OS 144 MIL JUDEUS E AS
DUAS TESTEMUNHAS
Apocalipse 14.1-7.
1 - E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte
Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham escrito
o nome dele e o de seu Pai.
2 - E ouvi uma voz do céu como a voz de muitas águas e
como a voz de um grande trovão; e uma voz de harpistas, que tocavam com a sua
harpa.
3 - E cantavam um como cântico novo diante do trono e
diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele
cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.
4 - Estes são os que não estão contaminados com
mulheres, porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer
que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para
Deus e para o Cordeiro.
5 - E na sua boca não se achou engano; porque são
irrepreensíveis diante do trono de Deus.
6 - E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o
evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda
nação, e tribo, e língua, e povo,
7 - dizendo com grande voz: Temei a Deus e dai-lhe
glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a
terra, e o mar, e as fontes das águas.
Uma das características dos habitantes do mundo atual
é o estilo de vida baseado na incredulidade do juízo final. Paradoxalmente, na
Grande Tribulação essa característica será mais aflorada. Todavia, os moradores
da terra, através de um anjo, serão alertados para a realidade da iminência do
juízo vindouro de Deus (Ap 14.7). Nações, tribos, línguas e todos os povos do
mundo terão de se confessar perante o Rei dos reis e Senhor dos senhores,
Cristo Jesus: Ricos e pobres; poderosos e fracos; intelectuais e ignorantes;
todos os homens, sem exceção, se prostrarão diante do Eterno e confessarão que
só Ele é Deus; seja para a vida ou perdição eterna (14.6; Mt 25.31-46).
ORIENTAÇÃO
Caro professor, na aula de hoje deparamo-nos com
alguns personagens que causam algumas controvérsias na interpretação bíblica
escatológica. Por isso, apresentamos a explicação do renomado teólogo
pentecostal Stanley M. Horton, de acordo com o esquema abaixo. Para embasar os
tópicos III, IV e V reproduza o esquema conforme as suas possibilidades.
Explique aos alunos a relevância desses personagens bíblicos na proclamação da
Palavra eterna de Deus durante a Grande Tribulação.
144 mil selados
“Tem havido muita controvérsia acerca desses santos.
Dizem alguns serem os mesmos 144.000 saídos das 12 tribos de Israel, conforme
nos mostra o capítulo sete. Outros dizem ser [...] crentes fiéis [...] de
diferentes lugares e épocas. [...] Veem-no como um número de plenitude de
maneira a incluir todos os crentes que tem andado com o Senhor [...]. Seja como
for, podemos ter certeza de que Jesus conhece os que lhe pertencem” (Horton,
p.198).
As duas Testemunhas
“Tem havido muita especulação a respeito de quem são
estas duas testemunhas. Alguns interpretam como duas comunidades, ou dois
grupos de pessoas. Contudo, a descrição é específica. Tratam-se realmente de
duas pessoas. [...] As duas testemunhas de Apocalipse 11.3 são descritas como
castiçais que estão diante do Deus da terra; isto é, diante do Deus verdadeiro.
Estão constantemente em sua presença. Quando profetizam espargem a luz que vem
de Deus [...]” (Horton, p.154).
O Evangelho eterno
“O evangelho eterno é o mesmo proclamado pelos
apóstolos e registrado no Novo Testamento. Não há outro evangelho, como bem
acentuou Paulo: ‘Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue
evangelho que vá além do que temos pregado, seja anátema’ (Gl 1.18). Mesmo em
meio a Grande Tribulação, Deus tudo faz para trazer os pecadores ao
arrependimento. A mensagem do evangelho é sempre redentora; convida o povo a
reconhecer o amor, a soberania e a santidade de Deus” (Horton, p.202).
Evangelho: Boas Novas de Jesus
Cristo, o Messias.
Apesar de sua truculência e soberba, o Anticristo não
conseguirá emudecer a voz do Evangelho nem calar a voz dos mártires. Durante a
Grande Tribulação, Deus levantará muitas vozes eloquentes e poderosas que não
temerão proclamar-lhe a Palavra. É o que nos mostra claramente o Apocalipse. O
que disso concluímos? A Bíblia Sagrada continuará a ser a inspirada, inerrante
e soberana Palavra de Deus. E a sua pregação e ensino não serão interrompidos.
Logo, haverá também salvação de almas após o arrebatamento.
Nesse tempo, a Igreja de Cristo já não estará na
terra. Todavia, Deus continuará no controle de tudo. Até o próprio Diabo, que
dará a impressão de reinar absoluto, estará sob o seu comando. A voz divina não
pode ser calada.
