja santo, separado do pecado (1 Ts
4.3).
3. A
santidade revelada de Deus. Uma importante razão pela qual o crente deve
santificar-se é que a santidade de Deus, em parte, é revelada através do
procedimento justo e da vida santificada do crente (Lv 10.3; Nm 20.12). Então,
o crente não deve ficar observando, nem exigindo santidade na vida dos outros;
ele deve primeiro demonstrar a sua!
4. Os
ataques do Diabo. Devemos atentar para o fato de que, o Diabo, centraliza seus
ataques na santificação do crente. A principal tática que o adversário emprega
para corromper a santidade é o pecado da mistura. Isso ele já propôs antes a
Israel através de Faraó (Êx 8.25). Esta mistura, inclui: da igreja com o
mundanismo; da doutrina do Senhor com as heresias; da adoração com as músicas
profanas; etc.
Em
muitas igrejas hoje, a santificação é chamada de fanatismo. Nessas igrejas
falam muito de união, amor, fraternidade, louvor, mas não da separação do
mundanismo e do pecado. Notemos que as “virgens” da parábola de Mateus 25
pareciam todas iguais; a diferença só foi notada com a chegada do noivo.
“Santificação
e Pentecostes
1.
Santificados antes do Pentecostes. Lendo a Bíblia cuidadosamente, vemos que os
discípulos eram pessoas salvas e santificadas e haviam recebido a unção do
Espírito antes do dia de Pentecostes. Em João 17.15-17, Jesus ora:
‘Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade’. Jesus é a Palavra e a
verdade, por isso os discípulos foram santificados pela verdade na mesma noite
em que ele orou por eles (Jo 20.21-23). Os discípulos, portanto, já estavam
cheios da unção do Espírito Santo antes do dia de Pentecostes, e isso os
sustentou até que foram dotados com poder do alto. No primeiro capítulo de
Atos, Jesus orienta os discípulos a esperarem pela promessa do Pai. Não era
para esperar pela santificação. O sangue de Cristo já havia sido derramado na
cruz do Calvário. Ele não ia enviar o seu sangue para limpá-los da carnalidade,
mas o seu Espírito, para dotá-los com poder.
2. A
Santificação. Não há nada mais doce, mais sublime ou mais santo neste mundo do
que a santificação. O batismo com o Espírito Santo é o dom de poder na alma
santificada, capacitando-a para pregar o Evangelho de Cristo ou para morrer na
fogueira. O batismo reveste o crente até o dia da redenção, de modo que ele
esteja pronto para encontrar-se com o Senhor Jesus à meia-noite ou a qualquer
momento, porque tem óleo em sua vasilha, junto com a sua lâmpada.
Você é
participante do Espírito Santo no batismo pentecostal da mesma maneira que foi
participante do Senhor Jesus Cristo na santificação” (SEYMOUR, W. J.
Santificados antes do Pentecostes. In KEEFAUVER, L. (ed.). O avivamento da Rua
Azusa — Seymour. RJ: CPAD, 2001, p.80-3).
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PAZ DO SENHOR
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