I. A PALAVRA DE DEUS APÓS O ARREBATAMENTO
Muita gente ainda supõe que, após o rapto da Igreja, a
Bíblia Sagrada perderá a sua inspiração. Tal crença origina-se de teologias e
narrativas extravagantes e anti-bíblicas. A Palavra de Deus, porém, subsiste
eternamente (Is 40.8).
1. A Palavra de Deus é eterna. A própria Escritura
testifica de sua perenidade: “A palavra do Senhor permanece para sempre” (1 Pe
1.25). Ora, se a Bíblia viesse a perder a sua inspiração após o arrebatamento,
como ficariam os últimos atos do plano divino? A propósito, será com base nas
Escrituras, que o Israel do Milênio será reorganizado. Leia com atenção os
últimos oito capítulos de Ezequiel.
2. A Palavra de Deus é o fundamento do Juízo Final.
Além do livro da vida, outros livros serão abertos no dia do Juízo Final. Conclui-se,
pois, que as Escrituras Sagradas lá estarão; nelas se encontram tanto as
promessas quanto os juízos divinos (Ap 20.12). E cada um dos juízos de Deus é
para sempre (Sl 119.160).
Posto que a Bíblia Sagrada não perderá a sua divina
inspiração, quem a proclamará após o arrebatamento da Igreja? O Apocalipse
mostra que esse trabalho ficará a cargo dos mártires, dos cento e quarenta e
quatro mil, das duas testemunhas e do anjo que percorrerá os céus com o
evangelho eterno.
3. O Espírito Santo após o arrebatamento da Igreja. Se
o Apocalipse mostra que haverá salvação nesse período e que nesse período a
Palavra de Deus continuará a ser proclamada, perguntamos: Estará o Espírito
Santo na terra durante a Grande Tribulação? Sim! Ele aqui estará. Mas, como conciliar
essa assertiva com 2 Tessalonicenses 2.7?
Deixo a resposta com o pastor Donald Stamps,
comentarista da Bíblia de Estudo Pentecostal: “No começo dos sete anos de
tribulação, o Espírito Santo será ‘afastado’. Isso não significa ser Ele tirado
do mundo, mas que cessará sua influência restritiva à iniquidade e ao
surgimento do Anticristo. Todas as restrições contra o pecado serão removidas,
e começará a rebelião inspirada por Satanás. O Espírito Santo, todavia, agirá
na terra durante a tribulação, convencendo pessoas dos seus pecados,
convertendo-as a Cristo e dando-lhes poder (Ap 7.9,14; 11.1-11; 14.6,7)”.
II. A PROCLAMAÇÃO DOS MÁRTIRES
Tanto no Império Romano como em nossos dias, muitos
são os torturados e mortos por amor a Cristo. Todavia, os martírios durante o
governo do Anticristo superarão a todas as cifras já registradas. Será o
Holocausto dos holocaustos.
1. A identidade dos mártires. Chamaremos de mártires
aqueles que, na Grande Tribulação, arrepender-se-ão de seus pecados e se
recusarão a adorar a imagem da besta e a receber o seu código. Eles são
mostrados no Apocalipse como “uma multidão, a qual ninguém podia contar, de
todas as nações, e tribos, e povos, e línguas” (Ap 7.9).
2. A fé sob o martírio. Por causa de sua postura
confessante e testemunhal, serão degolados pelo governo do Anticristo (Ap
20.4). Eles, porém, não temerão perturbar o império do mal com o Evangelho do
Reino.
III. A PROCLAMAÇÃO DOS 144 MIL
Além dos mártires oriundos de todos os povos e nações,
haverá um grupo de 144 mil judeus, que também estará confessando a Cristo
durante o governo do Anticristo.
1. A identidade dos 144 mil. São israelitas que se
converterão a Cristo logo após o arrebatamento da igreja (Ap 7.1-8). E precederão
a conversão nacional de Israel, que se dará no final da Grande Tribulação (Zc
12.10). Por isso são tratados por Deus como as suas primícias (Ap 14.3).
2. A elevada posição dos 144 mil. Inferimos do texto
sagrado, que Deus os tomará para si após os terem assinalado. Isto porque, mais
adiante, João os vê no monte Sião acompanhando o Cordeiro (Jo 14.1). Em sua
testa, o nome do Pai e do Filho.
IV. A PROCLAMAÇÃO DAS DUAS TESTEMUNHAS
Se bastou Moisés para perturbar o Egito e Elias para
conturbar o reino apóstata de Israel, o que não farão dois profetas semelhantes
a eles atuando conjuntamente? É o que se dará durante o governo do Anticristo.
1. A identidade das duas testemunhas. Quem serão as
duas testemunhas do Apocalipse? Moisés e Elias? A Bíblia não o diz. Por isso,
não quero especular sobre as suas identidades. Aprendi que não preciso ter voz
quando a Palavra de Deus se cala.
São eles as duas oliveiras e os dois castiçais, que se
encontram diante de Deus (Ap 11.4).
Os dois profetas agitarão o reino do Anticristo,
desmascarando-o como emissário de Satanás e proclamando sobre toda a terra os
juízos divinos. O seu ministério durará 1260 dias (Ap 11.1-3). Eles “têm poder
para fechar o céu, para que não chova nos dias da sua profecia; e têm poder
sobre as águas para convertê-las em sangue e para ferir a terra com toda sorte
de pragas, quantas vezes quiserem” (Ap 11.6).
2. A morte das duas testemunhas. Terminado o seu
ministério de quarenta e dois meses, a besta os matará. E expor-lhes-á os
corpos na praça da cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito (Ap
11.8). E todos se alegrão com a sua morte.
3. A ressurreição das duas testemunhas. Depois de três
dias e meio, Deus enviar-lhes-á o espírito de vida, pondo-os de pé à vista de
todos. Em seguida, serão levados para o céu. Logo após o seu arrebatamento, a
cidade será abalada por um grande terremoto (Ap 11.11-13).
V. A PROCLAMAÇÃO DO ANJO
Agora, entra em cena um anjo solitário, que proclama o
Evangelho Eterno (Ap 14.6). Toda a terra o ouve. Sua mensagem é de arrependimento.
1. O anjo evangelista. Os anjos são criaturas divinas,
cuja função é adorar a Deus e zelar pelos que hão de herdar a vida eterna (Is
6.1-3; Hb 1.14). No Apocalipse, são encarregados de ministrar os juízos
divinos.
2. O Evangelho Eterno. O que é o Evangelho Eterno? É o
evangelho que pregamos e, que às vezes, é chamado de Evangelho do Reino (Mt
24.14). É o evangelho que vem sendo proclamado desde o Gênesis. Sim, é o
evangelho que, um dia, Abraão ouviu do próprio Deus (Gl 3.8). Será este também
o evangelho a ser anunciado por ocasião do governo do Anticristo.
3. A mensagem de arrependimento. Não obstante a Igreja
já ter sido arrebatada, Deus, em seu inexplicável amor, continuará a estender a
sua graça a um mundo perverso e impenitente. Através de seu anjo, insta a todos
ao arrependimento: “Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu
juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das
águas” (Ap 14.7). Mesmo na pior apostasia da humanidade, Deus insistirá com os
filhos de Adão, buscando levá-los ao arrependimento.
Conforme vimos, a Palavra de Deus será amplamente
proclamada durante a Grande Tribulação. E muitas serão as conversões nesse
período. Deus não ficará sem testemunho.
Os crentes desta geração, porém, porfiaremos por tomar
parte no arrebatamento da Igreja. Se hoje já enfrentamos dificuldades para
professar a santíssima fé, quanto mais naqueles dias. Este é o momento da
oportunidade. Por que desperdiçar um momento como este? Maranata! Ora vem,
Senhor Jesus.
“O Ministério [Das Duas
Testemunhas]
O ministério destas duas testemunhas incluirá
pregação, profecias e realização de milagres. Elas chamarão as pessoas ao
arrependimento, predirão eventos futuros e anunciarão que é chegado o reino.
Como Zorobabel e Josué, que procuraram restaurar Israel à sua terra, as duas
testemunhas encorajarão a fidelidade a Deus, independentemente das
circunstâncias individuais.
Apocalipse 11.4 descreve as testemunhas como ‘as duas
oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra’. Este
versículo é uma alusão a Zacarias 4.3,11,14, em que Zorobabel e Josué, o sumo
sacerdote, líderes de Israel na época de Zacarias, são retratados como um
castiçal, ou luz para Israel. O seu combustível é o azeite de oliva, que
representa o poder do Espírito Santo. Assim também, nos últimos dias, as duas
testemunhas se levantarão pelo poder de Deus e trabalharão em seu cargo
profético.
Deus protegerá as duas testemunhas daqueles que
tentarem causar-lhes mal antes que a sua missão esteja concluída. Apocalipse
11.5-6 registra os poderes milagrosos dados a estas testemunhas e declara que
se alguém lhes quiser fazer mal, será destruído pelo fogo. [...] De maneira
similar, os idólatras e inimigos de Moisés foram destruídos pelo fogo (Nm
16.35)” (LAHAYE, T.; HINDSON, E. (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia
Bíblica. l.ed., RJ: CPAD, 2008, p.l57).fonte CPAD
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PAZ DO SENHOR
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